Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > Memórias Literárias da Guerra Colonial > 16 de Outubro de 2008 > 19h00 > Leonel Pedro Cabrita apresenta duas obras de ficção inspiradas na sua vida como capitão miliciano em Angola: Capitães do Vento e O Último Inferno.
Na sua página pessoal, Leonel Pedro Cabrita apresenta assim o seu percurso de vida:
(i) Local de nascimento: arredores de Tunes, em 1948 (Era um centro ferroviário que cresceu no entroncamento da linha do Barreiro com o troço que liga Vila Real de Santo António a Lagos);
(ii) Filho de ferroviário, à semelhança de 90% da população local, aí cresceu e completou o ensino primário;
(iii) Em Faro conclui o 7º ano do Liceu, dividindo as actividades escolares com o futebol, que praticou no Sporting Clube Farense durante seis anos, dando corpo a uma inclinação para as actividades desportivas, que viria a abraçar mais tarde;
(iv) Um simples mas afiado expediente burocrático do regime da altura impediu-o de ingressar na Universidade. Porque a guerra estava primeiro (numa altura em que esta já agonizava, prenunciando o 25 de Abril de 1974) foi incorporado em Mafra em Abril de 1970, vindo a ser arvorado Capitão Miliciano com 23 anos de idade;
(v) Comandou a Companhia de Caçadores 3441, em Angola, contabilizando 1400 dias de serviço militar, uma saga relatada no livro Capitães do Vento (Roma Editora) e complementada num outro trabalho, O Último Inferno (Prefácio Editora);
(vi) Regressado de África em 15 de Janeiro de 1974 procurou recuperar o tempo perdido na guerra, tentando ingressar na Universidade. O 25 de Abril e o PREC da altura adiaram mais uma vez este intento, que viria apenas a concretizar-se em Dezembro de 1974;
(vii) Em 1978 terminou o curso do INEF, hoje Faculdade de Motricidade Humana.
Entre outros trabalhos, publicou em Dezembro de 2003 Capitães do Vento (Roma Editora); e em Outubro de 2006 O Último Inferno (Prefácio Editora).
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Nota de vb:
Vd. último poste desta série:
8 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3283: Memórias literárias da guerra colonial (5): Olhos de Caçador, de António Brito, ex-pára-quedista, Moçambique, 1969/71
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Guiné 63/74 - P3315: Memórias literárias da guerra colonial (6): Capitães do Vento e O Último Inferno, de Leonel Pedro Cabrita
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