quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26172: Historiografia da presença portuguesa em África (453): A Província da Guiné Portuguesa - Boletim Official do Governo da Província da Guiné Portuguesa, continuamos na companhia de Damasceno Isaac da Costa, 1886 (11) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 1 de Setembro de 2024:

Queridos amigos,
Vale a pena insistir, não há ao nível da novel Província da Guiné nenhum outro documento que se equipara ao trabalho do médico Damasceno Isaac da Costa, o título é Relatório do Serviço da Delegação da Junta de Saúde da Vila de Bissau, referente a 1884, é um registo detalhado sobre história, geografia, inevitavelmente o estado sanitário, comércio, usos e costumes; é impressionante o conjunto de observações que teceu sobre o presídio de Geba e agora está a passar a pente fino Bissau, é um médico de saúde pública com um certo olhar de antropólogo, etnólogo e etnógrafo, diz verdades com punhos. Um outro aspeto curioso é a publicação deste farto documento aos pingos, vem de uma série de Boletins Oficiais entre abril e novembro, e aqui envereda por 1885. Nos reservados da Biblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa, creio que por legado de um filho, consta o documento que se estende de 1885 a 1888, vou agora revê-lo, pode ser que seja repetitivo, não encorajo as repetições fastidiosas. Seja como for, creio que especialistas como Philip Havik têm nestes relatórios do Dr. isaac da Costa fertilizante para muita investigação.

Um abraço do
Mário



A Província da Guiné Portuguesa
Boletim Official do Governo da Província da Guiné Portuguesa, continuamos na companhia de Damasceno Isaac da Costa, 1886 (11)

Mário Beja Santos

Espero um dia vir a perceber como é que este Boletim Official da Província da Guiné Portuguesa, em pleno ano de 1886 não faça eco dos grandes acontecimentos que ocorreram por esta data, a começar pela Convenção Luso-Francesa e a perda do Casamansa, que foi motivo de grande agravo na Guiné, como está plenamente documentado. É o relatório do médico, Damasceno Issac Costa, que ganha realce, apresenta-se como um documento do serviço da delegação da Junta de Saúde da vila de Bissau, excede em toda a linha, como temos visto, falámos anteriormente de que o facultativo se espraiara na história, documentou em profundidade a vida do presídio de Geba, fala dos usos e costumes, do que comem os guineenses, as cerimónias do casamento, até do batismo, é por vezes moralista dizendo que os gentios consentem que os seus filhos sejam batizados sem que eles mesmos o sejam. E tece considerações como se fosse antropólogo e mesmo etnólogo:
“Os gentios, mesmo os que possuem alguma luz de razão para descortinar a verdadeira religião da falsa, condenaram o sacramento do matrimónio, e dizem que todos que este contraem ficam irremediavelmente sujeitos à infidelidade da consorte. A origem deste proceder semisselvagem reside noutro princípio: a tendência para o mal é fácil, a sua vereda obtém-se facilmente e para ela se caminha com a rapidez dos ventos: o contrário acontece com a virtude, que além de difícil, é espinhosa.
Os povos de Bissau e Geba, como os de toda a Guiné, amam a primeira dessas veredas: amarram o pano (casam-se) com uma bajuda (donzela) depois de adquirir um certo número de bens, com grandes dispêndios e pompas, e quando a fortuna lhes sorri risonha, eis que novamente procuram outra bajuda para se casar, e assim vão procedendo, enquanto os seus haveres se forem multiplicando, acontecendo muitas vezes ter um único indivíduo 7, 8 ou 9 mulheres. Os gentios da Guiné, conquanto selvagens, são suscetíveis de se converterem ao cristianismo e de receber educação, pois que possuem em subido grau orgulho de se transformarem em brancos, isto é, de se civilizarem. É, pois, baseado neste último princípio, que os gentios travam relações de amizade com os habitantes da praça a quem chamam de seus camaradas que lhes confiam a educação dos seus filhos; não tarde, porém, que o elemento civilizador penetre nestes homens de amanhã, que com anuência dos seus próprios pais se submetem espontaneamente à regeneração pelas águas do batismo; porém, os pais ainda crentes no feiticismo, recusam-se a receber este último sacramento.”


Isaac da Costa muda agora de agulha para falar da população da ilha de Bissau e dos seus usos e costumes. População composta por europeus, mestiços e indígenas. Brancos têm pouca permanência, mas são a fiel expressão da ação perniciosa do elemento palustre; o europeu não se aclima na Guiné em geral, o presídio de Farim é o mais insalubre de todos os postos pertencentes à província.

