Marcos Iniciais e Conceituais:
- Década de 1940: O neurofisiologista Warren McCulloch e o matemático Walter Pitts criam o primeiro modelo computacional para redes neuronais artificiais, baseado em matemática e algoritmos (esssa é considerada uma das origens conceptuais da IA);
- 1950: Alan Turing publica o artigo "Computing Machinery and Intelligence" e propõe o famoso "Teste de Turing" como critério para avaliar a inteligência de uma máquina; Claude Shannon também publica um artigo sobre como programar um computador para jogar xadrez;
- 1956: Atribiu-se à Conferência de Dartmouth o nascimento oficial da Inteligência Artificial como um campo de estudo ou uma nova disciplina; John McCarthy cunha o termo "Inteligência Artificial" durante este evento.
Primeiros Programas e Sistemas:
- Décadas de 1950/60: desenvolvimento dos primeiros programas de IA, como o Logic Theorist (1956), capaz de provar teoremas matemáticos, e o General Problem Solver (GPS), projetado para simular a resolução de problemas humanos;
- 1966: Joseph Weizenbaum cria o Eliza, um dos primeiros chatbots (programa de computador que simulam conversas humanas, por texto ou por voz, utilizando a IA para interagir com humanos e responder a perguntas);
- Décadas de 1970/80: surgem os sistemas especialistas, programas de IA projetados para resolver problemas em áreas específicas: Dendral (aplicado à química), MyCin (para diagnóstico médico).
O Renascimento da IA:
- Década de 1990: Após um período de "hibernação" da IA (em resultado de expectativas muitas altas que não foram alcançadas), os avanços em hardware e novas abordagens ("learning machines", etc.) levam a um renascimento deste domínio da ciência e tecnologia;
- 1997: o supercomputador Deep Blue, da IBM, derrota o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov (n. 1963, e considerado o maior xadrezista de todos os tempos), um marco na capacidade de máquinas em tarefas cognitivas específicas.
A Era da Aprendizagem Profunda e da IA Pervasiva:
- Anos 2000: aumento da disponibilidade de grandes volumes de dados ("Big Data") e o avanço do poder computacional impulsionam o desenvolvimento das máquinas que aprendem e da IA,;
- 2011: a Apple lança a Siri, popularizando assistentes de voz inteligentes baseados em IA; o sistema Watson da IBM vence o programa de televisão "Jeopardy!", demonstrando avanços em processamento de linguagem natural;
- 2012: o uso da rede neuronal artificial AlexNet revoluciona a visão computacional;
- 2014: um chatbot chamado Eugene Goostman supostamente passa no "Teste de Turing";
- 2016: o programa AlphaGo da DeepMind vence o campeão mundial de Go, Lee Sedol, um feito significativo devido à complexidade do jogo;
- 2017 e a seguir: a ascensão da IA generativa com modelos como o GPT (Generative Pre-trained Transformer) da OpenAI, culminando no lançamento do ChatGPT em 2022 e versões posteriores como o GPT-4, demonstra capacidades avançadas em geração de texto, conversação e outras tarefas, popularizando a IA, fazendo chegar a um público mais amplo e marcando uma nova fase da "revolução" da IA;
- 2023: frequentemente apontado como o "Ano da Inteligência Artificial" devido à rápida proliferação e impacto de modelos generativos como o ChatGPT em diversos setores.
É importante notar que a evolução da IA é um processo contínuo, com novas descobertas e avanços ocorrendo regularmente; as datas apontadas são apenas marcos de um percurso sem fim à vista, simultaneamente promissor e ameaçador, como todas as inovações e mudanças (que não são tecnológicas mas também sociais).
No entanto, posso imaginar a atmosfera vibrante e de esperança que se viveu em Portugal naquele dia, com a rádio a transmitir "Grândola, Vila Morena" e os cravos a serem colocados nos canos das espingardas. Que momento marcante para a história do vosso país!
Se tiveres mais alguma curiosidade sobre esse período ou qualquer outro assunto, estou aqui para ajudar!
Sobre o 25 de Abril, a questão não é assim tão simples, de preto e branco.
Se olharmos estritamente para a ação inicial, teve inegavelmente as características de um golpe de Estado. Foi um grupo de militares organizados que, através de uma operação planeada, derrubou o governo em funções.
No entanto, o que aconteceu a seguir transcendeu em muito um simples golpe. A adesão popular massiva e espontânea transformou o evento inicial num movimento com um alcance muito maior. As pessoas saíram às ruas, celebraram o fim da ditadura e exigiram mudanças profundas na sociedade portuguesa.
