quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Guiné 63/74 - P9311: (Ex)citações (171): A propósito de citações e comentário do Mais Velho (José Manuel Matos Dinis)

1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis* (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), com data de 3 de Janeiro de 2012:

Olá Carlos, boa noite,
Estive alguns dias a alentejanar, sem computador nem sinal de telemóvel, e ao chegar a casa tinha alguma curiosidade em ver o Blogue. Antes da minha partida já o Zé Brás tinha-me enviado uma nota sobre o que se propunha fazer, e acho que lhe transmiti entusiasmo. Também já o Joaquim tinha feito um poste de oposição, onde inseri um comentário. Faltava-me ver os restantes. Por isso, escrevo agora a propósito de um comentário do António Rosinha, que me parece susceptível de correcção, e talvez ajude à melhor compreensão do fenómeno colonial português, sobre a questão das concessões, e de truques para parecer o melhor dos mundos, sustentado em números de grande hipocrisia, onde o interesse particular primava sobre o público.
Se julgares que estas linhas podem corroborar os textos do Zé Brás, ficas à vontade para o fazer.


A propósito de CITAÇÕES, post 9286**, e comentário do ´"Mais Velho"

Desde meados do sec. XIX que se sabia do potencial económico sustentado na riqueza mineira de Angola, bem como do potencial económico que a agricultura poderia proporcionar. O estado facilitou a demarcação de terras para explorações agrícolas, e criou legislação que facilitava o recurso à mão de obra, sendo que, em alguns casos, mediante a corrupção ou subordinação de sobas e chefes tribais. Até àquela data Angola era um imenso território onde viviam tradicionalmente as tribos, sem qualquer organização político-administrativa (que se limitava às regiões próximas das cidades do litoral), para além do traçado das fronteiras.

A situação dos indígenas, que eram sujeitos a trabalhos quase-forçados, ou à condição de quase-escravos, está bastante documentada, e os resultados agrícolas causavam espanto na metrópole. Com a segunda nomeação de Norton de Matos para Alto-Comissário, o general exigiu condições que podem resumir-se pela "garantia de governar Angola durante, pelo menos cinco anos, e de lhe serem disponibilizados fundos necessários para desenvolver a colónia, ou deixarem que os arranjasse contraindo empréstimos". Entretanto, o Parlamento consagrou a autonomia administrativa e financeira das colónias. Tinha em mente grandes projectos de obras públicas, nos portos de mar e nos caminhos de ferro, pelo que tentou negociar empréstimos em Inglaterra. "Enquanto na Europa se tratava de assuntos da maior importância para o futuro do continente e do mundo, tentando Afonso Costa defender ao máximo os nossos interesses no âmbito da Sociedade das Nações, a deplorável situação política interna acarretava-nos o descrédito dos outros países, que consideravam Portugal ingovernável". Lançou um plano de obras públicas que ampliava a rede de caminhos-de-ferro, a construção e ampliação de portos de mar, a abertura de estradas, e uma rede de comunicações telegráficas. "O seu primeiro ano foi, assim, em grande parte dedicado a produzir o suporte administrativo e legal dos meios postos ao dispor do desenvolvimento da província". ... "Este quadro legislativo foi ainda completado com diplomas que atendiam a aspectos da educação, da posse da terra, da exploração dos recursos naturais e, finalmente, com os decretos sobre o trabalho e a protecção do indígena, que tão fundos dissabores acarretariam para o alto-comissário". Tornou-se por esta razão um homem a abater, e acabou antecipadamente destituído.

Digamos que, em Angola, a Administração andou colada aos interesses particulares, nomeadamente os das empresas que garantiam o progresso. Ora, como vimos antes, o Estado não reunia meios para o fomento da província, pelo que muitas infraestruturas eram garantidas por contratos de exploração com empresas de capitais migrados que, em contrapartida, conseguiam condições muito vantajosas para instalação e desenvolvimento dos seus negócios. Foi o que aconteceu com a Companhia de Diamantes de Angola, "um estado dentro do estado", no dizer popular, que construía barragens e fornecia electricidade para vastas regiões (embora os autóctones pouco ou nada beneficiassem dela), "garantia" a assistência médica e medicamentosa através de pequenos hospitais e dispensários (houve trabalhadores que diagnosticados de gripe exibiam nas suas fichas a resochina como tratamento, e outros sujeitos a cirurgias hediondas), que, no Cafunfo, chegou a contratar "snipers" para combater a "camanga", e uma grande parte dos vinte mil trabalhadores rurais que era oriunda das tribos do sul, atravessaram a pé o território angolano, devidamente enquadrados por guardas, e definitivamente separados das famílias.

Sobre o episódio entre Adriano Moreira e Venâncio Deslandes, em 1962: "ao provocar a demissão do General Deslandes após um processo de averiguações em que este terá sido acusado de se haver transformado em bandeira dos separatistas de Angola", estava lançado um período de desenvolvimento, e o governo viu-se obrigado a aumentar as autonomias das províncias.

