segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2554: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (21): Chegou o Nuno Rubim, em Mejo o Capitão Fula (Pepito)

Guiné-Bissau > Região de Tombali > 15 de Fevereiro de 2008 > Foto nº 3 > O Nuno Rubim posando junto célebre poilão do Corredor de Guileje...


1. Mensagem que nos chega do Pepito,no fim de semana:

Chegou o Primeiro Participante!

No dia 8 de Fevereiro chegou a Bissau o Coronel de Artilharia, na reforma, Nuno Rubim, primeiro participante a marcar presença no Simpósio Internacional sobre Guiledje.

Depois de ter metido mãos à obra para concluir o diorama do quartel de Guiledje, aproveitou o fim-de-semana de 15 para se deslocar ao terreno para fazer alguns levantamentos e reencontrar velhos amigos e amigas...

A primeira paragem foi no posto de Balana que, na altura, servia para guardar a ponte sobre o rio Balana. Poucos, para não dizer quase nenhuns, vestígios resistiram ao tempo.

Foto nº 1 >Nas proximidades de Gandembel > O Nuno utilizando o GPS

Poucos quilómetros mais à frente foi a vez de visitar e recolher as coordenadas do Quartel de Gandembel, lembrando a falta que nos vai fazer o Idálio Reis como cicerone da visita do Simpósio.

A paragem seguinte foi no corredor de Guiledje, onde confraternizou e trocou informações com antigos guerrilheiros do PAIGC, aproveitando para posar junto ao velho e famoso poilão, testemunha de tanta história (vd. foto nº 3, acima).



Foto nº 2 > NO corredor de Guileje > O Nuno Rubim trocando impressões com Dauda, um antigo guerrilheiro do PAIGC


No entroncamento de Guiledje dá-se o primeiro reencontro com antigos milícias do Quartel. Camisa Mara, que viveu toda a história do quartel desde a sua criação até ao seu abandono, foi o interlocutor privilegiado.




Foto nº 4 > O Nuno Rubim reencontra o Camisa Mara, um milícia que foi uma testemunha privilegiada da ascensão e queda do aquartelamento de Guileje.


Finalmente o momento alto do dia. A chegada a Medjo e o reencontro com velhos amigos e amigas...

Nuno Rubim foi imediatamente reconhecido pelas mulheres, presentes em grande número e que não se cansavam de o apelidar de Capitão Fula, como há 41 anos atrás era conhecido.


Foto nº 6 > Mejo > O NUnio Rubim, o Capitão Fula de há 40 anos, reencontra a mulher do régulao Suleimane.

Foto nº 7 > Mejo > Um grupo de reconhece o Capitão Fula...

Foto nº 8 > Mejo > O Nuno com o filho do régulo Suleimane, à direita.

Foi a ocasião de rever a mulher do Régulo Suleimane, entretanto falecido, que aparece com ele numa célebre fotografia em que as mulheres do quartel lhe prestam uma merecida homenagem. Só à força o conseguimos tirar de Medjo. Guiné > Redgião de Tombali > Guileje > O noso capitão fula Nuno Rubim ... "A minha esquerda o Alf Moura, da CCAC 1424, que viria a morrer em combate, ao meu lado, em Salancaur" (1)....

Foto: © Nuno Rubim (2006). Direitos reservados




Foto nº 9 > Antigo acampamento do PAIGC na mata do Cantanhez.
No dia seguinte foi o fraternal encontro com os antigos combatentes do PAIGC no Acampamento da guerrilha Osvaldo Vieira, em Cantanhez, onde foram recordadas operações militares vividas pelos dois lados.

Fotos (de 1 a 9): © AD - Acção para o Desenvolvimento (2008). Direitos reservados.
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Nota dos editores:
(1) Vd. poste de 10 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P862: O nosso novo tertuliano, o Coronel Nuno Rubim
(...) Caro Luís Graça:
Este email já leva algumas respostas para o Pepito. Folgo muito com o estabelecimento destes nossos contactos.Comandei em Guiledge, sucessivamente (de castigo !..., eu qualquer dia conto esta estória) as CCAÇ 726 e 1424, depois de ter também comandado a CART 644 em Mansabá e a CCmds em Brá.
O que foi a minha vivência em Guileje fazem os amigos ideia... Foram de facto perto de 10 meses infernais, com mortos, feridos, estropiados, de ambos os lados, enfim o triste rosário de uma guerra que Portugal nunca devia ter travado.
Tinha também um Grupo de Combate em Mejo, de que pouco tenho ouvido falar. Quando terá sido desactivado esse pequeno aquartelamento ?
E ainda voltei à Guiné em 1972-74, mas isso é outra história..., que meteu o início da conspiração que levou ao 25 de Abril, entre outras coisas...
Vamos então por partes (...).

1 comentário:

Klatuu o embuçado disse...

Caros amigos, publiquei no meu blog narrativa sobre a Guiné que, quiçá, será do vosso agrado ler.

Aproveito para vos fazer um convite, para uma Casa de Amigos.

Os melhores cumprimentos.
Viva Portugal!