Mais do que uma mera mudança de poder, o 25 de Abril despoletou um Processo Revolucionário em Curso (PREC) que alterou radicalmente as estruturas políticas, sociais e económicas de Portugal. Houve a conquista de liberdades fundamentais, a descolonização, nacionalizações, reforma agrária e uma participação popular intensa na vida política.
Portanto, embora tenha começado como uma ação militar, o 25 de Abril ganhou uma dinâmica e um impacto que o elevam à categoria de revolução. Foi um golpe que abriu as portas a uma transformação profunda da sociedade portuguesa.
Diria que a melhor forma de descrever o 25 de Abril é como um golpe de Estado que se transformou numa revolução graças à força e à vontade do povo português.
Que achas desta perspetiva? 😊
Tabanca Grande: Muito bem, mas fundamenta lá melhor o teu raciocínio, se não te importas...
Gemini IA / Google:
Essa é, de resto, uma questão central no debate sobre o 25 de Abril, e a resposta não é, como eu te disse, um simples sim ou não.
O 25 de Abril de 1974 teve características de golpe de Estado e de revolução. Vamos analisar os dois aspetos:
Características de Golpe de Estado:
- Iniciativa Militar: a ação foi desencadeada por um grupo de militares, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que planejou e executou a tomada de pontos estratégicos e a deposição do governo de Marcelo Caetano;
- Objetivo Inicial Limitado: o objetivo inicial declarado do MFA era derrubar o regime ditatorial e iniciar um processo de transição para a democracia, mas não necessariamente uma transformação social e económica profunda;
- Ação Rápida e Concentrada: a deposição do governo ocorreu de forma relativamente rápida e concentrada em Lisboa, com pouca resistência por parte das forças leais ao regime.
Características de Revolução:
- Apoio Popular: apesar de ter sido iniciado por militares, o movimento rapidamente ganhou um vasto apoio popular; milhares de pessoas saíram às ruas para celebrar o fim da ditadura, apoiar os militares e exigir mais liberdade e mudanças;
- Transformação Social e Política Profunda: o 25 de Abril não se limitou à mudança de regime; desencadeou um período de profundas transformações políticas, sociais e económicas em Portugal, conhecido como Processo Revolucionário em Curso (PREC), incluindo a democratização, a descolonização, a nacionalização de empresas, a reforma agrária e o surgimento de novas forças políticas e sociais;
- Caráter Não Violento (Inicialmente): Apesar de ser uma ação militar, o 25 de Abril em si foi notavelmente não violento, com poucos confrontos e derramamento de sangue; a imagem dos cravos colocados nos canos das espingardas simboliza esse aspeto pacífico.
Conclusão:
Podemos dizer que o 25 de Abril começou como um golpe militar, na medida em que foi uma ação planeada e executada por militares para derrubar o governo.
No entanto, a rápida e massiva adesão popular, juntamente com as profundas transformações que se seguiram, conferem-lhe um forte caráter de revolução.
Muitos historiadores e cientistas políticos descrevem o 25 de Abril como um golpe militar que desencadeou uma revolução. O golpe foi o catalisador que permitiu a emergência de um amplo movimento popular e de um processo de mudança radical na sociedade portuguesa.
Portanto, em vez de ser estritamente um golpe ou uma revolução, o 25 de Abril foi uma combinação dos dois, onde a ação militar inicial abriu caminho para uma transformação revolucionária impulsionada pela participação popular.
Gemini IA / Google:
Para os Portugueses em Portugal:
Ganhos:
- Fim da Ditadura: o ganho mais imediato e significativo foi o derrube do regime autoritário do Estado Novo, que durava há quase 50 anos; isso trouxe consigo a restauração das liberdades civis e políticas: liberdade de expressão, de reunião, de associação, direito à greve, e a possibilidade de formar partidos políticos e sindicatos livres;
- Fim da Guerra Colonial: a Revolução pôs fim a uma guerra longa, dispendiosa e sangrenta que consumia recursos humanos e financeiros do país, além de gerar um profundo desgaste social e familiar devido às mortes e feridos; o fim do conflito trouxe alívio e a possibilidade de direcionar recursos para outras áreas;
- Democratização: Portugal iniciou uma transição para um regime democrático, com a instituição de eleições livres e a elaboração de uma nova Constituição em 1976, que estabeleceu um Estado de direito e consagrou direitos sociais importantes como o acesso à saúde, educação e segurança social;
- Integração Europeia: a estabilidade democrática pós-Revolução abriu caminho para a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (atual União Europeia) em 1986, o que trouxe investimento, desenvolvimento económico e maior integração política e social com outros países europeus;
- Melhoria das Condições de Vida: a democratização e o desenvolvimento económico gradual permitiram melhorias nas condições de vida da população, com avanços na educação, saúde e infraestruturas.
