Guiné-Bissau > Região do Gabu > Gabu > 16 de Dezembro de 2009 > A nova capital do leste, a Nova Gabu [, outrora Nova Lamego], que veio destronar a decadente mas ainda encantadora Bafatá, colonial, banhada pelo Rio Geba (Estreito)...
"Cidade comercial", diz o João... Onde se fala mais francês do que português, e onde correm muitos CFA... Como em qualquer parte do mundo, três instituições poderosas, aqui fotografadas: a sanitária, a económico-financeira, a judicial... Três poderosas instituições que modelam (e podem decidir) a vida e a morte dos povos... A ordem (dos factores) é arbitrária...
Nas três ou quatro primeiras fotos a contar de cima , aparecem dois edifícios, de traça colonial, imponentes, os mais imponentes da cidade, que parecem ter sido reconstruídos. Num deles está instalada a agência local do Banco da África Ocidental (BAO), dispondo de uma caixa automática Multibanco (MB) que, como se sabe, é uma marca registada portuguesa...
Trata-se de um banco guineense, com 100% de trabalhadores guineenses, fundado em 1997, com o o objectivo de contribuir para a modernização da economia guineense: em 2010, apenas 2% dos 1,3 milhões de guineenses utilizam serviços bancários... O Banco tem participação de capitais portugueses. Tem (ou tinha no início de 2010) cinco agências no país (duas em Bissau, e as restantes em Gabu, Bafatá e Canchungo), pretendendo abrir outras duas, em S. Domingos e em Buba.
Segundo notícia da Agência Lusa, publicada no Público em 17/12/2007, "o Banco da África Ocidental (BAO) na Guiné-Bissau iniciou sexta-feira o funcionamento de duas caixas de Multibanco em Bissau e uma em Gabu, as primeiras do país"... "É a primeira vez que a Guiné-Bissau tem caixas de Multibanco, permitindo aos clientes do bancos, estrangeiros a habitar na Guiné-Bissau e turistas o levantamento de dinheiro, nomeadamente através de cartões Visa, Visa Electron e Master Card. Até aqui os residentes em Bissau sem conta no BAO eram obrigados a fazer transferências para a Western Union (agência de transferência de dinheiro) ou para contas bancárias de empresários a trabalhar na Guiné-Bissau. Para ter acesso ao dinheiro, as pessoas eram também obrigadas a levantar cheques directamente aos balcões do BAO, enfrentando longas filas de espera" (...).
Espero que o sistema continue a funcionar, e que seja fiável, para bem dos guineenses, e dos estrangeiros que visitam o país ou que nele vivem e trabalham ... (LG).
Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservado.
1. Continuação da publicação das notas do diário de viagem à Guiné, do João Graça, acompanhadas de um selecção de algumas das centenas fotos que ele fez, nas duas semanas que lá passou (*)...
16/12/2009, 3ª feira, 12º dia, visita a Gabu [, antiga Nova Lamego]
12.14. Tribunal. Das cenas mais marcantes: 3 juízes/vara, de preto. Um dactilógrafo superlento. Bancos de madeira. Terra batida, paredes sujas. Não me deixaram tirar fotos.
12.15. Voltei a tempo de festival [de música] em Bissau. Vi os Super Camarimba [, da tabanca de Tabatô,] a tocarem.
(Continua)
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Nota do editor:
(*) Último poste da série > 19 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8449: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (14): 16 de Dezembro de 2009, o Gabu, onde se fala mais francês do que português... (Parte I)
12.15. Voltei a tempo de festival [de música] em Bissau. Vi os Super Camarimba [, da tabanca de Tabatô,] a tocarem.
(Continua)
Reprodução de duas páginas do Diário de viagem, do João Graça
[ Revisão / fixação de texto / título / selecção, edição e legendagem de fotos: L.G ]
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Nota do editor:
(*) Último poste da série > 19 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8449: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (14): 16 de Dezembro de 2009, o Gabu, onde se fala mais francês do que português... (Parte I)
7 comentários:
Luís.
Quando do nosso ultimo encontro na Culturgest, tive a oportunidade de falar com o teu João, sobre uma foto publicada à algum tempo aqui no blogue que apresentava uma agencia bancária mesmo no centro do Gabú, com MB e tudo.
Ele já não se recordava bem da situação, agora cá esta a prova que eu vi de relançe mas, fixei bem a situação, e até pensei para os meus botões, se um dia voltar ao Gabu já me safo com o "plastico".
