quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Guiné 63/74 - P1388: Madina do Boé: contributos para a sua história (José Martins) (III parte)

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Guiné > Zona Leste > Madina do Boé > 1966 > Vista aérea do aquartelamento.

Foto: © Manuel Domingues (s/d) (Imagem reproduzida, sem menção da fonte, no Blogue do Fernando Gil > Moçambique para todas. Presumo que a sua autoria seja do Jorge Monteiro ou do Manuel Domingues) (1)

Texto do José Martins (ex-furriel miliciano trms, CCAÇ 5 - Gatos Pretos, Canjadude , 1968/70). Terceira e última parte da série Madina do Boé: contributos para a sua história (2).


Continuação da publicação da lista dos nossos camaradas que tombaram em combate no triângulo do Boé (Madina, Beli, Cheche), bem como de outras unidades que lá estiveram ou passaram por lá:


De 7 de Fevereiro de 1969 até 20 de Agosto de 1974

A partir de 6 de Fevereiro de 1969, data em que as NT passaram o Rio Corubal junto ao Cheche, estava desfeito o Triângulo do Boé (Beli - Madina do Boé – Cheche), tendo sido, naquela zona em 24 de Setembro de 1973 proclamada unilateralmente a independência da Guiné-Bissau. Beli foi retirada em 15 de Junho de 1968. Madina em 5 de Fevereiro de 1969. E Cheche no dia seguinte. Por outro laDO, Canjadude FOI entregue ao PAIGC em 20 de Agosto de 1974. E Nova Lamego, duas semanas mais tarde, em 4 de Setembro de 1974.


Companhia de Caçadores 5

• Carlos Alberto Leitão Diniz, 1º Cabo Auxiliar de Enfermeiro, natural de Oliveira do Hospital, inumado no cemitério de Oliveira do Hospital, tombou vitima do rebentamento de uma mina na estrada de Nova Lamego a Canjadude em 3 de Agosto de 1970;

• João Purrinhas Martins Cecílio, Furriel de Infantaria, natural de São Pedro / Elvas, inumado no cemitério de Santo António dos Olivais em Coimbra, tombou vitima do rebentamento de uma mina na estrada de Nova Lamego a Canjadude em 3 de Agosto de 1970;

• Mamadu Djaló, Soldado Atirador, natural de Santa Isabel / Gabú, inumado no cemitério de Nova Lamego - Guiné, foi vítima, em 15ABR71, de ferimentos recebidos em combate numa operação de apoio à CCP 123 em Liporo, vindo a falecer no Hospital Militar 241 em 17 de Abril de 1971;

• Dembaro Baldé, Soldado Atirador, natural de Nossa Senhora da Graça / Farim, inumado no cemitério de Canjadude, tombou no ataque ao Aquartelamento de Canjadude em 22 de Julho de 1971;

• Quecuta Camará, Soldado Atirador, natural de Santa Isabel / Gabú, inumado no cemitério de Canjadude, tombou no ataque ao Aquartelamento de Canjadude em 22 de Julho de 1971;

• Saliú Embaló, Soldado Apontador de Metralhadora, natural de Pirada / Gabú, inumado no cemitério de Canjadude, tombou num patrulhamento junto do Rio Campossabane (zona norte do Cheche), em 1 de Agosto de 1971;

• Sulai Queta, Soldado Apontador de Metralhadora, natural de Cacine / Catió, inumado no cemitério de Nova Lamego - Guiné, tombou no ataque ao Aquartelamento de Canjadude em 8 de Agosto de 1973.

Companhia de Artilharia 3332

• João Alberto Lopes Vilela, Soldado Atirador, natural de Gil / Paços de Ferreira, inumado no cemitério de Paços de Ferreira, tombou no Aquartelamento do Che-che, quando este voltou a ser ocupado pelas nossas tropas – Companhia de Caçadores 5 e Companhia de Artilharia 3332 – que utilizaram pontualmente este Aquartelamento como base de patrulhas, em 11 de Fevereiro de 1971.


Companhia de Caçadores Páraquedistas 123

• Avelino Joaquim Gomes Tavares, Soldado Paraquedista, natural de Matosinhos, inumado na Metrópole, tombou numa operação em Liporo, em 15 de Abril de 1971;

• Carlos Alberto Ferreira Martins, Soldado Paraquedista, natural de Moledo / Vimieiro, inumado na Metrópole, tombou numa operação em Liporo, em 15 de Abril de 1971.


OUTRAS UNIDADES ENVOLVIDAS

Há unidades que não foram referidas no texto inicial, mas que pela continuada pesquisa sobre o tema encontramos elementos que garantem a sua presença na zona, pelo que nos compete fazer aqui referência às mesmas:

Centro de Instrução de Comandos

Em 23 de Outubro de 1963 teve início com a formação de um grupo de Oficiais e Sargentos, em serviço no CTIG, que foram receber instrução de comandos na Região Militar de Angola.

O primeiro Grupo de Comandos a ser formado na Guiné, teve o seu baptismo de fogo na Operação Tridente, realizada na Ilha de Como entre 14 de Janeiro e 24 de Março de 1964. Este Grupo de Comandos recebeu as insígnias de Comando em Bissau a 29 de Abril de 1964.

Em 3 de Agosto de 1964 inicia-se a Escola Preparatória de Quadros, com vista à formação de três Grupos, entre eles o Grupo de Comandos Os Fantasmas, que decorreu entre 30 de Setembro e 17 de Novembro de 1964.

Tendo a sua base em Brá (Bissau), estes grupos realizaram diversas operações em diversas zonas, das quais se destacam Madina do Boé, Catió, Farim, Jabadá, e Canjambari. Em este Centro de Instrução passou a ser designado por Companhia de Comandos até à sua extinção, após a chegada da 3ª Companhia de Comandos, mobilizada no Regimento de Artilharia 1 - Lisboa, que desembarcou em Bissau e 30 de Junho de 1966.

Batalhão de Engenharia 447

Foi criada em 1 de Julho de 1964, como unidade da guarnição normal da Guiné, tendo integrado todos os elementos de engenharia existentes na Guiné, nomeadamente a Companhia de Engenharia 447, mobilizada no Regimento de Engenharia 1 (Pontinha – Lisboa), que era constituída por, além do Comando, 1 Pelotão de Equipamento Mecânico, 2 Pelotões de Sapadores e 1 Pelotão de Pontoneiros, sendo este pelotão que garantia a ligação fluvial por barco em diversos pontos.

Destacou elementos para colaborar na execução e/ou reparação das estruturas de aquartelamentos (edifícios, electrificação, depósitos de água), construção de estradas e formação de pessoal local nas especialidades de pedreiro, carpinteiro, canalizador, electricista e operador de máquinas de terraplanagem. Foi extinto em 14 de Outubro de 1974 com a entrega das instalações e equipamento.

Chefia do Serviço de Material / Quartel General – Guiné

Com base no Quadro Orgânico aprovado por despacho ministerial de 14 de Novembro de 1963, tem início como unidade de guarnição normal do CTIG em 1 de Janeiro de 1964, integrando os destacamentos de manutenção de material até então existentes, passando a ser constituído por uma Companhia de Recuperação de Material e por uma Companhia de Manutenção de Material.

Desenvolveu acções de apoio a unidades em quadrícula através dos seus Pelotões de Manutenção assim como deu instrução para especialistas de material de serralheiros, carpinteiros e mecânicos, entre outros. Em 14 de Outubro de 1974 foi instinto com a entrega das instalações e equipamentos.

Pelotão de Milícias 161

Em 8 de Julho de 1968, este Pelotão de Milícia estava adido, operacional e administrativamente, à Companhia de Caçadores 5, sedeada em Nova Lamego e com pelotões em Canjadude, Cabuca e Che-che. Pela nota circular nº 47/68, Processo 706.4 de 28 de Setembro de 1968 da Chefia do Serviço de Contabilidade e Administração do Quartel-general, passa a depender da Companhia de Artilharia 2338, já referida na I Parte deste texto.

Pelotão de Milícias 162

Em 8 de Julho de 1968, este Pelotão de Milícia estava adido, operacional e administrativamente, à Companhia de Caçadores 5, sedeada em Nova Lamego Lamego e com pelotões em Canjadude, Cabuca e Che-che. Pela nota circular nº 47/68, Processo 706.4 de 28 de Setembro de 1968 da Chefia do Serviço de Contabilidade e Administração do Quartel-general, passa a depender da Companhia de Cavalaria 1662, já referida na I Parte deste texto.

Pelotão de Reconhecimento 1129

Formado e mobilizado no Regimento de Cavalaria 6, no Porto, chegou à Guiné em Julho de 1966, ficando instalado em Nova Lamego, integrado nas forças operacionais do Batalhão de Caçadores 1856, a partir dessa data até ter sido rendido em Maio de 1968, data em que regressou à Metrópole.

Pelotão de Caçadores Nativos 65

Constituído por militares do recrutamento local em Maio de 1968, passou por várias zonas e aquartelamentos, até ser desactivado e extinto após assinatura do Acordo de Argel em 26 de Agosto de 1974. Esteve sedeado em Nova Lamego entre a data sua formação e a sua transferência para Canjambari em Abril de 1969.

Companhia de Artilharia 3332

Mobilizada no Regimento de Artilharia Pesada 2, em Vila Nova de Gaia, desembarcou em Bissau em 19 de Dezembro de 1970, seguindo para Piche em 25 de Janeiro de 19871, após a realização no CIM, em Bolama, da Instrução de Aperfeiçoamento Operacional. Em Piche substitui a CCAV 2747 na função de intervenção e reserva do CAOP 2 e reforço do BCAV 2922. Nesta função foi destacada para operações nas áreas de Canquelifá e Canjadude, onde colaborou, com três Grupos de Combate, na Operação Duas Quinas, para a ocupação temporário do antigo Aquartelamento do Che-che, para instalação de uma base de patrulhas na área. Regressou à metrópole em 13 de Dezembro de 1972.

Companhia de Caçadores Paraquedistas 123

Foi mobilizada no Regimento de Caçadores Paraquedistas, em Tancos, em Março de 1970, após o Curso de Paraquedisdas terminado em Fevereiro anterior. Foi considerada completa, já na Guiné, em 18 de Julho de 1970, ficando estacionada em Bissalanca e integrada no Batalhão de Caçadores Parquedistas 12. Tomou parte em várias operações ofensivas de combate, com incidência no Sector Leste. Foi desactivada depois de ter regressado à Metrópole, após a independência da Guiné, que ocorreu em 10 de Setembro de 1974.

É muito provável que outras unidades tenham reforçado os Aquartelamentos referenciados nos textos, nomeadamente os Pelotões de Armas Pesadas ou Pelotões de Reconhecimento, que estivessem atribuídos aos Órgãos de Comando do Sector de Nova Lamego, que coordenava as operações na área, pelo que arriscamos a mencionar as seguintes subunidades que, apesar de não registarem baixas de qualquer causa, colaboraram em colunas, operações ou em reforço das unidades em quadrícula:

Pelotão de Caçadores 871

Mobilizado no Batalhão de Caçadores 5 em Lisboa, chegou à Guiné em Dezembro de 1962, sendo colocado em Cabedu. Em Abril de 1963 foi colocado em Nova Lamego até Outubro desse ano, altura em que foi transferido para Pirada onde veio a terminar a comissão em Outubro de 1965.

Pelotão de Reconhecimento 805

Mobilizado no Regimento de Cavalaria 6, no Porto, ficou colocado em Bissau desde a sua chegada em Novembro de 1964 até Fevereiro de 1965, data em que foi transferido para Nova Lamego, Sector Leste. Muito provavelmente tomou parte em colunas de reabastecimento a diversos aquartelamentos do Sector, nomeadamente à zona do Boé. Terminou a sua comissão em Agosto de 1966.

Companhia de Milícias 19

Formado em Junho de 1965 por elementos recrutados na província, esta força auxiliar esteve colocada no destacamento do Cheché até à retirada deste em 6 de Fevereiro de 1969. Foi extinto em Dezembro de 1971


Pelotão de Morteiros 1029


Formado e mobilizado no Regimento de Infantaria 2, em Abrantes, chegou à Guiné em Setembro de 1965, ficando instalado em Nova Lamego, integrado nas forças operacionais do Batalhão de Caçadores 512. Em Outubro de 1965 foi deslocado para Canquelifá, regressando a Nova Lamego em Maio de 1966, agora integrando o dispositivo do Batalhão de Cavalaria 705, tendo sido rendido em Maio de 1967, data em que regressou à Metrópole. É muito provável que tenha tido em diligência esquadras junto das unidades que se encontravam em quadrícula no Sector..

