Capa e contracapa do livro de David Moreira, "A Mais Breve História do Ultrmar", Porto: Ideias de Ler, 2025,
Capa, contracapa e índice do livro de David Moreira, "A mais breve história do Ultramar". (Porto, Ideias de Ler, 2025, 2025, 308 pp, ISBN: 978-989-740-410-8) (Prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa).
1. O Virgílio Teixeira, tripeiro de gema que os acasos da vida levou para Vila do Conde, não tem dúvidas em recomendar a leitura deste livrinho:
"Fiquei a conhecer como foi a conquista da África portuguesa, as guerras que se passaram por um mundo que a maioria não conhece. Estou a ficar obcecado com tudo, mesmo que tudo seja dito em poucas palavras." (*)
Depois de uma primeira apresentação, e a nosso pedido, mandou-nos cópia do índice, que é afinal, numa obra ensaística como esta, a melhor montra de apresentação. O livro tem um prefácio, generoso, mas assertivo, do prof Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República. É um privilégio, não é para todos.
Depois de destacar os méritos e os limites da obra, que, em menos de 300 páginas, se propõe contar e analisar 160 anos de história (da conferência de Berlim até ao pós-25 de Abril), o prefaciador agradece ao autor o ter escrito e publicado este ensaio, hoje, 50 anos anos depois 25 de Abril de 1974. Cedo demais, reconhece ele, para fazermos "juízos definitivos" sobre o que foi esse periodo da nossa história e da história dos povos, hoje independentes e lusófonos, mas "just in time" para, naquela efeméride, um jovem (que é neto de um veterano da guerra do ultramar), nos dar o seu contributo "sereno, culto e pedagógico".
Merece destaque a parte final do prefácio, numa altura em que o Patriotismo e o Portuguesismo voltam a ser uma arma de arremesso na luta político-ideológica:
"Em tempo de muita emoção, muita ilusão e alguma irracionaliade, pòr os pés no chão e introduzir razão é um bem inestimável. Em particular, se o autor é tudo menos alguém que se possa acusar de ser menos Português, menos Patriota, menos herdeiro de uam Linhagem orgulhosa de ser Portuguesa e Patriótica" (pãg. 15).
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Notas do editor LG:
(*) Vd. poste de 30 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27478: Notas de leitura (1869): "A Mais Breve História do Ultramar", de David Moreira (Porto, Ideias de Ler, 2025) (Virgílio Teixeira, Vila do Conde) - Parte I
(*) Vd. poste de 30 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27478: Notas de leitura (1869): "A Mais Breve História do Ultramar", de David Moreira (Porto, Ideias de Ler, 2025) (Virgílio Teixeira, Vila do Conde) - Parte I








8 comentários:
Quem, antes, durante e depois da tropa e da mobilização para a Guiné ouviu falar do Massacre de Batepá ?
Quem, antes, durante e depois da tropa e da mobilização para a Guiné ouviu falar das secas e das fomes que, ao longo do séc. XX, terão morto c. 100 mil cabo-verdianos ?
Quem, antes, durante e depois da tropa e da mobilização para a Guiné ouviu falar da revolta de Manufai, Timor, 1912 em plena República ?
O autor prefere relembrar, mais próxima de nós, a revolta de Viqueque, também em Timor, em 1959...
Enfim, nestes 160 anos em que quisemos afirmarmo-nos como potência colonial, segundo o modelo do colonialismo europeu definido em Berlim em 1884/85, de que resultou a partilha de África, nem tudo foram rosas... Claro que nada pode ser visto a preto e a branco. E eu concordo que, cinquenta anos depois da descolonização, é de todo impossível tirar conclusões definitivas...
Há muita coisa por explicar na guerra da Guiné.
Por que é que os balantas caíram quase todos nos braços de Amílcar Cabral.
Morreram mais cubanos do que cabo-verdianos.
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