quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7674: Doenças e outros problemas de saúde que nos afectavam (4): As abelhas (Rui Silva)

1. Mensagem de Rui Silva* (ex-Fur Mil da CCAÇ 816, Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67), com data de 24 de Janeiro de 2011:

Caros Luís Graça, Vinhal, Briote, Magalhães Ribeiro e Humberto Reis:

Recebam um grande abraço e doses de energia para manter o Blogue no seu grande nível.

Aqui vai o meu trabalho (Abelhas – IV) na sequência do meu trabalho sobre “Doenças e outros problemas de saúde…”

Até sempre!
Rui Silva


2. Como sempre as minhas primeiras palavras são de saudação para todos os camaradas ex-Combatentes da Guiné, mais ainda para aqueles que de algum modo ainda sofrem de sequelas daquela maldita guerra.

DOENÇAS E OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE (ou de integridade física) QUE A CCAÇ 816 TEVE DE ENFRENTAR DURANTE A SUA CAMPANHA NA GUINÉ PORTUGUESA (Bissorã – Olossato – Mansoa 1965/67)

(I) Paludismo (P7012)
(II) Matacanha (P7138)
(III) Formiga “baga-baga” (P7342)
(IV) Abelhas
(V) Lepra
(VI) Doença do sono

Não é minha intenção ao “falar” aqui de doenças e outros problemas de saúde que afligiam os militares da 816 na ex-Guiné Portuguesa imiscuir-me em áreas para as quais não estou habilitado (áreas de Medicina Geral, Medicina Tropical, Biologia, etc.) mas, tão só, contar aquilo, como eu, e enquanto leigo em tais matérias, vi, ajuizei e senti.

Assim:
As 4 primeiras, a Companhia sentiu-as bem na pele (ou no corpo). As 2 últimas (Lepra e Doença do sono), embora as constatássemos - houve mesmo contactos directos de elementos da Companhia com leprosos (foram leprosos transportados às costas, do mato para Olossato nas tais operações de recolha de população acoitada no mato para as povoações com protecção de tropa) –, não houve qualquer caso com o pessoal da Companhia, ou porque estas doenças estavam em fase de erradicação (?), ou porque a higiene e a profilaxia praticadas pela Companhia eram o suficiente para as obstar.


ABELHAS - IV

ABELHAS!!!... era este o grito, o grito de alerta, uma espécie de “passe palavra” em tom aflitivo. Era este o grito que fazia o pessoal da Companhia correr a sete pés e a esquecer todo o mais.
Assustava mais este grito, que o grito”Aí estão eles!” grito que acontecia no milésimo de segundo imediato a um tiro do inimigo.

O inimigo contava muitas vezes com a colaboração deste temível exército natural e assim muitas vezes fazia as emboscadas em sítio em que houvesse um enxame ali perto da passagem da tropa. Um tiro no enxame compacto, na altura da passagem da tropa, iniciava a emboscada e ao mesmo tempo o ataque desenfreado das abelhas a quem andava por ali perto.
Contava-se assim esta habilidade inimiga, pois não me lembro da minha Companhia ter sido vítima deste expediente inimigo. Não terá calhado, certamente.

Mas há histórias para contar sobre abelhas na 816…

Certa vez, vinha a Companhia de regresso ao aquartelamento de Olossato e, como sempre, extenuada, e depois de uma operação muito perto da base de Morés.
A certa altura retomamos um carreiro, já não muito longe do Olossato. O pessoal, em fila indiana, vinha com a atenção redobrada, pois vinha a ver onde o da frente punha os pés para pôr os dele também, pois assim julgava livrar-se ou defender-se melhor das minas anti-pessoais, já que naquela zona havia fama de aparecerem com frequência. Esta atenção obrigava a Companhia a deslocar-se com alguma lentidão. Chegou-se a fazer o levantamento de uma mina.

De repente, e bem perto de mim, atrás, alguém grita: ABELHAS!!!...

