Caros Srs:
Sou biólogo e investigador do CIBIO (https://cibio.up.pt/en/) a realizar estudos sobre a biodiversidade da Guiné-Bissau.
Uma das espécies de particular interesse de estudo (hipopótamo-pigmeu) ter-se-á extinguido muito provavelmente durante o tempo da guerra colonial. Estou tentando reconstruir a história dessa espécie muito rara na Guiné e pensei que talvez alguns dos vossos afiliados tenha testemunhos ou peças anatómicas desse animal (peles, crâneo, dentes...) daquele tempo.
Essa informação poderia ser de garnde valor científico. Gostaria de saber se estariam de acordo em publicar uma pequena nota minha solicitando qualquer informação sobre essa espécie durante o tempo passado na Guiné. Muito obrigado.
Melhores cumprimentos.
Luís Palma | luis.palma@cibio.up.pt
Luís Palma | luis.palma@cibio.up.pt
2. Resposta do nosso editor, no mesmo dia, às 21h50:
Luís, boa noite. Obrigado pelo seu contacto. Disponha do nosso blogue. Mande-me o seu texto (de preferència com alguma foto ou desenho do hipopótamo-pigmeu e seu habitat). Teremos muito gosto em ajudá-lo. Mantenhas (saudações).
Muito obrigado pela gentileza. Vou preparar o texto assim que possível com uma foto dum desenho para ajudar a distinguir a espécie do muito maior hipopótamo-comum que todos conhecem.
Até breve, mantenhas (conheço o termo, falo crioulo)
Luís
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Nota do editor:
Último poste da série > 7 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24537: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (102): Há uma diferença entre o "capim" e o "colmo" (utilizado na cobertura das moranças) (Cherno Baldé)
4 comentários:
Luis Palma, obrigado pela questão é pelo desafio que nos coloca. Pode ser que apareça alguma pista interessante...
Estive no Leste em 1969/71, fiz operações militares nos sectores de Xime e Xitole ao longo da margem direita do rio Corubal.
Nesse tempo o rio tinha hipopótamos: cheguei a ouvi-los mas nunca os vi.... Era uma área controlada pelo PAIGC... Nunca ouvi falar no hipopótamo-pigmeu. Mas admito que existisse e fosse caçado pela guerrilha, ao ponto de se ter extinto. O macaco-cão, abundante na região, também era caçado para comer... E uma pista a explorar.
Luis Palma
21 ago 2023 17:07 (
Caro Luís boa tarde.
Muito obrigado pela publicação do texto. Esperemos que surja alguma informação importante que possa servir de pista, ou melhor ainda, algo que comprove a existência passada desta espécie, seja uma foto, um troféu, etc.
Obrigado, cumprimentos.
Luís
Luís o que eu contatei na zona de Bafatá havia uma grande comunidade de macaco cão, quando ía na frente da coluna e eram de militares brancos o macaco cão no cimo das árvores continuava a observar a nossa passagems sem que lhe desse muita importância, mas por vezes na coluna seguia na frente uma secção de "Milícias" militares negros os macacos faziam uma "guinchada" como avisar a comunidade e a fugirem de árvore em árvore, eles lá tinham a sua razão para tal comportamento. Abraço.
Caro José Colaço
Obrigado pela informação. Sim é normal que os animais reconheçam de onde vem o perigo e essa informação é passada de geração em geração. Os babuínos (macaco-cão) e outros primatas eram e ainda são caçados como "bushmeat" (carne do mato) para os petiscos urbanos (bafatório), embora ilegalmente.
Cumprimentos
Luís
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