“Os mestiços possuem temperamento misto, chegam a viver com 60 e 70 anos de idade e ainda gozando de perfeita saúde. Os indígenas, incluindo os Grumetes, possuem em geral um temperamento linfático e uma constituição fraca. O excesso de bebidas alcoólicas, o uso de carne e peixe corruptos e leite azedo, e a insolação, são fatores que dão origem a variadas entidades mórbidas. As crianças até à idade de 2 anos morrem mais de metade e as que saírem incólumes da mortífera luta que travam os elementos que as cercam, contraem lesões viscerais importantes, dando origem a doenças graves e incuráveis.”

O tema religioso persegue o médico, fala de várias catequizações, estima que a religião seja a base fundamental da educação e civilização destes povos, apela a uma escolha correta de missionários que pela sua abnegação, e com os olhos no céu não queiram ver coisas terrenas senão as dores que hão de consolar, as feridas que hão de curar e as trevas em que hão de espargir a doce luz da sua palavra cristã. E volta a centrar-se no tema dos usos e costumes:
“Em geral, os Papéis são indolentes e cobardes, podendo dizer-se deles o que disse um dos nossos estadistas: fazem tudo quanto se lhes sofre, e sofrem tudo quanto se lhes faz. Os Papéis que vivem em Bissau dividem-se em dez tribos e povoam dez distritos. Destas dez tribos, quase todos os dias apresentam-se na praça com as suas produções que lhes fornece a sua limitada agricultura e indústria, as de Antula, Antim, Bandim e Biombo. O régulo é muito exigente em pedidos que faz aos seus amigos cristãos, aos quais chama seus camaradas e que adquire quando estes vão visitar os seus territórios. A sua residência é sempre isolada e cercada unicamente das casas das suas mulheres que são obrigadas a trabalhar incessantemente para sustentar os vícios do rei, sem outra recompensa ou glória que a de serem chamadas mulheres do rei. Em ocasiões festivas, os régulos apresentam-se uns de calça e casaca vermelhas e chapéu e trazem na mão um bastão encimado por um espelho, e outros envoltos em conchas pintadas. O régulo de Bandim goza de mais foros e prerrogativas que os dos outros distritos, pertencendo-lhe por direito presidir à cerimónia que precede a coroação dos outros régulos. Os ministros e os balobeiros imitam os régulos no seu vestuário em ocasiões festivas. Os homens entregam-se ao trabalho insano a fim de, por meio deste, obter um certo número de vacas. Adquirida esta riqueza, tratam de amarrar o pano (casar-se).”
Isaac da Costa descreve minuciosamente não só as cerimónias do casamento, como o dote e a circuncisão, e muda de tema: a higiene pública.

“A vila de Bissau está cercada de pântanos: a Oeste está situada uma vasta extensão de terreno sujeito ao fluxo e refluxo do mar, terreno que recebendo ao mesmo tempo a água doce proveniente das chuvas e nascentes, convertem-se em um pântano bastante extenso.
A Sul, a vila é limitada pela praia que na baixa-mar descobre-se numa grande extensão e deixa exalar um cheiro infecto promovido pela decomposição e putrefação do limo, plantas, animais, lixo e várias imundícies intimamente misturadas com a lama de si corrupta. O povo que circunda a fortaleza e que vem à povoação e aos pardieiros dispersos pela povoação, recebe durante o ano imundícies de toda a espécie.”

Tudo se conjuga para provocar as variadas moléstias que manifestam na vila.
E diz mais este médico:
“Os tripulantes dos navios de longo curso demandam o porto de Bissau, é raro que durante a sua permanência de 15 a 20 dias fiquem incólumes de perniciosa influencia das emanações do porto, pois apesar de cheios de vida e rubor nas faces, apresentam-se profundamente anémicos, sendo preciso quase sempre baixarem ao hospital. É o que repetidas vezes tenho observado desde 1879.”