Foi como o tiro de pistola numa prova de 100 metros nas Olimpíadas.
Toda a gente enceta uma correria (que me fez lembrar o filme “A Revolta dos Cossacos” onde estes em frente alargada corriam para o inimigo) em direcção ao aquartelamento que já estava perto. Esqueceram-se as minas, os cuidados com emboscadas e… foi, mas, um “ver se te avias”. Nunca se chegou tão rápido ao quartel… e, nem minas nem emboscadas.

Um nativo, ao arrancar num arbusto um ramo para fazer uma rodilha para pôr as granadas de morteiro ou bazooka à cabeça, não reparou que estava ali perto um enxame, daí…

Lembro-me que um pouco depois, já no quartel, vi o “Flector” do morteiro, irreconhecível. As pálpebras de tal modo inchadas e os lábios mais grossos do que os de um nativo, aí bem dotado, a cara toda inchada, se não me dissessem que era o Flector eu julgaria que estava ali um extra-terrestre. Pelo menos um oriental bem inchado.
Mas não passou do susto… e das consequências para o “Flector”. As abelhas, parecia, que faziam pontaria a um e não mais o largavam e julga-se que o ataque tinha um efeito simpatia porque se no caminho da revolta, houvessem mais enxames, estes solidarizavam-se com as que estavam em guerra aumentando assim o efectivo da nuvem assassina.

Houve mais alguns casos com as abelhas (casos pontuais), mas tudo passava algumas horas depois e com tratamento na enfermaria.
Contaram-me, mais tarde, de um caso passado noutra Unidade, que um soldado foi vítima de tal ataque das abelhas, que praticamente o cobriram, e que ele num acto desesperado matou-se com a sua própria G3. Poderá alguém contar isto com mais pormenor?

O Martins (Fur Mil da minha Companhia), também tem uma história para contar, quando foi mordido por grande quantidade de abelhas, quando foi pôr abaixo, julgo com TNT ou qualquer outro explosivo, uma árvore de grande porte, junto ao aquartelamento de Olossato, do lado de Bissorã e perto da Tabanca do Olossato e que vinha servindo de abrigo ao inimigo sempre que este nos vinha “visitar”. O Capitão resolveu nomear um grupo para pôr abaixo aquela árvore pondo assim fim aquele escudo inimigo. Deu-se o estoiro (ouvimos na messe) e passados alguns minutos aparece-me o Martins todo sarapintado, tipo rubéola. “Foram as abelhas”, diz ele em tom desapontado. Estava lá um enxame. Dá-se o rebentamento e logo de seguida, um enxame, que até estava sossegado na árvore, sai ao ataque, e… escolhe o desafortunado Martins.

“Eh pá deves estar cheio de dores”, perguntamos logo. “Não, não me dói”.

As ferroadas eram tantas que acabaram por criar um efeito anestesiante. Terá sido assim? Os leigos diziam que sim.


Um cacho de abelhas.  Foto, reproduzida da Net que pode muito bem ter sido tirada na Guiné. Nem era preciso tocar no cacho, bastava barulho inusitado.


AS ABELHAS


Abelhas (Apis mellifera) são insectos himenópteros (com 2 pares de asas membranosas) que polinizam as plantas, produzem mel … e também picadas mortais.
Há cerca de 20.000 espécies de abelhas no mundo. O seu tamanho varia de 2 mm. a 4 centímetros. Algumas são pretas ou cinzentas, mas há as de cor amarelo brilhante, vermelhas, verdes ou azuis metálicas.


Apis mellifera scutellata (abelha africana ou “assassina”) Esta era a espécie de Apis mellifera que nos consumia na Guiné o corpo e também a alma.

As abelhas africanas (Apis mellifera scutellata) ou “abelhas assassinas”, são originárias do Leste da África e são mais produtivas e muito mais agressivas.
São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas europeias. Sendo assim, suas operárias possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às europeias (21 dias), o que lhe confere vantagem na produção e na tolerância aos ácaros.

Possuem, visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao fenómeno de alarme. Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e agressivos, podendo estimular a agressividade de operárias de colmeias vizinhas.

Ao contrário das europeias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos.
Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis.
Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são influenciadas por factores ambientais internos e externos.

