Caro Virgílio Briote
Na sequência do Post-8928* de Tina Kramer, envio fotos de Lugadjole tiradas em Abril de 2004, com maior detalhe do Monumento em Orre Fello.
Nunca ouvi que Amílcar Cabral tenha lá vivido, mas sim que foi o local da declaração da Independência. Por outro lado naquela estrutura não se nota qualquer identificação de que tenha tido um telhado.
Tapei a face das pessoas porque não pedi autorização às mesmas para publicação das fotos.
Quanto às fotos da vista para Lugadjole era impossível em melhor condições, devido ao declive acentuado do terreno e à vegetação existente
Não sei se terá interesse publicá-las no blogue, pelo que ficará ao critério dos Administradores/Editores.
Com os meus cumprimentos
Rui Fernandes
Localização de Lugajole - Imagem Google
Localização do Monumento em Orre Fello - Imagem Google
Escola Primária Comunitária de Lugajole
Vista posterior do Monumento
Frente do Monumento
Placa não legível
Vista do Monumento para Lugajole
Vista do Monumento para Lugajole
Vista do Monumento para Lugajole
____________Notas de CV:
(*) Vd. poste de 19 de Outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8928: A nossa expedição à Guiné (Tina Kramer) (1): Gabu - Lugadjole (de 28 de Março a 7 de Abril de 2011)
Vd. último poste da série de 21 de Outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8933: Memória dos lugares (158): Cufar e o porto do rio Manterunga, extensão do inferno na terra : 2 de Março de 1974 (António Graça de Abreu)
12 comentários:
É um estranho lugar, esse, com colinas à volta, que só podem ser as "colinas do Boé", região onde poucos de nós foram... Obrigado, Rui...
As colinas do Boé, junto à fronteira leste com a Guiné-Conacri, atingem cerca de 300 m... Num país plano, como a Guiné-Bissau, 300 m de altitude não podem deixar de dar nas vistas...
Está na altura de rever a reportagem (polémica), feita pelo José Manuel Saraiva, sobre Madina do Boé e a retirada das NT, em 6 de Fevereiro de 1969, na sequência da qual se deu o desastre do Cheche... Passou na SIC há uns anos atrás... Teve a participação de protagonistas dos acontecimentos, de um lado e do outro...
Confesso que já não me lembrava desta reportagem, contestada pelos nossos camaradas da CCAÇ 2405 (Galomaro/Dulombi, 1968/70), bem pelo falecido Hélio Felgas. Esta subunidade sofreu uma série de baixas no desastre do Cheche (em especial, o pelotão do nosso camarigo Rui Felício)...
No You Yoube, a reportagem foi reproduzida, em 6 partes.. (Ilegalmente, sem autorização da estação televisiva, do autor e do produtor).
O primeiro excerto, de cerca de 8 minutos, começa aqui (conta "donaidinha"):
http://www.youtube.com/watch?v=Qn1MbZq-k00
O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande...
A reportagem "Madina do Boé: a retirada" é já antiga, de 1995, produzida pela Quimera de Ouro para a SIC...
No final do 1º "excerto", há um conversa entre o Gustava Pimenta, hoje advogado e ex-Alf Mil da CCAÇ 1790 (comandandad pelo ex-Cap Aparício, que também aparece no vídeo), e o então major Paulo Maló (sic)
Deve ser seguramente o Paulo Malu, hoje coronel das alfãndegas de Bissau... Este homem era nem mais nem menos do que o comandante do PAIGC na região... Foi também o "carrasco" do nosso "morto-vivo do Quirafo" (o António Baptista).
Vd. poste
12 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1947: O Coronel Paulo Malu, ex-comandante do PAIGC, fala-nos da terrível emboscada do Quirafo (Pepito / Paulo Santiago)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/07/guin-6374-p1948-paulo-malu-ex.html
Restantes links do vídeo na conta You Tube > donaidinha
2/6
http://www.youtube.com/watch?v=0nOjy_q2Rpg&feature=related
3/6
http://www.youtube.com/watch?v=TxLLsp6CqTU&feature=related
4/6
http://www.youtube.com/watch?v=pujDqi6dCQo&feature=related
5/6
http://www.youtube.com/watch?v=wrpS3h_ydIU&feature=related
6/6
http://www.youtube.com/watch?v=pJ_wXJB6uEY&feature=related
Lugajole fica na Carta de Béli.
A zona é das mais acidentadas da Guiné e, altimétricamente, tem pontos de 200/250 metros. E a proximidade com o Futa-Jalon.
O local do monumento, hipotética- mente onde se realizou a cerimónia, é longe de Madina do Boé (o antigo aquartelamento(). Béli já tinha sido abandonada. Não é novidade.
Isto é so para a melhor localização que o blogue tem na Cartografia (óptima)nas duas escalas. No Google dá uma melhor visualização mas localiza-se melhor nas cartas. Entende-se melhor a diferença da guerrilha nessa zona...
