Guiné > Região do Cacheu > Pelundo > Có > CCAÇ 2402 (1968/70) >A tabanca de Có, incendiada, na sequência do segundo ataque ao aquartelamento, em 12 de Outubro de 1968.
Espólio do ataque do dia 12 de Outubro de 1968.
Spínola observando os destroços nas zonas atingidas.
Visita de Spínola à Missão e Escola locais.
Spínola falando à população, ladeado do Cap Vargas e do Cabo de Cipaios Dayan.
Da esquerda para a direita: Cap Vargas Cardoso, comandante da Companhia, Gen Spínola, Alf Mil Raul Albino e Alf Mil Caseiro.
A árvore onde embateu o projéctil, sendo visível o seu local de impacto, antes da cauda se dirigir ao refeitório.
Outra das instalações atingidas, o refeitório. Aqui encontrou a morte o soldado básico Oliveiros.
Caixão do soldado Oliveiros, com honras militares, junto à árvore fatídica.
A casa de banho dos oficais ficou neste lindo estado
Um abrigo atingido pelo violento fogo do IN.
Nem a prisão escapou...
O Sereti que estava a cumprir uma pena, conseguiu fugir e salvar-se de uma morta certa.
Fotos e legendas: © Raul Albino (2007). Direitos reservados.
Mensagem do Raul Albino,enviado em 20 de Julho corrente:
Caro Luís, conforme prometi aqui vai o texto nº 6 da [história da] CCAÇ 2402. Descobri porque estou agora a levar mais tempo para adaptar os textos. O culpado é o blogue, porque não pára de nos oferecer textos interessantes que não são possíveis de ignorar e nos levam cada vez mais tempo a digeri-los, ou seja, a continuar assim, teremos de optar entre ler e escrever. É que o tempo que eu tinha reservado para escrever situações da guerra, estou a consumi-lo em leitura. Tempo, precisa-se !... Dá-se alvisseras a quem o encontrar.
Um grande abraço aos editores,
Raul Albino
Sexta parte das memórias de campanha de Raul Albino, ex-alf mil da CCAÇ 2402, pertencente ao BCAÇ 2851 (Có, Mansabá, Olossato, 1968/70), batalhão esse que embarcou no Uíge, em finais de Julho, juntamente com o BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70)(1) (Subtítulos da redsponsabilidade dos editores)
Segundo Ataque a Có
por Raul Albino
Coincidências a mais ou a minha teoria sobre o modus operandi do inimigo
Este ataque teve lugar no dia 12 de Outubro de 1968 e foi um dos mais violentos que a CCAÇ 2402 sofreu em toda a sua comissão. O ataque foi desencadeado pelas 19.45 horas. Excepção feita ao primeiro ataque, que foi desencadeado ao nascer do sol, este segundo ataque e todos os outros que se seguiram foram lançados antes do anoitecer.
Já nesta altura se começou a fortalecer uma convicção na minha mente que se veio a confirmar até ao fim da comissão, ou seja, o inimigo, preferencialmente, deslocava-se de dia para atingir o objectivo ao fim da tarde, enquanto as nossas tropas deslocavam-se de noite para atingir o objectivo ao amanhecer. O inimigo, perfeitamente conhecedor do terreno, sentia-se seguro a viajar de dia, enquanto nós sentíamo-nos mais seguros a viajar de noite para não sermos um alvo visível e podermos usufruir do factor surpresa.
Outra coincidência extraordinária, foi o facto de o comandante do quartel não se encontrar em Có neste dia. O futuro viria a confirmar que, também aqui, isto não acontecia por acaso. Eles tinham conhecimento prévio das ausências do comandante e escolhiam esses períodos para efectuarem os seus ataques, esperando que isso constituísse uma fraqueza na guarnição, o que, de certo modo, era verdade, porque o comandante é uma peça fundamental na defesa dum aquartelamento. Em grande parte dos ataques ao quartel, nomeadamente no Olossato, a ausência do comandante foi uma constante, grande demais para ser uma coincidência.
