Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados
1. Mensagem da nossa tertuliana Felismina Costa* , com data de 1 de Junho de 2011:
Caro Editor e amigo Carlos Vinhal!
Resolvi, à última hora, enviar umas palavras às nossas crianças, visto ser hoje, "o seu dia".
Sei que o mundo em que vivemos, não oferece grandes condições à maioria, mas, em cada um de nós, existe capacidades infindáveis para revolucionar.
Acreditar, é crescer feliz!
Um abraço
Felismina Costa
A todas as crianças do Mundo…
Acredito em ti, criança!
Acredito em ti!
E, em quem mais poderei acreditar?
Pois se os jovens já se perdem de intemperança
Dos adultos… nem é bom falar!
Dos velhos, o que podemos esperar?
A experiência, o conhecimento
Que chegam no fim da vida?
Muito importantes… tão importantes…
Que é com eles, que deves governar…
Aceita, criança de hoje,
O vivido conhecimento de teus avós,
Feito de enganos e desenganos,
Feito de uma sucessão de dias e de anos
Que compõem os manuais da sabedoria…
Procura, neles, a melhor forma de viver
E partilha com outros o teu saber.
Faz com que o mundo, seja mais belo,
Faz com que a vida valha a pena ser vivida…
Criança, quando nasces… nasce a vida!
Pára, criança, para ouvires
O que a vida ensinou a teus avós,
Escuta a voz da dor, da alegria,
A voz da esperança a renascer,
Do saber, aprendido, em cada dia.
Ouve-o falar do que viveu.
Do que sofreu e aprendeu.
Ouve-o falar do tempo atrás.
Segue em frente na luta por um mundo melhor!
Sei que se quiseres… és capaz!
Sei que se quiseres… conseguirás!
E deixa-me ser também, essa criança…
Felismina Costa
Agualva, 1 de Junho de 2011
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 26 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8330: As mulheres que, afinal, também foram à guerra (12): Tão sinceras e tão ingénuas as minhas cartas de madrinha de guerra, entre os meus 15 e 19 anos (Felismina Costa)
Vd. último poste da série de 25 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8325: Blogpoesia (149): Hino à Terra (Felismina Costa)
1 comentário:
Será que já posso ser outra vez criança?
É que há alturas em que somos velhos para trabalhar e novos para ser reformados!
Aplicar-se-á, aqui, essa regra?
Não se perde nada se me tornar criança: eu ainda sei brincar e já não choro, porque nesta vida, já chorei tudo o que tinha a chorar, mas ainda vou ter que sofrer muito.
Se com esse sofrimento sofrido e a sofrer, amenizar o sofrimento das crianças, então vale a pena sofrer......
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