Caros Editores
Incluso história de uma ataque IN à tabanca de Campata-Galomaro, em Março de 1973, e o aparecimento do GE do Marcelino da Mata, para publicação se o acharem oportuno, no nosso blogue.
As fotografias que fazem parte publiquem as que entenderem e que acharem de interesse para ilustrar a história.
Um abraço
Luís Dias
O GRUPO ESPECIAL do MARCELINO da MATA EM GALOMARO
O ATAQUE IN A CAMPATA E A INTERVENÇÃO DO GE DO ALF CMD MARCELINO DA MATA
A 16 de Março de 1973, o IN flagelou o quartel do Dulombi, às 17h55, sem quaisquer consequências, abandonando na base de fogos, diverso material, nomeadamente granadas de RPG-2 e RPG-7, isto devido à reacção das nossas forças, através de disparos dos 2 morteiros 81 mm e dos vários de 60 mm.
Mais tarde, pelas 21h15, um grupo inimigo atacou com violência a Tabanca de Campata, situada a alguns quilómetros de Galomaro. Contudo, a pronta reacção do Pel Mil, que defendia o local, bem comandado por Semba Embaló, o qual, após ter sido detectada a presença inimiga e sabedor das intenções dos guerrilheiros, dispôs os seus homens nas valas e só ordenou fogo quando o IN estava já muito perto da tabanca. A justeza e direcção do fogo das milícias, obrigou os elementos do PAIGC a fugir, deixando no terreno 5 mortos e diverso material.
Elementos dos Pel Mil de Pate Gibel e Dulô Gengele e o 4.º GComb da CCAÇ 3491, comandado pelo Alf Mil Parentas, que se encontrava emboscado na zona dirigiram-se ao local em apoio de Campata. O IN na sua retirada é interceptado em Dulombi (A) vindo a sofrer feridos graves, pelos vestígios de sangue encontrados, a captura de um guerrilheiro armado e apreensão de 2 Espingardas automáticas Kalashnikov, 3 RPG-2, 1 pistola Tokarev TT33, diversas granadas defensivas F1 e chinesas de cabo de madeira.
Com a captura de um elemento do PAIGC, surgiu em Galomaro, no dia seguinte, o Cmdt das Forças Especias, o então Major Almeida Bruno, acompanhado do Alf. Cmd, Marcelino da Mata e o seu Grupo Especial. O Grupo era composto por 16 elementos, armados com 2 Kalashnikov (Alf e Fur), 7 Dectyarev RDP e 7 lança granadas foguete (RPG-2 e RPG-7). Depois de se conseguir obter do prisioneiro a orientação da base IN, situada na República da Guiné-Conackri, junto à nossa fronteira, aquela força fez-se transportar pelo fim da tarde de hélio até perto do local, vindo a ser recolhida no dia seguinte, do nosso lado, após assalto à base do PAIGC, que destruíram.
Antes da partida ainda perguntámos ao Marcelino se achava que os 16 elementos seriam suficientes para o assalto, dado que as informações colhidas diziam ali estarem cerca de 40/50 guerrilheiros, ao que ele respondeu, com ar zombeteiro:
- E só lá entro com 10, os outros ficam de reserva!.
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Fotos e legendas: © Luís Dias (2009). Direitos reservados
Fotos editadas pelo Editor
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 14 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4346: Os bu...rakos em que vivemos (10): Também havia um em Nova Lamego (Luís Dias)
1 comentário:
Amigo Luís Dias, dou especial atenção a todos os acontecimentos de alguma forma relacionados com Galomaro. Gostei e apreciei a forma descritiva exposta neste Post.
Porém, como nesta data eu já não estava em Galomaro..nem próximo, suscita-me alguma curiosidade os seguintes aspectos:
Porquê a presença de Marcelino da Mata, quando o IN, já se tinha posto em fuga e retirado da zona ?
De que forma e por que meios foi obtida a confissão do elemento do PAIGC.
E por quem? Pelos oficiais do destacamento CCS, ou pelo GE de Marcelino da Mata ? Penso ser pertinente a questão, sendo suposto, ser o local com as patente oficiais maiores (ou maior responsabilidade no Batalhão).
Finalmente a que se deveu o facto de de os guerrilheiros do PAIGC estarem nus.
Um abraço para todos e obrigado desde já se vier a complementar o post, amigo Luís Dias.
Carlos Filipe
ex-CCS BCaç3872 - Galomaro Dez/71
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