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Fotos: Lázaro Ferreira (2012). Todos os direitos reservados.
1. Mensagem do nosso camarada Lázaro Ferreira, com data de 16 do corrente
Luis,
Como te disse [, ao telefone], hoje tirei um pouco de tempo à minha monotonia, de modo a permitir fazer em scanner algumas fotos que tinha no meu álbum.
Algumas fotografias são passadas em Bissau, a piscina que se vê é (ou era) junto à residência dos oficiais, onde se via o cinema. Outras são tiradas em Gadamael [, vd. as duas fotos acima].
O soldado que está com os copos é o Virgílio, tinha acabado de ter a notícia do nascimento de um filho (confidenciou-me ele em 74); há mais duas do Virgílio, uma junto ao Obus em 1973 que depois em 74 passei eu a ser responsável por ele, sob a minha direção e do tal alferes que falas [. C. Martins].
O soldado que está com os copos é o Virgílio, tinha acabado de ter a notícia do nascimento de um filho (confidenciou-me ele em 74); há mais duas do Virgílio, uma junto ao Obus em 1973 que depois em 74 passei eu a ser responsável por ele, sob a minha direção e do tal alferes que falas [. C. Martins].
Há uma fotografia com o Virgílio e o Furriel Oliveira à entrada da messe dos sargentos em Gadamael; Conheci o Virgílio quando veio do Benfica ou Sporting para nos finais de 60 e princípios de 70 jogar futebol para o Riopele, clube onde joguei nos Juniores algum tempo, daí a nossa amizade. Mas nunca mais o vi.
Há outras fotografias que vão desde os meus 14 anos, tiradas na cidade de Braga, quando estava no Seminário Diocesano; e outras recordações fotográficas até hoje, perpassando pelos tempos da Universidade do Porto e de Coimbra, retratando o meu amor pelo desporto: fui sócio da Académica, jogador do Grupo Desportivo de Joane e, mais tarde, de 1993 a 2006, durante 13 anos, membro do Conselho de Disciplina e de Justiça na Associação de Futebol de Braga.
Entretanto, tirei dois cursos de pós – graduação em direito de desporto profissional pela Universidade Lusíada do Porto e de Coimbra.
Entretanto, tirei dois cursos de pós – graduação em direito de desporto profissional pela Universidade Lusíada do Porto e de Coimbra.
Outras fotos retratam a minha queima das fitas, embora aqui não envie, tenho outras com os meus pais na queima das fitas que foi um grande acontecimento para eles e uma alegria para mim.
Envio 2 fotos sobre a festa, memorável, que meus pais me fizeram quando terminei o curso de direito, em Abril de 1986. Em em 1976 passei pela Universidade do Porto, onde completei o 1ª ano do curso de História.
No ano 2010 recebi a RTP 1 e a SIC no meu gabinete em Braga. porque tinha acabado de ganhar um processo sobre o vírus da Sida/Hiv2, que contaminou e matou um constituinte meu, o qual tinha recebido sangue de um bom dador guineense, mas nem sequer ele sabia que estava infetado nem havia rastreio para o detetar.
Também fui eu que despoletei o célebre "caso Mateus”, em 2006, ao colocá-lo nos Tribunais Administrativos, caso que contribuiu para a mudança dos regulamentos de transferências desportivas que estupidamente impediam um atleta, em certos termos, de se profissionalizar ao meio ou no final da época.
Em 2010, requeri o Tribunal de Júri num Julgamento na Guarda na sequência de um homicídio qualificado perpetrado por um homem que tinha morto à facada sua mulher com 17 facadas, estando por aí enxertos de entrevistas nos jornais nacionais, da Guarda, da agência Lusa….. E assim vamos.
Li o que escreveste sobre mim no blogue que criaste, obrigado.
Até qualquer dia, um abraço.
Lázaro
2. Comentário de L.G.:
Falando há dias ao telefone com o nosso novo grã-tabanqueiro, apurei mais o seguinte:
(i) O Lázaro Ferreira foi furriel mil art do Pel Art 23 de Gadamael (que se terá fundido com o 15, segundo informação do seu último comandante, o alf mil art C. Martins):
(ii) Foi para a Guiné depois já do 16 de março de 74;
(iii) Passou pelo GA 7, em Bissau;
(iv) Esteve três meses em Gadamael, presume-que de abril a junho;
(v) Em Gadamael, apanhou os primeiros contactos com a malta do PAIGC;
(vi) Diz-me que "era um tipo popular, bom jogador de pingue.pongue, esquerdino", mas não se lembra do alferes Martins" (pelo nome);
(vii) Em contrapartida, o alf mil art Martins deve lembrar-se bem dele, porque uma vez - já com os obuses desativados - o nossa pira foi para fora do quartel, mais uns tantos, dar uns tiros ao alvo, no mato... O que causou, naturalmente, algum alvoroço no quartel... Podia ter apanhado uma porrada...
(viii) Falou-me de alguns nomes, como o cozinheiro Tin-tin e o jogador de futebol do Riopele, o Virgílio...
(ix) Depois disso, foi para Ingoré, junto à fronteira norte, com o Senegal, onde fez a retração do aquartelamento;
(x) Voltou à metrópole em 8 de setembro de 1974;
(xii) Estudou e viveu em Coimbra (a partir de 1978, se bem percebi);
(xiii) Tem escritório de advogado em Braga.
(xiv) Apesar de ter pouco tempo, prometeu-me contar mais algumas histórias da Guiné.
O Lázaro Ferreira acaba de me mandar algumas das fotos do seu álbum. Fica apresentado formalmente à Tabanca Grande. É o grã-tabanqueiro nº 559.
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Nota do editor: