Mais um Camarada se apresenta nesta Tabanca Grande, o Fernandino Leite (ex-Soldado de Transmissões da CAÇ1499 / BCAÇ 1877 – Pelundo, Bolama, Teixeira Pinto, Pirada e Piche -, 1966/67, que é um cliente habitual da Tabanca de Matosinhos e grande amigo pessoal do Casimiro Carvalho (CCAV 8350 - Piratas de Guileje), nesta sua primeira mensagem apenas enviou uma reportagem fotográfica do seu álbum de memórias, mas deixando a promessa de que, brevemente, voltará com a descrição da evolução operacional da sua Companhia por terras da Guiné:
Um aspecto da tabanca de Pirada
Eu no meu posto de "trabalho"
dornier
Sofia
Vespa
Aqui com um pequeno júbi
Helicóptero capturado ao P.A.I.G.C.
Eu "bem acompanhado"
Fernandino Leite
Sold Trms da CAÇ1499/BCAÇ 1877
2. O Fernandino Leite é o primeiro elemento, quer da CCAÇ 1499, quer do BCAÇ 1877 a dizer presente nesta nossa tertúlia, ficando a aguardar que outros seus camaradas da Unidade lhe sigam aqui o exemplo.
3. Amigo e Camarada Fernandino Leite, é da praxe que em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote e demais tertulianos deste blogue, te diga aqui que é sempre com alegria que recebemos notícias de mais um Camarada-de-armas, especialmente, se o mesmo andou fardado por terras da Guiné, entre 1962 e 1974, tenha ele estado no malfadado “ar condicionado” de Bissau, ou no mais recôndito e “confortável” bura… ko de uma bolanha.
Tal como o Luís Graça já referiu inúmeras vezes, em anteriores textos colocados em postes no blogue, todos aqueles que constituíram a geração dos “Últimos Guerreiros do Império”, têm alguma coisa a contar da sua passagem da Guerra do Ultramar, que permaneça para memória futura e colectiva, deste violento e sangrento período da História de Portugal.
Foram 12 anos de manutenção de um legado histórico (cerca de 500 anos de permanência), à custa de muito sacrifício, privação de toda a ordem, dor, sangue, sofrimento, morte… que envolveu a movimentação de mais de meio milhão de portugueses em armas.
Como se não tivesse bastado, continuamos a sofrer, pelo menos psicologicamente, nos últimos 36 anos com o modo ostracista e laxista como os políticos portugueses nos tratam.
Nós que, nos nossos 21/22/23 anos, demos o nosso melhor, como podíamos e sabíamos, muitas vezes mal treinados e armados, sabe Deus como alimentados e enfiados em autênticos buracos, construídos no lodo, embebidos em pó, lama, suor, mosquitos, etc., completamente hostis e perigosíssimos, sob vários aspectos, onde, além dos combates com o IN, enfrentávamos as traiçoeiras minas e armadilhas, as doenças a apoquentar-nos (paludismos, disenterias, micoses, etc.) e as nossas naturais angústias e temores, próprios das nossas tenras idades.
Nós até nem temos pedido muito, além de respeito e dignidade, que todos nós merecemos pelo que demos a esta Pátria, queríamos, e continuamos a querer, no mínimo, que os nossos doentes, física e psicologicamente, sejam tratados condigna e adequadamente, e o tratamento e acompanhamento dos mais carenciados e abandonados pela desgraçada “sorte” da vida.
Oferecendo-te então aqui as nossas melhores boas-vindas e ficamos a aguardar que nos contes episódios da tua estadia na Guiné, que ainda recordes (dos locais, das pessoas, seus hábitos e costumes, dos combates, dos convívios, etc.) e, se tiveres mais fotografias daquele tempo, que nos as envies, para as publicarmos.Recebe pois, para já, o nosso virtual abraço colectivo de boas vindas.
Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.
Fotos: © Fernandino Leite (2010). Direitos reservados._____________
Fotos: © Fernandino Leite (2010). Direitos reservados._____________
Notas de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
18 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6758: Tabanca Grande (231): Eduardo Costa Dias, antropólogo, CEA / ISCTE / IUL
Vd. último poste desta série em:
18 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6758: Tabanca Grande (231): Eduardo Costa Dias, antropólogo, CEA / ISCTE / IUL
6 comentários:
Caro Fernandino Leite
Os meus parabéns por nos proporcionares o prazer, de te integrares na nossa Tabanca Grande. Que sejas Bem-Vindo, com a particularidade de seres um camarada de transmissões.
Aproveito a oportunidade, para felicitar o Magalhães Ribeiro, pela forma sintética e transparente mas tão articulada, fiel e perfeita, como em nome de todos nós, te deu as boas-vindas.
Um abraço para os dois.
José Corceiro
CaroAmigo Fernandino
benvindo á tabanca grande,pois da pequena já és cliente,tal como eu.
Vai mandando fotos que tiraste da nossa recente viagem que fizemos á Guiné
Abraço
CANCELA
Caro Fernandino Leite,
Não sei se entraate nessa, mas a tua 1499, a minha 763, e a 1484, fizemos em conjunto uma operação na região de Ganjola/Catió na (Cachanga)presumo agora de momento não recordo, só recorrendo aos canhenhos.O Benito Neves deve ter isso registado. Em «Putos, Gandulos e Guerra» tenho uma história com um soldado vosso.
Um abraço,
Mário Fitas
Caro Fernandino,
Presumo que não tevesses actuado passoalmente nas operações derivado da especialidade, com a C.CAÇ 763 os Lassas de Cufar. Mas se houver interesse teu ou do blogue, tenho imenso gosto em transcrever do diário da C.CAÇ 763 os pormenores das operações desta convosco 1499.
Já referi, mas volto, tenho duas narrações em «Putos Gandulos e Guerra» com soldados vossos, cujo nome não recordo nem lembrarei. Um foi ensinado a passar rios de maré próximo de Ganjola, e outro foi morto em Darsalame por uma bala isolada.
Já «Cota» mas a cabeça e os papéis que por aqui vão andando, ainda me levam lá.
Um abraço,
Mário Fitas
Um abraço
Boas, o meu pai (Luis Oliveira) pertencia à 1501, no entanto perdeu os contactos que tinha e por razões que desconhecemos não foi convidado para mais nenhum almoço (talvez deixassem de organizar os referidos encontros em Junho).
Tenho aqui comigo algumas fotos, se disponibilizarem um endereço de email, envio com todo o gosto as mesmas para que sejam publicadas neste blog.
Um abraço,
José Oliveira
Carlos Alberto dos Santos Martins - Bat. Caç.1877/CCS - 1966/67.
Amura - Brá - Teixeira Pinto - Bafatá.
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