domingo, 23 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8940: Agenda cultural (168): Lançada no passado dia 13, no Museu Militar, em Lisboa, a 3ª edição do livro do Cor Inf Ref Manuel Bernardo, Marcelo e Spínola: a ruptura, sob a chancela da Edium Editores, Porto



1. No passado dia 13, pelas 18H00, no Museu Militar, em  St Apolónia, Lisboa, decorreu a sessão de lançamento da 3.ª edição actualizada do livro do Coronel Manuel Bernardo, Marcello e Spínola: A Ruptura; As Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo; 1973-1974. Infelizmente, por lapso nas nossas comunicações internas, só agora, tardiamente, podemos dar conhecimento do evento, pedindo por esse facto desculpa ao autor que tão gentilmente nos mandou o respetivo convite.

A apresentação esteve a cargo do cor Luís Villas Boas, amigo e conterrrâneo do autor, com a presença do autor do prefácio a esta edição, o gen Vasco Rocha Vieira.

A 1ª edição da obra tinha sido lançado em 4 de Julho de 1994, na Biblioteca Municipal das Galveias / Lisboa. De alguns ecos da imprensa da época, de uma seleção que nos fez chegar o autor, destacamos três:

(i) "(...) Trata-se de uma obra de consulta obrigatória para quem se interesse pela história portuguesa dos últimos anos (A Capital, 9-7-1994);

(ii) "(...) Obra de extremo rigor, recomenda-se a sua leitura, quer aos que viveram e participaram nos factos descritos, quer aos que, pela sua juventude, apenas têm um vago conhecimento, nem sempre historicamente correcto, do que foi e por que foi o 25 de Abril. (...)" (Jornal do Exército, Agosto de 1994)

(iii) "(...) são livros como este que contribuem para a formação de uma consciência cívica, indispensável num país que sente cada vez mais a necessidade de encontrar a sua identidade própria." (Mário Ventura, Cambio 16, Outubro de 1994).


Museu Militar > Lisboa > 13 de Outubro de 2011 >  Da esquerda para a direita, o cor Luís Villas Boas, o cor Manuel Bernardo e o editor Jorge Castelo Branco.


Museu Militar > Lisboa > 13 de Outubro de 2011 >   O gen Hugo Rocha Vieira, fazendo uso da palavra


Museu Militar > Lisboa > 13 de Outubro de 2011 >   Um aspeto da assistência

Fotos: Manuel Bernardo (2011). Todos os direitos reservados

Nesta 3ª edição, revista, aumentada e melhorada (Edium Editores, Porto), o gen Vasco Rocha Vieira escreveu no prefácio o seguinte: (...) "É sempre difícil escrever a História por quem a viveu, nela participou, sofreu, assistiu, esteve envolvido, foi actor. O autor, Manuel Bernardo, fá-lo de um modo desapaixonado, objectivo, factual, sem ressentimentos, sem querer impor a sua verdade, sem estar subordinado a ideologias, a compromissos ou interesses" (…).

A alocução do autor está disponível no blogue Moçambique para todos, em poste de 15 do corrente. Publicam-se acima algumas fotos da sessão enviadas pelo autor do livro, a quem apresentamos os nossos parabéns pelo sucesso editorial desta sua obra (Solicitamos à editora o envio, para o nosso blogue, de um exemplar da obra, para efeitos de recensão bibliográfica).


2. Nota curricular abreviada > Manuel AmaroBernardo

(i) Coronel de infantaria na reforma; escritor;


(ii) Nasceu em Faro, em 1939, e vive em Carnaxide, Oeiras:

(iii) Fez o curso da Academia Militar (1959);

(iv) "Durante 36 anos, desempenhou funções de comando e chefia de pessoal militar e civil, sendo oito em África (Angola e Moçambique), nas quatro comissões por imposição (escala) que cumpriu em 1961/73 (alferes e capitão)";

(v) É diplomado com o Curso Complementar de Ciências da Informação da Universidade Católica Portuguesa (1990/93);


(vi) Atividade literária e jornalística: Publicou em 1977, com o pseudónimo de Manuel Branco, o livro Os Comandos no Eixo da Revolução; Crise Permanente do PREC; Portugal 1975/76 (352 pp) na Editorial Abril; colaborador de alguns jornais diários e semanários lisboetas (1975/1980); Redator da revista Mama Sume, da Associação de Comandos (1989/1993); colaborador do Semanário (1991), do Combatente, da Liga dos Combatentes, desde 1991, do semanário regional O Algarve,. em 1994-2004,  e do Boletim da AFAP (Associação da Força Aérea Portuguesa);

(vii) Bibliografia (organizada pelo autor):

1. Marcello e Spínola – a Ruptura; As Forças Armadas e a Imprensa na Queda do Estado Novo; Portugal 1973-1974 (456 pp). Lisboa, Editora Margem, 1994 (em 2.ª edição na Editorial Estampa (368 pp), desde 1996. Estão ambas esgotadas.

