sábado, 11 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25507: 20º aniversário do nosso blogue (15): E lá vamos blogando... e rindo!

 

Fonte: logo do antig0 blogue-fora-nada capturado pelo Arquivo.pt em 29 de março de 2005, às 23:52

https://arquivo.pt/wayback/20050319235244/http://blogueforanada.blogspot.com/


1. Continuamos a celebrar, por esta primavera dentro, 
os vinte anos de existência do nosso blogue (*). A data de batismo é 23 de abril de 2004. Em boa verdade, tudo começou com o "Blogue-fora-nada", criado uns meses antes, em 5 de outubro de 2003, praticamente no início da blogosfera... 

"Blogue-fora-nada" foi a expressão que me ocorreu, como título,  ao pensar, nos tempos em que não havia máquinas de calcular, e os meninos e meninas da escola primária, separados pelo "muro da vergonha", aprendiam a tabuada recitando em voz alto, memorizando e levando de vez em quando umas reguadas valentes (a "teoria da dor" era a pedagogia que estava então em vigor na escolinha)... E depois nas contas, sobretudo na adição e na multiplicação, tinha-se que se saber fazer a "prova dos noves"  ou a "prova dos noves fora nada"...

Foi assim que cheguei ao nome do blog (vocábulo que eu aportuguesei logo, e que o Priberam define, apropriada e sinteticamente,como "página de Internet com características de diário, actualizada regularmente" (Fonte: "blogues", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2024, https://dicionario.priberam.org/blogues.)

A descrição do conteúdo do "blogue.fora-nada" era de tal maneira "abstrusa" que deve ter afugentado logo os primeiros curiosos destas novidades da Net...

 Começava por   "homo socius ergo blogus [sum ]" , o que em latinório macarrónico queria dizer: "sou um ser social logo blogo ou sou blogador"... 

E seguia-se o resto da cantilena: "em sociologuês nos entendemos. socioblogia. saúde & segurança do trabalho. o port[ug]al dos portugas. a prova dos blogue-fora-nada. o  humor nosso de cada dia nos dai hoje. no ano da graça de 2003. lisboa.  aqui tão longe. aqui tão perto. lá vamos blogando e rindo. desde 8 de outubro. luis graca".

Já tinha, criado, entretanto, quatro anos antes a página pessoal e profissional "Luís Graça: saúde e trabalho", alojada no servidor da ENSP/NOVA.

Em 23 de abril de 2024, criei, dentro do "blogue-fora-nada",  a série "Guiné 63/74" e publiquei o poste P1, com o título: "Saudosa(s) madrinha(s) de guerra (Luís Graça)... 

O blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné nasce aqui... E depois deu origem a uma tertúlia, que mais tarde se irá chamar Tabanca Grande...

Vinte anos depois queremos continuar a ser a Tabanca Grande, "a mãe de todas as tabancas" dos amigos e camaradas da Guiné:

  • um espaço de partilha de memórias (e de afetos), 
  • um lugar de (re)encontros,  
  • um espaço, na Net, "onde todos cabemos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos separa", 
  • tendo por base a tolerância, o respeito mútuo ,  o pluralismo, a verdade, a boa fé, a camaradagem, a liberdade e a responsabilidade.

Vamos revisitar, por isso, o  "Proverbiário" (vocábulo que ainda não foi grafado nos nossos dicionários): mais do que  uma simples coleção de provérbios e outros lugares comuns da língua portuguesa, é:

  • um apanhado  das nossas "frases feitas",
  • uma antologia do nosso anedotário,
  • "títulos de caixa alta do nosso blogue", 
  • "títulos dos nossos livros e séries",  
  • "bocarras de tabanqueiro", 
  • "tiradas de humor de caserna" (às vezes negro, sem conotação racista), 
  • "expressões idiomáticas usadas no nosso blogue", umas mais efémeras do que outras, 
  • enfim, frases, comentários, máximas, etc., umas mais ligadas ao nosso Livro de Estilo, outras que despertaram a nossa atenção enquanto tabanqueiros... 

Muitas outras nos têm escapado ao longo destes vinte anos a blogar, dos mais de 25 mil postes (ou postagens) publicados, e dos mais de 100 mil comentários... De vez em quando, lá vamos repescando um ou outro "provérbio" que ficou para trás... 

