domingo, 9 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7577: Panfletos de Ação Psicológica (1) (Ernesto Duarte)

1. Este é o primeiro poste, de dois, com panfletos de APSICO, que eram largados pelas NT no mato, para tentar cativar a tropa do PAIGC e a população que estava do seu lado.

Estes importantes documentos foram-nos enviados pelo nosso, recentemente entrado, tertuliano Ernesto Duarte*, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857, Mansabá, 1965/67, em mensagem do dia 8 de Janeiro de 2011.

Dizia ele na sua mensagem:

Caro Carlos
Se te interessar para alguma coisa tudo bem, se tiveres resmas nos teus arquivos, paciência.
Eu fiquei acordado, vieram umas morteiradas do lado de Mansodé**, estamos a ver o que isto vai dar.
Boa Noite
Ernesto Duarte



(**) Mansodé, tabanca a Sudoeste (SW) de Mansabá de que fala Ernesto Duarte. Cheia de vida, como era perceptível no nosso dia-a-dia, embora que quando lá íamos nunca encontrávamos ninguém.









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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 3 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7549: Tabanca Grande (257): Ernesto Pacheco Duarte, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857 (Mansabá, 1965/67)

1 comentário:

Hélder Valério disse...

Caros camarigos

Com mais ou menos conteúdo, todos conhecemos este tipo de propaganda, principalmente aqueles que foram contemporâneos da 'psícola', ou seja da implementação da "Acção Psicológica" iniciada com a chegada de António Spínola aos comandos dos destinos da Guiné.

Dado o tipo de acções que se travava para determinar quem ficaria com o governo dos destinos daquele território, era absolutamente natural que se procurasse subtrair a 'razão de ser' dos que lutavam 'do outro lado', ou seja, retirar-lhes a população. Daí que este tipo de acções, como as que são mostradas, com este conteúdo ou semelhante, fosse recorrente e insistente.

Tem, da outra parte, contrapartidas. Por exemplo, o apelo aos militares portugueses para 'irem para as suas terras', veiculado normalmente pelas emissões radiofónicas que procurávamos neutralizar (empastelar), com pouco êxito, aliás. Também 'minoravam' ou omitiam os seus reveses e ampliavam os efeitos das suas acções. Faz parte da lógica deste tipo de guerra e dos departamentos de 'guerra psicológica'.

Algum tempo atrás houve algum 'escândalo' com referências a acções de propaganda do IN. Nesta dificuldade que vou encontrando de se conseguir ter algum 'distanciamento' emotivo em relação a essas situações, aguardo agora com interesse eventuais aplausos à 'nossa' propaganda.

Abraços
Hélder S.