2. Equívocos e Realidades; Portugal 1974-1975 (2 vol. 1 012 pp). Lisboa, Editora Nova Arrancada, 1999.

3. Timor – Abandono e Tragédia; “A Descolonização” de Timor (1974-1975), em co-autoria com o Coronel Morais da Silva (271 pp). Lisboa, Editora Prefácio, 2000.

4. Combater em Moçambique; Guerra e Descolonização 1964-1975 (452 pp). Lisboa, Editora Prefácio, 2003.

5. Memórias da Revolução; Portugal 1974-1975 (740 pp). Lisboa, Editora Prefácio, 2004.

6. 25 de Novembro; Os “Comandos” e o Combate pela Liberdade (521 pp), em co-autoria com o Prof. Dr. Francisco Proença Garcia e o Sarg-Mor “Comando” Rui Domingos da Fonseca. Lisboa, Edição da Associação de Comandos, 2005.

7. Guerra, Paz e Fuzilamentos dos Guerreiros; Guiné 1970-1980.(410 pp) Lisboa, Editora Prefácio, 2007.

[ O editor L.G. escreve segundo a nova ortografia. Respeitou-se a ortografia dos autores citados, bem como as referências bibliográficas de Manuel Bernardo, organizadas por ele próprio, na nota curricular].

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de Outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8936: Agenda cultural (167): Programa Sobreviventes: reportagem sobre os ex-prisioneiros portugueses do PAIGC em Conacri, entre 1971 e 1974... SIC, 2ª feira, 21h (Cristina Freitas)

3 comentários:

antonio graça de abreu disse...

Cito as palavras do general e meu amigo, combatente e ex-governador de Macau, Vasco Rocha Vieira:

"O autor, Manuel Bernardo, fá-lo ( o ofício de fazer a História) de um modo desapaixonado, objectivo, factual, sem ressentimentos, sem querer impor a sua verdade, sem estar subordinado a ideologias, a compromissos ou interesses".

Alguém se lembra, no blogue, há uns quatro anos atrás, das primeiras vezes que questionei, a sério, o Mário Beja Santos, por causa de uma recessão sua ao notável trabalho do coronel Bernardo intitulado Guerra, Paz, Fuzilamentos
de Guerra, Guiné, 1970-1980, Lisboa, Ed, Prefácio, 2007?...
Ainda se lembram?
Nessa sua recensão,de elevado recorte intelectual, o Mário Beja Santos chamava "fascista" ao coronel Manuel Bernardo.
Depois dizem no blogue que eu tenho "sanha" contra o recensor mor...
Depois dizem (um dos editores do nosso blogue, em recente mail pessoal), que ele, MBS é que é de "esquerda, e eu AGA, sou logicamente de "direita".
Leiam outra vez as palavras justas e honestas do general Vasco Rocha Vieira:

"O autor, Manuel Bernardo, fá-lo ( o ofício de fazer a História) de um modo desapaixonado, objectivo, factual, sem ressentimentos, sem querer impor a sua verdade, sem estar subordinado a ideologias, a compromissos ou interesses".

Parabéns, meu caro coronel Manuel Bernardo, pela reedição de mais uma importante obra sua.
O resto são peanuts, amendoins ou mancarra.

Abraço a todos,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Agradeço ao Dr. Luís Graça este poste e as amáveis referências feitas. Vou lembrar a Edium para lhe ser enviado um exemplar.
Para o Dr Graça de Abreu vão igualmente os meus agradecimentos pelo destaque feito.
Ab
Manuel Bernardo

Anónimo disse...

Caro Graça de Abreu. Não posso deixar de notar na última frase do teu comentário, (de um internacionalismo intrínseco),a falta de referência a "jordnöt".Foi pena,pois além de ter caído bem nos meios procurados,também teria caído muito bem junto dos seculares nacionalistas-neutrais. Abraços.