Para o efeito, fundamentar-me-ei nos processos individuais de alguns deles, que consultei no Arquivo Geral do Exército, no testemunho pessoal de outros combatentes ou de suas famílias e na minha vivência pessoal nesta guerra em Angola, enquadrado nas tropas paraquedistas. [...]
Depois, apresentarei documentos e testemunhos que nos dão a conhecer as diferentes formas de participação de um grupo de militares de Fafe no decorrer da guerra e, finalmente, referir-me-ei às ações desenvolvidas no concelho de Fafe no âmbito da “evocação da memória” da Guerra Colonial.
Agradeço à Direção do NALF (Núcleo de Artes e Letras de Fafe) e à Câmara Municipal de Fafe a oportunidade que me deram de poder contribuir com algumas pistas para aqueles que, melhor do que eu, dominam o conhecimento nesta área, a da História de Portugal, e tenham a intenção de vir a investigar o percurso dos jovens de Fafe que foram obrigados a combater em África, entre 1961 e 1974.
2. Introdução
A Guerra de África, Guerra do Ultramar ou Guerra Colonial [...] desenrolou-se entre 1961 e 1974 em África, em três teatros de operações diferentes: Angola (1961), Guiné (1963) e Moçambique (1964).
Estão a decorrer, portanto, os cinquenta anos do início de uma Guerra que entrou pela porta das famílias portuguesas sem ser convidada. Lembro, a este propósito, o comentário feito pelo Dr. José Lino Barros, um dos participantes no Curso de História Local, durante a sessão de 31 de outubro:
"Na minha casa, como na casa de muitas famílias, rezava-se o terço à noite e evocava-se, em intenção particular, Nossa Senhora, para que livrasse os nossos filhos da guerra do Ultramar. Eu teria talvez sete anos". [...]
Do concelho de Fafe perderam a vida durante o conflito 41 jovens: 16 em Angola, 14 em Moçambique e 11 na Guiné.
Poderemos interrogar-nos hoje, meio século volvido após o início da guerra, da oportunidade de resgatar, sob o ponto de vista histórico, a memória daqueles que foram obrigados a fazer a guerra, sacrificando, muitos deles, a sua própria vida em nome de Portugal.
Pensamos e acreditamos que esta evocação histórica tem todo o sentido e justifica-se. Acreditamos que o resgate da memória das causas, consequências e incidências vividas pelos combatentes participantes nesta guerra, e neste caso particular, pelos naturais do concelho de Fafe, é um ato de cidadania e deverá ser uma obrigação das instituições governamentais a nível nacional, regional e local. [...]
Será este, também, o meu propósito: o de não fazer esquecer as consequências do flagelo da Guerra Colonial e de lutar contra a cultura do esquecimento que se instalou em Portugal após o final da Guerra Colonial contra aqueles a quem Portugal tudo exigiu.
3. Enquadramento da minha intervenção – questão prévia
A “pesquisa histórica” exige rigor e objetividade na análise e descrição dos factos históricos, se queremos conhecer e compreender com objetividade os fatores políticos, sociais, militares, económicos e religiosos, entre outros, que justificaram e suportaram a Guerra Colonial durante catorze anos.
Procurei, por isso, na revisão da literatura algum suporte que sustentasse, orientasse e justificasse o caminho que decidi tomar nesta modesta pesquisa que iniciei há algum tempo para abordar o tema da participação dos militares de Fafe na Guerra do Ultramar.
Segundo o historiador António José Telo (2007, p. 11), a História é uma explicação, e continua, a História nunca está acabada e não existe uma obra definitiva sobre qualquer assunto, tanto mais que, quando fazemos a História de um período recente, ainda “não temos o distanciamento” bastante dos acontecimentos e as fontes disponíveis são muito parciais. (…). Falta outro tipo de fontes essenciais: os estudos e documentos centrais onde a decisão se baseou, que ainda não são públicos; as memórias, testemunhos, sínteses e elaborações posteriores, que demoram anos e décadas a surgirem, se é que surgem.
Face às exigências que o processo de investigação exige nesta área, deparo-me, por isso, com uma dupla dificuldade.