AB T
Caro Torcato
Já fiz o link de Logajole para a carta de Béli.
Só por curiosidade, medindo no Google Earth, em linha recta, Madina e Lugajole distam cerca de 40 quilómetros.
Carlos Vinhal
Era meramente informativo, uma chinesice talvez a interessar a quem não esteve no Leste. Se fosse noutra zona da Guiné eu ia ver a Carta da Província, as Cartas maiores e comparava.
Quanto a distância é isso que me dá. Sem precisão e com as localizações actuais duvidosas. Por estrada encontrei cerca de 68 Kms. Curiosamente a distância á fronteira não é muito diferente.
Assunto irrelevante, só para dar uma ideia destes locais tão falados e de triste memória para as NT. Era a guerra. Vi os vídeos e guardei.
Não estaremos a dar importância demasiado a este assunto a Guerra e os apêndices? AB T.
CAROS CAMARADAS
Em primeiro lugar não é lugajole mas sim LUGADJOLE.
A AMI teve aí a sua primeira missão na Guiné.
Conheço uma enfermeira que esteve lá durante um ano, e disse-me que segundo os habitantes da tabanca aquela zona estava desabitada desde a evacuação de medina do boé, muitos refugiaram-se na guiné-conakri e outros vieram para o ché-ché, canjadude e gabú.
Fui lá em 2006, toda aquela região é muito seca e é savana.Existem árvores de grande porte mas dispersas,não há matas densas.Para leste na direcção da fronteira há um rio afluente do corubal relativamente largo e que tem um forte caudal na época das chuvas.
Não havia ninguém em lugadjole que confirmasse se tinha sido lá que tinha sido proclamada a independência.
Pelo que vi, se houvesse uma grande movimentação de pessoas eram facilmente detectadas por via aérea para já não falar na logística que tinha que ser empregue, devido a não existir no terreno qualquer estrutura de apoio.
O terreno não é plano, é um sobe e desce contínuo e não havia qualquer picada em direcção à fronteira.
Todas as pessoas teriam que se deslocar a pé.
Foi-me confirmado por quem assistiu à cerimónia que esta se realizou em território da guiné-conakri.
Cada um que tire as conclusões que quiser.
Por fim, acho que é completamente irrelevante onde se realizou a cerimónia.
C.Martins
Martins: Consulta a carta de Beli (1959), 1/50000: A tabanca de Lugajople (é o topónimo grafafo pelos nossos cartógrafos) fica(va) a c. de 7,5 km a sudeste de Beli, em linha reta...
E a oeste tinha a tal colina, Orre Felo, com 215 metros de altitude. Por passa(va) o Rio Lugajoleum...
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial70_mapa_beli.html
Martins: O link ficou quebrado... Este e (quase) todoos os mapas da Guiné, estão na minha página pessoal:
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/
guine_guerracolonial70_mapa_beli.html
Não gostaria de falar sobre isto, pois que às tantas posso parecer um Fernão Mentes? Minto!
Tambem corri um pouco aquela região, ainda vi berliets destruidas a caminho de Madina do Boé em 1990.
Dei guarida em Gabu a elementos da AMI quando se instalaram em Beli e Lugadjol em 1988(?) e que estiveram lá algum tempo e com sacrificio fizeram coisas boas segundo aquela pouca gente.
Tambem passei vários dias a melhorar as rampas de acesso à jangada de Tche-Tche, a tal fatídica jangada.
E a ideia que fiquei é que para a fronteira de Lugajol não foi terreno que fosse muito visitado nem pelo nosso exército nem pelo PAIGC, durante a guerra, e que depois da guerra ainda havia menos vontade de ir lá, pelo menos para as autoridades guineenses.
Mas hoje não parece haver dúvidas que tanto este lugar de Madina do Boé, como o assassinato de Amilcar Cabral, só será visto pelos guineenses e pela história, atravez dos olhos dos verdadeiros dirigentes de toda a guerra internacional movida pela independência das ex-colonias portuguesas.
Esses verdaeiros dirigentes, foram, usando um termo crioulo os «berdianos».
Os guineenses chamam berdianos a tudo o que é mestiço.
Enquanto não haja alguem que estude o papel do «fenómeno da mestiçagem» nesta guerra, nunca a entederemos, tanto nós tugas como os guineenses e os outros.
Eles estiveram dos dois lados da barricada e em cima do muro, eles usaram tanto o Vaticano como Cuba e Salazar para atingir um fim.
Se não forem os «berdianos» de um lado e do outro a contar, é melhor não perdermos mais tempo com estes assuntos.
Principalmente agora que podemos vir a somar o número de Palop se sairmos do Aério.
Caro camarada C. Martins.
Dizes, não é Logajole mas Logadjole. No Blogue aceitamos as duas grafias, a actual e a das cartas existentes em arquivo no nosso Blogue.
Já agora, não é Medina mas Madina como podes constatar na placa exibida numa das fotos do Poste.
Com um abraço
Carlos Vinhal
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