1. Texto do Beja Santos enviado a 26 de Julho.
Alguns dos discos da minha vida (Parte I):
Comentários: Graças à solicitude do sempre discreto e formiga/ abelha Humberto Reis, posso mostrar-vos algumas das preciosidades que adquiri em Bafatá, depois de ter perdido todos os meus discos na flagelação de 19 de Março de 1969.É praticamente o que me resta depois de termos passado para os CD, tudo o mais ofereci para vendas de organizações não lucrativas.
A «Tosca» é sublime: do 2º Acto que se filmou no Covent Garden vê-se claramente o pânico da assistência quando Maria Callas «apunhala» Tito Gobbi, tal a expressividade da interpretação.
Comoveu-me sempre «La Bohème» pelo refinado do fraseado moderno misturado com o sopro romântico em cima da navalha, a roçar o lamechas.
Beethoven é sempre o camarada que me aponta o caminho, nem que eu vá de rastos.Nos momentos de profunda decepção e solidão em que vivíamos tantas vezes, foi junto do mestre de Bona que fui pedir a coragem que fugia debaixo dos pés.
E Joan Sutherland era o lirismo puro, a disciplina total. Comoveu-me em 22 de Abril de 1974. em S.Carlos, em La Traviata, ao lado de Alfredo Kraus e Matteo Manuguerra (a Cristina foi vê-la a 24, fiquei a tomar conta da Joana, então com pouco mais de 2 anos).
Depois da oração, a música foi a minha âncora,a par da escrita e das leituras.Para que conte.E mais um abração, querido Humberto.
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