1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 10 de Julho de 2019:
Queridos amigos,
Amílcar Correia é Diretor-Adjunto do Público e responsável pela sua edição online. "A Balada do Níger e Outras Estórias de África" é o seu primeiro livro. O mínimo que se pode dizer é que é uma reportagem empolgante, partiu bem preparado e disponível para confirmar com os olhos as impressões que passou à escrita. Rumou em primeiro lugar para Tombuctu e não esqueceu o que havia subjacente ao projeto henriquino, entrar em contacto com outras gentes. Recorde-se que nas primeiras navegações fizeram-se apostas erradas dos lugares onde aportaram, imaginaram o Nilo, a Etiópia menor, iam espicaçados com o sonho de atingir a Rota do Ouro, aquele mesmo ouro que chegava ao Norte de África, uma das razões pelas quais possuíamos fortalezas que só foram abandonadas no reinado de D. João III. De Tombuctu, Amílcar Correia viaja para a Mauritânia, lugar do vastíssimo Sara. Ele não o diz, mas dali vieram e vêm os comerciantes influentes dos mercados guineenses, as lojas dos mauritanos, como soe dizer-se. É uma viagem por África numa reportagem de grande qualidade, sob um olhar percuciente, culto, que nos captura desde a primeira página.
Um abraço do
Mário
Ali para as bandas da Guiné e um pouco por toda a África (1/4)
Beja Santos
“A Balada do Níger e Outras Estórias de África”, por Amílcar Correia, Civilização Editora, 2007, é um livro de cambanças, o jornalista e viajante começa por se pôr ao caminho em direção a Tombuctu, aproveita para refletir um pouco sobre a magia daquele lugar, que tanto empolgou os portugueses logo no século XV: “Até meados do século XI, enquanto o deserto era para a África mediterrânica um obstáculo tão temível quanto as terríveis tempestades do Atlântico, a região a sul do Sara era, para os europeus, uma terra habitada pelos monstros mais horríveis e as pessoas mais pavorosas. Alguns dos principais Estados islamizados em África (Mali, Songai ou Gana) desenvolveram-se nesta região, entre 800 e 1300, como consequência da inevitável ascensão muçulmana. O Império Mandinga do Mali, fundado por Sundiata (1230-1255), converteu-se ao Islão a partir do século XIII, mas os Árabes conheceram melhor Mansa Mussa (1307-1332). Numa peregrinação a Meca com 60 mil criados e escravos, Mansa Mussa distribuiu tanto ouro que fez baixar em 10% a sua cotação nos mercados do Cairo. Mas ninguém terá contribuído tanto para que a cidade de Tombuctu, onde, no regresso, mandou erigir uma mesquita, a maior da cidade, fosse celebrizada como o El Dorado do deserto”. Amílcar Correia não esquece João Fernandes que terá partido de Lisboa em 1443 ou 1444, numa das duas caravelas da expedição de Antão Gonçalves, com destino à costa ocidental africana. Foi recebido pelos Azenegues, viajou de camelo e sob a orientação do vento e do voo das aves.
Muitos meses depois foi encontrado na costa. Zurara garante que os Árabes choraram quando João Fernandes embarcou. Não se sabe se Fernandes chegou a Tombuctu. Ao longo dos séculos outros ocidentais procuraram esse ponto mágico. Robert Adams, depois de muitas peripécias, escreveu um livro referindo-se a Tombuctu como uma cidade aborrecida, suja e nada atrativa. A veracidade do seu testemunho continua a ser posta em causa. Ibn Batuta, um reputadíssimo geógrafo e viajante árabe, protegido por Leão X, visitara e descrevera Tombuctu: “Trazemos para esta cidade livros escritos à mão que se vendem muito bem, de tal forma que obtemos mais lucros do que com qualquer outra mercadoria que possamos vender”. Suspeitava-se que Tombuctu albergava tesouros infinitos, muitos procuraram atingir a cidade e Amílcar Correia dá-nos dessas peregrinações um magnífico relato. Como bom viajante, releva as coordenadas e não minimiza o poder da geografia: “No Mali, termina o deserto e começa a savana; termina o Norte de África e inicia-se a África transariana. Tombuctu é o ponto de encontro entre os agricultores da Savana e os nómadas do Sara, entre as pirogas e as caravanas de camelos, entre nomadismo e sedentarismo”.
E o viajante entra em Tombuctu e deixa-nos as suas impressões:
“As suas ruas de areia não conservam nenhum outro esplendor que não o do mistério que a celebrizou. São poucos os vestígios do passado glorioso da cidade interdita. O mistério não se vê nas ruas de Tombuctu; respira-se. Ameaçada pelo constante avanço das areias, a cidade é hoje habitada por 25 mil a 35 mil pessoas, quando, no século XVI, aqui residiam cerca de 100 mil, um quinto das quais estudava Direito e Teologia, ou não fosse este um local de concentração de universidades corânicas.