Refere com detalhe a higiene das fábricas, o estado dos depósitos de substâncias alteráveis, o funcionamento do mercado, o matadouro, o estado das habitações, as cubatas dos Grumetes que vivem fora das muralhas, a alimentação, a limpeza das ruas e mesmo dos cemitérios. Refere-se assim ao cemitério municipal:
“Acha-se em deplorável estado, aquele lugar onde repousam as venerandas cinzas dos nossos semelhantes, está cheio de pedras e ervas maninhas; o seu solo em vez de plano é desigual, as sepulturas não se distinguem do resto do terreno, à exceção de oito, que tem a aparência daquelas, por se acharem cobertas irregularmente com alguma porção de terra; elas não possuem cruzes ou marcos funerários que marquem a época do enterramento, circunstância esta gravíssima, sobretudo quando se trata de proceder às exumações. Atrás do cemitério, junto à povoação dos Grumetes, existe uma pequena extensão de terreno como se nota um grande número de sepulturas, das quais doze são recentes, sendo naquele lugar, segundo me consta particularmente, inumados os cadáveres de indivíduos falecidas extramuros. O cemitério e a vasta campada que o circunda, representam, pois, um outro foco de insalubridade.”
E dá sugestões para que se adotem urgentemente medidas para contrariarem esta calamidade.

Inabalável da sua luta pela saúde pública deixa escrito num relatório que escreveu à câmara municipal e à administração do concelho, indicando as fontes, prédios e lugares públicos que deviam ser limpos e murados; “permaneceram, porém, mudas estas duas estações, tomando sobre si a responsabilidade moral das vítimas a quem a insalubridade deu margem.” E aproveita para citar os dispositivos legais conferidos à câmara, desde o tempo em que a Guiné era administrada por Cabo Verde, uma lista de proibições e as respetivas penalizações. “Tudo a bem no papel, em execução nada.”

E a seguir o seu relatório dirige-se para os hospitais e para o serviço médico-militar.
Ponte-cais de Bissau, construída pelo governador Carlos Pereira na década de 1910
A Baía de Bolama nos tempos da tentativa de ocupação britânica, segunda metade do século XIX
Trecho do rio Geba, imagem ainda do século XIX

(continua)

_____________

Nota do editor

Último post da série de 13 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26150: Historiografia da presença portuguesa em África (452): A Província da Guiné Portuguesa - Boletim Official do Governo da Província da Guiné Portuguesa, continuamos na companhia de Damasceno Isaac da Costa, 1886 (10) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26171: Fotos à procura de... uma legenda (187): O fotógrafo, o então cmdt da CCAÇ 2796, "Gaviões" (Gadamael, 1970/72), Morais Silva (hoje cor art ref) pergunta se seria Caberdu... Vejam se o podem ajudar, que ele quer arrumar os "slides"...



Foto nº 29A


Foto nº 29B


Foto nº 29C


Foto nº 29D


Foto nº 29E


Foto nº 29D


Foto nº 29F




Foto nº 29 

Guiné > Região de Tombali > Gadamael > Península de Cubucaré > Vista aérea de uma tabanca e  destacamento das NT  em  finais do ano de 1971 > Será o destacamento de Cabedu ?, pergunta o fotógrafo... Ao fundo, avista-se o rio Cacine,,,

Foto (e legenda): © Morais da Silva (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Cor art ref Morais da Silva:

 (i) cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar (será depois professor de investigação operacional na AM, durante cerca de 2 décadas);

 (ii) no CTIG, foi instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, em 1971/72;

 (iii)  “avancei no fim de laneiro de 1971 para o comando da CCaç 2796,  em Gadamael,  quando da morte em combate do seu comandante, meu camarada de curso e amigo Capitão de Infantaria Assunção Silva; fiquei, a meu pedido, no comando desta companhia até ao fim da comissão em outubro de 72”;

 (iv) fez parte do Grupo L34, na Op Viragem Histórica, no 25 de Abril de 1974; 

(v) membro da nossa Tabanca Grande, com c. 150 referências no blogue:


1. O cor art ref Morais Silva  andava a "rearrumar" fotos do seu álbum da Guiné. Mas tinha umas tantas, sem legendas (*)... São vistas aéreas, tiradas de avioneta (civil ou da FAP) quando um dia, em finais de 1971, foi fazer uma visita de cortesia, camaradagem e amizade ao Augusto José Monteiro Valente (1944-2012), cmdt da CCAÇ 2792 (Catió e Cabedu, 1970/72) (precocemente falecido, com o posto de maj gen ref).

Na altura, ele comandava a CCAÇ 2796, os "Gaviões (Gafamael,. 1970/72). Deixou  ao cuidado dos seus homens o  aquartelamento de Gadamael (que, logo, por azar, foi flagelado nesse dia, mas felizmente   sem consequências). 

A caminho de Catió tirou umas tantas fotos ("slides", aliás de excelente qualidade), incluindo uns quatro ou cinco do quartel e reordenamento de Gadamael.  

