
O Com, não o avec, mas o macaco, foi a ração de combate por excelência e por necessidade, dos Combatentes da Liberdade da Pátria, pois que havendo já alguma tradição no consumo desse petisco, tornou-se como que prato nacional.
Nos primeiros anos de independência, era vulgar ver alguém caminhando ao longo dos caminhos com um animal amarrado a um pau ao ombro e uma Kalash na mão.
O povo compreendia este consumo com a maior naturalidade.
António Rosinha (*)
__________
Nota de L.G.:
(*) Vd. poste e 29 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1327: Blogoterapia (7): Furriel Miliciano em Angola, em 1961; topógrafo da TECNIL, em Bissau, em 1979 (António Rosinha)
3 comentários:
António: Simplesmente genial, essa da ração de combate do PAIGC ser... o macaco-kom. Não pode ser tudo (refiro-me às desgraças históricas) imputado ao pobre do tuga...LG
Quem diria que um alimento de recurso, viria a tornar-se petisco nalguns "restaurantes" de Bissau após a independência.
Cheguei a vê-los e a ouvi-los ao longe, e senti a ansiedade das tropas Africanas que nos acompanhavam em chegar perto para capturarem algum, mas sem resultados, pois a sua presença na mata transmitia-nos alguma segurança.
Um abraço
César Dias
Na minha passagem pela Guiné em 1963 a 1965 vi várias comunidades de macacos e que seriam presa fácil para um tiro de g3, mas matar um macaco para a nossa mentalização era um crime, havia um grande interesse em ter um macaco domesticado e o (xico) para nós era alvo dos maiores e melhores cuidados.Eu até trouxe um para Portugal,que já tive ocasião de falar no P3099.
Já o mesmo não posso dizer sobre as cabras de mato ou gazelas, essas eram vitimas das balas da g3 e assadas ou cozinhadas como se fossem cabritos portugueses.
É tudo o que posso falar sobre os macacos.
Um alfa bravo Colaço
Enviar um comentário