Refere o meu estimado António Rosinha que todas as empresas de capitais estrangeiros a operar em Angola, portaram-se sempre dignamente para com o estado português. Não me parece que tenha sido assim, pelo menos no que respeita à exploração diamantífera. Já vimos como socialmente a Companhia deixou muito a desejar. Veremos agora como se processava o negócio e os efeitos decorrentes para a economia nacional:

Durante dezenas de anos a C.D.A. - Diamang teve o exclusivo para prospectar, definir as zonas de "claims", e explorar em todo o território de Angola. Era monopolista. Na composição do capital social o Estado detinha 51%, e o restante correspondia a participações de empresas estrangeiras que integravam o "trust" (capitais de confiança), que dirigia e controlava o negócio mundial (com insignificantes excepções).

A Diamang chegou a ostentar dezassete administradores, três executivos, e os restantes, em proporções parecidas, ora representavam o capital externo, ora representavam uma prateleira dourada de antigos governantes e pessoas gradas ao regime, e que parecia poderem defender o interesse nacional.

blá-blá, anos a fio. No que à cotação dos diamantes respeita, e qualquer pessoa pode saber pelas estórias dos camanguistas, deve ter-se em conta a qualidade superior das gemas angolanas, o principal factor de valorização, associado ao peso, grau de purificação e modelo de cristalização, e tentar perceber porque eram vendidos ao preço médio - cotação, tal e qual os diamantes russos ou liberianos. Pois é, o "trust" manipulava os preços. E Salazar saberia que era fácil de abater.

Não satisfeito ainda, no início da década de 70 começou a Condiama a prospectar em Angola. A empresa era constituída essencialmente por capitais do "trust". Falava-se em "abertura" do regime. Coisa para oligarquias! Quer dizer que a empresa tinha obtido acesso a zonas que eram exclusividade da Diamang. Mais curioso, porém, foi que os diamantes provenientes da prospecção efectuada pela Condiama, eram guardados no mesmo cofre da Diamang, na Estação Central de Escolha, em V. P. de Andrada, no que podemos considerar uma medida absurda e de promiscuidade, difícil de entender. Em 1972, o então director-técnico da C.D.A. manifestou oposição à actividade e às circunstâncias da Condiama, e ao prejuízo resultante para o interesse nacional, e foi promovido a uma prateleira dourada, sem intervenção significativa, pelo que se demitiu. "Seguiu a marinha". Os acontecimentos subsequentes (a independência) não o permitem confirmar, mas tudo indica que o "trust" era guloso e queria mais, e mais àvontade, pelo que, a prazo, a Diamang poderia tornar-se inviável face à relação custos/rendimento, enquanto a Condiama daria provas de "boa gestão e progresso". Ora estas manobras só eram possíveis com a conivência de gente muito bem instalada e acesso aos cordelinhos, sem enfermar do espírito patriótico que pode tolher as boas iniciativas.

Assim, desafio os historiadores e especialistas mais credenciados, a desenvolverem estudos comparativos, que, certamente, vão permitir verificar como a sociedade portuguesa foi altamente lesada, e o desenvolvimento angolano inibido de mais e melhores resultados, em lugar de a tudo e nada recorrerem para minimização do estudo do Zé Bràs, que só falhou pela nota de cansaço.

De Portugal, na época. pode dizer-se que comportou-se ingénua e teimosamente, como um país colonizador que, afinal, não passava de um instrumento útil à prossecução dos interesses das grandes fortunas, ontem e hoje, as verdadeiras colonizadoras. Mesmo assim, a guerra em Angola praticamente terminou por virtude do desenvolvimento sócio-económico.

Nota bibliográfica:
- Relatórios do Banco de Angola;
- Memórias de África , de Jorge Eduardo da Costa Oliveira;
- Norton de Matos - biografia, de José Norton;
- Salazar, vol V, Franco Nogueira
- Coisas do Tempo Presente, de Cunha Leal
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Dezembro de 2011 Guiné 63/74 - P9285: História da CCAÇ 2679 (45): Um aniversário em Bajocunda (José Manuel Matos Dinis)

(**) Vd. poste de 29 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9286: (Ex)citações (170): As colónias portuguesas antes da Guerra (3): Guiné e Cabo Verde - Notas finais (José Brás)

27 comentários:

antonio graça de abreu disse...

