domingo, 30 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10879: O meu Natal no mato (40): O Presépio da CCAÇ 2444 em 1968 em Bissorã (João Rebola)

1. Mensagem do nosso camarada João Rebola* (ex-Fur Mil da CCAÇ 2444, Cacheu, Bissorã e Binar, 1968/70), com data de 29 de Dezembro de 2012:

Olá Luís Graça / Carlos Vinhal
Envio-vos estas fotos que foram tiradas na Outra Banda, em Bissorã, para serem publicadas na Tabanca Grande.

Foi o segundo Natal passado longe da família de sangue, mas com uma outra família: os meus soldados.

A saudade dos seus entes queridos, o odor da sua terra, a distância do pátrio-lar, tudo isto aliado à grande religiosidade, bem característica do povo açoriano, motivaram um pedido:  
- Furriel, faça-nos um presépio com o menino Jesus, com a Nossa Senhora, com os Reis Magos, etc, etc.

E onde é que iria encontrar aqueles personagens?
Ora, em Bissorã, havia um estabelecimento de um simpático libanês, o Alfredo Kalil, onde nada faltava. Seria lá que poderia encontrar aqueles objectos?
Já não me lembro o que comprei para pôr no presépio. Mas que tinha figuras adequadas a este, lá isso tinha!!

E assim, aconteceu Natal, na outra Banda.

A continuação de Boas Festas e um 2013 com "manga "de saúde para todos os ex-combatentes e seus familiares.
João Rebola


Nesta foto, da esquerda para a direita: Madeira, João Rebola, Pimentel e Gualter

Nesta foto: Os Fur Mil  Manuel Sá e João Rebola
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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 18 de Dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10821: Tabanca Grande (373): João Manuel Pereira Rebola, ex-Fur Mil da CCAÇ 2444 (Guiné, 1968/70)

Vd. último poste da série de 21 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9246: O meu Natal no mato (39): Mejo, 1- Guileje, 0 (José Brás)

4 comentários:

Henrique Cerqueira disse...

Caro Camarada João Rebola
Tal como tu estive em Bissorã ,mas entre 72/74.E da outra Banda não tenho boas recordações, pois que tinha de ir para lá passar a noite com o meu grupo de combate uma semana por mês.Isto porque no meu tempo já era a CCAÇ 13 que fazia essa segurança,visto que durante o dia só lá estava um pequeno grupo de melícias.
A nossa semana de "Outra Banda"funcionava assim como uma espécie de semana de descanso,pois que as outras semanas eram escalonadas a fazer patrulhamentos,piquetes e pelo meio algumas operações.
Da "Outra Banda"o que havia de melhor era que nós permitiamos a saída á noite de alguns elementos da população para irem apanhar mel ou caçar e pela manhã deixavam sempre alguns favos de mel o que era muito apreciado pois que o mel era excelente.
Bom,foi só o relembrar a passagem por Bissorã e pela "Outra Banda".
Um abraço e um muito BOM ANO.
Henrique Cerqueira

armando pires disse...

Ó João.
Tira-me uma dúvida.
Esse foi o Natal de 68 ou o de 69?
É que se foi o de 69, foi no "nosso tempo".
É que eu não me lembro desse presépio nem de ter sido convidado para fazer de menino jesus.
armando pires

J Forriel disse...


Amigo Armando
O Natal anterior foi passado em Có com a companhia 2402 do cap. Vargas Cardoso. Resta-me uma foto, tirada mesmo no dia de Natal, mas de fraca qualidade. Posso dizer-te que me encontrava com um grande abcesso,que
o nosso amigo Zé Manel, o zé do pau,conseguiu debelar com umas piquinhas de hidromicina,será? muito saborosas.Nesta altura em vez dar, levava 3 por dia..Mas o pior veio depois. Como estive 4/5 dias num local a que chamavam enfermaria,( deixa-me rir, ah, ah!! )e como não comia quase nada, fiquei com uma prisão de ventre do caraças. Ora, a minha mãe despachou
uns rojões que chegaram mesmo a tempo e que foram deglutidos à luz de velas e lanternas, dentro de um chuveiro!! Ao fins desses dias, o intestino enviou-me uma mensagem:-" joão, precisas de cagar!"As cagadeiras eram umas fossas com 2 metros de profundidade e com 2 tábuas onde colocávamos os pés e lá vai disto. Mas não foi. Com buracos estreitos, as coisas não passam com facilidade!!! Ao fim de mais de meia hora e já com pessoal em fila e a mandar vir, só me restou uma solução. Já adivinhaste qual foi ou ainda não? O indicador da mão direita é que fez o trabalhinho..Mas como um mal nunca vem só, apanhei uma crise hemorroidal, que me atormentou durante muito tempo no Cacheu.
Penso ter respondido à tua questão, em poucas palavras....
Um abraço
João Rebola

armando pires disse...

Ó João Rebola, o dedo indicador?
E isso não causa habituação?
armando pires