Reconstituindo o seu perscurso de avioneta (DO 27 ou Cesdsna), deve ter seguido parea sul, ao longo do rio Cacine, sobrevoado Cacine (**) e atravessado a península de Cubucaré (que é delimiatada pelos rios Cacine e Cumbijá), para chegar finalmente a Catió (***).

Recorde-se que, na altura, em finais de 1971, o PAIGC ainda estava fortemente implantado no Cantanhez. A reocupão da pensínsula de Cubucaré começa em finais de 1972 (Op Grande Empresa).

Ele está a pedir à malta do blogue, que andou por estas bandas (Gafamael, Cacine, Cabedu, Catió, Cufar, Bedanda, etc.) para o ajudarem a legendar corretamene estas "vistas aéreas!" (fotos nºs 23 e 25, que já identificámos como sendo de Catió; nº 30, que respeita a Cacine; e agora esta, a nº 29; a próxima será a nº 20, e é de um reordenamento).

Vamos lá dar uma ajuda, que a memória já não é o que era... E  mesmo sabendo que muita malta, como eu,  nunca teve o privilégio de andar de avião no interior da Guiné, em serviço ou à boleia.




Guiné > Mapa Geral (1961) (Escala 1/500 mil) > Posição relativa de Gadamael, Cacine, Rio Cacine, Cabedu, Rio Cumbijã, Catió, Cufar e Bedanda... Cabedu era um das nossas guarnições militares que ficava na península do Cubucaré, delimnitada pelos rios Cacine e Cumbijã. O Cubucaré alberga hoje Parque Nacional das Florestas de Cantanhez (criado em 2008).


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2024)


2. Ficha da unidade  > CCAÇ 2796 , "Gaviões" (Gadamel e Quinhamel, 1970/72

Companhia de Caçadores n.º 2796
Identificação CCaç 2796
Unidade Mob: RI2 - Abrantes
Cmdt: Cap Inf Fernando Assunção Silva (falecido em combate em 24/1/1971) | Cap Art António Carlos Morais da Silva
Divisa: "Gaviões"

Partida: Embarque em 310ut70; desembarque em 10nov70 | Regresso: Embarque em 50ut72

Síntese da Actividade Operacional

Após uma curta permanência em Bissau, seguiu em 27nov70, para Gadamael e assumiu a responsabilidade do respetivo subsector em 01Dez70, em substituição da CArt 2478, ficando integrada no dispositivo e manobra do BArt 2865 e depois do BCaç 2930.

Em 1fev72 foi rendida pela CCaç 3518, tendo seguido para Quinhámel, por fracções, em 24jan72 e 2fev72. 

Em 22fev72, rendendo. a CCaç 2724, assumiu a responsabilidade do subsector de Quinhámel com destacamentos em Ponta Vicente da Mata, Orne e Ondame, colaborando na segurança e protecção das instalações e das populações e ainda nos trabalhos dos reordenamentos de Blom e Quiuta, na dependência do COMBIS.

Em 5set72, foi rendida no subsector de Quinhámel pela CCaç 3326, recolhendo seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa n." 87 - 2ª Div/4ª Sec, da AHM).

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002,pág. 398

(**) Vd. poste de 17 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26161: Fotos à procura de... uma legenda (185): O fotógrafo, o então cmdt da CCAÇ 2796, "Os Gaviões" (Gadamael, 1970/72), Morais Silva (hoje cor art ref) pergunta se seria Cacine... Vejam se o podem ajudar, que ele quer arrumar os "slides"...

(***) Vd. poste de 18 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26163: Fotos à procura de... uma legenda (186): O "gavião" que perdeu, não a "pena", mas... as legendas das fotos nº 23 e 25 do seu álbum... Ele pergunta se será Catió (...falamos do cor art ref Morais Silva)

Guiné 61/74 - P26170: Bom dia desde Bissau (42): viagem de fim de semana, de Bissau a Varela, 175 km, 5h30, atravessando o rio Cacheu - II (e última) Parte: Praia de Varela





Foto nº 10, 10A e 10B> Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > Praia de Varela > 16 de novembro de 2024 > "As vacas ainda não tinham chegado... Para fugir a confusão não há melhor lugar (do mundo)"... Mas já são, de há vísíveis, os efeitos dfa erosão...(lado direito da foto)



Foto nº 11 e 11A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > Praia de Varela > 16 de novembro de 2024 > "A casa do homem grande"...



Foto nº 12 e 12A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > Varela > 16 de novembro de 2024 > "A antiga pista de aviação"... Agora campo de pastagem para as vacas...


Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
 


1. Publicam-se as restantes fotos que o Patrício Ribeiro nos mandou este fim de semana. Ele é o "embaixador da Tabanca Grande" na Guiné-Bissau, onde vive há quatro décadas.   É um histórico do nosso blogue (está connosco desde 1 de junho de 2006)...Tem 170 referências. É autor da série "Bom dia desde Bissau" (iniciada em 3 de abril de 2017).   


Data - domingo, 17/11/2024, 22:41
Assunto - Viagem de fim de semana até Varela

Luís, junto umas fotos, deste fim de semana em viagem até Varela. 

Nesta época do ano está tudo muito verde, porque as chuvas terminaram há pouco tempo. O passeio é bonito, podemos encontrar no caminho muitas iguanas com mais de um metro de compriment0...

Foi um passeio de 5,30h para cada lado (!), para ir limpar o capim e visitar / arejar a casa do "homem grande" em Varela.

Abraço, Patrício.

____________

Nota do editor:

Guiné 61/74 - P26169: Elementos para a História dos Pel Art - Parte II: a artilharia de campanha estava bem representada no CTIG, com 34 Pel Art, e 47% das do total (=283) das bocas de fogo

 

Guiné > Região de Tombali > Gadamael > 1973 > 15º Pel Art > Obus 14 cm.... O heróico obus de Gadamael... 

Foto do nosso amigo e camarada J. Casimiro Carvalho, ex-fur mil inf op esp/ranger, CCAV 8350 (Piratas de Guileje) e da CCAÇ 11 (Lacraus de Paunca), que passou por Guileje, Gadamael, Nhacra, Paúnca, entre 1972 e 1974...

Foto (e legenda): © José Casimiro Carvalho (2007). Todos os direitos reservados Blogue. [ Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]. 

 



Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2024)



1. Além das antiaéreas, a arma de artilharia mobilizou unidades próprias de apoio de fogos (artillharia de campanha) (#). Foram usados diversos modelos de bocas de fogo no CTIG, nomeadamente:

  • os obuses britânicos 8,8 cm m/43, e 14 cm m/43, além da peça 11,4 cm m/46;
  • os obuses alemães  R 10,5 cm m/41 e K 10,5 cm m/41.
Na Guiné, a artilharia de campanha estava muito descentralizada, chegando a ter no final da guerra mais de 3 dezenas de Pel Art , espelhados pelo território, tanto no interior como ao longo das linhas de fronteira. Cada um dispunha em geral de 3 armas (às vezes 2). 

Os Pel Art, em 1972 e 1973, estavam uniformente espalhados pelo território (de acordo com o quadro que se reproduz acima):
  • Zona Oeste > 13
  • Zona Sul > 11
  • Zona Leste > 11

Os valores constantes do quadro são relativos sobretudo ao dispositivo em 1972 (incluindo os primeiros 29 Pel Art, numerados de 1 a 29). Depois, em 1973, foram acrescidos mais 5, chegando aos 34 do final da guerra. 

Houve, entretanto, de 1972 para 1973 significativas alterações (trocas de guarnição, de modelos de bocas de fogo, etc.) 

Em 1 de julho de 1973, por exemplo, o 15º Pel Art (que estave em Guileje até 22/5/1973) foi colocado em Gadamael (14 cm). E,  segundo a "ordem de batalha" de 10/4/1974, é o 15º Pel Art (14 cm) que está em Gadamael (e já não o 23º Pel Art, 10,5 cm, como consta do quadro acima reproduzido).

Nessa data, em Jemberém está o 5º Pel Art (10,5 cm). E o 17º Pel Art (14 cm) está em Chugué... O 4º Pel Art (10,5 m) está em Empada... O 30º Pel Art (14 cm) mantem-se em Catió, tal como 14º Pel Art (14 cm) continua em Aldeia Formosa, e o 31º Pel Art (14 cm) em Bajocunda...

Em Buba está o 19º (14 cm) (em 1972 estava em Canquelifá)... O 2º Pel Art (10,5 cm) está agora em Fulacunda.  Em Ganjauará está agora o 6º Pel Art (10,5 cm )(em 1972 estava em Tite)... 

Tite, por sua vez, tem agora o 10º Pel Art (14 cm) que estava em Cuntima...