Em redor da mesquita de Djinguereber, trava-se o avanço das areias com pesadas lajes de cimento, deverão ser colocadas por todo o centro histórico. Ao lado da mesquita, uma criança retira areia do interior de casa com a ajuda de um prato. Tuaregues passeiam pelas ruas de turbante e túnica azul, olhos amendoados e artesanato em ‘prata tuaregue’ para vender.
Como em outras cidades africanas, as crianças pululam e pedem um cadeau. As moscas mordem a carne nos talhos de rua, as t-shirts das crianças imitam as ramificações do Níger, as mulheres povoam os seus mercados com frutas, legumes ou peixe ressequido, os pneus esventrados e o lixo acumulam-se em certas ruas e a poeira é uma constante diária. A pobreza é evidente. O esplendor de há cinco séculos não. Terá de ser encontrado nas portas de influência marroquina, na paisagem de tetos lisos, nas suas casas feitas em banco ou calcário, nas suas bibliotecas com milhares de manuscritos em árabe.
É natural que Tombuctu desiluda quem transporta mitos e desconhecimento sobre a sua história e o seu mistério. A sua nova imagem realista e triste não substitui, porém, a sua antiga. Tombuctu conserva uma aura de mistério e de inacessibilidade.”
E o viajante segue para a Mauritânia, chega à capital deste país despovoado e coberto de areia, Nouakchott. Dá-nos conta das suas observações locais: “O número de nómadas que cruzam os desertos deste país com o dobro do tamanho da França tem vindo a diminuir. A seca, a desflorestação e a força centrífuga do Sara têm arrastado as populações do deserto para as cidades. Atualmente, a percentagem de nómadas não atinge os 10% da população, ao passo que, na década de 1960, ultrapassava os 80%. Praticamente um terço dos 3 milhões de habitantes da Mauritânia habita em Nouakchott”. Fala de cidades, de gafanhotos que esbarram no jipe, de uma importante cordilheira e não esquece um cientista que percorreu cuidadosamente a região: “Théodore Monod, o turista mais antigo do país, passou mais de setenta anos a percorrer a pé e de camelo o deserto do Sara. Diz a lenda que Monod, com 98 anos, repartia o seu tempo entre o deserto, o Museu de História Natural de Paris e os seus escritos, que abordavam arqueologia, flora, fauna, geologia e o modo de vida dos habitantes do Sara. A travessia do deserto era, para Monod, uma espécie de busca do Santo Graal. Entre ser pastor protestante e naturalista, optou pela segunda hipótese. Começou, em 1922, por estudar a fauna marinha do país e lançou-se, posteriormente, na sua primeira travessia da Mauritânia Ocidental. Para o naturalista, o deserto ‘é uma escola que nos obriga a deitar fora a quinquilharia dos pensamentos, a fortalecer-nos’. Em suma, diz Monod, ‘o deserto não é complacente. Ele esculpe a alma e escurece o corpo’.
Segue para Chinguetti, velha cidade da Mauritânia, a sétima cidade santa do Islão sunita e antiga capital muçulmana. Aqui terá nascido a primeira biblioteca do mundo islâmico. Os velhos manuscritos destas bibliotecas foram considerados Património da Humanidade em 1989. Por ali anda Amílcar Correia, e deixa uma nota final: “Como o país só se passou a chamar Mauritânia no princípio do século XX, houve tempos em que o nome da cidade se confundia com o nome de uma enorme região. Daí se ter usado, durante muito tempo, e há ainda quem o faça com um gozo evidente, a expressão país de Chinguetti. Para quem vive no meio do vazio e longe dessa capital do deserto que é Nouakchott, a expressão adquire uma descarada ironia. Em Chinguetti, a neve de areia tudo cobre e não há limpa-areias que impeça o Sara de crescer”.
(continua)
Nota do editor
Último poste da série de 15 DE ABRIL DE 2022 > Guiné 61/74 - P23171: Notas de leitura (1437): "Os Forjanenses e a Guerra Colonial", organização de Luís G. Coutinho de Almeida e Carlos M. Gomes de Sá; edição da Junta de Freguesia de Forjães, 2018 (2) (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
Amílcar Correia é Diretor-Adjunto do Público e responsável pela sua edição online. "A Balada do Níger e Outras Estórias de África" é o seu primeiro livro. O mínimo que se pode dizer é que é uma reportagem empolgante, partiu bem preparado e disponível para confirmar com os olhos as impressões que passou à escrita. Rumou em primeiro lugar para Tombuctu e não esqueceu o que havia subjacente ao projeto henriquino, entrar em contacto com outras gentes. Recorde-se que nas primeiras navegações fizeram-se apostas erradas dos lugares onde aportaram, imaginaram o Nilo, a Etiópia menor, iam espicaçados com o sonho de atingir a Rota do Ouro, aquele mesmo ouro que chegava ao Norte de África, uma das razões pelas quais possuíamos fortalezas que só foram abandonadas no reinado de D. João III. De Tombuctu, Amílcar Correia viaja para a Mauritânia, lugar do vastíssimo Sara. Ele não o diz, mas dali vieram e vêm os comerciantes influentes dos mercados guineenses, as lojas dos mauritanos, como soe dizer-se. É uma viagem por África numa reportagem de grande qualidade, sob um olhar percuciente, culto, que nos captura desde a primeira página.