Mais blá-blá, burilado agora pelo Zé Dinis.
Mas será que, quarenta anos depois da nossas idas para a Guiné, ainda somos todos tão ignorantes que precisamos que nos expliquem a natureza do mau colonialismo português, que que forneçam, os dados (falsos!) e nos digam as razões porque fomos parar à Guiné? Não existiam cinco séculos de História por detrás? E naturalmente, os negócios, o comércio nacional e internacional, a luta pela vida, os homens uns com os outros, uns contra aos outros, as sociedades e o mundo.
Os que não conseguiram deglutir e reciclar as falsidades em que acreditaram, os "amanhãs que cantam" ficaram assim, tortos e enviesados para toda a vida.
É a minha opinião. Parafraseando Eduardo Lourenço, eu procuro simplesmente entender, compreender e não criticar quem quer que seja.
E, por bem, tenho aprendido muito com o blogue.


Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Julgo que,ao comentarmos,todos procuramos o diálogo.Não creio que certos termos, referindo camaradas que possam ter opiniões divergentes, levem a qualquer forma de diálogo construtivo.Não é exclusivo nosso o acesso a expressões menos correctas, na forma e conteúdos, que possam vir a ser "arremessadas".Conviccäo de opiniões não deverá levar a intolerâncias de iluminados.O termo "reeducacäo", muito usado por certas formas de comunismos orientais, acabou (na prática) por dar o resultado que deu.Julgo não ser isso o procurado nestes comentários de pensamento não único. Um abraço.

Antº Rosinha disse...

Amigo Diniz, misturaste o tempo de colonização de Afonso Costa (Norton de Matos) Salazar e Marcelo Caetano.

Como este nosso/vosso blog guineense não tem espaço para tantos anos de colonização, vou por agora dar-te a versão indigena dos anos 50 sobre o que era a nossa colonização centenária.

Era a colonização pela técnica "DO TAMANCO"

Então era assim que os indigenas falavam: O "branco" descia escorregando por uma tábua lá de xima das berças até Alcântara´onde embarcava.

Desembarcava em Luanda, chegava à primeira sanzala com umas mercadorias montava uma palhota com umas prateleiras e um balcão.

Atrás do balcão pregava uns tamancos no chão.

De manhã montava os tamancos, e à noite ia para tráz das prateleiras onde estava a mãe dos seus mulatos à espera dele na esteira.

No outro dia de manhã, lá montava novamente os tamancos...e assim por diante.

José Manuel, fui de tamancos embarquei em Alcantara com carta de chamada e beliche de porão pago por mim, trabalhei no referido "Cafunfo" lugar quase mitológico de fama diamantífera.

Os trabalhos braçais da minha actividade eram executados por aqueles indigenas quase escravos como referes. Foram muitos escravos desses de muitas regiões que eu e colegas usavamos.

Conheci os indigenas que me contavam a nosa história dos tamancos: gente da geração de Lucio Lara, Agostinho Neto, Amilcar Cabral etc. alguns foram meus chefes profissionalmente e alguns até me deram a recruta em Nova Lisboa. Foi com eles que aprendi a colonizar.

Alguns deles, muitos aliás, vieram comigo para Portugal quando vim como "retornado".

José Manuel, mais tarde fui trabalhar para Guiné (13 anos) onde como cooperante vi Suecos desistirem da sua "colonização" com sede em Bula.

Como cooperante uns "indigenas" guineenses denunciavam-me que estava ali «só para ganhar muito dinheiro» e bom mesmo era o colon, que trabalhava, fazia horta, fazia casa e dava trabalho às "pissoa".

José Manuel e José Braz, um dia vou escrever tudo o que vi em Angola, desde a guerra à paz, e que milhares de retornados, (que ainda hoje não se atrevem a dizer em público que o são), não chegaram a ver porque eram citadinos e era como se vivessem em Lisboa.

E sobre diamantes, e outos negócios e seus bastidoes, é dificil saber das linhas com que Salazar se cozia.

Para já, foi fabuloso o que se fez de tamancos.

E, hoje se olharmos para nós é de perguntar se fomos mesmo capazes de fazer tanto de tamancos.

Só ficou para traz Goa e São João Batista de Ajudá!