A primeira será de nível académico. Não sou um investigador na área da História e, sobretudo, não sou um observador neutro da Guerra Colonial, uma vez que participei nela, sempre no “gastalho”, e não é fácil deixar as imagens e as emoções de lado.
A segunda refere-se às limitações do tempo histórico. Já passaram cinquenta anos do início da guerra e quem testemunha e relata os factos reais vividos já tem dificuldades de memória, emociona-se, ainda tem medo em relatar alguns momentos menos felizes, perdeu ou destruiu os documentos. [...]
A sustentabilidade dos factos históricos narrados, analisados e inseridos por mim no texto fundamentar-se-á nas seguintes fontes:
(i) na documentação que consultei no Arquivo Geral do Exército (ao abrigo do Dec. Lei n.º 46/2007 de 24 de agosto;
(ii) na bibliografia consultada, em suporte papel ou audiovisual;
(iii) nos testemunhos, relatos e documentos pessoais que muitos dos combatentes de Fafe ou as suas famílias fizeram o favor de me ceder; e
( iv) e na minha participação e vivência durante a comissão de serviço que prestei no Norte e Leste de Angola como comandante do 3.º Pelotão da 1.ª Companhia do BCP21 (Batalhão de Caçadores Paraquedistas N.º 21), sediado em Luanda, entre 8 fevereiro de 1970 e 30 de julho de 1972.
4. A decisão política do Governo de Portugal: “Para Angola, rapidamente e em força”
A documentação disponível permite-nos, hoje, com segurança, perceber algumas das circunstâncias que rodearam e sustentaram a decisão do Governo de Portugal em avançar para a guerra em África, apesar da discordância da corrente dos “militares atlantistas” existente dentro do quadro das Forças Armadas e da pressão da comunidade internacional junto de Salazar, para a evitar.
Apesar de não ser este o tema do painel em que intervim, gostaria de fazer referência a essas duas questões que considero importantes para melhor se compreender e enquadrar a atividade dos militares portugueses, particularmente dos de Fafe, durante a guerra.
A nível nacional, a documentação comprova que o Governo e os altos comandos militares, no momento em que decidem lançar o país na Guerra, conheciam as reais dificuldades para suportar as duras exigências logísticas para a fazer e para a manter, simultaneamente, em três teatros de operações diferentes, ao nível dos meios humanos, económicos, militares e técnicos.
A nível da comunidade internacional, os documentos dão-nos a conhecer a forma como tentaram convencer e pressionar o Governo de Portugal para avançar com o processo de independência das Províncias Ultramarinas. Na linha da frente estiveram países como a Inglaterra, França, Estados Unidos, bem como a NATO, ONU, OUA, Movimentos Africanos de Libertação (UPA, MPLA, UNITA, FRELIMO, PAIGC), países africanos, asiáticos e a Santa Sé. [...]
Pertenço ao grupo daqueles que estão convictos de que os historiadores, em relação à explicação da História da Guerra do Ultramar, poderão, ainda, não ter em seu poder a informação suficiente que lhes permita conhecer, no seu todo, as consequências das estratégias delineadas pelos políticos e Altos Comandos Militares instalados nos gabinetes de Lisboa, Luanda, Lourenço Marques, Beira ou Bissau, mas conhecem, no entanto, com segurança absoluta, dois factos históricos concretos, resultantes da tomada de decisão política de Salazar quando ordena: "Para Angola, rapidamente e em força."
O primeiro facto histórico é que Portugal inicia em 1961 uma guerra em África, cuja decisão política foi da responsabilidade do Presidente da República Almirante Américo Tomás e do governo presidido por Oliveira Salazar, e que este só realizou o reforço da defesa militar das colónias africanas já depois do início dos confrontos, numa defesa tardia, forçada e há muito evitada (Stocker, 2005, p. 254).
O segundo facto histórico, objeto da minha comunicação, é que, a partir de março de 1961, todos os jovens de Portugal chamados a cumprir o serviço militar obrigatório nas fileiras de um dos três ramos das Forças Armadas, e os de Fafe não foram exceção, começaram a ser treinados e mentalizados para cumprirem um único objetivo: fazer a Guerra em África.