O 8º Pel Art (10,5 cm) continua em Pirada, na fronteira com o Senegal. Enquanto em Canqueliá está o 27º Pel Art (14cm) (que em 1972 estava emFarim)... O 28º Pel Art (14 cv,) que estava em Sare Bacar e Bafatá foi "socorrer" Buruntuma... Piche passa a ter o 14 cm (já não havia granadas para a peça 11,4...). 

Entre Nova Lamego e Piche, ficava Dara, que continua pachorrentamente com o seu 16º Pel Art (10,5 cm). Tal como em Camaju, o 3º Pel Art (10,5 cm). Sare Bacar, na fronteira Norte, com o Senegal, contnua como 22º Pel Art e com os obuses 10,5.  

Bafatá foi despromovida: o 29º Pel Art (10,5 cm) deve ter cedido auma boca de boca alguém mais aflito... O 20º Pel Art (10,5 cm) continua de pedra e cal no Xime (agira com a CCAÇ 12 como unidade de quadrícula), mas a artilharia não chega ao coração do IN (Ponta do Inglês / Poindom, margem direita do Rio Corubal), é preciso ajuda de Ganjauará (na península de Gampará)...

Na zona oeste, vemos a pacata S. Domingos com o 25º Pel Art (10,5 cm), que vem do antecente (1972). O mesmo se passa com Ingoré (33º Pel Art, 10,5 cm). E com Bachile, com o 21º Pel Art (10,5 cm). Guidaje está mais calmo, depois dos acontecimentos de maio de 1973: continua a ter lá o 24º Pel Art (10,5 cm). Em Bigene, por sua vez, a defendre a integridadeas fornteiras, está lá o 18º Pel Art, com os seus temíveis obuses 14 cm. E em Cuntima, o 23º Pel Art (10,5), que trocou com Gadamael, "a ferro e fogo" (em maio/junho de 1973): tem uma secção em Jumbembem e outra em Canjambari... (Mesmo só uma boca de fogo mantem a rapaziada do PAIGC à distância..., do outro lado da fronteira ou nas suas confortáveis imediações.)

Enfim, uma verdadeira dansa (absolutamente esquisofrénica...) da nossa artilharia de campanha, dando resposta a alterações (cada vez mais imprevisíveis) da situação militar no terreno... 

Os Pel Art, no final da guerra, dão a impressão de serem como 112, ou sejam, uma "barata tonta", como aqui escreveu o cor art ref Morais Silva: não têm mãos a medir, a "apagar fogos"... 

Amigos e camaradas: só com tempo, vagar e muita paciència poderíamos atualizar o quadro que elaborámos com os dados fornecidos pelo ten cor Pedro Marquês de Sousa, e que são sobretudo respeitantes ao ano 1972. (Felizmente, para ele, não conheceu os vários infernos do CTIG...).

Na Guiné a Bateria de Artilharia, sediada em Bissau (mais tarde,  Grupo, GA7 / GA 7) funcionava como unidade territorial, para efeitos de instrução, administração e gestão logística). Recorria-se essencialmente a praças do recrutamento local, sendo os graduados oriundos da metrópole.

Segundo Pedro Marquês de Sousa, nas três frentes da guerra de África chegaram a estar presentes 283  bocas de fogo de artilharia (31,4% em Angola; 47% na Guiné; e 21,6% em Moçambique) (op. cit, pág. 197). 

A evolução da artilharia de campanha, na Guiné, foi a seguinte ao longo do tempo:

  • 1963 > 1 bateria
  • 1964/65 > 6 Pel Art
  • 1966/67 > 12 Pel Art
  • 1968 > 15 Pel Art 
  • 1969 > 20 Pel Art
  • 1970/73 > 29 Pel Art
  • 1974 > 34 Pel Art.
Estes números também são reveladores da escalada da guerra no CTIG.

No final da guerra, predominavam os seguintes modelos de bocas de fogo:

  • Obus 10,5 > 20 Pel Art
  • Obus 14 >  12 Pel Art
  • Peça 11,4 > 2 Pel Art (só existia no CTIG)
  • Obus 8,8 > 1
As bocas de fogo eram posicionadas em espaldões  dentro do perímetro dos aquartelmentos e destacamentos. Eram usadas na resposta aos ataques e flagelações do IN, mas também no apoio às NT em operações no mato.


2. Comentário do nosso camarada C. Martins,que comandou o 15º Pel Art (14 cm) em Gadamael, em 1973/74. (Beirão, hoje médico reformado,  nunca se increveu formalmente na Tabanca Grande, por razões pessoais,  profissionais edeontológicas, mas é um leitor assíduo e ativo, com mais de 35 referências no blogue)  (##):


Caro Camarada Luís Graça:


 (...) Para tua informação e de todos os camaradas, éramos reabastecidos por batelões só com granadas,  espoletas e cargas e outro material só para o Pel Art.