O nosso armamento: pouco e mau
Neste período da nossa comissão, o armamento que possuíamos era pouco e mau, perfeitamente insuficiente para as missões que nos atribuíam. Não existia, por exemplo, um morteiro 60 e uma bazuca por grupo de combate, para já não falar de metralhadoras de fita. Quando havia operações no exterior a dois grupos de combate, os morteiros e bazucas operacionais seguiam com esses grupos, deixando o quartel à sua sorte com o pouco material restante, onde realçava o morteiro 81, excessivamente pesado para ser transportado para o mato.´
Como um dos quatro grupos estava na Ilha de Jete, esse grupo teve de levar consigo as armas necessárias à sua protecção, porque estava isolado e não era fácil qualquer acção de socorro, salvo por via aérea, provocando assim o primeiro rombo no nosso precário arsenal. Parecendo desconhecer completamente esta realidade da nossa companhia, o Comando em Bula atribuía-nos missões de dois dias a dois grupos de combate, com uma regularidade impressionante, perfeitamente previsível mesmo sem informadores, chegando a atingir uma distância entre operações de 2/3 dias de intervalo.
Cheguei a rogar pragas ao Comando Operacional de Bula
Foi assim que, neste dia, dois grupos de combate (3º e 4º), saíram para a Operação Adregar com a duração de dois dias, ficando de serviço na defesa do quartel um único grupo (2º) com um armamento precário, pelas razões que acima se indicaram. O 1º grupo estava na Ilha de Jete.
A força em operação no exterior era comandada por mim. Durante todo o dia detectámos vestígios de pegadas do inimigo, fosse para que lado fossemos. Com tais sinais de movimentação, esperámos ao longo do dia que se nos deparasse uma emboscada do inimigo. Mas como tal não acontecia, eu comecei e desconfiar que alguma coisa não batia certo e passei a ficar preocupado.
O inimigo de facto não queria contacto com as nossas tropas no exterior, eles estavam lá sim, com o objectivo de atacar e ocupar o quartel e andaram-nos a enrolar até atingirem a hora planeada para o ataque, sabendo que os nossos dois grupos permaneceriam no exterior pelos habituais dois dias de operação, que o nosso inteligentíssimo comando caprichava em nos presentear. Devo confessar que durante algum tempo roguei pragas ao Comando Operacional sediado em Bula, pela sua pouca ou nenhuma clarividência em operações militares, próprias de autênticos maçaricos, como nós éramos quando cá chegámos.
Ao fim da tarde, em face da minha leitura da situação, tomei uma decisão. Esta operação não ia durar dois dias, iria durar um mais um dias, porque a noite iria ser passada no quartel. Cerca das 19,00 horas acercámo-nos do quartel e , a determinado ponto, foi combinado que eu e o 3º grupo seguiríamos já para o quartel e o 4º grupo seguiria a seguir, após ordem rádio, que seria dada logo que o 3º grupo estivesse instalado.
Entrámos no quartel pela porta da pista, junto à bolanha, porque me pareceu a mais discreta por estar situada numa zona que eu não escolheria para atacar o quartel. O inimigo também não escolheu essa frente, mas apercebeu-se da nossa manobra e precipitou o seu ataque de imediato. O 3º grupo de combate já estava lá dentro e com ele o armamento mínimo indispensável à defesa do aquartelamento. Pena que o 4º grupo ainda estivesse no exterior, mas isso não era forçosamente negativo, porque eles estavam em condições para envolver o inimigo e cortar-lhes a retirada, se tivessem permanecido no ponto de separação dos grupos conforme ficou combinado.