Um alfa bravo
ASantos
SPM 2558
Obrigado, António, pela tua observação.... Já em tempos publicámos ums destas fotos da agência bancária existente em Gabu, dispondo de um "multibanco" (espero que funcione)... Vou acrescentar à legenda
Guiné-Bissau > Região do Gabu > Gabu > 16 de Dezembro de 2009 > Um dos edifícios, de traça colonial, mais imponentes da cidade. Do lado direito, fica a agência local do Banco da África Ocidental (BAO) que tem cinco agências no país (duas em Bissau, e as restantes em Gabu, Bafatá e Canchungo), pretendendo abrir outras duas, em S. Domingos e em Buba.
O BAO, um banco guineense, com 100% de trabalhadores guineenses, foi fundado em 1997, e pretende contribuir para a modernização da economia guineense: apenas 2% dos 1,3 milhões de guineenses utilizam serviços bancários...
O Banco tem participação de capitais portugueses.
31 de Janeiro de 2010
Guiné 63/74 - P5737: Pré-publicação de Mulher Grande, de Mário Beja Santos (1): Um Gabu de poucas e fracas recordações
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2010/01/guine-6374-p5737-pre-publicacao-de.html
Claro que não disse nada. Esta merda borregou.
Eu escrevi um comentário em que dizia:
Caro Luís ...lembraste das fotos falantes...dizes, e bem que teu filho deixou a Nikon falar...etcetc...este álbum é fabuloso e serve para se comparar com fotos do nosso tempo...a escrita é de médico e eu sorrio com o Visacor meu companheiro do jantar...
Borregou é a falta de treino destes dias fora destas serras de m...e o mar...tanto mar e tão longe...
Ab T
Torcato: Sim, são fotos falantes como as tuas (e das tuas há ainda tantas para divulgar..., falta o pretexto).
Quanto ao Visacor, por uma questão ética, eu deveria apagar a referência à marca... Mas não sejamos mais papistas que o Papa: trata-se de um "documento", o caderno de notas que estava à mão do João e onde foi rabiscando, desde o princípio, as suas impressões da viagem à Guiné-Bissau... É pena que ele tenha sido tão sucinto, mas é pelo menos um bom princípio para qualquer viajante... Incentivei-o a escrever as suas impressões e observações diárias, porque não se pode confiar só na memória...
Sabes meu Caro Luís o dito comprimido funciona e bem...120/130...e até dá colorido á folha do viajante.
O que eu espero é que ele não pare de viajar. As notas são para ele e as fotos "falam" e voltam a "falar"...e levam-nos a viajar, a comparar passados e presentes...
Combinei, há tanto tempo que nem sei, com o fotógrafo para tratarmos fotos e slides meus. Tenho que os seleccionar mas a preguiça invadiu -me...além disso a escrita irá sair um dia destes...com o Verão que hoje começou...mas dá "moleza"...é a costela alentejana...Ab T
Torcato:
Tens todo o meu apoio... Tens um acervo rico, tanto literário como fotográfico... Se o "Jornal do Fundão" quiser dar uma ajuda na publicação de um livro, tens a Tabanca Grande... não direi em peso a teu lado, mas seguramente uma delegação de peso, aí na tua segunda terra... Com ou sem cerejas...
Meu Caro Luís
Vim ao meu mail e, como sabes, leio o que sai no blogue. Juro que não me caíram as cerejas no chão, não. Mas reli e corri a abrir o blogue, não direi espanto meu mas...pensei para mim: - T. o teu querido amigo Luís almoçou bem ou tu foste um comentador trapalhão. Aposto no almoço, bom, leve e com água fresca e cristalina...fiz-me entender mal,eu no escrito.
Quero seleccionar novas fotos e slides para serem digitalizadas por um fotógrafo. Os anos corroem e desgastam o "material", fotográfico claro. Quero voltar a escrever, tenho textos a "teclar" e outros na cabeça. Há muito que não escrevo para o blogue.
As fotos enviadas e textos meus são do blogue. Até cá tenho uma sacola escolar e uns eteceteras para um dia te entregar. LIVRO jamais, jamais...e, com o citado semanário, nunca, nunca. Safa! Isto NÃO é a minha segunda terra, nunca o será. É antes um lugar de passagem...regressei domingo e, como sempre acontece, tenho saudades de onde vim...nem que tivesse regressado da China...
Agradeço, o meu obrigado por assim pensares de fotos de fujica, olympus e nikon ou escritas ao correr da bolha...
Adeus camarada e um abraço do T.
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