1. Mensagem do nosso camarada António Rosinha (foto à esquerda, em Pombal, 2007, por ocasião do II Encontro Nacional da Tabanca Grande; foi fur mil, ainda do tempo da farada "amarela", em Angola, 1961/62; topógrafo em Angola, para onde foi adolescente, africanista de alma e coração, regressou a Portugal em novembro de 1974, emigrou para o Brasil da ditadura militar (que vigorou de 1964 a 1985), e mais tarde para a Guiné-Bissau do partido único, onde trabalhou, de 1978 a 1993, na empresa TECNIL, ao tempo do Luís Cabral e do 'Nino' Vieira, "camaradas", "heróis da liberdade da pátria", que ele conheceu bem no poder; entrou para o nosso blogue, em 29/11/2006, é um histórico da Tabanca Grande; é autor da série "Caderno de Notas de Um Mais Velho"; tem cerca de 150 referências no blogue).
Data - 17 de julho de 2025 14:13
Assunto - Os internautas e o racismo (em) "português"
Entre verdades, mentiras e fantasias, parece um fenómeno ver tanta gente a analisar, esmiuçar e excomungar os últimos 610 anos da história de Portugal, 1415-2025.
Assunto - Os internautas e o racismo (em) "português"
Entre verdades, mentiras e fantasias, parece um fenómeno ver tanta gente a analisar, esmiuçar e excomungar os últimos 610 anos da história de Portugal, 1415-2025.
Já se misturam as viagens dos Descobrimentos com as colonizações e escravidões, e no caso dos brasileiros e brasileiras, que descobriram a terra de origem de Cabral há apenas poucos anos, estranham imenso o comportamento do "portuga" que conheciam há séculos na sua rua vendendo cachaça no botequim da esquina, comparando com o comportamento dos portugas que vieram encontrar em Lisboa e arredores.
"Brasileiro, vai prá tua terra"
São historiadores, antropólogos, filósofos, poetas, políticos, gente de todas as latitudes e longitudes, mas principalmente o que vai do Minho a Timor, e de Goa a Mato Grosso do Sul, mas principalmente na ex-capital do império, onde parece que veio reunir-se pelo menos um representante de todos aqueles cantos do mundo.
São facebook, blogs, youtube, jornais... e coisas que não pratico, tudo emite opinião sobre o assunto mencionado, o característico, ou incaracterístico racismo dos portugueses.
E depois entra o colonialismo e a escrividão africana, que foi a mais infernal aos olhos de hoje..
E aparecem os queixosos como se fossem eles sofrer o que sofreram os seus quinquavós, sem terem a certeza se este foi o escravo ou o do chicote, e outros o contrário, a pedirem perdão pelo seus antepassados esclavagistas, sem saberem se eles foram escravos ou esclavagistas.
Tem gente surpreendida, pois verifica que, ao fim de séculos, não sabe de que lado ficar, se do lado do que foi colonizado, se do lado do que foi colonizador, que sendo fruto dos dois, (no Brasil agora chamam-se de pardos) pois ficou entre um e o outro, sem saber para onde se virar.
E subentende-se automaticamente que o principal culpado da sua existência é quem???
Daí, até tem virtude um bom apartheid, onde se evitava uma futura hierarquia. Matizada, em que fica muita gente baralhada, com o resultado final do fenómeno da mestiçagem, ao qual pertence.
Mas, de facto, o português, racista ou não, ou incaracteristicamente racista, deu e dá azo a muitas queixas, ao querer isentar-se de culpas que lhe são atribuídas pelos colonialismos que fez, ou não fez e devia ter feito.
É preciso desmascarar o racismo português, dizem alguns, "o meu pai era português, mas tinha criados e lavadeira e não os mandava à escola".
Mas a autoflagelação de alguns portugueses "que teremos que devolver às antigas colónias aquilo que trouxemos de lá", só me faz vir à ideia que termos que fazer uma grande cerimónia para entregar a Moçambique o grande Eusébio, criando uma vaga na igreja de Santa Engrácia.
Como retornado tento não fazer humor com este assunto, mas é difícil resistir.
Não serão vítimas de bullying, de todos os lados, os heróis do mar?
Quando joga a seleção nacional, verificamos sempre se há alguém que não soletra o hino nacional.E verificamos se não fica corado, quando o faz.
Um autor (Paulo Varela Gomes) ficcionou um inglès de olhos azuis e loiro e outro inglês sem olhos azuis nem loiro, em viagem a Goa,
Um tinha tratamento à inglesa, o outro insistentemente com tratamento um pouco menos, e tinha que provar que não era português.
Fico por aqui, para não me esticar demais.
Cumprimentos
Antº Rosinha
"Brasileiro, vai prá tua terra"
São historiadores, antropólogos, filósofos, poetas, políticos, gente de todas as latitudes e longitudes, mas principalmente o que vai do Minho a Timor, e de Goa a Mato Grosso do Sul, mas principalmente na ex-capital do império, onde parece que veio reunir-se pelo menos um representante de todos aqueles cantos do mundo.
São facebook, blogs, youtube, jornais... e coisas que não pratico, tudo emite opinião sobre o assunto mencionado, o característico, ou incaracterístico racismo dos portugueses.
E depois entra o colonialismo e a escrividão africana, que foi a mais infernal aos olhos de hoje..
E aparecem os queixosos como se fossem eles sofrer o que sofreram os seus quinquavós, sem terem a certeza se este foi o escravo ou o do chicote, e outros o contrário, a pedirem perdão pelo seus antepassados esclavagistas, sem saberem se eles foram escravos ou esclavagistas.
Tem gente surpreendida, pois verifica que, ao fim de séculos, não sabe de que lado ficar, se do lado do que foi colonizado, se do lado do que foi colonizador, que sendo fruto dos dois, (no Brasil agora chamam-se de pardos) pois ficou entre um e o outro, sem saber para onde se virar.
E subentende-se automaticamente que o principal culpado da sua existência é quem???
Daí, até tem virtude um bom apartheid, onde se evitava uma futura hierarquia. Matizada, em que fica muita gente baralhada, com o resultado final do fenómeno da mestiçagem, ao qual pertence.
Mas, de facto, o português, racista ou não, ou incaracteristicamente racista, deu e dá azo a muitas queixas, ao querer isentar-se de culpas que lhe são atribuídas pelos colonialismos que fez, ou não fez e devia ter feito.
É preciso desmascarar o racismo português, dizem alguns, "o meu pai era português, mas tinha criados e lavadeira e não os mandava à escola".
Mas a autoflagelação de alguns portugueses "que teremos que devolver às antigas colónias aquilo que trouxemos de lá", só me faz vir à ideia que termos que fazer uma grande cerimónia para entregar a Moçambique o grande Eusébio, criando uma vaga na igreja de Santa Engrácia.
Como retornado tento não fazer humor com este assunto, mas é difícil resistir.
Não serão vítimas de bullying, de todos os lados, os heróis do mar?
Quando joga a seleção nacional, verificamos sempre se há alguém que não soletra o hino nacional.E verificamos se não fica corado, quando o faz.
Um autor (Paulo Varela Gomes) ficcionou um inglès de olhos azuis e loiro e outro inglês sem olhos azuis nem loiro, em viagem a Goa,
Um tinha tratamento à inglesa, o outro insistentemente com tratamento um pouco menos, e tinha que provar que não era português.
Fico por aqui, para não me esticar demais.
Cumprimentos
Antº Rosinha
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Nota do editor LG:
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