O ferrão da abelha, que se situa na extremidade posterior do abdómen da abelha fêmea, é um sistema complexo compreendendo uma parte glandular, na qual se produz o veneno, e uma estrutura quitinosa e muscular, que serve par ejecção do veneno e profusão e introdução do ferrão. Apresenta rebarbas na sua superfície que dificultam sua saída, de tal sorte que, após a ferroada, todo o sistema é destacado, permanecendo na vítima. E a abelha morre logo a seguir. Geralmente, a profundidade de inserção é de 2 a 3 milímetros. No local movimentos reflexos de sua estrutura muscular fazem com que o ferrão se introduza cada vez mais.

Na rainha, as farpas do ferrão são menos desenvolvidas que nas operárias e a musculatura ligada ao ferrão é bem forte para que a rainha não o perca após utilizá-lo.


MORFOLOGIA e BIOLOGIA das ABELHAS (Apis mellifera)
(Extraido com a devida vénia do site “sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br”)

Aspectos morfológicos das Abelhas (Apis melllifera)

As abelhas, como os demais insectos, apresentam um esqueleto externo chamado exoesqueleto.
Constituído de quitina, o exoesqueleto fornece proteção para os orgãos internos e sustentação para os músculos, além de proteger o inseto contra a perda de água. O corpo é dividido em três partes: cabeça, tórax e abdómen (fig. 1). A seguir, serão descritas resumidamente cada uma dessas partes, destacando-se aquelas que apresentam maior importância para o desempenho das diversas atividades das abelhas.

Fig. 1 - Aspectos da morfologia externa da Apis mellifera


Cabeça

Na cabeça, estão localizados os olhos -simples e compostos- as antenas, o aparelho bucal (fig. 2) e, internamente, as glândulas.
Os olhos compostos são dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça. São formados por estruturas menores denominadas omatídeos, cujo numero varia de acordo com a casta, sendo bem mais numerosos nos zangões do que em operárias e rainhas. Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultra-violeta, azul, verde, amarelo e laranja.

Fig. 2- Aspectos da morfologia externa da cabeça da operária de Apis mellifera

Os olhos simples ou ocelos são estruturas menores, em número de três localizadas na região frontal da cabeça formando um triângulo. Não formam imagens. Têm como função detetar a intensidade luminosa.
As antenas, em número de duas, são localizadas na parte frontal mediana da cabeça. Nas antenas encontram-se estruturas para o olfato, tato e audição. O olfacto é realizado por meio das cavidades olfativas, que existem em número bastante superior nos zangões, quando comparados com as operárias e rainhas. Isso se deve à necessidade que os zangões têm de perceber o odor da rainha durante o voo nupcial.

A presença de pêlos sensoriais na cabeça serve para a perceção das correntes de ar e protegem contra a poeira e água.

O aparelho bucal é composto por duas mandíbulas e a língua ou glossa. As mandíbulas são estruturas fortes, utilizadas para cortar e manipular cera, própolis e pólen. Servem também para alimentar as larvas, limpar os favos, retirar abelhas mortas do interior da colmeia e na defesa. A língua é uma peça bastante flexível coberta de pêlos, utilizada na coleta e transferência de alimento, na desidratação do néctar e na evaporação da água quando se torna necessário controlar a temperatura da colmeia.

No interior da cabeça encontram-se as glândulas hipofaringeanas, que têm por função a produção da geleia real, as glândulas salivares que podem estar envolvidas no processamento do alimento e as glândulas mandibulares que estão relacionadas à produção de geleia real e feromônio de alarme (fig. 3).

Fig. 3 – Aspecto da anatomia internada operária Apis mellifera


Tórax

No tórax destacam-se os órgãos locomotores – pernas e asas (fig. 1)- e a presença de grande quantidade de pêlos, que possuem importante função na fixação dos grãos de pólen quando as abelhas entram em contacto com as flores.

As abelhas, como os demais insetos, apresentam 3 pares de pernas As pernas posteriores das operárias são adaptadas para o transporte de pólen e resinas. Para isso, possuem cavidades chamadas curvículas, nas quais são depositadas as cargas de pólen ou resinas para serem transportadas até a colmeia. Além da função de locomoção, as pernas auxiliam também na manipulação da cera e própolis, na limpeza das antenas, das asas e do corpo e no agrupamento das abelhas quando formam “cachos”.