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Evidentemente, para esta "saga" já dei e nada mais quero dizer, não porque me renda às afirmações de AGA sobre "a forma moderna(ça) de ler a história. Sei que a leitura da história será sempre dos vencedores e os vencedores são os alunos de Milton Friedman que puseram o mundo no estado em que está. Claro, eles têm uma forma nova de ler a história e a justiça e as relações entre os cidadãos e os países.
Estou de acordo com o António Rosinha sobre esse colonialismo de tamancos e isso é justamente o que tenho dito. Diz ele que ficou obra grandiosa e eu digo que nem tanto assim porque como ele vi um país novo de onde saíram os portugueses e não ficou um negro pedreiro ou carpinteiro ou barbeiro ou tratorista ou...Vi chara barcos carregados de camiões que passados 8 dias estavam avariados, por um lado porque eram produto da pobre indústri média soviética e em parte porque os portugueses faziam todos esses ofícios e não ensinaram os negros a trabalhar fora da sua tradição agrícola ou a meter a cana no engenho.
Houve dois comentários a semana passada que me deixaram entusiasmado. Um foi do camarigo Mexia Alves sobre a possibilidade de um estudo semelhante ao meu mas sobre o colonialismo soviético. Parti do princípio que iria aparecer. Bem sei que não é fácil porque, de facto, não existiu nas colónias portuguesas antes da guerra.
Contudo, se quisermos especular, a partir do que se viu após o fim da guerra colonial, dá para perceber que não seria melhor que americano, inglês, francês ou outro qualquer. O que vi em Angola e em Moçambique e mesmo nas costas da Guiné dá-me para confirmar que a natureza de qualquer colonialismo é a rapina do que houver para sacar. Dava-me ainda mais nojo assistir à sua arrogância e racismo radical, porque, nessa altura sim, era um comunista praticante.
O outro comentário penso que foi do Luís Faria (se não foi peço desculpa) sobre a ideia de perceber até que ponto a estratégia de Salazar atrasou a instalação dos soviéticos nas colónias portuguesas e estou de acordo com o seu pensamento, embora continue a acreditar que o melhor meio de evitar a penetração soviética teria sido negociar em vez de guerrear; salvaguardar interesses legítimos de portugueses instalados na economia em vez de inviabilizar a sua presença. Além do mais, essa seria a estratégia certa para garantir interesses portugueses na troca útil para os dois lados.
José Brás

Antº Rosinha disse...

O conceito de colonização cada um tem o seu próprio conceito.

E para as nossas fraquezas/forças, o que ficou foi fabuloso, se olharmos para aquilo que somos nós (principalmente o que está à vista de nós neste momento).

Zé Braz, ensinar pedreiros ou médicos, padres ou doutores, explorar riquezas naturais, e mete-las ao bolso ou distribuir, isso qualquer um faz.

Mas "esculpir" aquelas milhares de quilómetros de fronteiras, em tantas latitudes é que é o meu conceito de colonização.

A Guiné, por exemplo, só foi possível com o esforço de portugueses como o Spínola e Amilcar Cabral, tu próprio Zé Braz e eu.

Pouco antes de 1961 ainda Sekou Touré dizia que Guiné havia uma só.

E em 1998 a Guiné esteve "com a corda no pescoço".

Enquanto as potencias europeias faziam os mapas cor de rosa e amarelos e azuis a lápis, nós só a escopro e martelo.

Eu não quero dizer que os angolanos, guineenses, timorenses e todos, nos devam as fronteiras que teem, até porque alguns nem as querem, caso de algumas bocas guneenses e timorenses, (Moçambique não sei), mas juntamente com a maioria daqueles povos conseguiu-se "o milagre".

Sabemos que os Holandeses sairam da Baia (Brasil) e de Luanda em 1640, não foi com portugueses de Lisboa.

Cumprimentos

JD disse...

Meu amigo AGA
Já aqui chamei a tua atenção para não comentares pela rama, não comentares o que não sabes, nem denegrir quem não gostas. Por vezes, acho eu, devias tomar uns calmantes prévios ao que comentas.
Sinto-me ainda confrangido pela granizada de afirmações e negações gratuitas, e tiradas do tipo menosprezante com que brindas quem imaginas que te faz sombra. Desengana-te! Ninguém te faz sombra, pela simples razão que generosamente não escondes, de que tu és a luz.
Nem precisas de referir cursos e pós-graduações, nem a amizade recorrente de generais e doutorados, porque as tuas manifestações de ego prolixo iluminam o saber, simples ou composto.
Eu também sou emotivo, e este comentário é uma réplica ao teu desaforo: se não gostas do tema, podes tomar a tua posição; se houver incorrecções no exposto, podes clarificar; não deves, por uma questão estética repetitiva que te fica mal, dizer que os dados são falsos, sem mostrares os correctos; adulterares que a evolução histórica revela uma dinâmica que justifica a sucessão dos acontecimentos, que compete aos historiadores interpretar e sistematizar. Dances tu a música que entenderes.
E depois, à francesa, doucement, com aquela de não criticares quem quer que seja, baldas-te. Desde quando é que não criticas (ainda que veladamente) quem eleges como adversário? Deixa-te de mariquices!
No geral gosto da tua poesia, mas quando descambas para a prosa, com discursos directos e indirectos, pareces a antecipação de um terramoto e imagino-te a apreciar os estragos com a baba a correr-te pelo canto da boca.
Imagino, António, que tens deste local a ideia de um sítio onde se praticam umas guerras porreiras, onde apareces impante e pões o pessoal em sentido e, last but not the least, até te divulgam o diário, essa obra sublime onde dizes nicles para além de banalidades e do teu pobre espírito.
Recorro à tua expressão de "fico-me por aqui", porque não me apetece continuar neste tom, e declaro preferir a tua companhia em torno de uma feijoada.
Um abraço
JD

JD disse...