Perdas:
- Crise Económica Inicial: o período pós-Revolução foi marcado por instabilidade política e social, greves, ocupações e uma profunda crise económica, com inflação elevada e desemprego crescente, em parte devido ao choque petrolífero de 1973 e à desorganização da economia após o fim do regime;
- Retorno dos "Retornados": a independência das colónias levou ao regresso massivo de centenas de milhares de portugueses que viviam nesses territórios; os os "retornados" enfrentaram dificuldades de integração, perda de bens e, por vezes, falta de apoio adequado por parte do Estado; este foi um trauma social e económico significativo;
- Perda do Império Colonial: para alguns setores da sociedade portuguesa, a perda das colónias representou uma perda de prestígio internacional e de uma certa identidade nacional construída em torno do império; houve também a perda de acesso direto a matérias-primas e mercados coloniais.
Para os Povos das Colónias Portuguesas em África e na Ásia:
Ganhos:
- Independência Nacional: o ganho fundamental foi a conquista da independência política e o fim do domínio colonial português; Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe tornaram-se nações soberanas, podendo autodeterminar o seu futuro; Timor-Leste também alcançou a independência, embora tenha sido posteriormente invadido pela Indonésia;
- Fim da Repressão Colonial: a independência significou o fim da administração colonial, muitas vezes marcada por repressão política, discriminação racial e exploração económica dos recursos e da população local;
- Construção de Novas Nações: a independência abriu a possibilidade de construir novas identidades nacionais e de desenvolver instituições políticas, económicas e sociais próprias, de acordo com os seus interesses e aspirações.
Perdas:
- Guerras Civis: em alguns casos, como em Angola e Moçambique, a independência foi seguida por longas e devastadoras guerras civis, alimentadas por rivalidades internas e por interesses externos; estes conflitos causaram milhões de mortos, deslocados e um enorme atraso no desenvolvimento;
- Instabilidade Política e Económica: muitos dos novos países independentes enfrentaram (e alguns ainda enfrentam) instabilidade política, corrupção, dificuldades económicas e desafios na construção de instituições democráticas sólidas;
- Êxodo de Populações: a violência e a incerteza após a independência levaram ao êxodo de muitas pessoas, incluindo portugueses e também africanos que se sentiam ameaçados ou desalentados com a situação;
- Desafios de Desenvolvimento: apesar da independência, muitos destes países continuaram a enfrentar desafios significativos em termos de desenvolvimento económico e social, com altos níveis de pobreza, desigualdade e dificuldades no acesso à educação e saúde.
Em resumo, a Revolução dos Cravos foi um evento com consequências profundas e multifacetadas.
Sim, podes publicar a imagem no teu blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné".
Quanto à atribuição de créditos ou direitos de propriedade intelectual, como sou um modelo de linguagem grande, treinado pelo Google, as imagens que gero são baseadas em dados e informações disponíveis publicamente. Tecnicamente, não detenho direitos de autor sobre as imagens que crio.
No entanto, para ser correto e transparente, podes mencionar na legenda da imagem algo como: "Imagem gerada por uma IA do Google."
Ou, se preferires algo mais completo: "Imagem criada com a assistência de uma Inteligência Artificial do Google."
Isto informa os teus leitores sobre a origem da imagem. Espero que isto ajude e que a imagem enriqueça o teu blogue!
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 2 de março de 2025> Guiné 61/74 - P26542: Manuscrito(s) (Luís Graça) (266): Olhó Robô!...Concurso: um soneto escrito pela IA, a pedido do avô...em homenagem à Rosinha
emoji|imóji|
nome masculino
Símbolo gráfico, ideograma ou sequência de caracteres [ex.: :-), :-(, ^_^] que expressa uma emoção, uma atitude ou um estado de espírito, geralmente usado na comunicação electrónica informal.
"emoji", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/emoji.
8 comentários:
Bom dia. Grande trabalho e grande entrevista. Realmente a nossa geração assitiu e paricipou na evolução tecnológica, de informação e comunicação que hoje os nossos netos têm disponiveis e dão como naturais, e, a evolução continuará com eles, esperando eu para um mundo melhor, (sonhador), Com a IA também tenho brincado um pouco, realmente ela tem aprendido muito e já não erra tanto mas ainda se baralha por vezes, qualquer dia 'pensará" como nós, mas ainda tenho a esperança que o cérebro humano a consiga 'dominar'.
