domingo, 23 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7660: Agenda cultural (102): DocLisboa2011, de 20 a 30 de Outubro, com uma nova directora, Anna Glogowski, e um ciclo dedicado à guerra colonial (Agência Lusa / Carlos Pinheiro)


1. O nosso camarigo Carlos Pinheiro [, foto à esquerda,] mandou-nos oportunamente notícia recente da Agência Lusa, de que retiramos o seguinte excerto, com a devida vénia:

O festival DocLisboa terá em outubro um ciclo de cinema dedicado à guerra nas ex-colónias portuguesas, a partir de um levantamento inédito que está ainda a ser feito, disse hoje a nova diretora, Anna Glogowski.


A próxima edição do DocLisboa, de 20 a 30 de outubro, será de transição, com Sérgio Tréfaut a passar o testemunho na direção a Anna Glogowski, mas a nova responsável tem já algumas ideias do que deve ser o mais importante festival português dedicado ao documentário.

"Uma das partes interessantes de um festival de documentário é a criação de património, de um instrumento de trabalho que vai servir talvez para o futuro", disse Anna Glogowski à agência Lusa, no final de um encontro de apresentação da nova direção do DocLisboa e da Apordoc, a associação que o organiza.

Esta vertente será este ano posta em prática com a exibição de um ciclo sobre a guerra colonial e com a criação de um catálogo para memória futura.


Guiné > Zona Leste > Sector L2 > Geba > CART 1690 > Destacamento de Banjara > 1968 > A CART 1690, com sede em Geba, tinha vários destacamentos: Banjara, Cantacunda, Sare Banda, Sare Ganá... Os destacamentos não tinham luz eléctrica e as condições de segurança eram precárias. O PAIGC tinha uma importante bases em Sinchã Jobel. O destacamento de Banjara  não tinha população civil e era defendido por um pelotão da CART 1690. Distava 45 km de Geba. A fome era negra, comia-se macaco e cobra...

Foto: © A. Marques Lopes (2005) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



"Foram feitos muitos filmes de gente do mundo inteiro e está a tentar fazer-se um levantamento de coisas que são ainda visíveis para fazer uma programação que tenha sentido", referiu a diretora.
Outra das novidades em outubro será a realização de uma retrospetiva da obra do realizador francês Jean Rouch [, 1917-2004,]em parceria com a Cinemateca, com a exibição de filmes que foram recentemente restaurados e digitalizados.


Na equipa do DocLisboa mantém-se Augusto M. Seabra como programador associado, que hoje defendeu uma ideia de festival mais pequeno, com menos filmes e menos salas. (...)


Em termos de programação, manter-se-ão as secções competitivas, as retrospetivas, um país-tema e a presença de um realizador relevante na área do documentário. "O documentário é a tentativa de falar do real, de mostrar a parte invisível do real", descreveu Anna Glogowski. 


A nova diretora foi escolhida por concurso pela Apordoc, que organiza o DocLisboa. (...)


Agência Lusa, 21 de Janeiro de 2011 (com a devida vénia...)
[ Revisão / fixação de texto / seleção de excertos / bold a cor: L.G.]
____________

Nota de L.G.:

Último poste desta série > 20 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7644: Agenda Cultural (101): A Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa e o Núcleo de Estudantes Africanos da Faculdade de Direito: Homenagem a Amílcar Cabral, hoje, dia 20, das 16h30 às 19h30, na FD/UL, em Lisboa

2 comentários:

Hélder Valério disse...

Caro camarigo Carlos Pinheiro

Esta notícia que veiculas é bastante interessante e indica que pode vir aí um princípio (pelo menos em documentário) para o preenchimento de grandes lacunas na nossa história e que é a quase inexistência de trabalhos desse género sobre a nossa história recente.

Já há bastante literuatura.
Romances, ensaios, relatos, poesia, descrições, ficções. O nosso Blogue tem potenciado a criação de alguma coisa, tem dado conhecimento de muito mais, mas realmente faltam filmes.
Documentários, reportagens, ficção.

Pode ser um começo, pode ser, sim senhor. Vamos aguardar.

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Se houver imparcialidade,ou é para
dar mais uma"forcinha"ao sr Joaquim
Furtado e outros,como alguns Narra_
dores,que até foram combatentes e ao longo destes quase quarenta anos
têm metido a todos nós;a guerra
as suas consequências,no mesmo saco
baralham,depois vão tirando à sorte
mediante as suas conveniências e de
interesses por trás deles,desancam
Portugal, como a maior ignominia à
face da Terra?
Alberto Guerreiro.