1. A propósito de se completarem, neste mês de Setembro, os 40 anos da independência da Guiné-Bissau, recebemos do nosso camarada Manuel Luís Lomba (ex-Fur Mil da CCAV 703/BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66), este artigo, em mensagem do dia 26 do corrente:
Saudações ao Carlos Vinhal, formiga trabalhadora deste blogue colectivo, bem como ao Luís Graça, o ”homem grande” da nossa Tabanca Grande.
Setembro foi o mês de acontecimentos decisivos que atiraram para o caixote do lixo da História os sacrifícios que, enquanto combatentes, doamos à Guiné portuguesa. Escapou o denominador comum do respeito e empatia criada entre os ex-IN e a generalidade dos bissau-guineenses, nomeadamente com os da estirpe do profícuo Pepito, in memoriam, e do corajoso “menino de Fajonquito”.
Não deixei acabar este Setembro quarentão sem te enviar o texto seguinte, desalinhado do politicamente correcto, para lhe dares o tratamento que entenderes.
Manuel Luís Lomba
Os guineenses libertaram-se de Portugal mas não se libertaram da opressão
Saudamos os nossos irmãos bissau-guineenses que celebram o 40.º aniversário da sua independência política, em especial os grisalhos sobrevivos da geração dos turras, que nos infernizaram a vida durante o logo tempo que passámos no seu chão. A efeméride é oportunidade para abordar os acontecimentos ocorridos em Setembro de 1973, da fundação da nacionalidade, em Madina do Boé e em Setembro de 1974, com o MFA a outorgar a exclusividade do senhorio do povo da Guiné e a entregar as chaves da capital de Bissau ao PAIGC, até então com a cabeça em Conakry, Moscovo e Havana.
Havia séculos que os portugueses da Metrópole e da Guiné se compraziam com idêntico sentimento patriótico, do querer de uma nação e do seu próprio Estado. Para além da nostalgia, mas sem saudosismo, a geração grisalha dos seus ex-combatentes vai rezingar até à sua extinção em como o seu exército, que serviram com honra, fora o fundado por D. Afonso Henriques, no Castelo de Faria, em 1127 e ganhador da nossa independência, em Guimarães, em 1128, e não o que emergiu a abandonar o povo da Guiné e a causar o efeito sistémico do abandono do Ultramar – a mãe das catástrofes que desabaram sobre os nossos irmãos africanos.
Se é verdade que os fins não justificam os meios, o desencadear das guerras será ilícito imoral. Na da Guiné, os dois lados reclamavam-se da legitimidade subjacente às suas origens, mas o tempo e modo da independência política bissau-guineense evidenciaram que ela fora prematura, pela pressa de Amílcar Cabral e do seu PAIGC pela emancipação de Portugal e pela pressa da Comissão Coordenadora do Programa do MFA, em dar ouvidos e reconhecer apenas a voz das armas, num juízo em causa próxima. Sem pedir culpados à História, em causa estará o facto de haver outorgado o poder ao PAIGC, à revelia da consulta ao seu povo. Anunciava a autodeterminação e entregou o poder a um partido-estado e armado. Naquele tempo, pela multiplicidade das suas mais de 600.000 almas, apenas 12% dos guineenses teriam aderido ao ideário marxista e terceiro-mundista daquele partido único, enquanto 88% se mantinham vinculados à civilização ocidentalista, que as FA portuguesas veiculavam esforçadamente.
O MFA usou a camuflagem ideológica para se alcandorar ao poder político, o seu desempenho foi um misto de mediocridade e ingenuidade e teve a mesma pressa a complementar a derrota política sofrida na desértica Madina do Boé com a derrota pelas suas armas, existentes e imaginárias, como era o caso dos aviões MIG, ao capitular na mata de Morés, nos princípios de Julho de 1974.