Meu Caro Rosinha,
Estou de acordo com o conteúdo do teu comentário, e da imagem do cantineiro que chegava a Angola como referes. E, muito importante, referes como os indigenas comentavam a prosperidade dos portugueses. Também trabalhei com gente simples que me fez idêntica conversa.
A tua experiência de africanista, que por várias vezes afloraste, parece-me, pode merecer uma publicação do teu testemunho, a juntar às já existentes. Quem me dera ter saber e inspiração para isso. Mas já existe bastante bibliografia que me delicio a ler.
E como dizes, Angola, sob a bandeira lusa, tornou-se uma sociedade florescente, e com alguns rasgos de boa qualidade. Infelizmente, não posso ignorar que os grandes lucros eram encaminhados para o exterior.
Um abraço
JD

antonio graça de abreu disse...

Ai, Zé Dinis, Zé Dinis! Tem todo o direito de não gostar de mim, mas dizes muitas coisas que não te ficam bem:

"Imagino, António, que tens deste local a ideia de um sítio onde se praticam umas guerras porreiras, onde apareces impante e pões o pessoal em sentido e, last but not the least, até te divulgam o diário, essa obra sublime onde dizes nicles para além de banalidades e do teu pobre espírito."

Recicla-te e trata-te, Zé Dinis.
E volta a ler o meu primeiro comentário acima. Não me parece ser assim de tão difícil entendimento.

E já agora um abraço forte ao António Rosinha.
É o saber de experiência feito, ele viu tudo "claramente visto".

Abraço,

António Graça de Abreu

Unknown disse...

Caros Amigos e Antonio Rosinha.

P'la primeira vez estava a lêr o seu comentário e estava pensando; o sujeito perdeu a cabeça... Até está escrever uma realidade do colonialismo (emigratório) português.
Algo me supreendeu a meio do coments, mas continuei.
Agora se permite questiono-o, se for do seu agrado responder.

Escreveu: ''Conheci os indigenas que me contavam a nosa história dos tamancos: gente da geração de Lucio Lara, Agostinho Neto, Amilcar Cabral etc. alguns foram meus chefes profissionalmente e alguns até me deram a recruta em Nova Lisboa. Foi com eles que aprendi a colonizar.''

Pergunto. Porquê da geração dos indiginas com os nomes mencionados e não os nomes de outros indiginas fieis servidores da monenclatura colonialista portuguesa ???

Escreveu:''Alguns deles, muitos aliás, vieram comigo para Portugal quando vim como "retornado".

Pergunto: Porque vieram para o país colonizador na condição de 'retornados', quando eram filhos daquelas terras ???

Creio que tambem me apetecia perguntar de que forma ou método se colonizava os povos africanos, se era belga, holandês, francês, ou refinadamente português.

Ou seja, aquilo que eu estava a lêr como um aspecto da realidade corrente naquelas paragens (já lhe disse oportunamente que meu pai foi um colonialista da pior espécie) à época, logo se tranformou numa almofada, para um ataque (no mininimo um dedo acusatório) a lutadores pela liberdade e indepedência das ex-colónias portuguesas.
E é somente isto,que desejava manifestar.
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Caro António Graça Abreu, sempre esperei mais de si. (Quem sou eu !!!). Mas creio que faltam páginas nos seu livros sobre HISTÓRIA.

Um abraço para todos e cada um.

Carlos Filipe
ex-CCS BCAÇ3872 Galomaro/71

Juvenal Amado disse...

"Os que não conseguiram deglutir e reciclar as falsidades em que acreditaram, os "amanhãs que cantam" ficaram assim, tortos e enviesados para toda a vida".

Voltamos sempre ao mesmo António Graça Abreu.
Parece que o teu passado de crente "nos amanhãs que cantam" te deixou uma azia permanente, que tentas a todo o custo expulsar.
Não te enganes só deixaste de professar uma ideologia para te dedicares a outra.
Mas fico contente por estares satisfeito com os autores em que o J. Dinis se baseou para escrever este trabalho. Não sei, mas talvez até à sexta geração não haja ninguém ligado aos "tais".

Um abraço

Anónimo disse...

SOLDADÓ

É título de um livro de Carlos Vale Ferraz (pseudónimo literário de Carlos Matos Gomes), que recomendo vivamente a todos os Camarigos, que gostam e se vão aculturando com as leituras do Diário da Guiné, não o do MBS, mas o outro, vão ver que se divertem mais. Livro com uma narrativa bem mais interessante, terão que o ler para se certificarem, pois tenho apenas o ensino secundário e não passei de um simples furriel, o que não me habilita a criticar/comparar as duas obras, mas arrisco. Verão que vão encontrar muitas analogias entre as duas obras.

Lá vão encontrar o narrador, Alf. Milº, jovem idealista de 24 anos, licenciado, criado no meio de gente importante, a quem deve a especialidade de Intendência e Contabilidade.