Ía em média uma vez por mês[ o batelão]. Como é evidente, este stock foi feito durante vários meses. Não tínhamos restrições, mas conseguiu-se aumentar o stock falseando os gastos,  isto é gastavámos menos do que dizíamos para Bissau. Isto tinha como única finalidade não sermos apanhados com as "calças na mão".

Nos intervalos das flagelações, coçavámos a micose mas também repunhamos granadas e etc. lavavamos os obuses ( "tocar punheta", na gíria artilheira, sim que ao lavar o tubo aquilo parecia mesmo isso), [fazíamos} pequenas reparações, etc..

.Quando era necessário vinham mecânicos de Bissau no mesmo dia de heli até Cacine e depois de sintex ou zebro até Gadamael.

Onde guardávamos tanto material ? No paiol, obviamente, que tinha a porta aberta e cada um servia-se à vontade. Um dia dei-me ao trabalho de contar os cunhetes de munições de G3 e cheguei aos 400 e depois desisti.

Cada granada pesava 45 kg (...)  e cada tiro custava 2.500$00  [c. 600 euros, a preços de hoje].

Tínhamos 3 companhias,  1 Pel Art (52 militares e não trinta), 1 pelotão de canhões s/r, 1 pelotão  de morteiros 81, e 2 pelotões de milícias, no total éramos à volta de 600 militares. (##)


_____________________

Notas do editor:


(#) Último poste da série > 18 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26162: Elementos para a História dos Pel Art - Parte I: Manuel Friaças, ex-fur mil art. 1º Pel Art (14 cm) (Cameconde e Cacine, 1971/73); vive em Aljustrel

(##) Vd. poste de 8 de fevereiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9460: Lições de artilharia para os infantes (2): Cada granada de obus 14 pesava 45 kg e custava 2500$00 (C. Martins, ex-comandante do Pel Art, Gadamael, 1973/74)



terça-feira, 19 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26168: Efemérides (446): Cerca de 300 fafenses homenagearam Jaime Bonifácio Marques da Silva, que na cidade de Fafe foi: Professor, Autarca, Fundador do Clube de Andebol, Treinador, etc. (Manuel Barros de Castro, ex-Fur Mil Enfermeiro)


1. Mensagem do nosso camarada Manuel Barros Castro, ex-Fur Mil Enfermeiro da CCAÇ 414, Catió (1963/64) e Cabo Verde (1964/65), com data de 17 de Novembro de 2025:


Há já um mês que cerca de 300 fafenses, em agradecimento ao Prof. Jaime Bonifácio lhe prestaram uma mais que merecida homenagem. O professor foi que marcou Fafe e as suas gentes. Professor, Autarca, Fundador do Clube de Andebol, Treinador, etc.

Esta homenagem que fez mover muita gente, não só com as suas presenças mas dadas impossibilidades ou compromissos fizeram presença por diversos meios.

Foram os ex-atletas os promotores do evento, eles que, então, foram arrastados pelo pai do andebol em Fafe, a que aderiram, ex-alunos que não esquecem o carinho do seu professor de Educação Física; amigos pelo Homem que, vindo lá de baixo, mostrou o seu prestígio, o seu saber e a sua vontade de bem servir; ex-paraquedistas de Fafe pela sua camaradagem; e a Câmara Municipal na pessoa do seu presidente pelo empenho do seu trabalho como vereador.

Para ele o meu repetido e apertado abraço.
Manuel Castro



********************



(i) foi alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72);
(ii) tem uma cruz de guerra por feitos em combate;
(iii) viveu em Angola até 1974;
(iv) licenciatura em Ciências do Desporto (UTL/ISEF) e pós-graduação em Envelhecimento, Atividade Física e Autonomia Funcional (UL/FMH);
(v) professor de educação física reformado, no ensino secundário e no ensino superior ;
(vi) autarca em Fafe, em dois mandatos (1987/97), com o pelouro de desporto e cultura;
(vii) vive atualmente entre a Lourinhã, donde é natural, e o Norte;
(viii) é membro da nossa Tabanca Grande desde 31/1/2014;
(ix) tem quase uma centena de referências no nosso blogue.


