domingo, 16 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17248: Manuscristo(s) (Luís Graça) (115): O compasso pascal

Soneto em honra do compasso pascal da Madalena

por Luís Graça


Aleluia, Cristo ressuscitou!,
Apregoa o compasso pascal,
Que hoje nesta casa nos visitou,
E a todos nos juntou neste local.


É uma das ruas da Madalena,
Que tem nome do nosso primeiro rei,
E eu, quando não posso vir, tenho pena,
Porque a Páscoa é aqui, isso eu sei.


Lá vai o compasso pela rua fora,
Sem freima, com prazer e devoção,
Com ordem, em festiva procissão.



À frente vai a cruz e uma senhora,
E outra porta se abre, ali na hora…
Até p’ró ano… e viva a tradição!



Madalena, V. N. Gaia, 
domingo de Páscoa, 
16 de abril de 2017
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Nota do editor:

Último poste da série > 21 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17164: Manuscrito(s) (Luís Graça) (114): No Dia Mundial da Poesia... Quem não faz 69, não chega aos 100!

1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...


Há anos que passo o Natal e a Páscoa na Madalena, V. N. Gaia... Curiosamente, seo muito pouco ou nada sobre esta vila e freguesia, que pertencem a um dos maiores concelhos do país.. Fazendo ums pesquisas sobre a Madalena, fui.me deparar com esta lenda da bicha moura... É no norte do país, e não no sul,que há mais lendas relacionadas com a presença moura no nosso território, e que vai grosso modo de 711 a meados do séc. XIII. O Norte tem menos tempo de contacto com os mouros do que nós, no Sul... Talvez isso explique a maior abundância de lendas sobre mouros, mouras encantadas e tesouros escondidos, deixados pelos mouros na época Reconquista... Aqui vai uma lenda...Com a devia vénia a

Farol da nossa terra > TEIXEIRA DA SILVA — Sábado, 2 Maio 2015


http://www.faroldanossaterra.net/2015/05/02/lenda-da-bicha-moura-madalena-vila-nova-de-gaia/

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LENDA DA BICHA MOURA – MADALENA, VILA NOVA DE GAIA
TEIXEIRA DA SILVA *
Teixeira da Silva.JPG.
Não tendo chegado até nossos dias quaisquer vestígios, poucos serão os naturais da atual freguesia e vila gaiense da Madalena que se lembram desta lenda, que caiu no esquecimento popular.
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Na freguesia gaiense da Madalena correu uma lenda que, entre o povo, era conhecida pela “Lenda da Pedra Moura” ou “da Bicha Moura”.

Uma infeliz moura ter-se-ia transformado em bicha, a fim de cumprir um desditoso fadário, como castigo por uma grave falta. Esteve encantada, daquela forma, nuns rochedos que se localizavam no lugar do Monte Crasto, da mesma freguesia.

Diz a tradição, propalada pelas gentes que, no topo do rochedo, a bicha moura – enorme no seu tamanho – aparecia em noites de luar, e por vezes até de dia, deixando na sua caminhada rastejante um rastro aurifulgente.

Havia quem desse à bicha o dom de tomar formas humanas, através de uma sereia de compridos cabelos. Ninguém poderia aproximar-se dela pois corria o risco de se transformar em bicha (salvo seja!) ou mesmo em pedra.

Esta convicção inspirava medo na maioria dos madalelenses e o respeito em todos.

Contudo, um dia, aquela pedra grande que era o motivo dos receios das populações – em nome do progresso – foi sacrificada a tiros de dinamite e a lenda perdeu toda a sua magia.
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(Baseado in “Revista de Etnografia, Tradições Populares de Vila Nova de Gaia”, by VALLE, Carlos, Junta Distrital do Porto, ano de 1965, páginas 129 e 130)


Pesquisa e adaptação de
TEIXEIRA DA SILVA, AJ
Gondomar, Porto, Portugal

http://www.faroldanossaterra.net/2015/05/02/lenda-da-bicha-moura-madalena-vila-nova-de-gaia/