Um olhar
Foto: © Dina Vinhal
1. Em mensagem do dia 25 de Agosto de 2017, o nosso camarada António Eduardo Ferreira (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CART 3493/BART 3873, Mansambo, Fá Mandinga e Bissau, 1972/74) mandou-nos este seu pensamento.
Quando o tudo não vale nada
Todos nós já passamos ou vimos alguém enquanto mais novo, e alguns, mesmo já idosos, a trabalhar sem ter tempo para ver o mundo que o rodeia…
Não ter tempo para a família.
Não ter tempo para os amigos ou para aqueles que necessitavam da sua ajuda.
Não ter tempo para escutar. Na maioria das vezes, apenas ouve.
Não ter tempo para observar atentamente, limitando-se a olhar…
O Pior é com tal comportamento pensa que está a fazer o melhor para si e para os seus e, não raramente, quando vê que afinal estava errado é tarde de mais… Mesmo assim, há sempre um tempo em que é possível mudar, jamais chegará onde com outro comportamento poderia ter chegado, mas entre o tudo e o nada há que aproveitar o que ainda for possível.
Por isso, mesmo que ainda possa andar depressa, procure não andar com pressa… tente observar calmamente o ambiente que o rodeia, e não apenas olhar. Procure escutar sempre, mesmo que lhe pareça não merecer a pena, mas merece sempre, se mais não for permite-nos valorizar aqueles que sabem o que dizem e que gostamos de ouvir, ainda que seja muitas as vezes que não temos oportunidade de lhes dizer.
Ao longo da vida muitos de nós somos confrontados com situações em que o tudo não vale nada, não raramente é a partir daí que descobrimos o caminho que devíamos ter percorrido… mas como o passado não volta mais há que arrumar, porque esquecer é impossível, e procurar novo rumo, parar nunca!
António Ferreira
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Nota do editor
Último poste da série de 27 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17517: Blogoterapia (287): Não é fácil ser português (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas)
2 comentários:
Olá Camarada
Bom texto!
Expressivo e esclarecedor.
Continua.
É só pensar e escrever, escrever, escrever sempre.
Se releres o texto e não gostares porque "não corre", rasga-o ou, guarda-o no fundo da gaveta.
Pode ser tenhas de voltar a ele.
Um Ab.
António J. P. Costa
Caro António Ferreira
Estas tuas reflexões/apelos são bastante pertinentes.
São muitos os que "olham sem ver e ouvem sem escutar", é bem verdade!
E concordo com o que António Pereira da Costa indica.
Hélder Sousa
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