1. Mensagem do Zé Teixeira (régulo da Tabanca de Matosinmhos, ex-1.º cabo aux enfermeiro, CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70; é um histórico da Tabanca Grande, que integrou a partir de 14/12/2005; tem c. quatrro centenas e meia de referências no blogue; vive em São Mamede de Infesta, Matosinhos; é gerente bancário reformado; escritor, poeta, escutista)...
Data - 1 agosto 21:52
Assunto - Tempo de estar presente
Meus queridos amigos
Paz, saúde e bem-estar.
Chegou o tempo de férias, para aqueles não estão em férias todo o ano e para esses também.
Mudar de ares sabe sempre bem.
Um abraço do tamanho do Geba para a equipa em especial e para todos os camaradas bloguistas que ainda resistem.
Convido-vos a dar um passeio comigo pela Natureza na aldeia mágica da Drave em plena Serra da Freita - Arouca.
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O despertar da Natureza
por José Teixeira
Acordo ao som da água cristalina,
Que se esgueira de rocha em rocha na ribeira
E desliza, toda lampeira, pela colina.
As folhas das árvores de casca carcomida
Murmuram os bons-dias ao vento, que passa em corrida,
Num divertido rodopio,
Transportando com ele um brando ar frio.
Espreito por uma frincha da tenda que me abriga,
E vislumbro os primeiros estiletes do sol doirado,
A mergulhar nos picos da montanha, minha amiga.
Ao longe, os primeiros gorjeios dos passarinhos,
A acordar, lá no alto, lentamente,
Ainda dentro dos seus ninhos.
E continuando a sua leda marcha, em direção ao poente,
O sol lança brandamente os seus raios pela ladeira.
Bate à porta de cada ninho, com o seu calor,
E incita, nos passarinhos, aquela soalheira,
O bel-prazer de louvar o Divino Criador!
Forma-se, assim, uma melodiosa orquestra,
Com os mais variados sons e tons,
Enriquecida em cada centímetro de verdura,
Franqueada pelos raios solares com muita ternura.
Peneireiros, chascos, rouxinóis, carriças e verdilhões,
Pardais, piscos, pintassilgos, chapins ou tentilhões,
Qual deles o mais sonoro!
E quando chega ao fundo da planura, suavemente,
O sol acorda, num repente, os melros dorminhões,
Que enriquecem a harmonia do espaço envolvente,
Com o seu trinar peculiar, que encanta toda a gente.
Que divinal momento!
Que singular beleza!...
Oh! Como é bom sentir o despertar da Natureza.
José Teixeira
2. Comentário do editor LG:
Zé, obrigado. É tempo de estar presente. E tu estás sempre presente. És um histórico da nossa Tabanca Grande. E tens uma particular sensibilidade sociocultural. Além disso, és poeta.
O teu poema, inspirado na Serra da Freita, fica muito bem nesta série, "Felizmente ainda há verão em 2025" (*).
É tempo também de falar do Portugal Profundo, que só é falado quase sempre por más razões como a tragédia dos incêndios de verão. Drave, na serra da Freita, Arouca, espero, ao menos, que tenha sido poupada ao incêndio que, mais uma vez, se abateu sobre Arouca.
Já passei pela serra da Freita, e pela aldeia de Drave, há uns largos anos. Afinal, estou do outro lado do rio Douro, frente à serra de Montemuro, mas Candoz já fica no distrito do Porto. E já fiz o passadiço do rio Paiva ainda antes da pandemia.
Fico com "inveja" de não poder estar aí contigo que, sendo, escuteiro. conheces bem Drave e a zona.
Drave é sublime, com os seus miradouros criados pela própria natureza. Atravessando a ponte, encontramo-nos nas ruelas estreitas entre as casas, que apetece calcorrear.
Nota do editor:
(*) ), Último poste da série > 1 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27076: Felizmente ainda há verão em 2025 (5): afinal, Vila do Conde é um dos pontos-chave do Caminho Português da Costa que leva a "pelingrina" italiana a Santiago... (Virgílio Teixeira)
30 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27072: Felizmente ainda há verão em 2025 (3): recordando o meu esforçado, voluntarioso, amável , efémero e... clandestino professor de pilotagem do DO-27, o "Pombinho", que veio expressamente do Brasil para assistir ao lançamento do nosso livro "Nós, as enfermeiras paraquedistas", em 26/11/2014, no Estado Maior da Força Aérea, em Alfragide (Maria Arminda Santos, Setúbal)
29 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27067: Felizmente ainda há verão em 2025 (2): E na próxima segunda-feira, dia 4 de agosto, às 19h30, os mordomos da Festa do Emigrante na Ventosa do Mar, Lourinhã, vão armar a "manjedouro do povo" para a monumental batatada de peixe seco!... Sigamos a "arraia", que o cherne está pela hora da morte!
2 comentários:
Jose Teixeira (by email)
2 ago 2025 13:59
Obrigado Luís.
Um xicoração para ti e para a Alice.
Jose Teixeira (by email)
2 ago 2025 13:59
Obrigado Luís.
Um xicoração para ti e para a Alice.
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