Sendo velho de 500 anos, a derrota política do Ultramar tinha a mesma idade - vinha dos “velhos do Restelo” - e, ao longo desses séculos, os insofridos soldados e marinheiros de Portugal e colónias sempre esconjuraram a sua derrota militar. Os ex-combatentes da Guiné, que palmilharam as matas e bolanhas a expor-se como alvos nas emboscadas, a dar ao gatilho em batidas, cercos e assaltos, a levar com minas, bazucadas, mísseis e obuses, nas noites de insónia nos seus estacionamentos e a sacrificar-se graciosamente pela melhoria social e económica do seu povo, não compreendem como é que, no confronto entre os cerca de 4000 combatentes paigcistas, entremeados de internacionalistas, e os 45 000 militares e militarizados, metropolitanos e naturais, num espaço de dimensão geográfica inferior à do Alentejo, estes saíram derrotados. Fazem recordar que nem a Espanha, a maior potência do mundo de então, nem o imperialista Napoleão haviam conseguido derrotar os soldados portugueses no Alentejo, aquela nos 28 anos da guerra luso-espanhola da Restauração e o génio militar de Napoleão com as 5 Invasões Francesas. O MFA complexou os militares, os que baixaram a espada, não despiram as fardas e se alcandoraram a políticos foram muitos, entrando rapidamente nos jogos da mentira e da manipulação, como é apanágio destes.
Nos 11 anos da guerra que desencadeou e aguentou, o PAIGC apenas ganhou a vitória política que desembocou na fundação da nacionalidade bissau-guineense, em 24 de Setembro de 1973, na inóspita Madina do Boé e uma vitória militar indirecta, não decorrente dos cercos e bombardeamentos massivos com que martirizou as populações e as guarnições militares de Guileje, Gadamael, Guidaje e Buruntuma: a sobreposição do golpe do MFA da Metrópole, em 25 de Abril, pelo golpe militar da malta esquerdista do MFA da Guiné, na manhazinha de 26 de Abril, em Bissau, a culminar a ruptura das cadeias de comando e a decapitação dos altos comandos militares, em pleno teatro duma dura guerra. Por ironia do destino, a vitória política do PAIGC e a derrota militar de Portugal, decisórias da libertação da Guiné, aconteceram sem tiros…
Todo o mundo apoiou e reconheceu a fundação do seu Estado e todo o mundo conhece o estado a que a Guiné-Bissau chegou. Um Estado fraco descamba na violência - sequelas do seu parto prematuro, carente da incubadora -, criado pelo PAIGC e a sua pesporrência e pela “Descolonização exemplar”, segundo o MFA. Volvemos o olhar para os contextos da fundação da sua nacionalidade, em Madina do Boé, cujos contornos não têm sido bem contados pelos seus encenadores e actores.
Em 1972, Amílcar Cabral já havia convencido mais de meio mundo da sua vitória e da iminência da proclamação unilateral da independência, sem que o PAIGC houvesse conquistado qualquer posição, sem conseguir embargar o chão da Guiné aos soldados portugueses nem a sua presença junto da maioria do seu povo. Com garantias do seu reconhecimento e do voto diplomático dos países afro-asiáticos, comunistas e de alguns do Ocidente (40 em 112 na ONU), elegera a região de Cassacá/Quitafine para encenar o evento e marcara-o para 12 de Setembro de 1973, data do seu 49.º aniversário natalício. O útero de D. Iva Pinhal Évora, que conheci em 1965, a residir no bairro do Chão de Papel, constituíra-se em causa remota da libertação da Guiné: ao gerar o libertador gerara o embrião da libertação.
O líder regressara de Moscovo em finais de 1972, sem os aviões de combate MIG, mas com a certeza da entrega do primeiro fornecimento de 44 mísseis terra-ar Strella, destinados a interditar os céus da Guiné às máquinas de guerra voadoras da Base Aérea n.º 12, em Bissalanca, que tão desequilibravam os pratos da balança da guerra que desencadeara. Veio perder a vida em Conakry, longe do teatro dessa guerra, em 20 de Janeiro de 1973, não em combate próprio da guerra, mas à mão de correligionários de longa data, no contexto da discordância pela união da Guiné e Cabo Verde, não obstante o Partido Comunista Português o haver prevenido da conjura, por escrito; a fonte dessa informação seria uma “toupeira” no Estado-Maior português. Álvaro Cunhal, o pragmático Secretário-geral do PCP, foi o único chefe oposicionista ao Estado Novo que sempre advogou e pugnou, no país e no estrangeiro, pela descolonização do Ultramar – à moda do MFA…
Os herdeiros cumpriram as instruções e respeitaram a agenda do líder defunto, preparando e desencadeando manobras militares de guerra clássica, vigorosas e simultâneas, de cerco e ataques massivos às povoações fronteiriças dos “3G´s” – Guidaje, Guileje e Gadamael -, durante mais de um mês, na procura de vitórias tangíveis, para ilustrar a próxima proclamação da independência. Em Guidaje, foram contidos pela valentia do comandante e forçados à retirada para o Senegal; em Guileje, o comandante fintou-os com a manobra da retirada para Gadamael, decisão inaudita, susceptível de ofuscar a boa imagem da guarnição e Nino Vieira desceu de Boké, precavendo-se num blindado para abordar o alvo abandonado há 2 dias.
