"Não há tabanca.. sem poilão!"
Guiné-Bissau > Região do Óio > Maqué > 20 de Novembro de 2006 > Poilão, árvore sagrada, habitada pelos irãs... Mais uma chapa do famoso poilão de Maqué. Tirada pelo nosso camarada Carlos Fortunato, ex-Fur Mil da CCAÇ 13 (Os Leões Negros), na sua viagem de 2006 à Guiné-Bissau e à região do Óio.
Foto (e legenda): © Carlos Fortunato (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Ainda pior do que o inferno da guerra,
Amigo do seu amigo, camarada do seu camarada.
Amigo traz amigo e amigo fica.
Aqui o povo é quem mais... "ordenha".
As nossas queridas enfermeiras paraquedistas:
Até aos cem, ainda se aguenta, depois dos cem, só com água benta.
Até aos cem é sempre em frente!... E depois dos cem,
Até aos entas, bem eu passo, dos entas em diante,
Bons tempos, Cabral, consigo ia ficando maluco! (Barbosa Henriques, capitão "comando" dixit)... E eu ia ficando "comando"!... (Alfero Cabral retorquiu)
Brincando por fora, sangrando por dentro.
Camarada e amigo... é camarigo!
Camarada não tem que ser amigo: é o que dorme contigo,
Camarada, mais do que um dever, é uma honra que te é devida,
Camarada, que a terra da tua Pátria te seja leve!
Combatente um vez, combatente para sempre!
Desarmados, jubilados, reformados, aposentados mas não... arrumados.
Dezanove anos a blogar... são dez comissões na Guiné!
a vida, o conteúdo e o continente das nossas estórias.
E também lá vamos facebook...ando e andando.
Encontro Nacional da Tabanca Grande: orar, comer..
Entra e senta-te à sombra do nosso poilão.
Estás porreiro ou vais p'ró carreiro!?...
Estorninhos e pardais, aqui somos todos iguais.
Exorcizar os nossos fantasmas.
For the Portuguese Armed Forces from Scotland with love...
Guiné, da floresta verde e do chão vermelho.
Guiné? ... Não era pior nem melhor, era diferente.
Havia os desertores, os refratários, os faltosos... e nós.
Humor com humor se (a)paga.
Lá vamos contando (e cantando) os quilómetros pela picada da vida fora!
Lembra-te, ó português, a tua bandeira é a das cinco quinas,
Lugares ao sol, não temos... Só à sombra, do nosso poilão!
Luso-lapão só há um, o Zé Belo, e mais nenhum.
Mais morto de alma do que vivo de corpo.
Mais vale andar neste mundo em muletas do que no outro em carretas.
Mais vale um camarada vivo do que um herói... morto!
Melhor que as bajudas, era a 'água de Lisboa' que nos fazia esquecer as bajudas.
Meu pai, meu velho, meu camarada...
Miguel & Giselda, o casal mais 'strelado' do mundo.
Muita saúde e longa vida, porque tu, camarada, mereces tudo.
Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti.
Não é o Panteão Nacional, é melhor, é... a Tabanca Grande.
Não fazemos a História com H grande, mas a História não se fará
Não há tabanca sem poilão.
Nem medalhas ao peito nem cicatrizes nas costas.
Ninguém leva a mal: em cima o camarada, em baixo o general.
No céu... não há disto: comes & bebes!
O seu a seu dono: respeita os direitos de autor.
Ó Sitafá, deixa lá, cabeças e rabos de sardinha não são bem a mesma cois [Alfero Cabral dixit]
O último a morrer, que feche a tampa... do caixão.
Olhe que não, sr. general, olhe que não!
Os bravos não se medem aos palmos.
Os bu...rakos em que vivemos.
Os camaradas tratam-se por tu.
Os camaradas da Guiné dão a cara, não se escondem por detrás do bagabaga.
Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são.
Os netos dos nossos camaradas, nossos netos são.
Os nossos queridos 'nharros'...
Partilhamos memórias e afetos.
Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas" em Bissau.
Periquito, salta pró blogue, que a velhice já cá está!
Periquitos até aos 6 meses, maçaricos até a um ano...
Porra, porra, lá iam lixando o Comandante-Chefe (Spinola dixit, quando o seu heli aterrou, por engano, numa "área libertada")
P'rós insultos, não há contemplações nem indultos.
Quem não faz 69, não chega... aos 100!
Quem não sabe beber, beba... merda!
Recorda os sítios por onde passaste, viveste, combateste, amaste,
sofreste, viste morrer e matar, mataste,
e perdeste, eventualmente, um parte do teu corpo e da tua alma...
Sempre presentes, aqueles que da lei da morte já se foram libertando.
Siga a Marinha!
Só há três coisas de que aqui não falamos: futebol, política e religião.
Somos uma espécie em vias de extinção.
Soubemos fazer a guerra e a paz.
Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une
Tabanca Grande: onde não há portas nem janelas nem arame farpado nem cavalos de frisa
Tuga, que Deus te livre da doença do... Alemão.
T/T Niassa, Uíge, Ana Rita, Angra do Heroísmo... Os cruzeiros das nossas vidas.
Uma geração que soube fazer a guerra e a paz.
Uma guerra... a petróleo! (Tó Zé dixit)
Notas do editor:
(**) Último poste da série > 4 de agosto de 2021 > Guiné 61/74 - P22431: O nosso livro de estilo (13): Cumprir e fazer cumprir as nossas regras editoriais, prevenindo o risco do nosso blogue, respeitável e velhinho, com mais de 17 anos, ser bloqueado ou até banido do Blogger, como aconteceu ontem com o "apagão" de 3 horas (Os editores)
3 comentários:
Diga se me escuta, oubo.
(diga se me ouve, escuto).
Valdemar Queiroz
Valdemar, esse famoso trocadilho (do pessoal das transmissões, que trocava os vês pelos bês enão só) é uma preciosidade... Já está grafado no nosso proverbiário... (Não há aqui nenhuma crítica a ninguém!...). De resto, a falar é que a gente se entende...
Ver Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
https://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/houve-de-haver-ouve-de-ouvir-14920912
Houve de haver, ouve de ouvir
Pedro Correia, 30.11.22
Comentário:
ue 30.11.2022
Na tropa havia a especialidade transmissões e era célebre aquela de em vez do 'diga se me ouve, escuto', alguns diziam 'diga se me escuta, oubo', Mas estes homens tinham a instrução primária/ciclo preparatório que para começar a trabalhar chegava.
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