Júlio Vieira Marques, ex-sold corneteiro, CCAÇ 1418 (1418 (1965/67)
Natural de Paços de Gaiolo, Marco de Canaveses, criado em Santa Leocádia (já no cocnelho de Baião), vive hoje em Matosinhos. Membro da Tabanca de Candoz, da Tabanca de Matosinhos e agora da Tabanca Grande (nº 907)
O Júlio faz parte do grupo musical Os Baiões, e é um entusiástico representante da tradição das tunas rurais que tiveram, nomeadamente na região do Marão, o seu apogeu nos anos 50. Temos muitos vídeos dele, em ensaios e atuações ao vivo, incluindo na Tuna Rural de Candoz.
Até por volta dos seus 40 anos, o Júlio também era um excelente tocador de violão. Um acidente com uma máquina de cortar madeira, levou-lhe a falange do indicador da mão direita. Acabou por trocar o violão pelo violino. (Repare-se na mão que segura o arco do violino, no vídeo que aqui pode ser visualizado )...
O Júlio é um exemplo extraordinário de força de vontade, talento, sensibilidade, coragem, disciplina e persistência. É, além disso, um homem afável e amigo do seu amigo. A morte, há largos anos, de um companheiro e amigo, tocador de violão, levou-o a fazer um prolongado processo de luto em que deixou pura e simplesmente de tocar. Um luto de bastantes anos.
Para felicidade dele e nossa, acabou o luto, e hoje é capaz de estar um dia ou uma noite a tocar violino, sozinho ou acompanhado.
O seu reportório é impressionante. Animou inúmeros bailes na sua região. Autodidata, também é construtor de violinos. Tem afinidades com a família de Candoz, é cunhado do Quim e da Rosa, a irmã mais velha da Alice, a "chef" Alice, também nossa tabanqueira.
O seu reportório é impressionante. Animou inúmeros bailes na sua região. Autodidata, também é construtor de violinos. Tem afinidades com a família de Candoz, é cunhado do Quim e da Rosa, a irmã mais velha da Alice, a "chef" Alice, também nossa tabanqueira.
Tem tocado diversas vezes na Quinta de Candoz, em festas de família.
A sua atuação em Candoz, em 20/10/2012, juntamente com outros músicos (tudo prata da casa, tudo "tios" e "primos": além do Júlio, o João, o Tiago, o Luís Filipe, o Miguel, o Nelo, o Joãozinho, violas, violões, bandolins, cavaquinhos, etc.), foi no âmbito das Bodas de Ouro de Casamento da Rosa & do Quim (que é também, ele, um excelente "mandador de baile mandado", como se comprova neste outro vídeo disponível na nossa conta You Tube).
Ao fim destes anos todos, o meu/nosso amigo e camarada Júlio acabou por aceitar o convite para integrar formalmente a Tabanca Grande, a mãe de todas as tabancas.
Ao fim destes anos todos, o meu/nosso amigo e camarada Júlio acabou por aceitar o convite para integrar formalmente a Tabanca Grande, a mãe de todas as tabancas.
Ficamos seguramente mais ricos com a sua presença humana e o seu talento musical. Ele tem página no Facebook mas lida mal com o email e o blogues. Vai precisar da ajuda do filho. E nossa.
Passa a ser o grão-tabanqueiro nº 907. E o primeiro representante da CCAÇ 1418 / BCAÇ 1856. Já lhe demos as boas vindas pelo telemóvel.