Ficamos sempre à espera que os  nossos leitores que acrescentem o que bem entenderem, desde que tenha relação, direta ou indireta, com o nosso blogue, o nosso fraterno e são convívio, as  nossas tabancas, a tropa e a guerra, enfim, a Guiné do nosso tempo e o blogue da Tabanca Grande...
 
Da 5ª edição, revista e aumentrada em 2023, selecionamos alguns dos melhores. (**).


O NOSSO PROVERBIÁRIO

A blogar é a que a gente... se entende.

A nossa Guinezinha, dizia a Cilinha

A tropa vai fazer de ti... um homem!

Adeus, e até à... próstata!

Aerograma, bate-estrada ou corta-capim!

Água de Lisboa, "manga di sabi".

Alferes, cabra de mato!?...Atira-lhe!... Ah! rico tiro, pum, pum!

Alfero Cabral cá mori!

Ao luar, entre nevões, até as renas parecem pavões! (Zé Belo dixit)

Aponta, Bruno! (uma das muitas alcunha do nosso Com-Chefe, o gen Spinola)

A
s vacas roubadas que andam de mão em mão, acabam sempre comidas em boa ocasião (Salgueiro Maia dixit)

Até aos cem, ainda se aguenta, depois dos cem, só com água benta.
 

Bandos: a frase, no mínino infeliz, de um general...

Beber a água do Geba.

Boa continuação da viagem pela picada da vida!... 
Cuidado com as minas e armadilhas!

Bom amigo, melhor camarada.


Cabral só há um, o de Missirá e mais nenhum.

Cabrito pé de rocha [macaco] , "manga di sabi". 

Camarada e amigo... é camarigo!

Camarada é na tropa, companheiro é à mesa e colega é nas p...tas

Camarada não tem que ser amigo: é o que dorme contigo, 
no mesmo buraco, na mesma cama, no mesmo abrigo.
 
Com a sua licença, meu general, a merda... que a gente come!

Combatente um vez, combatente para sempre!

Como camaradas que fomos (e continuamos a ser), tratamo-nos por tu!


Dão-se lições de artilharia para infantes.

Deportados para a Guiné... sem culpa formada!

Desaparecidos: aqueles que nem no caixão regressaram.

Desarmados, jubilados, reformados, aposentados mas não... arrumados.

Dia de São Patacão.

E depois da peluda... a luta continua
 

E também lá vamos facebook...ando e andando.

E viva a Pátria! E viva o nosso General!... Puuum!!! [Gasparinho dixit]

É bom ter um padrinho, mas ainda melhor um paizinho!

Eh, pá... a guerra, pá...

Entra e senta-te à sombra do nosso poilão.

Exorcizar os nossos fantasmas.

F... idos e mal pagos.

Fomos ver, eram os nossos amigos turras a dar-nos os bons dias! (Zé Cuidado dixit)

For the Portuguese Armed Forces from Scotland with love... 
[Da Escócia com amor, para as Forças Armadas Portuguesas.]

 
Guerra do Ultramar, guerra de África, guerra colonial
(como se queira, ao gosto do freguês).


Guiné, terra de desterro e de encarceramento.

Guiné, terra verde-rubra.

Guiné? ... Não era pior nem melhor, era diferente.

Guiné?... Não, nunca ouvi falar!


Há comentadores e comentadores: alguns são como o peixe e o hóspede, ao fim de três dias fedem...

Havia os desertores, os refratários, os faltosos... e nós.

Honras de Tabanca Grande.

Humor com humor se (a)paga.


In Memoriam: para que não fiques, camarada, 
na vala comum do esquecimento.

Intchallah, Oxalá, Enxalé !

Já estás com o bioxene, já estás com os copos, já estás! ()[Valdemar Queiroz dixit]

João Crisóstomo, o nosso cônsul em Nova Iorque


Lá vamos blogando, recordando, (sor)rindo, 
e às vezes cantando, gemendo e chorando!

Lá vamos contando (e cantando) os quilómetros pela picada da vida fora!
 
Lugares ao sol, não temos... Só à sombra, do nosso poilão!
 
Máfrica:  muita chuva, muito vento, muita merda e,,, um convento!

Mais peixeiro do que carneiro... mais facebook...eiro do que blogueiro.. 

Mais vale andar neste mundo em muletas do que no outro em carretas.

Mais vale um camarada vivo do que um herói... morto!