As abelhas possuem dois pares de asas de estrutura membranosa que possibilitam o voo a uma velocidade média de 24 Km/h

No tórax, também são encontrados espiráculos, que são órgãos de respiração, o esófago, que é parte do sistema digestivo e glândulas salivares envolvidas no processamento do alimento.


Abdómen

O abdómen é formado por segmentos unidos por membranas bastante flexíveis que facilitam o movimento do mesmo. Nesta parte do corpo, encontram-se órgãos do aparelho digestivo, circulatório, reprodutor, excretor, órgãos de defesa e glândulas produtoras de cera (fig. 3).

No aparelho digestivo, destaca-se o papo ou vesícula nectarífera, que é o órgão responsável pelo transporte de água e néctar e auxilia na formação do mel. O papo possui grande capacidade de expansão e ocupa quase toda a cavidade abdominal quando está cheio. O seu conteúdo pode ser regurgitado pela contração da musculatura.

Existem quatro glândulas produtoras de cera (ceríferas), localizadas na parte ventral do abdómen das abelhas operárias. A cera segregada pelas glândulas se solidifica em contacto com o ar, formando escamas ou placas que são retiradas e manipuladas para a construção dos favos com auxílio das pernas e das mandíbulas.

No final do abdómen, encontra-se o órgão de defesa das abelhas -o ferrão- presentes apenas nas operárias e rainhas. O ferrão é constituído por um estilete usado na perfuração e duas lancetas que possuem farpas que prendem o ferrão na superfície ferroada, dificultando sua retirada. O ferrão é ligado a uma pequena bolsa onde o veneno fica armazenado. Essas estruturas são movidas por músculos que auxiliam a introdução do ferrão e injeção do veneno. As contrações musculares da bolsa de veneno permitem que o veneno continue sendo injectado mesmo depois da saída da abelha. Desse modo, quanto mais depressa o ferrão for removido, menor será a quantidade de veneno injectada. Recomenda-se que o ferrão seja removido pela base, utilizando-se uma lâmina ou a própria unha, evitando-se pressioná-lo com os dedos para não injetar uma maior quantidade de veneno. Como, na maioria das vezes, o ferrão fica preso na superfície picada, quando a abelha tenta voar ou sair do local após a ferroada, ocorre uma rotura de seu abdómen e consequente morte. Na rainha, as farpas do ferrão são menos desenvolvidas que nas operárias e a musculatura ligada ao ferrão é bem forte para que a rainha não o perca após utilizá-lo.

Segue: Lepra - V
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7342: Doenças e outros problemas de saúde que nos afectavam (3): Formiga baga-baga (Rui Silva)

7 comentários:

Anónimo disse...

Caro Rui Silva

As minhas palavras de entrada são também palavras de saudação e agradecimento, pelos teus artigos publicados sobre: Doenças e outros problemas de saúde, que tivemos de enfrentar durante a nossa permanência na Guiné.

Parabéns e continua…

Eu durante a minha vida (até por curiosidade pessoal) já suportei muita ferroadela de abelha, algumas delas na Guiné. Posso afirmar que a dor provocada pela picada da abelha africana é, efectivamente, mais dolorosa e intensa e elas são mais agressivas e combativas!

Não estou de acordo que a abelha africana seja mais produtiva…

Efectivamente julgava-se que assim era, mas veio-se a descobrir que a abelha africana é sub-reptícia. Desconhecia-se que a abelha africana tinha a astúcia para ser furtiva e inferiu-se, perante os resultados de armazenamento de mel, que era mais produtora, portanto mais rendosa.
Atendendo à potencialidade lucrativa, acabou por ser introduzida no Brasil, onde se misturou com as colónias autóctones de abelhas. Descobrir-se posteriormente, que a abelha africana não era tão vantajosa como se pensava, porque algum do mel que armazenava, era fruto do roubo e assalto que fazia a outras colónias de abelhas, às quais saqueava o mel já armazenado.
Portanto, o mel que ela armazena não é tanto do labor atarefado de procurar incessante a voar de flor em flor, mas também fruto da acção do rapinanço.