Confrontados com esta nova realidade e de acordo com a minha própria experiência na guerra, parece-me muito importante refletir, ainda hoje, sobre o que significou para cada um dos jovens portugueses, que íamos à missa todos os domingos, esta nova experiência de vida: treinar para fazer a Guerra.
Por definição, guerra é um conflito armado cujo objetivo é o esforço dos exércitos em confronto no terreno para conseguir destruir e aniquilar o inimigo. No entanto, a Guerra em África revestiu uma característica especial, uma vez que o Exército português não travou uma Guerra Convencional, mas sim uma Guerra de Guerrilha, caracterizada por uma grande mobilidade das forças, uso de emboscadas, ataques surpresa, ataques rápidos seguidos de fuga, sabotagem e terrorismo, táticas de atrito e confronto indireto (Teixeira, 2010, p. 62). [...]
Objetivamente, foi para fazer a Guerra (dominar e destruir o inimigo) que o Presidente do Conselho de Ministros António de Oliveira Salazar, dois meses depois dos primeiros incidentes em Angola, a 4 de fevereiro de 1961, ordenou no dia 13 de abril de 1961 aos portugueses: “Para Angola, rapidamente e em força”.
5. O início da Guerra e as consequências imediatas para os jovens portugueses
A realidade, entretanto, já era bem diferente para os militares portugueses:
"Distante da propaganda oficial, estava a realidade das companhias que seguiam para Angola nesses dias: sem roupas apropriadas para a guerra, com treino ineficaz e armamento ultrapassado, e desconhecedores da realidade da guerra subversiva que os esperava" (Silva, 2011, p. 110).
Teixeira, 2010, p. 21, escreve:
"No que toca ao armamento utilizado pelos militares as suas características principais são a fraca qualidade e a dispersão de origens, quando não obsoleto. O material bélico português tem basicamente um caráter vetusto e de refugo." [...]
Durante catorze anos o fantasma do Ultramar “entranhou-se” nas famílias portuguesas, sem um “ai”, exceto os que deram o “salto”, tal o controlo e a repressão da Polícia Política (PIDE) e da propaganda do regime.
Nem a vinda dos primeiros estropiados ou dos primeiros mortos foi suficiente para alterar a capacidade de resignação das famílias portuguesas. Povo dócil e subjugado, que atribuía à Providência e à vontade divina o destino dos seus filhos: "Deus mo deu, Deus mo tirou". Paciência. É a sua vontade!
Sobre o soldado português, Teixeira (2010, pp. 26-27), afirma:
"É um ser pouco marcial, já que treinado à pressa, mal-amanhado, mal armado, mal alimentado e negligenciado pela hierarquia. Obrigado a passar cerca de dois anos e meio, mais do dobro do tempo do soldado norte-americano no Vietname, dentro do arame farpado.
Durante os catorze anos de Guerra Colonial, a rotina para todos os jovens portugueses era sempre a mesma. No ano em que completava 18 anos de idade, devia apresentar-se na Administração do Concelho ou bairro, durante o mês de janeiro, para tratar da sua inscrição no recenseamento militar.
Depois de “ir às sortes” (junta de recrutamento militar) e uma vez “apurado para todo o serviço militar”, o mancebo era chamado no ano seguinte para “assentar praça”, sendo incorporado numa das unidades pertencentes a um dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha ou Força Aérea) e iniciava o seu primeiro período de instrução militar, a recruta. Esta tinha a duração de três meses e, no final, o recruta fazia o “Juramento de Bandeira”.
Perfilado na parada com os seus camaradas de curso, na posição de sentido, a arma na posição de “ombro arma” e de braço direito estendido, era-lhe solicitado que, bem alto, declarasse:
"Juro, como português e como militar, guardar e fazer guardar a Constituição e as leis da República, servir as Forças Armadas e cumprir os deveres militares. Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida."
Após o Juramento de Bandeira, o soldado iniciava um segundo ciclo de instrução militar específica, designado por “especialidade”. Esta variava de acordo com o ramo das Forças Armadas onde iria prestar serviço: Exército (Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Transmissões), Marinha ou Força Aérea.
