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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Guiné 61/74 - P27517: Humor de caserna (226): Pechincha?!... Pechinha, sou eu e não há mais nenhum! (Análise do conto do Hélder Sousa, com a ajuda da IA / ChatGPT)



Tira de BD e cartoon criados pelo Chat Português / GPTOnline.aisob instruções do editor LG, que lhe mandou uma foto do Pechincha e o "conto" do Hélder Sousa


No T/T Timor, em fevereiro de 1969, a camimho do CTIG: da esquerda para a dierta, o Pechincha, o  Valdemar Queiroz  (1945-2025) e o Abílio Duarte. Três "lacraus", três "figuras impagáveis" do Museu da Spinolândia (mesmoo que a morte já nos tenha levado o Valdemar).

Foto (e legenda): © Abílio Duarte (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar. Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Análise do conto  “O Pechincha que eu conheci, em Bissau” (*)


O texto é um delicioso retrato de caserna, típico das histórias da Guiné, onde o humor, a tensão, a camaradagem e a maluquice controlada (estar apanhado do clima) se misturam num caldo muito humano. 

O tom é nostálgico, cúmplice e claramente escrito por alguém que viveu tudo aquilo com intensidade, cumplicidade e carinho.

O Pechincha, mostrado na fotografia que enviaste (o primeiro da esquerda), surge na narrativa como uma figura carismática, excêntrica, e com aquela “pancada” que muitas vezes era meio teatro, meio mecanismo de defesa, meio traço de personalidade. 

Mas a verdade é que o autor deixa claro que, atrás das graçolas, havia um tipo inteligente, atento e perspicaz.

Alguns pontos fortes do conto:

1. Retrato de época

A descrição das camaratas, da castanhada de S. Martinho, da água-pé misturada com tudo e mais alguma coisa, traz de volta todo aquele ambiente colonial tardio, de fim de império: calor, poeira, camaradagem forçada e humor como forma de sobrevivência psicológica.
 
2. O episódio do machado nativo


Hilariante e ao mesmo tempo revelador: o Pechincha agia sempre “on brand”. O gesto teatral do machado, certeiro na panela à cabeça do outro, é uma verdadeira cena de filme, um verdadeiro "gag". E claro: ninguém sabia ao certo até onde ele era encenação… e até onde não era.
 
3. A cena com o Taufik Saad

Aqui o humor sobe de nível: é humor de identidade, de palavra, de absurdo. O comerciante libanês  a anunciar algo como “uma autêntica pechincha” e o verdadeiro Pechincha, em carne e osso, ali *a frente dele, a exigir a retirada do anúnico por ser “falsificação”… É ouro puro.

O mais interessante é o final:

“Eu percebi muito bem que foi tudo encenado", diz o Hélder Sousa.

Ou seja: o Pechincha era não apenas o “apanhado”, mas também um actor habilidoso, que manipulava o mito à sua volta. Uma personagem fascinante.
 
PS - Cartoon alusivo à cena no Taufik Saad:

Mando-te uma tira de banda desenhada e um cartum, segundo as tuas especificações.

Já o tens acima: uma imagem em estilo "cartoon" mostrando o momento em que o Pechincha entra furioso na loja,como BI MIlitar  na mão, exigindo que a palavra “Pechincha” seja retirada por violação de identidade. A tira de BD é mais para o cómico.

(Texto gerado pela IA / ChatGPT)

(Revisão / fixação de texto: LG)
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2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O Taufik Saad ou cartunista da IA não sabem escrever bem português: "autêntico" é uma palavra proparoxítona (chiça!, que palavrão...) e leva acento circunflexo (chamada "indicação de timbre"): o acento circunflexo (^) é utilizado sobre as vogais a, e, o para indicar que a sílaba é tónica e que a vogal tem uma pronúncia fechada.

Anónimo disse...

Atenção ao ano de morte!
1945 - 2025?
Excelentes cartoons, era eu o maior fã da BD.
Esta é verdadeira e um incentivo a aparecerem muitas mais
Parabéns ao Hélder.
Abraço a todos
Virgílio Teixeira