Um abraço do
Mário
Ali para as bandas da Guiné e um pouco por toda a África (1/4)
Beja Santos
“A Balada do Níger e Outras Estórias de África”, por Amílcar Correia, Civilização Editora, 2007, é um livro de cambanças, o jornalista e viajante começa por se pôr ao caminho em direção a Tombuctu, aproveita para refletir um pouco sobre a magia daquele lugar, que tanto empolgou os portugueses logo no século XV: “Até meados do século XI, enquanto o deserto era para a África mediterrânica um obstáculo tão temível quanto as terríveis tempestades do Atlântico, a região a sul do Sara era, para os europeus, uma terra habitada pelos monstros mais horríveis e as pessoas mais pavorosas. Alguns dos principais Estados islamizados em África (Mali, Songai ou Gana) desenvolveram-se nesta região, entre 800 e 1300, como consequência da inevitável ascensão muçulmana. O Império Mandinga do Mali, fundado por Sundiata (1230-1255), converteu-se ao Islão a partir do século XIII, mas os Árabes conheceram melhor Mansa Mussa (1307-1332). Numa peregrinação a Meca com 60 mil criados e escravos, Mansa Mussa distribuiu tanto ouro que fez baixar em 10% a sua cotação nos mercados do Cairo. Mas ninguém terá contribuído tanto para que a cidade de Tombuctu, onde, no regresso, mandou erigir uma mesquita, a maior da cidade, fosse celebrizada como o El Dorado do deserto”. Amílcar Correia não esquece João Fernandes que terá partido de Lisboa em 1443 ou 1444, numa das duas caravelas da expedição de Antão Gonçalves, com destino à costa ocidental africana. Foi recebido pelos Azenegues, viajou de camelo e sob a orientação do vento e do voo das aves.
Muitos meses depois foi encontrado na costa. Zurara garante que os Árabes choraram quando João Fernandes embarcou. Não se sabe se Fernandes chegou a Tombuctu. Ao longo dos séculos outros ocidentais procuraram esse ponto mágico. Robert Adams, depois de muitas peripécias, escreveu um livro referindo-se a Tombuctu como uma cidade aborrecida, suja e nada atrativa. A veracidade do seu testemunho continua a ser posta em causa. Ibn Batuta, um reputadíssimo geógrafo e viajante árabe, protegido por Leão X, visitara e descrevera Tombuctu: “Trazemos para esta cidade livros escritos à mão que se vendem muito bem, de tal forma que obtemos mais lucros do que com qualquer outra mercadoria que possamos vender”. Suspeitava-se que Tombuctu albergava tesouros infinitos, muitos procuraram atingir a cidade e Amílcar Correia dá-nos dessas peregrinações um magnífico relato. Como bom viajante, releva as coordenadas e não minimiza o poder da geografia: “No Mali, termina o deserto e começa a savana; termina o Norte de África e inicia-se a África transariana. Tombuctu é o ponto de encontro entre os agricultores da Savana e os nómadas do Sara, entre as pirogas e as caravanas de camelos, entre nomadismo e sedentarismo”.
E o viajante entra em Tombuctu e deixa-nos as suas impressões:
“As suas ruas de areia não conservam nenhum outro esplendor que não o do mistério que a celebrizou. São poucos os vestígios do passado glorioso da cidade interdita. O mistério não se vê nas ruas de Tombuctu; respira-se. Ameaçada pelo constante avanço das areias, a cidade é hoje habitada por 25 mil a 35 mil pessoas, quando, no século XVI, aqui residiam cerca de 100 mil, um quinto das quais estudava Direito e Teologia, ou não fosse este um local de concentração de universidades corânicas.
Em redor da mesquita de Djinguereber, trava-se o avanço das areias com pesadas lajes de cimento, deverão ser colocadas por todo o centro histórico. Ao lado da mesquita, uma criança retira areia do interior de casa com a ajuda de um prato. Tuaregues passeiam pelas ruas de turbante e túnica azul, olhos amendoados e artesanato em ‘prata tuaregue’ para vender.