A minha consternação foi grande, quando me apercebi, via rádio, que o outro grupo, não obedecendo ou não entendendo as minhas directivas, enquanto o meu grupo se encaminhava para o quartel, eles seguiram as nossas pisadas a alguma distância e aguardaram no fim da pista, à beira da porta de entrada, a recepção do rádio com a ordem para o seu regresso. Em suma, o ataque deu-se de forma bastante violenta, e o quarto grupo não pode dar o seu contributo na reacção ao inimigo, porque a posição em que se encontrava não era consentânea com qualquer manobra e pouco mais puderam fazer além de aguardar o fim do tiroteio.
Em termos de reacção das nossas tropas ao ataque, devo sentir orgulho nestes militares pela sua bravura em combate. Em Có, o elemento que eu utilizava para fazer uso da bazuca era o soldado milícia Jaló, um excelente combatente, utilizador exímio desta arma, disciplinado e de uma bravura inexcedível. Foi ele que, junto à porta de armas, entrada principal do quartel, com os seus disparos certeiros, repeliu o inimigo que tentava forçar essa entrada, protegendo-se entre as tabancas limítrofes onde tinham escavado abrigos individuais. Acabou sendo ferido num dedo durante o confronto.
Os bravos defensores de Có
Além do Jaló que tinha acabado de entrar no quartel junto ao 3º grupo, outros elementos, também acabados de entrar foram o soldado Paulo, acompanhado do Cabo Rocha que, com o seu morteiro 60, fez tudo o que pode para repelir o inimigo.
A nossa principal arma de retaliação ao fogo do inimigo era o morteiro 81. Enquanto ele não começava a cantar, não se podia dizer que estávamos a responder ao fogo do inimigo. É que eles possuíam armas pesadas superiores às nossas, o que lhes permitia fazer fogo a uma distância considerável, protegidos que ficavam das nossas armas ligeiras. O nosso fogo, intenso e certeiro, foi bravamente coordenado pelo Sargento Ferreira que, logo aos primeiros tiros, se encaminhou rapidamente para o abrigo do morteiro 81, acompanhado de alguns militares que o ajudaram.
Todos estes actos de bravura que eu identifiquei, foram só alguns de entre tantos outros dos quais não tive conhecimento pessoal, mas que não deixaram de ser tão heróicos como aqueles que vos descrevi. Por isso, teriam sido altamente enriquecedores os relatos de outros intervenientes situados em posições diferentes durante o desencadear do ataque. A sua não participação com textos, originou que esta fosse a descrição possível e não a descrição completa.
A morte do soldado básico Oliveiros, escondido no refeitório
Sofremos um morto e cinco feridos, além de três feridos na população, tendo o quartel sido violentamente atingido com danos materiais nas instalações do Comando, Depósito de Géneros, Prisão, Cantina e Sala de Oficiais e Sargentos. O inimigo sofreu dois mortos e vários feridos confirmados, tendo sido capturado diverso material de guerra.
A nossa maior perda foi o soldado Oliveiros, auxiliar de cozinha, que se abrigou no interior do refeitório a um canto e aí foi atingido pela cauda de um projéctil que, ao rebentar numa árvore, projectou a sua cauda metálica na direcção do refeitório, atravessou os pés de bancos e mesas, indo atingir na barriga o infortunado Oliveiros, causando-lhe morte instantâne.
Analisando no local a trajectória do projéctil que sinistrou o nosso camarada Oliveiros, concluímos que tal tragédia tinha condições ínfimas de acontecer daquela maneira, mas aconteceu, como se aquele projéctil tivesse o seu nome marcado e nada fosse possível para o evitar. Todos lamentaram pesarosamente a morte do Oliveiros e o Capitão Vargas Cardoso tem feito questão em o relembrar em todos os almoços-convívio da companhia, que se têm realizado ao longo dos anos.
No dia seguinte, a visita do Comandante-Chefe, Gen Spínola
No dia seguinte ao ataque, recebemos a visita do General António de Spínola. Deslocou-se de helicóptero, trazendo consigo o nosso Capitão Vargas Cardoso que se encontrava em Bissau na altura do ataque.