O vigoroso Comandante, um T- Coronel, sempre pronto a dar uma porrada.

O capitão Gorgulho, o "caga-baixinho" que ninguém respeita (porquê respeitar um alferes?),professor primário, e que esperava o regresso, corrigindo frases mal conjugadas assentes nos autos.

Um extraordinário oficial de Operações, Majorué.

O Sargento que nunca se engana, e que no fim de contas é quem faz a guerra andar para a frente.

E a personagem mais importante da obra, na minha óptica, o SOLDADÓ(Fergusino do Ó).
Básico que não sabia ler nem escrever mas foi pau para toda a obra: foi cangalheiro, sacristão, fiel de armazém, projeccionista de filmes pornográficos e até piloto e guarda-costas de cívicas excursões de prostitutas. Funções que podem não ser tão importantes como a do autor do Diário de Guiné, mas sem as quais a guerra não se fazia.

Querem saber mais? Comprem o livro ou visitem uma biblioteca.

Para terminar, nada me move contra ninguém, apenas desejo que abram as mentes e se deixem de m...., tais como complexos de superioridade.

Cumprimentos para todos

A.Almeida

Anónimo disse...

Caros camaradas

Confesso que estou "apardalado" com os vossos comentários.
Ficaram senis ou têm alzheimer.
Se alguém tem complexos, eu não tenho.
Os portugueses partiram para os descobrimentos e posterior colonização,porquê ?
E as outras potências coloniais ?

Já passaram mais de 50 anos das pós independências e no nosso caso 38.
Será que os actuais poderes instalados na África negra são melhores do que o antigo colonizador branco.
Deixem-se de tretas.
Quero aqui salientar uma honrosa excepção..CABO-VERDE.
Passem bem e tomem juízo.

C.Martins

Anónimo disse...

Como é que dois simples textos sobre a colonização portuguesa, um do José Brás e outro do José Dinis, algo complementares e com dados quase irrefutáveis podem levantar tanta celeuma?

Porquê rotular e politizar os dois textos que, à partida, pouco têm de política, podendo até ser considerados quase pacíficos pelas verdades que contêm? E que só não vê quem não quer?

Porquê tanta referência aos "amanhãs que cantam", quando o António Graça Abreu, pelo que tem escrito e revelado (nem era necessário fazê-lo), é o homem que mais acreditou nesse slogan? Ok, depois fez uma pirueta de 180º. Nada que não se tenha passado com a generalidade dos que militaram nos grupos (ML) do pós 25 de Abril.

Tem razão o Carlos Filipe quando diz que colonialismo foi e é...colonialismo! Ponham-lhe os matizes que quiserem.

Tenho que estar de acordo com os comentários (estes e outros) do José Belo e do Juvenal Amado, pela forma geralmente serena e cordata com que se expressam.

Um abraço para todos

José Vermelho

CCAÇ 3520 - Cacine
CCAÇ 6 - Bedanda
CIM - Bolama

Antº Rosinha disse...

Olá Carlos Filipe, essa do teu pai colonialista nunca me apercebi de ler tal coisa.

Ou é alguma metáfora tua?

Se não acreditas que tive chefes africanos brancos e mestiços, desde engenheiros, chefes de secretaria etc. não te posso fazer nada.

O meu curriculo profissional:Caminhos de ferro de Angola, praticante de escritório, 18 anos.
Não digo nome mas o chefe de secção era de uma família trdicional angolana, veio parar a Lisboa.

Tinha familiares do MPLA outros eram "nim", nem sim nem não.

Mas não sejamos ingénuos Carlos Filipe .

Eu como não sou de politiquices vejo tudo calmamente.

Da Guiné vi ministros guineenses que continuavam a ser portugueses cá em Portugal.

E durante a luta, uma parte da familia estava do lado dos de Conacry, outra metade estava do lado dos de Lisboa.

Colegas meus de Angola, do MPALA lá, mas com casa cá e a receber a reforma do tempo prestado da JUnta Autónoma de Estradas.

É só uma pontinha porque este blog é da Guiné.

Anónimo disse...

Estou com o Camarada Vermelho. Apesar de saber que nunca será dito tudo, sinto que acerca disto e aqui, foi tudo dito.
Deixo só um pequeno texto que enviei a um camarada do blogue que enviou um trabalho de uma excepcional artista que apenas a lápis, retrata artistas de cinema melhor que as câmaras fotográficas. Pode parecer que nada tem a ver com este debate, mas a mim parece-me que tem tudo a ver.