Como em outras cidades africanas, as crianças pululam e pedem um cadeau. As moscas mordem a carne nos talhos de rua, as t-shirts das crianças imitam as ramificações do Níger, as mulheres povoam os seus mercados com frutas, legumes ou peixe ressequido, os pneus esventrados e o lixo acumulam-se em certas ruas e a poeira é uma constante diária. A pobreza é evidente. O esplendor de há cinco séculos não. Terá de ser encontrado nas portas de influência marroquina, na paisagem de tetos lisos, nas suas casas feitas em banco ou calcário, nas suas bibliotecas com milhares de manuscritos em árabe.
É natural que Tombuctu desiluda quem transporta mitos e desconhecimento sobre a sua história e o seu mistério. A sua nova imagem realista e triste não substitui, porém, a sua antiga. Tombuctu conserva uma aura de mistério e de inacessibilidade.”
E o viajante segue para a Mauritânia, chega à capital deste país despovoado e coberto de areia, Nouakchott. Dá-nos conta das suas observações locais: “O número de nómadas que cruzam os desertos deste país com o dobro do tamanho da França tem vindo a diminuir. A seca, a desflorestação e a força centrífuga do Sara têm arrastado as populações do deserto para as cidades. Atualmente, a percentagem de nómadas não atinge os 10% da população, ao passo que, na década de 1960, ultrapassava os 80%. Praticamente um terço dos 3 milhões de habitantes da Mauritânia habita em Nouakchott”. Fala de cidades, de gafanhotos que esbarram no jipe, de uma importante cordilheira e não esquece um cientista que percorreu cuidadosamente a região: “Théodore Monod, o turista mais antigo do país, passou mais de setenta anos a percorrer a pé e de camelo o deserto do Sara. Diz a lenda que Monod, com 98 anos, repartia o seu tempo entre o deserto, o Museu de História Natural de Paris e os seus escritos, que abordavam arqueologia, flora, fauna, geologia e o modo de vida dos habitantes do Sara. A travessia do deserto era, para Monod, uma espécie de busca do Santo Graal. Entre ser pastor protestante e naturalista, optou pela segunda hipótese. Começou, em 1922, por estudar a fauna marinha do país e lançou-se, posteriormente, na sua primeira travessia da Mauritânia Ocidental. Para o naturalista, o deserto ‘é uma escola que nos obriga a deitar fora a quinquilharia dos pensamentos, a fortalecer-nos’. Em suma, diz Monod, ‘o deserto não é complacente. Ele esculpe a alma e escurece o corpo’.
Segue para Chinguetti, velha cidade da Mauritânia, a sétima cidade santa do Islão sunita e antiga capital muçulmana. Aqui terá nascido a primeira biblioteca do mundo islâmico. Os velhos manuscritos destas bibliotecas foram considerados Património da Humanidade em 1989. Por ali anda Amílcar Correia, e deixa uma nota final: “Como o país só se passou a chamar Mauritânia no princípio do século XX, houve tempos em que o nome da cidade se confundia com o nome de uma enorme região. Daí se ter usado, durante muito tempo, e há ainda quem o faça com um gozo evidente, a expressão país de Chinguetti. Para quem vive no meio do vazio e longe dessa capital do deserto que é Nouakchott, a expressão adquire uma descarada ironia. Em Chinguetti, a neve de areia tudo cobre e não há limpa-areias que impeça o Sara de crescer”.
(continua)
A ler no telhado da Mesquita de Djinguereber, Tombuctu
____________Nota do editor
Último poste da série de 15 DE ABRIL DE 2022 > Guiné 61/74 - P23171: Notas de leitura (1437): "Os Forjanenses e a Guerra Colonial", organização de Luís G. Coutinho de Almeida e Carlos M. Gomes de Sá; edição da Junta de Freguesia de Forjães, 2018 (2) (Mário Beja Santos)
1 comentário:
Não é verdade que os portugueses "só" tenham abandonado as suas fortalezas no Norte de África no reinado de D. João III. De facto, abandonaram-nas definitivamente dois séculos mais tarde, quando, por ordem do Marquês de Pombal, a população da fortaleza de Mazagão — https://pt.wikipedia.org/wiki/Mazag%C3%A3o_(Marrocos) — foi transferida para a foz do Rio Amazonas, no Brasil, onde fundou uma nova povoação chamada, igualmente, Mazagão.
Eu não conheci Mazagão, em Marrocos, mas bem gostaria de ter ido lá. A única praça-forte portuguesa em Marrocos que conheci foi Arzila, também classificada como Património da Humanidade por proposta de Marrocos. Sou testemunha do cuidado com que os marroquinos tratam as velhas pedras que os seus antigos inimigos portugueses deixaram na sua terra. O que lá vai, lá vai, e os velhos ódios multisseculares apagaram-se, esperemos que para sempre.
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