1. Mensagem de Eva Verdú, da Direcção de Meios de Produção da RTP, enviada ao nosso Blogue no dia 9 de Outubro de 2012
Assunto: Documentário "A Guerra"
Boa tarde,
Informo que a 4ª e última série do documentário “A Guerra” começará a ser exibida amanhã dia 10 de outubro pelas 22:40H. Serão 17 episódios que vão incidir sobre o período que antecede o 25 de abril de 1974.
Com os melhores cumprimentos,
Eva Verdú
Direção de Meios de Produção
SINOPSE*
O período que antecede o 25 de Abril de 1974, caracterizando a situação política geral e o quadro militar em cada uma das colónias
A série documental "A Guerra" regressa agora com os seus últimos episódios.
Serão 13 programas que vão incidir sobre o período que antecede o 25 de abril de 1974, caracterizando a situação política geral e o quadro militar em cada uma das colónias.
Na Guiné, de destacar o período marcado pela morte de Amílcar Cabral e o subsequente recrudescimento do conflito.
Recebendo novos meios, como os mísseis terra-ar "Strela", o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) condiciona a manobra portuguesa. Isola e ataca quartéis como Guidage e Gadamael e obriga ao abandono de Guileje.
Em conflito com Marcello Caetano, o general Spínola deixa o território, defendendo uma solução política para a guerra, enquanto em Moçambique é o Presidente do Conselho (Marcelo Caetano) que recusa ao general Kaulza de Arriaga a continuação da sua liderança militar.
A situação em Moçambique agravara-se após a Operação Nó Górdio. A FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) avançara para as regiões de Tete, de Manica e Sofala, enquanto as notícias de massacres como Mucumbura, Wiriyamu e Inhaminga - divulgadas sobretudo por padres e missionários - iriam desgastar fortemente a imagem política do regime.
Em Angola, as Forças Armadas controlavam a situação após terem neutralizado militarmente a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e também o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), entretanto afetado por fortes dissensões internas. Após ter cooperado com os portugueses na luta contra aqueles movimentos, a UNITA volta a ser encarada como inimigo e executa a sua mais mortífera ação.
Se em Angola o quadro militar era favorável à tropa portuguesa, em Moçambique os europeus revoltavam-se perante ações da FRELIMO que punham em causa a sua segurança e a imagem das Forças Armadas. Ao mesmo tempo, na Guiné o PAIGC declarava unilateralmente a independência, enquanto os militares portugueses divergiam sobre se a guerra estava ou não perdida.
Bastante isolado internacionalmente, em confronto interno com alguns aliados iniciais e paralisado perante o impasse da guerra, o governo de Marcelo Caetano não cabia já na solução que, entretanto, os militares tinham começado a preparar.
É todo este período, com os seus inúmeros factos e acontecimentos políticos e militares, muitos deles desconhecidos, que será apresentado nos novos episódios a exibir.
(*) Retirado do site da RTP, com a devida vénia.
____________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 7 de Outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10493: Agenda cultural (220): Apresentação do livro "Alpoim Calvão Honra e Dever", dia 11 de Outubro, pelas 18h30, na Sociedade de Geografia em Lisboa
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Amilcar Mendes
Data: 9 de Outubro de 2012 17:02:15
Assunto: guidaje
Estreia amanhã, 10 de outubro de 2012, [na RTP1,] a última série sobre os combatentes do ultramar 72-74 onde se vai falar da ida a guidaje da 38ª CComandos.
Um abraço
Amilcar Mendes
Vamos Todos Assistir e depois opinar sobre a qualidade e veracidade do que nos vai ser apresentado. Espero isenção, e competencia se isso acontecer, será bom. Vamos aguardar.
joao silva ccac 12, ccav 3404, CIM 1972-1974
Boas.
Alguem gravou o episodio de ontem, só hoje e que vi a noticia.
Como gravei toda serie em antes gostava de fazer o resto tambem.
Obrigado
A.Fernandes
Afinal, segundo "A Guerra" de Joaquim Furtado, os Caboverdeanos do PAIGC teem muitos candidatos ao assassinato de Amilcar.
Desde Spínola até Sekou Touré, desde traidores a fiéis guineenses tudo paga pela mesma moeda:suspeitos de assassinos,
Só não se mencionaram como suspeitos, os outros intervenientes: eles Caboverdeanos, os Cubanos e os Russos e Suecos.
Assistiram a tudo mas não registaram nada.
Talvez um dia os africanos, neste caso os guineenses escrevam a sua própria "Guerra da Independência", parece que este nome queima, e fiquemos a saber o seu ponto de vista que é o que mais nos ilucidará.
Enviar um comentário