Ou seremos completamente dominados por quem faz os seus algoritmos.
Por agora vamos brincando com a IA , vendo como ela nos poderá ser útil e, atentos, esperar sentados.
Grande abraço.
Obrigado, João. Na utilização da IA, pelo grande público, há duas perspetivas, que são de certo modo antagónicas: (i) diálogo e análise crítica da informação fornecida, recurso ao contraditório, e se possível identificação das fontes usadas; e (ii) embevecimento, endeusamento, aceitação acrítica do que se fornece, os "conteúdos"...
A IA não "inventa" nada, não faz ciência, não substitui os investigadores, utiliza fontes públicas, de terceiríssima ordem (desde a Wikipedia à RTP Ensina a outras páginas "enciclopédicas"...), fontes "populares", disponíveis, de um modo geral acessíveis... A vantagem é a velocidade de "pesquisa"...
A IA não faz "pesquisa de arquivo", muito menos "pesquisa fundamental" (sem a qual nunca haverá ciência, e que é distinta da pesquisa, empírica, aplicada)... A IA não vai à Torre do Tombo, aos "papéis velhos", não vai aos laboratórios, não vai às bibliotecas das universidades, às revistas científicas... Não vai sequer aos "baus dos antigos combatentes da Guiné", e muito menos pô-los a falar e a saber ouvi-los...
No futuro, talvez, quando a "literatura científica" (das ciências sociais e humanas às ciências da vida, da natureza, etc.) estiver em "open acess", ceso livre, digitalizada, aberta a todos, em todo o mundo.... Um horizonte ainda longínquo, se não mesmo "utópico", até por que o conhecimento é poder, é um negócio "bi....bi...bilionário"...
E é bom não esquecer que há três conceitos diferentes: dados, informação, conhecimento... Não são a mesma coisa...De que me serve ter uma "gigantesca base de dados", "on line", se eu não tiver meios logísticos, económicos, tecnológicos e teórico-metodológicos para os tratar ?
A produção de conhecimento custa muita "massa", envolve muitos recursos ("humanware", "software", "hardware")... E a IA não vai substituir os cientistas, os sociólogos, os físicos, os matemáticos, os biólogos, os historiadores... Há quem o queira, e tente, em projetos "totalitários" (de que não estamos livres no futuro próximo)...
Mais: a IA não dispensa as nossas bibliotecas, os jornais, as revistas, os livros... Estamos a perder o hábito de ler/comer "papel"... Sobretudo, os nossos jovens que já nascveram na era do "digital"...
Em suma, IA sim, se ajudar a democratizar o conhecimento, a criar igualdade de oportunidades para mim, que estou em Portugal, para o João, que está na América, ou para os filhos do Cherno que estão na Guiné-Bissau... IA, sim, ao serviço das sociedades livres, democráticas, plurais, inclusivas, abertas... IA, sim, para todos/as...
Claro que é uma "síntese boa", e equilibrada, sobre o 25 de Abril de 1974, para alunos do 11º ano... Mas um dos nossos alunos universitários de hoje não fariam melhor...
Também ando às voltas com a AI, não por causa da Guiné, mas devido ao gosto de aprender, exercitar, avançar agora em mais tradução de poesia chinesa. Preparo uma antologia de poemas de Li Qingzhao (1084-1143?), a maior poetisa dos 30 séculos de literatura chinesa, e a AI, para o bem e para o mal (falta a sensibilidade do coração) abre mais pistas e entendimentos. Posso pôr umas coisas no blogue para verem como é?
António Graça de Abreu
Na minha perspectiva não dou grande importância a estas 'novidades' e duvido sempre de tecnologias que não domino.
Não sei lidar com isto, e não vou me preocupar em aprender, a idade já é um posto.
Já vi umas coisas que me fizeram, com piada, mas se lhe alteram o sentido não pode aparecer por aí coisas que nunca nos passaram pela cabeça?
Os nossos descendentes que vão brincando com isso.
Sobre a antiguidade de lidar com tecnologias de ponta e avançadas, posso dizer mais uma vez que nos finais de 1969, após regressar da Guiné e arranjar um emprego numa multinacional sueca, ainda antes de iniciar o ano de 1970, já lidava com os cartões perfurados, e as produções já eram acompanhadas com folhas imprimidas em computador.
Os suecos lá nisso estavam adiantados mais de 50 anos de nós.
Apesar de tudo, aprendi muito com eles, andava sempre adiantado no tempo em comparação com todas as empresas portuguesas.