"Amigos meus e amigos de meus amigos


São de facto fantásticos o talento e a técnica (sem técnica não há talento que resista e vice-versa) desta mulher.
Pena é que só conheça gente rica e famosa e nem dê pelos milhares de pobres que enxameiam as ruas de Nova Iorque, escondidos de dia, dormindo nas caixas de papel que as lojas põem na rua à noite.
Mas também não admira que não veja, porque quando, em 1970, comecei a voar para lá, os meus colegas da TAP que voavam comigo em cada viagem, também não haviam visto nenhum no Macy's e nos grandes armazéns de luxo que visitavam, nem sequer nas ruas que andavam porque estavam cheias de montras espectaculares.
Na volta, teimávamos. Eu que nem dera pelos armazéns, eles que nem acreditavam que na América houvesse pobres.
Bem queria eu que 2012 acabasse com os pobres. Ou pelo menos que não lhe aumentasse o número nas estatísticas.
Mas também os donos dos armazéns, dos bancos e dos grandes centros comerciais gostariam...porque, dizem eles, o mundo tem gente supérflua que não lhe compra nas lojas nem pedem crédito no banco.
Por enquanto, vão escondendo as estatísticas de mim, dos meus colegas que vão a Nova Iorque e da senhora que pinta a lápis."
Cumprimentos
José Brás

antonio graça de abreu disse...

Conclusão

Isto é tudo política, meus caros,

Os ricos, os pobres, os exploradores,
os explorados, os bons, os maus, os amanhãs que não cantaram.

Quando nos vêm explicar (?) as razões porque combatemos na Guiné, isto é ou não é política? Má política. Porque, no meu humilde entender, as razões explicadas, pouco explicam, são de um simplismo atroz,outra vez o mundo dividido entre bons e maus, entre exploradores e explorados, etc. Hoje não é assim que se faz História.
O António Rosinha tem vindo a demonstrar, por saber de experiência feito, e não por convicções políticas, como o entendimento dos homens e do colonialismo é bem mais complexo.

No que me diz respeito, não sou de esquerda nem de direita, nem vermelhusco nem mais para o branco,
voto sempre com enorme dificuldade,
às vezes com um certo desgosto, mas tem de ser, gosto de viver em democracia. É o mal menor. Vivi seis anos numa ditadura de partido único, de socialismo real (hoje mais capitalismo surreal!), na República Popular da China, e não gostei.
Aprendi alguma coisa.
Mas sei sempre muito pouco. E porque continuo a aprender todos os dias, às vezes deixo uns tantos comentários,
nem sempre em termos justos, reconheço e penitencio-me, mas que têm servido para animar as hostes deste admirável blogue.

É tudo. Acho que me vou calar por uns tempos.

PS. Quanto ao meu Diário da Guiné e à publicação destes últimos excertos (leiam o livro todo!) deve-se à iniciativa do Luís Graça.
Eu não lhe pedi nada.

Abraço a todos.

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Caro Graça de Abreu. Creio que vives-te uns anos mais num país da União Nacional e de Corporativismo real.Um abraço.

Anónimo disse...

Aproveitando o facto de haver por aqui "diagnósticos" gratuitos (o que nem na tão socializada saúde Sueca existe!),da escolha entre senis ou alzheimer fica ainda a dúvida se "juízo" se deve "tomar" ás refeicöes?Acompanhado só de água?Ou,tendo em conta as fortes tradicöes locais,irá bem com vodka? Um paciente.

Anónimo disse...

Camarigo AGA;

Por favor não te cales, porque se o fizeres, ficamos na pasmaceira e para tal já me basta o meu Alentejo.

A sério, muito venho eu aprendendo com estas vossas exposições e respectivos comentários, que não perco por nada. Gosto !

Um Abraço a todos os Camarigos
Joaquim Sabido
Évora

Anónimo disse...

Tu és é munto Sabido, compadri.
A genti têm é beberi um copito um dia destes. ó tu vêns a Montemori ou ê vou a Évora
Abraço
José Brás

Torcato Mendonca disse...

FRANCAMENTE,





E aos comentários disse nada.-----------------------------------------------------------------------------.-.------------.....
È longe, muita longe de èvora a montemor ou vice-versa...uma lonjura a perder uns dias de caminho.................

Abraço pró alentejo que de longe o tou vendo tenho a ponta do pau gasta e as bordas do ...ardendo....Da Feira de Castro.

Anónimo disse...

Camarigo José Brás;

Tive oportunidade no último encontro desta Tabanca Grande,em Monte Real, de me ter apresentado a ti e ao Zé Luís Vacas de Carvalho, entre outros Camarigos, se é que te recordas, sendo certo que eu não me esqueci.

Na verdade, estamos aqui tão perto um do outro e como sugeres, proponho-te já os próximos dias 11 ou 12, conforme ter for mais conveniente, para eu ir ter contigo a Montemor e podermos almoçar.
O convite é meu, diz-me só onde devo estar pelas 12,30 h., O Camarigo Torcato ou qualquer outro que se queira apresentar no local da refrega, será sempre bem-vindo.

Para não ocuparmos espaço com estas situações, liga-me para o 917 254 808, lá para 2ª ou 3ª feira a confirmar qual o dia.

Até lá...

