Guiné-Bissau > Bissau > Abril de 2006 > O estado de ruína em que ficou o antigo palácio do governador, depois do golpe de Estado que derrubou Nino Vieira: aspecto exterior...
Guiné-Bissau > Bissau > 2006 > O estado de ruína em que ficou o antigo palácio do governador, depois do golpe de Estado (1998) que derrubou Nino Vieira: aspecto interior...
Guiné-Bissau > Barro > Abril de 2006 > Monumento em homenagem ao 1º Cabo Enfermeiro João Baptista da Slva, da CART 2412, morto em combate, em Bigene, em 21 de Setembro de 1968. Mandado erigir, em Barro, pela CART 2412 (1968/70). Pensava-se que este singelo monumento fúnebre tivesse sido destruído a seguir à independência.
Guiné-Bissau > Farim > Abril de 206 > Com o pai do nosso amigo Anízio (sentado, o segundo da esquerda, ao lado do Xico Allen e do Marques Lopes).
Guiné-Bissau > Bissau > Abril de 2006: o macaco e o chupa-chupa.
Créditos fotográficos: © Hugo Costa (2006)
1. Caros amigos e camaradas de tertúlia:
Acabo de chegar do sul da Itália. O meu périplo de 10 dias, entre 22 de Abril a 1 de Maio, pelas regiões de Lázio, Campânia, Basalicata, Calábria e Sicília, traduzido em 3300 km de carro e em 3300 fotografias, decorreu com a emoção e o cansaço, inerentes a projectos deste tipo. Dez dias é sempre pouco para descobrir, de carro, uma das mais fascinantes partes da Itália e do Mediterrâneo. Fascinantes e caóticas (como é região metropolitana de Nápoles)...
Confesso que, entretanto, tive saudades vossas e do nosso blogue. Das notícias que me chegaram, vou dando conta hoje e nos próximos dias. Começo por transcrever uma mensagem do Albano Costa, datada de anteontem à noite.
2. Mensagem de Albano Costa:
Caro LG
Espero que a estadia por terras transalpinas e junto dos vossos filhos tenha sido um momento de grande prazer. Eu, por cá, lá me fui entretendo no convívio à distância com os nossos guineenses. Eles lá andaram na sua maratona, a dar a volta à Guiné o mais rápido possível, mas queixaram-se das estradas, da inflação da estadia e do aluguer dos transportes. Isso é normal mas é mau porque aí cada vez menos se vai à Guiné...
Mas tudo correu muito bem. O Paulo [Salgado] e a esposa foram muito simpáticos e arranjaram uma casa que foi alugada e acabou por ficar mais barato. Quanto ao resto, quando o grupo é um bocada grande, torna-se sempre um pouco mais chato mas depois tudo se resolve. De acordo com a minha expereiência, o ideal é cimnco a seis pessoas, torna-se mais fácil.
Com respeito à viagem todos adoraram: têm imagens de muita pobreza mas também de grande beleza, peripécias muito engraçadas. Há imagens sobre a Guiné muito belas. A estátua, em Barro, lá está e já a enviei ao Afonso [M. F. Sousa] . O Pepito, o Paulo e Conceição Salgado foram impecáveis, sempre presentes para darem todo o apoio ao grupo.
Vou enviar algumas das fotos que recebi:
(i) as do palácio, dentro e fora, é melhor não publicar no blogue, podendo todavia circular por e-mail; dá pena ver o interior do palácio assim, ai isso dá (1);
(ii) monumento erigido em Barro (2) ;
(iii) outra foto foi tirada em Farim, com o pai do Anizio (3);
(iv) finalmente, a do macaco, que também teve direito a chupa-chupa, e mostrou que também gosta; felizmente, os chupas eram muitos...
Um abraço,
Albano
__________
Nota de L.G.
(1) Percebo (e respeito) os sentimentos do Albano Costa; mas julgo ser também nosso dever não ignorar ou escamotear a realidade: neste caso, mais este episódio (triste) da história recente da Guiné-Bissau... Não se entenda a publicação destas imagens como um sinal de saudosismo ou de defesa da pax lusitana...
(2) Vd post de 31 de Dezembro de 2005 > Guiné 63/74 - CDVII: Em perigos e guerras esforçados...
(3) Anízio Indami, 22 anos, natural de Farim, estudante em S. Paulo... Vd post de 8 de Novembro de 2005 Guiné 63/74 - CCLXXX: Crianças de Farim ou como o mundo é pequeno (3).
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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