O passamento de Amílcar Cabral trouxe a luta pelo poder ao interior do PAIGC. Nino Viera havia concorrido a seu sucessor, mas os seus pares (apenas um voto em 15) deram a liderança ao Luís Cabral, que era o controleiro do aparelho paigcista, no seu desígnio de transitar da presidência da Assembleia Nacional Popular para presidente do Conselho de Estado - a rampa de lançamento para futuro próximo presidente da Guiné-Bissau -, e Gadamael tornou-se o alvo das suas frustrações, deslocando a panóplia de armamento pesado para o interior da Guiné. Os defensores de Gadamael passaram a sujeitos de situações patéticas e a dramas de alta densidade. Os primeiros obuses puseram os seus dois capitães fora de combate e cerca de 300 elementos debandaram da guarnição, em fuga ao inferno em que o dilúvio de obuses transformara a povoação e o estacionamento militar. A defesa deste esteve reduzida a cerca de 30 elementos, por um período superior a 24 horas, que a aguentaram firmes e valentes, como homens e como soldados, à maneira dos portugueses de outras eras. Os pára-quedistas vieram de Guidaje e de Cufar, os fuzileiros e os comandos vieram de Bissau em seu socorro e obrigaram Nino Vieira a retirar para o conforto do território estrangeiro, tendo de recriar uma “grande marcha” à moda maoísta, com combatentes e carregadores a alombar com a panóplia desse armamento pesado por trilhos inóspitos, totalmente vulneráveis às previsíveis manobras de exploração do sucesso – que não foram desencadeadas. Os pilav já haviam superado os Strella e os T6 e Fiat G91 de Bissalanca surgiam sobre a copa das árvores e derretiam, sem oposição, as retaguardas e santuários do PAIGC, no Senegal e na Guiné-Conakri.
O general Spínola superou a crise dos 3 G´s e veio para Lisboa, de férias e para se demitir, quando no teatro da guerra da Guiné emerge o MOCAP, Movimento dos Capitães, corporativo, rapidamente metamorfoseado em MFA, Movimento das Forças Armadas, político e conspirativo. Depois do facto consumado ficou a saber-se que o PAIGC era posto ao corrente de tudo o que era essencial.
O PAIGC não alcançará maiores êxitos militares do que os decorrentes da sua robusta luta de guerrilha e continuou o seu caminho rumo à vitória, pela declaração unilateral da independência política, com a proclamação prevista na aludida região do sul, tendo apenas alterado a data de 12 para 19 – acabou por ser fixada em 24 de Setembro. A Guiné estava para a Spinolândia como o Boé estava para a Cabralândia.
A data da proclamação da independência aproximava-se, a tropa de intervenção de Bissau começara a vigiar o Cantanhez e, nas antevésperas, um Fiat G91 afundou uma embarcação que fazia a cambança de pessoal da Guiné-Conakry com destino ao local do evento. Nino Vieira, responsável pela segurança, pela qualidade de chefe de operações, avaliou a situação e fez saber aos seus pares que não a poderia garantir.
A liderança do PAIGC à data divulgará que ultrapassou a expectativa do fiasco transportando, durante toda a noite da véspera, a tralha da sua logística para o Boé, considerada pelo Amílcar como a mais segura das “áreas libertadas”, correspondente à quadrícula de Madina e Beli, abandonada pela tropa, desde 1968. E Luís Cabral até foi mordaz quanto à competência de Nino Vieira, ao dizer, ao jeito de confidência, que ele levara os foguetões mas que se esquecera de levar o mecanismo do seu lançamento…
Ou as explicações são pouco cuidadas, mistificadas ou estaremos perante um milagre. O PAIGC andou toda a noite da véspera a mudar a tralha e o armamento do Cantanhez para o Boé mas, manhã manhãzinha, o cerimonial atingia o pleno, as centenas pessoas instaladas - deputados, dirigentes, convidados, diplomatas estrangeiros (o embaixador russo diz que não assistiu) e enviados da imprensa internacional, com Nino Vieira a ler o texto da proclamação, da autoria do dr. José Araújo, pelas 8H55 TMG. E a publicidade à volta desse evento fez elevar de 40 para 82 o número de países que lhe deram apoio e reconhecimento diplomático.
Do lado português, não compareceram nem a Força Aérea nem as tropas heliotransportadas. Eficiência da contra-informação?
Dizia-se que o Estado-Maior de Bissau estaria infiltrado de capitães e de oficiais superiores comunista.
Terão acontecido acções de traição à pátria, na guerra da Guiné?
A seguir ao 25 de Abril, a amnistia dirigida a refractários e desertores não encontrou traidores à pátria. O PAIGC começou a fuzilar em 1964 e fuzilou muitas centenas de guineenses, pelo menos até 1980, sob essa acusação. Na I Grande Guerra, pela simples manifestação da intenção de um soldado condutor amalucado, natural da Foz do Douro, de entregar aos alemães duas cartas de itinerários para as posições portuguesa, foi julgado como traidor à pátria na forma tentada e sentenciado com o fuzilamento, presenciado por uma grande formação de camaradas.
Nino Vieira demorará 7 anos a anular Luís Cabral e a ascender a PR da Guiné-Bissau.
Passou de IN e grande vilão da guerra da Guiné a amigo de Portugal e o PR Jorge Sampaio condecorou-o com o Grande Colar da Ordem Militar de Santiago de Espada, cujo chanceler era … o general António de Spínola…
Manuel Luís Lomba
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Nota do editor
Último poste da série de 24 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13530: Efemérides (173): Romagem anual ao Cemitério de Lavra / Matosinhos, de homenagem aos combatentes mortos na Guerra do Ultramar, levada a efeito no passado dia 8 de Agosto de 2014
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Guiné 63/74 - P13668: Efemérides (174): Os guineenses libertaram-se de Portugal mas não se libertaram da opressão (Manuel Luís Lomba)
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10 comentários:
Caro camarada L.Lomba
Se tivesses escrito apenas opiniões nada teria a criticar ..são as tuas opiniões e tens todo o direito a tê-las.
Quando passas a relatar factos incorrectos, se bem que nesta altura do "campeonato" até sejam irrelevantes,na minha opinião,terás que ter mais cuidado...pela simples razão de que não correspondem à verdade.
Por exemplo...a independência não foi proclamada em território da Guiné-bissau..e o que relatas sobre Guilege e Gadamael tem erros e omissões.
Um alfa bravo
C.Martins
Caro camarada Luis Lomba.
As tuas opiniões (e espero que não sejam conclusões) são extraordinárias. Conheci um ex-colono de Angola, dos anos 1920, ele é que se assim se considerava, que me disse: quem fomentou a guerra nas colónias portuguesas em África foi o De Gaulle, para que os portugueses fugissem e fossem mão d' obra barata a trabalhar para França. Conclusão bastante 'esgalhada' para não dar importância ao grande movimento que foi criado para a independência as ex-colónias africanas.
A nossa geração e, praticamente, quem nasceu entre 1940 e 1954 teve que ir para guerra, ainda que ela já tivesse, entretanto, acabado. Não desculpo a ninguém este facto, de ter passado quase 4 anos da minha juventude na tropa.
Por isto, caro Luis Lomba, não vamos abrir armários já fechados, porque vamos lá encontrar farrapos velhos, desdenhados, desbotados e aranhas com peçonha no seu ventre.
Cada povo escolhe o seu caminho e levam tempo a encontrar o caminho certo.
Mas como reflexão: Teixeira Pinto foi à pressa em 1912, senão lá ia a colónia, se calhar para os alemães, a catedral de Bissau é dos anos 1930/40, até estas datas o que havia por lá? E já tinham passado 400 anos.
Nós fomos aguentar a paranoia duns que ficaram, irremediavelmente, parados no tempo.
Um grande abraço
Valdemar Queiroz
"Parados no tempo"e...em que triste tempo.