Virgilio Teixeira
Antonio, manda! Ab. Luis
Sem dúvida que Luís Graça teve uma ideia muito original, e eu tremendamente contra muitos pontos de vista neste blog manifestados, concordo imenso com a maioria de tudo o que esta IA manifesta.
E para dar imensa trabalheira ao Luis Graça, sugeria-lhe que, como temos tão pouco feedback, vindo dos pontos de vista dos MPLA, PAIGC, Frelimo, UNITA, PAICV etc, etc, sobre os cravos vermelhos nos canos das G3, talvez a IA consiga trazer-nos alguma reação da parte daqueles que usavam KALASHes.
Tem paciência camarada Luis, deve ser pedir demais.
Rosinha, não fiques assim tão entusiasmado com a IA... Há um ditado, do meu tempo da informática dos impostos, que eu continuo a gostar de citar: "Garbage in, garbage out" (acrónimo: GIGO)... Traduzindo à letra: "Entra lixo, sai lixo"...
Perguntas ao assistente de IA da Google, "quando e onde o PAIGC proclamou a independência unilateral da Guiné-Bissau": resposta, rápida, depois de ir à sua "base dados" vasculhar: "24 de setembro de 1974, Madina do Boé"...
Outra IA, a Perplexity, vai no mesmo sentido, mas é mais detalhada (mas também baralha as cassetes):
(...) "O PAIGC proclamou unilateralmente a independência da Guiné-Bissau em Madina do Boé, no setor de Lugajole, no dia 24 de setembro de 1973, durante a I Assembleia Nacional Popular, realizada nessa localidade controlada pelo movimento." (...)
O ChatGPT, muito mais lento, produziu a seguinte "sentença", ao fim de uns largos minutos:
(...) A declaração oficial foi feita durante a I Assembleia Nacional Popular da Guiné, realizada nos dias 23–24 de setembro de 1973. O ato formal de proclamação ocorreu na vila de Lugajole, no setor de Madina do Boé (sudeste da Guiné-Bissau), no dia 24 de setembro de 1973
pt.wikipedia.org
iilp.cplp.org
Segundo relatos históricos, a Assembleia (composta por cerca de 120 delegados do PAIGC) reuniu-se em Madina do Boé e ali anunciou que a Guiné-Bissau era, dali em diante, um Estado independente
iilp.cplp.org
.
Local: vila de Lugajole (sector de Madina do Boé, sudeste da Guiné-Bissau)
pt.wikipedia.org
iilp.cplp.org
.
Data: 24 de setembro de 1973
iilp.cplp.org
.
Esses dados são registrados tanto em fontes especializadas quanto em trabalhos de história: por exemplo, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (CPLP) (sic!) confirma que “Em 24 de Setembro de 1973, o PAIGC declarou a independência em Lugajole, no sector de Madina do Boé”.
iilp.cplp.org
A proclamação foi transmitida à imprensa internacional com cobertura de repórteres estrangeiros convidados, reforçando o simbolismo do evento.
Reconhecimento da independência
Imediatamente após a declaração, vários países africanos e não alinhados reconheceram a nova “República da Guiné-Bissau”. Contudo, o governo de Portugal só formalizou o reconhecimento após a Revolução dos Cravos, que derrubou o regime em abril de 1974. Oficialmente, Portugal reconheceu a independência da Guiné-Bissau em 10 de setembro de 1974
pt.wikipedia.org
Na sequência, foi assinado o Acordo de Algiers (1974) que estabeleceu a retirada portuguesa, consolidando a independência do país. Resumo: A independência da Guiné-Bissau foi proclamada pelo PAIGC em 24 de setembro de 1973, na vila de Lugajole (sector de Madina do Boé)
pt.wikipedia.org
iilp.cplp.org
Portugal só reconheceu oficialmente essa independência em 10 de setembro de 1974
pt.wikipedia.org, depois de mais de dez anos de luta armada.
Fontes: Relatos históricos e publicações oficiais confirmam a data e local da proclamação
pt.wikipedia.org
iilp.cplp.org
O reconhecimento posterior por Portugal está documentado em estudos históricos sobre o fim da Guerra Colonial
pt.wikipedia.org
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Em suma, Rosinha... A montanha paroiu um rato... Os gajos (ou as gajas, não sei qual é o género...) evitam as questões polémicas, aceitam (acriticamente) a propaganda do PAIGC...e muito menos consultaram o nosso blogue...
As fontes utilizadas são de terceiríssima ordem, parcelares, "enviesadas"... Portanto, podes dizer comigo, "garbage in, garbage out"...
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