Como era seu costume, procurou inteirar-se dos pormenores do ataque, missão essa que me coube a mim, como é patente na fotografia em cima. Pediu ainda para falar à população onde proferiu um discurso de incentivo ao povo local.
Estas deslocações do General aos locais atacados, tinham um efeito psicológico muito significativo, levantando o moral das tropas que viam assim o seu chefe máximo preocupar-se e interessar-se com a luta que todos travavam pela Pátria.
Era também uma oportunidade de lhe comunicar as nossas carências em armamento e condições de sobrevivência. Posso-lhes garantir que, na altura em que este ataque se deu, o armamento que possuíamos era caricato e inadequado, tínhamos mais homens que armas pesadas. Na segunda metade da comissão passou a dar-se o contrário, tínhamos falta de homens - devido a baixas em combate e por doença - e possuíamos armas pesadas de boa qualidade sem ninguém para as empunhar. Entenda-se aqui por armas pesadas, as armas semi-pesadas como o morteiro 60, metralhadoras de fita e lança granadas foguete, também conhecidas por bazucas.
Depoimentos
(i) António Coutinho da Silva (1º Gr Comb)
O dia que mais me marcou no cumprimento do meu serviço militar, foi quando saí em Có com o pelotão, para uma operação de patrulhamento em volta do quartel e passámos por detrás do inimigo que já estava emboscado para fazer um ataque ao quartel e quando estávamos a parar junto à bolanha para comunicar com o quartel que íamos entrar pelo posto de sentinela da bolanha, o inimigo começou a atacar o quartel e ao mesmo tempo ao nosso pelotão. Começámos a procurar abrigos para nos protegermos, mas os nossos companheiros do quartel, não sabendo da nossa posição, vendo os nossos movimentos julgaram que era o inimigo e começaram a fazer fogo sobre nós, ficando debaixo de dois fogos enquanto durou o ataque, felizmente sem termos ninguém ferido.
No final do ataque começámos a ver grande parte das tabancas a arder e começámos a pensar que o inimigo estava dentro do quartel. Falei nisso ao comandante do meu pelotão. Assim que ele entrou em contacto com o quartel e tivemos autorização para entrar, foi-me dada a ordem de ir à frente do pelotão, por ter dito que o inimigo estava dentro do quartel. Enfim lá fomos e felizmente só foi em pensamento.
Quando já estávamos dentro do quartel, foi-nos pedido para ajudarmos a população que tinha muitos feridos. Lá fomos com o Sargento Ferreira e ao passarmos junto da cantina, alguém tropeçou em algo. Ele apontou com a lanterna para o chão e junto do muro da cantina estava o nosso companheiro Oliveiros caído no chão, porque uma canhoada o tinha cortado ao meio - um homem que nem a roupa vinha trazer à porta de armas com medo do inimigo. Quando o ataque começou, ficou junto ao murro da cantina, talvez pensando que estava seguro, ficou ali à espera da morte, que infelizmente chegou, sem ter saído do quartel, enquanto o nosso pelotão, debaixo de dois fogos, não tivemos ninguém ferido. É o destino de cada um … PAZ À SUA ALMA!
A. Coutinho da Silva
(ii) Maurício Esparteiro (1º Gr Comb)
No ataque ao quartel de Có em 12 de Outubro de 1968, onde o nosso camarada Oliveiros morreu, encontrava-se nessa altura na prisão o nosso camarada Sereto a cumprir pena. Foi ele próprio que com pontapés conseguiu sair da prisão e escapar a uma morte certa.
O fogo do inimigo incidia especialmente sobre o abrigo do morteiro 81, a Enfermaria e o Bar do Soldado. Eu, Esparteiro, estava na Enfermaria a fazer fotografias quando se deu o ataque, não podendo correr para lado nenhum. Quando apareceu o Sargento Ferreira corremos para o abrigo do morteiro e começámos a meter granadas no morteiro 81, sobre a orientação do sargento. Só a partir desse momento o fogo do inimigo começou a fraquejar.