(Fixação do texto e edição de fotos: Carlos Vinhal)

_____________

Nota do editor

Último post da série de 8 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26129: Efemérides (445): Passam hoje 51 anos que este louvor foi publicado na Ordem de Serviço do Comando Territorial Independente da Guiné (Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Inf)

Guiné 61/74 - P26167: Bom dia desde Bissau (41): viagem de fim de semana, de Bissau a Varela, 175 km, 5h30, atravessando o rio Cacheu - Parte I: São Domingos e Susana



Foto nº 1 > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 17 de novembro de 2024 > Pegadas recentes de um hipopótamo, junto da ponte... Como não conseguem passar na manilhas da nova ponte no rio, tem que passar ao lado. Nos afluentes do Cacheu existem muitos hipopótamos.




Foto nº 2 e 2A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 17 de novembro de 2024 >Pescadores felupes, de arco e flecha, que até agora é prática normal,no rio a Este de Susana.




Foto nº 3 e 3A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 > Ponte entre Susana e Cassolol. A antiga era de madeira. Os Russos construíram uma de betão para passar as areias pesadas extraídas de Varela.




Foto nº 4 e 4A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 >S.Domingos: Residência do Presidente do sector



Foto nº 5 e 5A> Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 > Porto de S. Domingos atual


Foto nº 6 > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 > Rio Cacheu: porto-cais de S.Domingos. onde há alguns anos atracavam navios de mercadorias e transporte de passageiros, para a cidade de Cacheu



Foto nº 7 e 7A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 > São Domingos: avenida entre o porto e o centro da cidade


Foto nº 8 > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 > Rio Cacheu: água salgada, maré cheia



Foto nº 9 e 9A > Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Viagem de fim de semana Bissau-Varela-Bissau > 15 de novembro de 2024 > Arroz novo, do "pampam". Junto ao Rio Cacheu.


Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1.Mensagem do Patrício Ribeiro, nosso colaborador permanente. 

O Patrício tem já  perto de 170 referências e não precisa de mais apresentações. É autor da série "Bom dia desde Bissau" (iniciada em 3 de abril de 2017).    É um histórico da Tabanca Grande (está aquidesde 1 de junho de 2006)...


Data - domingo, 17/11/2024, 22:41
Assunto - Viagem de fim de semana até Varela

Luís, junto umas fotos, deste fim de semana em viagem até Varela. 

Nesta época do ano está tudo muito verde, porque as chuvas terminaram há pouco tempo. O passeio é bonito, podemos encontrar no caminho muitas iguanas com mais de um metro de compriment0...

Foi um passeio de 5,30h para cada lado (!), para ir limpar o capim e visitar / arejar a casa do "homem grande" em Varela.

Abraço, Patrício.


2. Comentário do editor LG:

Patrícío, obrigado. Já agora confirma: partiste de Bissau, passaste por Safim, Bula, São Vicente (nova ponte sobre o rio Cacheu, construída por uma empresa portuguesa e financiada pela União Europeia), Ingoré, São Dominmgos, Cassolol, Susana e Varela. São 175 km,  quatro horas, diz-me o Google.  Parece não haver outro caminho...

Vou apresentar as fotos não exatamente pela ordem que me mandaste. Umas são da ida (15 de novembro, sexta) e outras do regresso (17 de novembro, domingo). Na Parte I, as fotos que tiraste, vindo de Bissau até São Domingos e Susana, e a Parte II, em Varela, onde foste arejar a tua "datcha", capinar e pescar... (Tenho que fazer render o peixe que está caro.)
______________

Nota do editor:

Último poste da série > 11 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26140: Bom dia desde Bissau (Patrício Ribeiro) (40): No porto-cais de Quinhamel, comendo umas ostras de tarrafe (entrada) e uma bentana grelhada (prato de peixe) no restaurante do Ti Aníbal, ao som da música dos "catchus" e na companhia de um camarada "jadudi"...

Guiné 61/74 - P26166: Parabéns a você (2329): Mário Migueis da Silva, ex-Fur Mil Rec Inf (CCS/QG/CTIG, BART 2917 e CCAÇ 2701 - Bissau, Bambadinca e Saltinho, 1970/72)

______________

Nota do editor

Último post da série de 14 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26151: Parabéns a você (2328): César Dias, ex-Fur Mil Sapador de Infantaria da CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa e Mansabá, 1969/71); Jacinto Cristina, ex-Soldado At Inf da CCAÇ 3546/BCAÇ 3883 (Piche e Camajabá, 1972/74) e Maria Arminda Santos, ex-Tenente Enfermeira Paraquedista (Angola, Guiné e Moçambique, 1961/1970)