5ª Companhia de Comandos

Mobilizado no Regimento de Artilharia Ligeira 1, em Lisboa, desembarcou na Guiné em 27 de Dezembro de 1966, ficando instalado em Brá (Bissau). Esteve destacada em Nova Lamego em reforço da guarnição daquela localidade, para efectuar patrulhamentos e reconhecimentos ofensivos, no período de 10 de Julho a 3 de Agosto de 1968. Foi durante aquele período que ministrou a instrução da especialidade à 15ª Companhia de Comandos. Cessou a actividade operacional em 26 de Setembro de 1968, regressando à metrópole em 31 de Outubro seguinte.

Pelotão de Morteiros 1191

Formado e mobilizado no Regimento de Infantaria 15, em Tomar, chegou à Guiné em 13 Abril de 1967, ficando instalado em Nova Lamego, integrado nas forças operacionais do Batalhão de Cavalaria 1915, tendo sido rendido em Março de 1969, data em que regressou à Metrópole. Durante a sua comissão destacou, em diligência junto de outras unidades, diversas esquadras, que rodava com certa frequência nos Aquartelamento de Buruntuma, Canquelifá, Madina do Boé, Beli e Cabuca.

Pelotão de Milícias 129

Formado por elementos recrutados na província, esta força auxiliar é referido nos relatórios de operações da Companhia de Caçadores 5, aquartelada em Canjadude, a partir de Junho de 1968, nada mais constando sobre o mesmo

Companhia de Cavalaria 2482

Unidade pertencente ao Batalhão de Cavalaria 2867 e mobilizada no Regimento de Cavalaria 3, em Estremoz, chegou à Guiné em 1 de Março de 1969. Seguiu de imediato para Tite, onde assumiu a responsabilidade do Sector. Em Julho de 1969 cedeu um grupo de combate à Companhia de Caçadores 5, enquanto esta realizava a Operação Sátiro, com a totalidade do seu efectivo operacional, à região do Rio Corubal. Durante a sua permanência no Aquartelamento de Canjadude, sofreu uma flagelação IN, de 11 para 12 de Julho de 1968. Após a operação regressou ao seu sector.

Pelotão de Morteiros 2105

Formado e mobilizado no Regimento de Infantaria 2, em Abrantes, chegou à Guiné em 25 de Fevereiro de 1969, ficando instalado em Nova Lamego, integrado nas forças operacionais do Batalhão de Caçadores 2835 e a partir de 22 de Novembro de 1969 integrado na Batalhão de Caçadores 2893, tendo sido rendido em Dezembro de 1970, data em que regressou à Metrópole. Durante a sua comissão destacou, em diligência junto de diversas unidades, esquadras, que rodava com certa frequência, no Aquartelamento Canjadude.

Batalhão de Caçadores 2893

Chegou à Guiné em 29 de Novembro de 1969 tendo sido mobilizado no Batalhão de Caçadores 10, em Chaves. Em 29 desse mês assume a responsabilidade do Sector L3, com sede em Nova Lamego, substituindo o Batalhão de Caçadores 2835. Foi rendido pelo Batalhão de Cavalaria 3854 e regressou à metrópole em 25 de Setembro de 1971.

Pelotão de Milícias 254 da Companhia de Milícia 18

Esta unidade de Forças auxiliares, é referida no relatório de Situação Geral, como constituindo uma das componentes que constituem e guarnição de Canjadude, sob a responsabilidade da CCAÇ 5, em Janeiro de 1970

Companhia de Artilharia 2762


Mobilizada no Regimento de Artilharia Pesada 2, em Vila Nova de Gaia, chegou à Guiné em 20 de Julho de 1970, seguindo para Pirada. Em 5 de Junho de 1971 foi transferida para Nova Lamego, em missão de intervenção e reserva do Batalhão de Caçadores 2893 e depois do Batalhão de Cavalaria 3854, tendo efectuado várias acções nas áreas de Canjadude e Cabuca. Regressou à metrópole em 17 de Junho de 1972.