Mais tarde quando o Capitão Vargas Cardoso perguntou pelo Sereto, o Sargento Ferreira disse-lhe que ele estava na Enfermaria, não por ter sido ferido, mas porque lhe doía os pés e os braços. Vendo o estado em que ficou a prisão, muita sorte teve ele nesse dia.
Maurício Esparteiro
(iii) José A. P. Rocha (3º Gr Comb)
No dia 12 de Outubro de 1968, tinha acabado de entrar no quartel e estava ao lado do soldado Paulo, que tinha à sua guarda um morteiro 60.
Quando o ataque começou, eu, 1º Cabo Rocha do 3º pelotão, devido ao pequeno número de granadas que possuíamos por termos acabado de chegar de uma operação no exterior, mandei o Paulo procurar o guarda do paiol para trazer material. Não o tendo encontrado, eu disse-lhe para arrombar a porta e foi o que ele fez. Só que, por capricho do destino, ele em vez de trazer granadas explosivas, trouxe granadas incendiárias. O resultado foi que as tabancas começaram a arder, iluminando a área onde o inimigo estava escondido.
Vendo-se assim a descoberto e sob o fogo de resposta das nossas tropas, eles começaram a retirar, para nossa sorte. Na prática, estas granadas trazidas por engano produziram melhor resultado que as explosivas. Como as coisas são …
José A. P. Rocha
(iv) José Manuel Oliveira (Cozinheiro das Messes)
No dia 12/10/68, durante o ataque a Có, como era cozinheiro não tinha arma distribuída. Impossibilitado de fazer frente ao inimigo, refugiei-me no abrigo junto à porta de armas, deitado entre as camas, em tronco nu.
Enquanto os meus camaradas faziam fogo de metralhadora, os invólucros das balas iam caindo em cima de mim. Tal foi o medo que naquele momento não senti nada. Algumas horas depois verifiquei que tinha o corpo com algumas queimaduras. Ferido em combate, o Cabo Cozinheiro Fucinhaças , era assim que os meus camaradas me chamavam.
Nunca esqueci esse dia em que morreu o meu amigo Oliveiros.
José Manuel Oliveira
(v) António Joaquim Rodrigues (4º Gr Comb)
Quem poderá esquecer o ataque que tivemos ao quartel de Có?
Depois de um longo dia de operação no exterior, em que participaram dois pelotões, o meu regressou à noite ao quartel e ainda bem. É que nessa época, um pelotão estava destacado na Ilha de Jete e no quartel havia poucos camaradas, estando muitos deles doentes com paludismo.
Após alguns momentos fomos atacados e eu e o Veríssimo pegámos no morteiro 60 e num cunhete de granadas, e, debaixo de fogo, atravessámos o quartel porque o fogo era mais do lado da população.
Apesar do nosso Capitão não estar presente, defendemos o quartel com heroicidade. Foi nesse dia que tivemos a primeira baixa mortal e sofremos pesados danos materiais. O meu Alferes chegou a dizer que eu e o Veríssimo merecíamos ser condecorados, assim como foi o nosso Sargento Ferreira que foi para o morteiro pesado 81.