Cada ramo dispunha, ao tempo da guerra colonial, de “Forças Especiais”: Companhias de Comandos, no Exército; Regimentos, Batalhões e Companhias de Paraquedistas na FAP; e Destacamentos de Fuzileiros (equivalentes a Companhias) na Marinha.
Existiam ainda os vários corpos de Polícias que, no âmbito das Forças Armadas, controlavam o pessoal militar. A PM (Polícia Militar), orgânica da Arma de Cavalaria; a Polícia Naval (PN) constituía a polícia militar da Marinha e organizava-se como Unidade de Polícia Naval (UPN) na dependência do Comando do Corpo de Fuzileiros; e a PA constituía a polícia militar da Força Aérea.
As piores “especialidades” eram as de combate (as que nos atiravam para o mato), sobretudo a de “atirador” (a minha especialidade), e tanto fazia sê-lo de infantaria (a minha arma), como cavalaria ou artilharia .
Às especialidades que não eram de combate, dificilmente os filhos do “zé-povinho” tinham acesso e eram, quase sempre, vocação dos “filhos família” afetos ao regime ou com grande “cunha” (consta que esta área deu azo a um negócio chorudo, aliás, como o “safar” o pessoal da tropa ou do Ultramar).
O objetivo dos dois períodos de instrução a que o mancebo era sujeito, como é evidente, visava dotar os militares de capacidades que lhes permitissem suportar e desempenhar com êxito as missões de combate ou de apoio que lhes seriam conferidas durante a sua Comissão de Serviço em África, ou seja, matar os guerrilheiros que lhes faziam frente e destruir-lhes todos os meios de sobrevivência (acampamentos, culturas, habitações, contactos com as populações dos aldeamentos que os apoiavam, capturar e destruir o armamento, etc.).
Concluída a especialidade, o soldado era dado como “pronto” (“nosso pronto”, era assim designado) e após ser mobilizado para o Ultramar era sujeito, finalmente, a um último “apronto”, recebendo a guia de marcha para Unidade Mobilizadora.
Uma vez nesta e juntamente com os outros militares vindos dos vários centros de instrução, os graduados e os comandantes davam início à formação da sua nova unidade: o seu Batalhão [...] ou Companhia Independente, aos quais já tinha sido atribuído um número de código.
Este último período de preparação era designado por IAO (Instrução de Aperfeiçoamento Operacional) e tinha como objetivo principal organizar a viagem do pessoal para o Ultramar.
Era a fase de tomar as vacinas, dar os últimos conselhos sobre o que fazer em África para sobreviver, afinar e treinar a especificidade da sua especialidade e das tarefas que cada um iria desempenhar e responsabilizar-se na orgânica do seu Batalhão, Companhia, Pelotão ou Secção durante os dois anos de duração da sua Comissão.
No final deste período, o militar recebia as últimas vacinas, o camuflado e, por fim, a unidade estava pronta, constituindo esta a sua grande família que o acompanharia durante todo o seu percurso no Ultramar, desde a partida para África ao desembarque, de novo em Lisboa.
Ainda na Unidade Mobilizadora e após chegada a ordem de embarque, o batalhão formava na parada do quartel.
O capelão (que entretanto se juntara ao contingente) rezava uma missa campal; o comandante da unidade mobilizadora, um coronel, proferia umas palavras alusivas à missão e entregava o guião ao comandante do batalhão mobilizado, um tenente-coronel, ou então da companhia, um capitão; as tropas desfilavam ao som da música Angola é nossa.
Nesta altura, era concedida a licença de dez dias antes de embarque. O militar ia a casa, despedia-se da família (alguns casados e com filhos), e voltava à Unidade Mobilizadora (alguns não regressavam, porque decidiram dar o “salto”) para daí iniciar verdadeiramente a viagem rumo a África.
Primeiro, embarcavam nas viaturas militares para a estação de caminho de ferro mais próxima. Na estação, quase sempre de noite, o contingente embarcava num comboio especial em direção a Lisboa. O navio que os iria levar estava atracado e as famílias apinhavam-se nas varandas da gare marítima com lenços de acenar e lágrimas da despedida.