Um abraço

José Corceiro

Rui Silva disse...

Meu caro José Corceiro:
Quero agradecer o teu comentário e também saudar-te.
Fiquei mais enriquecido no meu (parco) conhecimento das abelhas, sobretudo da africana, que é o caso.
De facto, é também meu propósito abrir assuntos relacionados com a nossa vida militar na ex-Guiné Portuguesa, para desafiar (no bom sentido) camaradas que poderão dar achegas e eventualmente corrigir algo menos correcto no conteúdo do meu texto. Assim, ficaríamos mais conhecedores. Afinal não estamos assim tão velhos para sabermos mais e melhor
Um abraço.
Rui Silva

Anónimo disse...

Muito bem
Os meus parabéns pelo artigo.
Só faltou um pequeno pormenor;os zangãos quando em voo nupcial com a rainha e após darem a "queca" morrem.Coitados.... este mundo é muito injusto.. e ainda por cima não picam...não têm ferrão, só "pilinha"que é usada uma única vez.
c. martins

Anónimo disse...

Caro Rui Silva

Aprecio a tua franqueza e humildade e estou irmanado nas tuas ideias, porque estou convencido que é com o contributo das sinergias e saber de cada um, que a sociedade pula e avança. Penso ser retrógrado, aquele que se julga detentor de verdades absolutas. Já o grande Filósofo dizia: - Só sei que nada sei…

Ao C. MARTINS

Eu já tive o privilégio de assistir ao voo nupcial da abelha rainha…
Humor à parte:
achei um pouco machista só ter havido preocupação com a função da pseudo “pilinha” do zangão que só é usada uma vez! Então e a “gretinha” da abelha rainha? Também só serve para a função do acto da cópula uma única vez! Tem que “armazenar” num único acto sexual, espermatozóides que vai regrando para fecundar milhões de óvulos, que ao longo da sua vida vai depositando nas células dos favos.
O voo nupcial é espectacular… é uma luta de um turbilhão de zângãos, aglutinados em torno de uma fêmea tudo em voo, a ver qual consegue atingir o objectivo! Aliás como o é sempre a luta animal pela continuação da espécie…temos que admitir, que o macho é um dispersor de esperma e á fêmea cabe a função e obrigação de seleccionar o macho mais capacitado para ser o pai dos seus filhos…

Um abraço para todos e boa saúde

José Corceiro

Anónimo disse...

Camarigo Corceiro
Ai é...desculpa a minha ignorância..pensava que a rainha copulava com os zangãos todos..e eu fazer mau conceito da senhora...mas em contra-partida o que me dizes da louva-deus que come o macho depois da "queca".
Falando sério é evidente que a natureza tem as suas razões e que normalmente é explicado pela biologia.
um abraço
c.martins

Anónimo disse...

Caro C. Martins

Não me vou alongar, vai ser uma “rapidinha”!

A Natureza tem sempre razão…

Já assisti também ao vivo ao acasalamento do louva-a-deus, mas deve ser só comportamento de algumas espécie, a agressividade que é atribuída à fêmea quando está no auge do êxtase, porque só duas ou três vezes me foi permitido testemunhar esse facto!

Vi a fêmea em pleno acto de cópula cortar a cabeça ao macho, num zaz!

É claro que o corpo do macho é um rico alimento e serve de um bom nutriente para a fêmea repor reservas alimentares, em prol da continuidade da espécie, e devido às reservas, não tem necessidade de procura de alimento o que lhe permite não se expor tanto ao perigo dos predadores. Assim a fêmea assegura uma excelente alimentação, que enriquece os nutrientes dos ovos da postura, que estão a caminho.

Um abraço

José Corceiro

Anónimo disse...

Caro C. Martis

Esqueceu-me de dizer que no voo nupcial, da abelha rainha, por norma é sempre fecundada por mais duma dezena de zangões.
A Natureza sabe bem porquê…

Um abraço

José Corceiro