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Dizia ele na sua mensagem:
Caro Carlos
Se te interessar para alguma coisa tudo bem, se tiveres resmas nos teus arquivos, paciência.
Eu fiquei acordado, vieram umas morteiradas do lado de Mansodé**, estamos a ver o que isto vai dar.
Boa Noite
Ernesto Duarte
(**) Mansodé, tabanca a Sudoeste (SW) de Mansabá de que fala Ernesto Duarte. Cheia de vida, como era perceptível no nosso dia-a-dia, embora que quando lá íamos nunca encontrávamos ninguém.
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Nota de CV:
(*) Vd. poste de 3 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7549: Tabanca Grande (257): Ernesto Pacheco Duarte, ex-Fur Mil da CCAÇ 1421/BCAÇ 1857 (Mansabá, 1965/67)
1 comentário:
Caros camarigos
Com mais ou menos conteúdo, todos conhecemos este tipo de propaganda, principalmente aqueles que foram contemporâneos da 'psícola', ou seja da implementação da "Acção Psicológica" iniciada com a chegada de António Spínola aos comandos dos destinos da Guiné.
Dado o tipo de acções que se travava para determinar quem ficaria com o governo dos destinos daquele território, era absolutamente natural que se procurasse subtrair a 'razão de ser' dos que lutavam 'do outro lado', ou seja, retirar-lhes a população. Daí que este tipo de acções, como as que são mostradas, com este conteúdo ou semelhante, fosse recorrente e insistente.
Tem, da outra parte, contrapartidas. Por exemplo, o apelo aos militares portugueses para 'irem para as suas terras', veiculado normalmente pelas emissões radiofónicas que procurávamos neutralizar (empastelar), com pouco êxito, aliás. Também 'minoravam' ou omitiam os seus reveses e ampliavam os efeitos das suas acções. Faz parte da lógica deste tipo de guerra e dos departamentos de 'guerra psicológica'.
Algum tempo atrás houve algum 'escândalo' com referências a acções de propaganda do IN. Nesta dificuldade que vou encontrando de se conseguir ter algum 'distanciamento' emotivo em relação a essas situações, aguardo agora com interesse eventuais aplausos à 'nossa' propaganda.
Abraços
Hélder S.
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