Agenda cultural: Lançamento da Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, hoje, às 19h00, em Lisboa, no Fórum Picoas Plaza.
Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial é hoje apresentada em Lisboa, pelo jornalista Joaquim Furtado, no âmbito do colóquio/debate "Os Filhos da Guerra Colonial: pós memória e representações", organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC).
Segundo notícia da Agenda Lusa, de ontem, publicada nos jornais, a antologia, organizada pelos investigadores Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi, é constituída por 600 poemas, de 180 autores.
Segundo notícia da Agenda Lusa, de ontem, publicada nos jornais, a antologia, organizada pelos investigadores Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi, é constituída por 600 poemas, de 180 autores.
A obra junta autores consagrados, alguns inesperados (como Jorge de Sena, Paulo Quintela e até Fernando Pessoa, com "O menino de sua mãe") que se inspiraram no temática da guerra colonial, ou que a viveram (Fernando Assis Pacheco e Manuel Alegre, por exemplo, que estiveram em Angola, logo no início); e muitos outros, desconhecidos do grande público, que têm poemas dispersos pela imprensa regional, revistas, publicações militares (como a da Liga dos Combatentes), blogues, etc., ou que os divulgaram nas quase sempre obscuras e limitadas edições de autor.
Na perspetiva da investigadora e co-organizadora da antologia, Margarida Calafate Ribeiro, em declarações à Lusa, tratar-se-ia de "um grande documento da fragilidade humana", nele sendo “expressos sobretudo sentimentos de dor da guerra, mas também de impossibilidade de partilha, incompreensão, nas mais variadas formas poéticas”.
Na perspetiva da investigadora e co-organizadora da antologia, Margarida Calafate Ribeiro, em declarações à Lusa, tratar-se-ia de "um grande documento da fragilidade humana", nele sendo “expressos sobretudo sentimentos de dor da guerra, mas também de impossibilidade de partilha, incompreensão, nas mais variadas formas poéticas”.
Editada pelas Edições Afrontamento (Porto, 2011), a antologia nasceu no âmbito de um projecto de investigação do CES/UC.
Página de rosto do Projecto Poesia da Guerra Colonial, CES/UC... Projecto com o qual, de resto, o nosso blogue deu a sua melhor e mais franca colaboração, colaborando nomeadamente com um das assistentes de investigação, a Cristina Néry Monteiro bem bem como na conferência de 30 de Março de 2009, realizada em Coimbra, em que participaram o Vasco da Gama e o Zé Manel Lopes.
Além de outros poetas consagrados como Casimiro de Brito (n. 1938) ou Gastão Cruz (n. 1941), é de destacar ainda a existência de um número significativo de mulheres a escrever sobre um tema predominantemente masculino (e quase diríamos... falocrático), como é o caso das poetisas Fiama Hasse Pais Brandão, Sofia de Melo Breyner Andresen, Luíza Neto Jorge, Olga Gonçalves, Maria Teresa Horta e Rosa Lobato Faria, além de outras desconhecidas do grande público.
A antologia, com c. 650 pp., está organizada por áreas temáticas:
Partidas e regressos (pp. 33-86)
Quotidianos (pp. 87-164)
Morte (pp. 165-222)
Guerra à guerra [poemas contra a guerra] (pp. 223-311)
O Dever da Guerra (pp. 313-337) (onde figuram poetas como António Manuel Couto Viana, Pedro Homem de Mello)
Pensar a Guerra (pp. 339-378)
Memória da Guerra (pp. 379-424)
Cancioneiro [onde se incluem, por exemplo, as letras de alguns fados, como os do Cancionerio do Niassa, mas também o nosso conhecidíssimo Adeus, Guiné", de Mário Ferreira] (pp. 425-483)
Cancioneiro Popular (pp. 485-545)...
Partidas e regressos (pp. 33-86)
Quotidianos (pp. 87-164)
Morte (pp. 165-222)
Guerra à guerra [poemas contra a guerra] (pp. 223-311)
O Dever da Guerra (pp. 313-337) (onde figuram poetas como António Manuel Couto Viana, Pedro Homem de Mello)
Pensar a Guerra (pp. 339-378)
Memória da Guerra (pp. 379-424)
Cancioneiro [onde se incluem, por exemplo, as letras de alguns fados, como os do Cancionerio do Niassa, mas também o nosso conhecidíssimo Adeus, Guiné", de Mário Ferreira] (pp. 425-483)
Cancioneiro Popular (pp. 485-545)...
Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial será apresentada hoje em Lisboa pelo jornalista Joaquim Furtado, no âmbito do colóquio/debate "Os Filhos da Guerra Colonial: pós memória e representações", organizado pelo CES/UC.
O nosso camarada José Brás comprometeu-se a fazer um apontamento do evento. Da nossa Tabanca é, segundo julgo saber, um dos quatro representantes, juntamente com o Manuel Bastos, autor de Cacimbados (2008), que também é membro da nossa Tabanca Grande, embora tenha feito a guerra no TO de Moçambique onde foi ferido. (Nasceu em Aguim, Anadia, 1950; é dirigente da ADFA, de Coimbra); o Nuno Dempster (que entrou para o nosso blogue em Fevereirossado; é autor do livro de poemas K3; nasceu em Ponta Delgada, 1944); e o Cristóvão de Aguiar (outro açoriano, nascido em 1940).
Também estão representados outros nomes nossos conhecidos como o Armor Pires Mota (que, embora convidado por mim, não é ainda formalmente membro da nossa Tabanca Grande), o Carmo Vicente (ex-pára-quedista, do BCP 12), o Gustavo Pimenta, o Ruy Cinatti, e outros que reconheci de uma rápida leitura ao índice. Tenho pena que o nosso Joaquim Mexia Alves tenha declinado o convite dos organizadores para figurar na antologia com a letra do seu belíssimo Fado da Guiné...
A selecção (sempre discutível...) dos organizadores baseou-se numa recolha de muitos milhares (sic) de textos poéticos... Pela sua qualidade e autenticidade, alguns dos nossos blogpoetas, ex-combatentes, como o Josema (José Manuel Lopes) ou o Manuel Maia, podiam e deviam figurar também na antologia... Mas haveremos de fazer... a nossa, a da Tabanca Grande, onde matéria-prima não falta. (LG)
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Também estão representados outros nomes nossos conhecidos como o Armor Pires Mota (que, embora convidado por mim, não é ainda formalmente membro da nossa Tabanca Grande), o Carmo Vicente (ex-pára-quedista, do BCP 12), o Gustavo Pimenta, o Ruy Cinatti, e outros que reconheci de uma rápida leitura ao índice. Tenho pena que o nosso Joaquim Mexia Alves tenha declinado o convite dos organizadores para figurar na antologia com a letra do seu belíssimo Fado da Guiné...
A selecção (sempre discutível...) dos organizadores baseou-se numa recolha de muitos milhares (sic) de textos poéticos... Pela sua qualidade e autenticidade, alguns dos nossos blogpoetas, ex-combatentes, como o Josema (José Manuel Lopes) ou o Manuel Maia, podiam e deviam figurar também na antologia... Mas haveremos de fazer... a nossa, a da Tabanca Grande, onde matéria-prima não falta. (LG)
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Nota do editor:
2 comentários:
Com o Zé Brás a malta do blogue está bem representada.
Um abraço
Com toda a franqueza, quero ver quem são os 180 autores.
Um abraço
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