2. Ficha de unidade:CCAÇ 1148 / BCAÇ 1856
2.1. BCAÇ: 1856
Unidade Mob: RI 1 - Amadora
Cmdt: ten cor inf António da Anunciação Marques Lopes
2º Cmdt: Maj Inf Manuel João Fajardo
OfInfOp/Adj: Cap Inf José Olavo Correia Ramos
Cmdts Comp:
CCS: Cap SGE Júlio Augusto Esteves Grilo
CCaç 1416: Cap Mil Inf Jorge Monteiro
CCaç 1417: Cap Inf José Casimiro Gomes Gonçalves Aranha
CCaç 1418: Cap Inf António Fernando Pinto de Oliveira
Divisa: -
Partida: embarque em 31ju165; desembarque em 06ag065 | Regresso: Embarque em 15abr67
Síntese da Actividade Operacional
(i) Inicialmente, ficou instalado em Bissau (Brá), com a missão de reserva, à ordem do Comando-Chefe e orientado para a zona Leste, tendo as suas subunidades actuado em diversas operações nas zonas Oeste e Leste da Guiné, atribuídas em reforço a outros batalhões.
(ii) Em 02mar66, o comando foi deslocado para Nova Lamego, enquanto a CCS se instalou em Piche, até 23abr66, com vista à próxima rendição do BCav 705.
(iii) Em 01mai66, o batalhão assumiu a responsabilidade do Sector L3, com sede em Nova Lamego e abrangendo os subsectores de Bajocunda, Canquelifá, Piche, Buruntuma, Madina do Boé e Nova Lamego.
(iv) Nesta situação desenvolveu intensa actividade operacional, principalmente na execução de patrulhamentos, reconhecimentos ofensivos, acções de intercepção e de defesa dos aquartelamentos e das populações, com vista a evitar o alastramento da luta armada na região do Gabú; pela duração, importância das áreas batidas e esforço desenvolvido, destacam-se as operações "Lagos" e "Lenço", entre outras.
(v) Dentre o material capturado mais significativo, destaca-se:
- 2 espingardas,
- 1 pistola-metralhadora,
- 50 granadas de armas pesadas,
- 1332 munições de armas
- ligeiras
- e a detecção e levantamento de 50 minas.
(vi) Em 15abr67, foi rendido no sector de Nova Lamego pelo BCav 1915, recolhendo a Bissau para embarque.
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Brasão da CCAÇ 1418, recuperado do poste P26794 |
Síntese da atividade operacional:
- após o seu desembarque, a CCAÇ 1418 ficou colocada em Bissau durante quinze dias como subunidade de intervenção e reserva do Comando-Chefe;
- tendo seguido, em 21ago65 para Bula, a fim de realizar uma instrução de adaptação operacional sob a orientação do BCAV 790 [ 28Abr65-08Fev67; do ten cor cav Henrique Alves Calado], e seguidamente reforçar este Batalhão em acções realizadas nas regiões de Naga, Inquida e Choquemone, entre outras;
- até 20out65, continuou depois a ser atribuída em reforço de outros batalhões, com vista à realização de diversas acções na região do Jol, em reforço do BCAÇ 1858 [24ago65-03mai67; do ten cor inf Manuel Ferreira Nobre Silva], de 05 a 18Nov65. Na região de Gussará-Manhau, em reforço do BART 645, de 16 a 23dez65;
- nas regiões de Naga e Biambe, em reforço do BCAV 790, de 2 a 16jan66 e novamente de 12 a 26mar66. Na região do Morés, em reforço do BCAÇ 1857 [06ago65-03mai67; do ten cor inf José Manuel Ferreira de Lemos], de 13 a 23fev66, onde tomou parte na «Operação Castor» [em 20fev66], um golpe-de-mão à base central do Morés bem-sucedido, já que foi capturada elevada quantidade de armamento e outro material;
- deslocada seguidamente para Buruntuma, assumiu, em 08mai66, a responsabilidade do respectivo subsector, em substituição da CCav 703, ficando integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão , tendo destacado uma secção para Camajabá e a partir de 21 set66, um pelotão para a ponte do rio Caiúm;
- em 03abr67, foi rendida no subsector de Buruntuma pela CCaç 1588 e seguiu para Fá Mandinga, onde substituiu, temporariamente, a CCaç 1589 na função de reserva do Agr 1980;
- em 09abr67, seguiu para Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.
Fonte: Excerto de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 63/65.
(Seleção, revisão / fixação de texto: LG)
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Nota do editor LG:
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