Melhor que as bajudas, era a 'água de Lisboa' que nos fazia esquecer as bajudas.

Meu pai, meu velho, meu camarada...

Miguel & Giselda, o casal mais 'strelado' do mundo.

Muita saúde e longa vida, porque tu, camarada, mereces tudo.


Não deixes que o teu espólio de memórias 
vá parar à Feira da Ladra ou ao OLX.

Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti.

Não é o Panteão Nacional, é melhor, é... a Tabanca Grande.

Não fazemos a História com H grande, mas a História não se fará 
sem a nossa... pequena história.

Não há tabanca sem poilão.

Nem mais um soldado... para as colónias!  

Ninguém leva a mal: em cima o camarada, em baixo o general.

Nós saímos da Guiné, mas a Guiné não sai de nós.


O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

 
O nosso maior inimigo: o Alzheimer (de que Deus nos livre!)...

Ó mãe, o nosso vizinho Jorge lerpou, vai já no próximo barco!... Ó filho, vê se lerpas também, para vires mais cedo!

Ó Pimbas, não tenhas medo!

O sapador só se engana três vezes: é a primeira, a única e a última (Tó Zé dixit)
 
O seu a seu dono: respeita os direitos de autor.
 
O último a morrer, que feche a tampa... do caixão.

Olhe que não, sr. general, olhe que não!

Os bravos não se medem aos palmos.

Os bu...rakos em que vivemos.

Os camaradas tratam-se por tu.

Os camaradas da Guiné dão a cara, não se escondem por detrás do bagabaga.

Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são.

Oxalá, Intchallah, Enxalé !
 

Para que os teus filhos e netos não digam, desprezando o teu sacrifício: "Guiné? Guerra do Ultramar? Guerra Colonial? 
Não, nunca ouvi falar!"...

Parabéns, parabéns, parabéns ! (à moda de Santa Maria)

Partilhamos memórias e afetos.

Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas" em Bissau.

Periquito, salta p'ró blogue, que a velhice já cá está!

P'rós insultos, não há contemplações nem indultos.

Protésicos, radioativos, parkinsónicos e/ou al(zhei)mareados

Que Deus, Alá e os bons irãs te protejam!

Quem não faz 69, não chega... aos 100!

Quem não tem poilão, acolhe-se à sombra do chaparro.

Quem não tem "turpeça", senta-se no chão... e quem "turpeça" também cai.

Rapa o fundo ao teu baú da memória.

Recordar é viver duas vezes.


Saber resolver os nossos diferendos, os nossos conflitos... 
sem puxar da G3!

Santo António de Bissau, / Bravo, meu bem, / De todos o mais casmurro,/ Quer do preto fazer branco, / Bravo, meu bem, / E do branco fazer burro.

Saudades sem conto.

Sempre presentes, aqueles que da lei da morte já se foram libertando.

Siga a Marinha!

Só há três coisas de que aqui não falamos: futebol, política e religião.

Soubemos fazer a guerra e a paz.

Spinolândia, sim, Guiné, não.

Tabanca Grande: a mãe de todas as tabancas.

Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une 
e até com aquilo que nos separa.

Tabanca Grande: onde não há portas nem janelas  
nem arame farpado   nem cavalos de frisa

Tuga, que Deus te livre da doença do... Alemão.

T/T Niassa, Uíge, Ana Rita, Angra do Heroísmo... Os cruzeiros das nossas vidas.


Um blogue de veteranos, nostálgicos da sua juventude (René Pélissier dixit).

Uma geração que soube fazer a guerra e a paz.

Uma guerra... a petróleo! (Tó Zé dixit)

Uma noite nos braços de Vénus, três semanas por conta de Mercúrio.  

Vamos à guerra, que a morte é certa.

Vê-cês-cês (velhinhos comó c...)
 
Vinte anos a blogar... são dez comissões na Guiné!

Volta, Zé Belo, estás perdoado! (disseram  os "sámi" ao régulo que queria "desertar" da Tabanca da Lapónia).

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Notas do editor:


(**) Vd. poste de 28 de novembro de  2023 > Guiné 61/74 - P24895: O nosso livro de estilo (14): Proverbiário da Tabanca Grande, 5ª edição, revista e aumentada: "Protésicos, radioativos, parkinsónicos e/ou al(zhei)mareados"

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