Em direção ao barco, a tropa voltava a desfilar, agora em continência perante um alto representante militar, com as senhoras do Movimento Nacional Feminino e da Cruz Vermelha a distribuírem lembranças.
Chegava o momento do embarque. Subiam-se as escadas e arrumava-se a bagagem junto ao beliche armado nos porões, transformados em casernas. Depois, voltava-se ao convés e, por volta do meio-dia, o navio recolhia as escadas e os cabos, a sirene apitava, a instalação sonora tocava a marcha intitulada Angola é nossa.
O navio afastava-se lentamente, virava a proa à foz do Tejo, passava por baixo da ponte Salazar deslizava diante da Torre de Belém e fazia-se ao mar rumo ao objetivo. [A ponte sobre o Tejo começou a construir-se em 5 de novembro de 1962 e foi inaugurada em 6 de agosto de 1966. (LG)]
Durante a viagem, comia-se a céu aberto sentado no convés, local onde nos dias calmos se jogava às cartas, se recebia alguma instrução sobre o destino, tiravam-se fotografias e procedia-se à cerimónia da praxe, a pretexto da passagem do Equador.
Entretanto, chega-se ao objetivo. Era o tempo de refazer as malas e do desembarque. Nova formatura, agora ao calor desconhecido de África, um desfile e um discurso.
Depois, a partida para um campo militar, o Grafanil, em Luanda, o Cumeré, em Bissau. Aqueles para quem o Norte de Moçambique era o destino, prosseguiam viagem de Lourenço Marques até à Beira, Nacala ou Porto Amélia.
A partir daqui, seguiam-se os dois anos da comissão.
Chegados a África, os jovens militares, enquanto não tivessem o seu primeiro batismo de fogo, eram alcunhados pelos “velhinhos” por “maçaricos” (Angola), “periquitos” (Guiné) ou “ checas” em Moçambique e, uma vez instalados na sua nova unidade, situada algures no meio do nada, rapidamente verificavam que a realidade e os factos demonstravam que na Metrópole não tinham sido treinados e mentalizados para fazer ação psicológica junto das populações africanas, como, por exemplo, lançar bombinhas ou balões de S. João, dar santinhos com a figura de Sto. António ou de nossa Senhora de Fátima, andar com os “pretinhos” ao colo ou ensinar-lhes a ler e a escrever Angola é Portugal, mas que tinham sido mentalizados, instruídos e treinados para fazer a guerra [...]
(Continua)
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Referência bibliográficas:
Silva, J. (2011). 1961 - O ano que mudou
Portugal. Porto Editora.
Stocker, M. M. (2005). Xeque-Mate a Goa. Ed. Temas e Debates
Teixeira, A., A. (2010). A Guerra de Angola – 1961/1974. Edição Quidnovi.
Telo, A. (2007). História Contemporânea de Portugal. Do 25 de Abril à Actualidade, Vol.
I., Editorial Presença.
(Seleção, revisão / fixação de texto, negritos, parênteses retos com reticências: LG)
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Notas do editor:
(...) "Da iniciativa da Delegação de Fafe da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, e em especial do activista Jaime Silva, o Monumento aos Combatentes da Guerra Colonial foi inaugurado em 6 de Novembro de 2005.
Localizado no jardim central da Avenida do Brasil, o monumento tem a assinatura da escultora Andreia Couto e consiste numa estátua em bronze, representando um soldado equipado conforme os militares portugueses operavam nas antigas colónias, em cima de um pedestal, de forma quadrangular, nos lados do qual se inscrevem os nomes dos 37 soldados fafenses que morreram na guerra.
O objectivo é exactamente prestar homenagem aos jovens oriundos deste concelho que tombaram para sempre ao serviço da Pátria nos confrontos que decorreram entre 1961 e 1974 nas províncias de Moçambique, Angola e Guiné.
A Câmara de Fafe contribuiu com 15 mil euros para que a associação conseguisse concretizar o sonho – que vinha já de 2001 – de erguer o memorial aos mortos da guerra colonial, orçado em cerca de 20 mil euros. As juntas de freguesia também colaboraram nesta iniciativa". (...)