António Joaquim Rodrigues
____________
Nota dos editores:
(1) Vd. post anteriores:
15 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1282: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (1): duas baixas de vulto, Beja Santos e Medeiros Ferreira
6 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1343: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (2): O primeiro ataque ao quartel de Có, os primeiros revezes do IN
12 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1516: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (3): Combatentes, trolhas e formigas bagabaga
13 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1658: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (4): Uma emboscada em Catora e um Lobo Mau pouco predador
28 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1790: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (5): Protecção a uma coluna logística Bula/Có
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 31 de julho de 2007
Guiné 63/74 - P2016: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (6): O grande ataque a Có, em 12 de Outubro de 1968
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1 comentário:
para: Raul Albino, ex-alf mil at inf, cmdt 3ºPel/CCac2402
ralbino@sapo.pt
Na página
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/07/guin-6374-p2017-raul-albino.html
há algumas imprecisões que merecem as seguintes notas:
– Ao tempo da ocorrência relatada [flagelação IN sobre o aquartelamento de Có iniciada às 19:45 de 12Out68]: o Sr. António Sebastião Ribeiro de Spínola era governador provincial e
comandante-chefe da Guiné, mas ainda com a patente de brigadeiro: «07Out69 - Ao fim da noite no aeroporto da Portela, embarca de regresso à Guiné o governador e comandante-chefe Spínola, promovido a general. Na manhã seguinte no palácio do governo provincial em Bissau, o general Spínola recebe uma representação das FA's do CTIG que lhe oferece as três estrelas do generalato»; (e só em 21Dez73 foi promovido a general de quatro estrelas).
No que respeita às baixas mortais da CCac2402:
- Oliveiros Silva Adelino (nasc freg. Ponte do Abade, conc. Sernancelhe); Sld Bas AxCoz, † sáb 12Out68, combate
- Manuel da Silva Amorim (nasc freg. Amorim, conc. Póvoa do Varzim); Fur ml inf, † qua 06Nov68, combate
- José Rodrigues de Almeida (nasc Laje Formoselos, freg. Figueiredo de Alva, conc. São Pedro do Sul); Sld inf, † dom 23Fev69, acidente
encontra-se naquela página referido apenas o nome «Oliveiros».
Onde e em que circunstâncias, morreram os outros 2 acima mencionados?
Relativamente ao «Sereti que estava a cumprir uma pena», creio que se refere ao soldado "correço" Domingos Lapa Sereto.
para: Mário António Gonçalves Beja dos Santos, ex-alf ml infantaria; (salvo erro e omissão, ex-cmdt PelCacNat52 "Tigres de Missirá")
beja.santos@ic.pt
Numa outra página (anterior)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2006/09/guin-6374-p1082-notcias-da-cca-2402-e.html
pode ler-se: «Evitem reuniões em quartéis e discursos do Vargas para não termos uma atmosfera excessivamente militar»
– Refere-se certamente a Mário Vargas Cardoso, coronel de infantaria na situação de reforma (foi cap cmdt CCS/BCac725 embarq "Vera Cruz" 07Out64, Nambuangongo-Malanje,
regr Jan67; cap cmdt CCac2402 embarq "Uíge" 24Jul68, Có-Mansabá-Olossato, regr "Carvalho Araújo" 06Mai70 "Lynces de Có"; e maj 2cmdt BCac3884 embarq TAM-17Mar72,
Bafatá, regr TAM-12Jun74). Reside na Rua Cabo Guilherme Santos Lt.24-1º Amoreira 2645-206 ALCABIDECHE (tlf: 214 688 273, 214 603 311/03; tlm: 937 290 710); recordo ter
havido em 06Mai00 um almoço no Restaurante Marginal, sito na EN1-Mealhada.
Pois, como «evitar discursos do Vargas» e uma «atmosfera excessivamente militar», se os citados convívios não são realizados sob égide civilista, antes as suas convocatórias –
como aliás de todos os almoços-convívio de antigas «unidades militares» –, lançadas em vista da camaradagem adquirida e cimentada «em ambiente militar»? Só vai, quem
quer... Só ouve, quem sabe ouvir.
Nesta oportunidade, exortam-se os ex-Alf ml Raul Albino e Beja dos Santos, a que esclareçam os visitantes deste blog, sobre o que houver por conveniente sobre estes assuntos... e outros que mereçam a sua atenção.
Queiram aceitar cordiais cumprimentos,
de
João Carlos Abreu dos Santos
(civil ex-miliciano)
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