Um Abraço
Joaquim Sabido
Évora

Para não estarmos a

JD disse...

A propósito de um pedaço de comentário do Zé Brás, sobre a eventual barreira da política salazarista como tampão para a expansão do comunismo em África:
Segundo o português José Milhazes, profundo conhecedor da ex-URSS, jornalista, autor de "Angola, o Princípio do Fim da União Soviética", ed.Vega, a potência comunista não chegou a ter especial interesse por Angola, nem as relações com Agostinho Neto podem ser classificadas de boas, nem o apoio ao MPLA pode ser comparado com o apoio interessado prestado ao PAIGC.
A URSS só com a proximidade da independência apoiou clara e declaradamente o MPLA, em contraponto ao apoio despensado pelos EUA aos outros movimentos, FNLA e Unita.
Sobre o tampão da política de Salazar: é sabido que os EUA deram apoio aos países que se rebelavam contra o colonialismo, no óbvio sentido de lhes conquistar simpatias para negociatas futuras. Depois de Kennedy houve dois blocos de influência em relação a Portugal: um que apoiava a permanência portuguesa em África sustentando o efeito tampão em relação à influência comunista, outro que mantinha a ideia de apoiar as lutas emancipalistas na àfrica portuguesa, conforme a biografia de Salazar, de Franco Nogueira. Esta dualidade de posições manteve-se até ao 25 de Abril.
Abraços
JD

Anónimo disse...

Caro J.Belo

Eu faço diagnósticos gratuitos aos camaradas.
Quanto à posologia fica à vontade do freguês,desde que seja uma bebida com 40% ou mais de vol. e as vezes que quiserem por dia.
A propósito os "chinocas" compraram a volvo, este mundo está completamente perdido.

C.Martins

Anónimo disse...

Fico contente por o humor do ÚNICO(!) Lusitano-Lapão,para mais, perdido nas escuridöes dos Invernos Árcticos,não ter sido mal recebido.O facto de se comunicar unicamente por escrito,e com camaradas e amigos que não conhecemos pessoalmente,pode levar (e leva ás vezes) a mal entendidos de modo algum procurados.QUANTO AO ALCOOL A 40%....julga que por aqui somos amadores?! O nosso vodka é caseiro! Um abraço.

Anónimo disse...

"...a potência comunista não chegou a ter especial interesse por Angola, nem as relações com Agostinho Neto podem ser classificadas de boas, nem o apoio ao MPLA pode ser comparado com o apoio interessado prestado ao PAIGC."

Caro JD ja era mais ou menos do dominio publico( isto bem antes do lancamento do livro de Jose Milhazes) a inclinacao do MPLA e de Agostinho Neto pelo socialismo Jugoslavo de Joseph Broz Tito...em detrimento do russo !!

Diga-se 'sapo" que Moscovo nunca engoliu...

Em 1975, as primeiras centelhas da guerra civil em Angola, Iko Carreira entao potencial ministro da defesa do MPLA, deslocara-se a Moscovo, para um pedido de ajuda de emergencia em material letal.

Perante o rotundo "NAO" dos russos e de regresso a Luanda, Iko escalara Bissau para contactos com o PAIGC, no sentido da cedencia de algum apoio em armas,tanques, e homens. Foi por essa altura que Bissau despacha para Luanda, os conhecidos misseis Strela e seus operadores.(in entrevista concedida por Carreira e Luis Cabral, a proposito)

Foi pois necessario a intermediacao dos cubanos para que Moscovo, abracasse da forma como o faria mais tarde, a causa do MPLA em Angola...

" Depois de Kennedy houve dois blocos de influência em relação a Portugal: um que apoiava a permanência portuguesa em África sustentando o efeito tampão em relação à influência comunista, outro que mantinha a ideia de apoiar as lutas emancipalistas na àfrica portuguesa..."

Sobre este particular diria que a bracos com a frente emancipalista dos afro-americanos ( luta dos negros pelos direitos civis)pouca margem de manobra restava entao a tal corrente defensora da "presenca portuguesa em Africa"...

Nesse braco de ferro, convem nao se perder de vista o "peso" que a questao da Base das Lajes nos Acores,acabaria por ter no "espevitar" da restia de esperanca, que neste particular o salazarismo ainda alimentava ...e a problematica do Vietnam, este entretanto de efeito diametralmente oposto !!!

Terei entretanto todo o gosto, em partilhar consigo algumas referencias bibliograficas a proposito desta tematica...algumas ja traduzidas para a lingua portuguesa.

Um Feliz 2012 !

Mantenhas

Nelson Herbert

JD disse...

Viva Nelson!
Obrigado pela proposta simpática, para além dos esclarecimentos adicionais sobre o post. É uma atitude construtiva que os camaradas da tertúlia vão apreciar.
Apesar de constar da lista, aqui vai o meu endereço:
josemanuel.matosdinis@gmail.com
Um abraço
JD