quarta-feira, 29 de abril de 2009

Guiné 63/74 - P4263: Bandos... A frase, no mínimo infeliz, de um general (16): Não devemos desistir e remeter-nos ao silência (Manuel Maia)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, (1972/74), com data de 22 de Abril de 2009:

Num comentário do Jorge Picado, que muito agradeço, foi-me dito que o infeliz não leria o meu soneto ou a sextilha (*).

É provável que não, mas por outro lado, estou certo que alguém dirá ao homem do nosso descontentamento...

Dá-me a sensação que vão surgindo já tentativas de lavagem do discurso, esperemos...

Assim, entendo que não devemos desistir e remeter-nos ao silêncio pois certamente é isso que esperam...

Estou persuadido que a atitude correcta passará por não deixar esfriar até o homem dos Ray-Ban do alto do seu pedestal apresente um pedido formal de desculpas.
Nessa altura, será enterrado o machado de guerra e deixaremos o homem gozar a choruda reforma que conseguiu graças a tantos bandos...

Neste pressuposto alinhavei mais duas sextilhas e um soneto, sendo que neste caso o alvo não se restringe a A.B. mas a todos quantos - oficiais a este nível- colaboraram na farsa da nossa derrota militar...


VERGONHA

Coberto foi com manto da vergonha
país de marinheiros geniais.
(berçário de Gamas e Cabrais)
na mancha de sacrílega peçonha...

Mostrando não ter honra mas sim ronha,
do risco se ausentando dão sinais,
negando juramento e ideais,
vileza cometeram tão medonha...

Gentalha vil, despida de ousadia,
e nua de coragem, valentia,
sem brio ou dignidade militar

Denota só interesse no cifrão
- a farda não é mais que profissão -
sem risco, e com medalhas a exornar...


Manuel Maia
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 18 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4208: Bandos... A frase, no mínimo infeliz, de um general (15): Curvo-me perante V.Ex.ª, uma vez mais... (Manuel Maia)

1 comentário:

Unknown disse...

AH ganda MANEL, Que nunca a pena te doía. Precisamos destes poetas e não dos da servil humanidade.
Um abraço