Pelotão de Morteiros 2267

Formado e mobilizado no Regimento de Infantaria 2, em Abrantes, chegou à Guiné em 31 de Outubro de 1970, ficando instalado em Nova Lamego, integrado nas forças operacionais do Batalhão de Caçadores 2893 e a partir de 5 de Setembro de 1971 integrado no Batalhão de Cavalaria 3854, tendo sido rendido em Setembro de 1972, data em que regressou à Metrópole. Durante a sua comissão destacou, em diligência junto de diversas unidades, esquadras, que rodava com certa frequência, no Aquartelamento Canjadude.

Batalhão de Cavalaria 3854

Mobilizado no Regimento de Cavalaria 3, em Estremoz, chegou à Guiné à Guiné em 10 de Julho de 1971. Após a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional efectuada no Centro Militar de Instrução no Cumeré, assumiu a responsabilidade do Sector de Nova Lamego em 5 de Setembro de 1971, rendendo o Batalhão de Caçadores 2893. Foi rendido pelo Batalhão de Artilharia 6523/73 e regressou à metrópole em 5 de Outubro de 1973.

Pelotão de Morteiros 4574/72

Formado e mobilizado no Regimento de Infantaria 15, em Tomar, chegou à Guiné em Julho de 1972, ficando instalado em Nova Lamego, integrado nas forças operacionais do Batalhão de Cavalaria 3854 e a partir de 8 de Setembro de 1973 integrado no Batalhão de Artilharia 6523, tendo retirado de Nova Lamego em Agosto de 1974, de acordo com a retracção das NT, regressando à Metrópole. Durante a sua comissão destacou, em diligência junto de diversas unidades, esquadras, que rodava com certa frequência, no Aquartelamento Canjadude.

Grupo Especial de Milícias 244

Esta unidade de forças auxiliares, está referida no relatório da Flagelação IN a Canjadude em 27 de Abril de 1973, pelas 22H50, como tendo encontrada, no dia anterior, vestígios IN a Sul de Canjadude e ter sido flagelado na zona situada entre o Rio Mebouro e Rio Siai, nesse mesmo dia, a partir da zona a sul do Rio Corubal. Estava no aquartelamento de Canjadude na altura da flagelação.

Batalhão de Artilharia 6523/73

Mobilizado no Regimento de Artilharia Ligeira 5, em Penafiel, chegou à Guiné em 13 de Julho de 1973, assumindo em 8 de Setembro de 1973 a responsabilidade do Sector L 3. O comando regressou a Bissau em 29 de Agosto de 1974, mantendo-se um Pelotão da CCS, que procedeu à desactivação e entrega ao PAIGC de Nova Lamego. Foi a última unidade a comandar este Sector.

Também é de salientar o esforço desenvolvido pelos elementos da Força Aérea que, ao comando das aeronaves disponibilizadas para as diversas missões, apoiaram as tropas no terreno, não só com o apoio de fogos e no transporte de pessoal e alimento, mas, sobretudo, no socorro prestado aos feridos e doentes na sua evacuação para a retaguarda, afim de serem assistidos de forma ao seu restabelecimento rápido.




Hastear da bandeira da Guiné-Bissau em Canjadude em 20 de Agosto de 1974.
Aqui já não era Portuguesa
Foto João Carvalho – 1974 – com a devida vénia

É de esperar que, não só criticas ou sugestões surjam na publicação destes textos mas que, num espírito de trazer ao conhecimento de todos e, em especial daquela camada que não viveu a guerra e que esperamos não a venha a viver, conheçam o esforço de um punhado de homens que, abandonando os campos, as fábricas, os escritórios e as escolas, e muito penosamente as próprias famílias, e responderam PRESENTE quando a Pátria os convocou!


José Martins

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Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 25 Outubro 2005 > Guiné 63/74 - CCLVIII: Antologia (22): Madina do Boé, por Jorge Monteiro (CCAÇ 1416, 1965/67)

(2) Vd. posts anteriores:

18 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1292: Madina do Boé: contributos para a sua história (José Martins) (Parte I)

15 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1370: Madina do Boé: contributos para a sua história (José Martins) (Parte II)

1 comentário:

Tété disse...

Olá, conheci muita gente do Batalhão 490, em Farim, onde meu Pai era Administrador do Concelho. De madrugada via-os partir, por uma janela do 1ºandar. Sabem do Capelão, Padre Gama? Perdi-lhe o rasto há muitos anos e gostava de saber news. Um bem haja a todos, Tété