Prezado camarada Caria Martins:
Como escreveria o "camarada" Saramago, opiniões, opiniões; factos, factos. Desde já reconheço e reparo um erro, por falta de cuidado: Cabral não regressou de Moscovo em finais de 1973, para morrer em Janeiro desse ano; regressou em finais de 1972! E como é teu saber de ciência profissional (e meu saber pela ciência da idade), o homem aos 72 anos não é o mesmo dos seus 20! E um senhor também grisalho, que dá pelo nome de Albert (Einstein), relativizaria dizendo que a recordação naquela idade a será susceptível de perspectiva falsa.
Um ab
Manuel Luís Lomba
Prezado camarada Caria Martins:
Como escreveria o "camarada" Saramago, opiniões, opiniões; factos, factos. Desde já reconheço e reparo um erro, por falta de cuidado: Cabral não regressou de Moscovo em finais de 1973, para morrer em Janeiro desse ano; regressou em finais de 1972! E como é teu saber de ciência profissional (e meu saber pela ciência da idade), o homem aos 72 anos não é o mesmo dos seus 20! E um senhor também grisalho, que dá pelo nome de Albert (Einstein), relativizaria dizendo que a recordação naquela idade a será susceptível de perspectiva falsa.
Um ab
Manuel Luís Lomba
Caro Amigo Manuel Luís Lomba: Li com muita atenção o que escreveste e agradeço-te o que me fizeste aprender, embora algumas coisas já soubesse. E olha que admiro a tua coragem, que provavelmente irá criar alguma controvérsia aqui nos comentários. Só te digo: estou contigo e não temamos dizer as verdades, mesmo que incomodem. Um ABRAÇO.
Veríssimo Ferreira
Em 27 do corrente tinha mandado a seguinte mnensagem ao Manuel Luis Lomba:
Obrigado, Manuel, é uma oportuna, corajosa e lúcida reflexão sobre os 40 da independência da Guiné-Bissau [GB]. [Ou 41, tanto faz...].
Não preciso de te dizer que o nosso blogue é plural, o mesmo é dizer que podemos ter (e temos) diferentes leituras dos acontecimentos e da história de que fomos protagonistas, nuns casos, figurantes, noutros...
Não defendo nem nunca defendi o "politicamente correto"... Interessa-me a verdade sem hipotecar a amizade e a sã convivência entre os dois povos, os portugueses e os guineenses...
Vou pedir ao Carlos que publique, ainda em setembro, o teu texto na série Efemérides... Temos a obrigação de alimentar a memória dos putos de hoje, aqui e na GB... E honrando sempre a memória dos nosos bravos...
O blogue é uma ponte entre o passado e o futuro... Também temos de alimentar a esperança de que a GB há-de encontrar o seu caminho...
Obrigado pela tua colaboração. Um bom fim de semana. Abraço fraterno. Luís
Sim senhor, pluralidade de opiniões e pontos de vista.
É bom, muito bom. E saudável!
Concorde-se, ou não, com o que está desenvolvido, trata-se de um trabalho bem apresentado, estruturado, intrinsecamente honesto na sua construção.
Não concordo com tudo o que diz e com as possíveis ilações daí decorrentes, mas não vou por aqui fazer observações.
Não se trata de desapontar o meu amigo Veríssimo, que previa alguma controvérsia, mas sempre esclareço que não tenho qualquer incómodo com pontos de vista diferentes dos meus, sempre que são apresentados de forma séria e honesta e não do tipo 'caceteiro' que infesta a internet, principalmente o "Face".
Abraço
Hélder S.
Caro amigo Manuel Lomba
Peço desculpa por deixar passar a gralha do fim de ano de 1973, quando se via que tinha de ser 1972. O texto é muito longo e por mais que nos esforcemos passa sempre qualquer coisinha.
Já corrigi
Vinhal
Camarada Luís Lomba:
Se eu te quisesse rebater ponto por ponto, já que eu não concordo com o que escreveste, teria que fazer um texto tão longo como o teu.
Resultado final eu não te iria convencer, como tu não me convences a mim. Os das nossas cores continuariam iguais, azuis, verdes ou vermelhos.
Camarada estamos velhos e enquistamos em ideias que boas ou más dão suporte à nossa constituição física e psicológica.
Vive la diference!
Quando passares pelo Porto, eu gosto da controvérsia, vem beber um copo comigo, ou vários e podemos discutir este assunto como inimigos, para no fim bebermos mais um copo e brindarmos à paz.
Um grande abraço
Francisco Baptista
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