sexta-feira, 6 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8230: Notas de leitura (236): Alvorada em Abril, de Otelo Saraiva de Carvalho (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 26 de Abril de 2011:

Queridos amigos,
“Alvorada em Abril” é um testemunho determinante para se entender o desencadeamento das operações que levaram ao derrube do antigo regime.
Otelo Saraiva de Carvalho rememora acontecimentos militares e descreve o que viu na Guiné, teatro de operações que teve um papel crucial na génese do Movimento dos Capitães.
A tal propósito, deixa-nos as suas impressões sobre os acontecimentos de 1970 a 1973, naturalmente controversos mas com uma importância soberana.

Um abraço do
Mário


Otelo Saraiva de Carvalho e a Guiné

Beja Santos

"Alvorada em Abril "é o título das memórias de uma figura lendária do 25 de Abril em torno da história portuguesa dos anos 50 aos anos 70, culminando com a concepção e execução do derrube do regime chefiado por Tomás e Caetano. Temos nestas memórias o que para ele foi determinante, no seu percurso pessoal e no seu modo de interpretar os acontecimentos contemporâneos, a génese e o triunfo do Movimento dos Capitães e como este desaguou no 25 de Abril ("Alvorada em Abril", Editorial Notícias, 4ª Edição, 1998). A sua terceira e última comissão foi na Guiné, pelo que tem todo o sentido fazer o registo das suas lembranças e observações.

Ele parte para a Guiné em Setembro de 1970 e logo recorda que se encontrava em Nova Lamego, em 22 de Novembro, quando soube da invasão da Guiné-Conacri. A notícia deixou-o estupefacto, ele que trabalhava em Bissau de nada sabia e acrescenta que posteriormente veio a saber que o assunto já era discutido pelas mulheres dos oficiais nos cabeleireiros da Baixa de Bissau antes de se ter realizado. Nessa noite, enquanto decorria a operação, houvera vigília em Bissau, Spínola aguardava ansioso das notícias da missão rodeado dos seus leais colaboradores, tenente-coronel Robin de Andrade, major Firmino Miguel e major Jorge Pereira da Costa. E adianta: "Ainda hoje desconheço quais seriam, exactamente, os objectivos da missão, mas parece não restarem dúvidas de que, entre eles, estariam os assassínios de Amílcar Cabral e de Sékou Touré, o silenciamento da Rádio Conacri, a destruição de sede do PAIGC, a destruição de aviões na base aérea local e a libertação de prisioneiros de guerra portugueses retidos nas prisões da cidade".

Dá-nos em água-forte um retrato de Spínola que culmina com uma apreciação corrosiva: "Medularmente vaidoso e autoritário, sempre o reconheci totalmente incapaz de se atribuir o mínimo erro ou de debitar a mais suave autocrítica. Sendo detentor da razão e da verdade absolutas, era com displicência e sem remorso que liquidava o bode expiatório escolhido para arcar com as responsabilidades de qualquer falhanço pessoal... demagogo em extremo nunca entendi com clareza se as qualidades que nele admirava era autênticas e humanas ou se cultivadas com esforço a fim de construir artificialmente uma personagem".

Descreve o seu trabalho no QG e alude mesmo o nome de oficiais milicianos, da extrema-direita, que mais tarde acompanharão Spínola na aventura do MDLP. Colocado na Subsecção de Operações Psicológicas, assistiu ao exibicionismo propagandístico é à construção de imagem que Spínola quis criar em Portugal e internacionalmente, o que ele procurava era sugerir um extraordinário surto de progresso na Guiné com a sua governação e minimizar os êxitos no combate do PAIGC. Narra peripécias com jornalistas internacionais, certames de propaganda, a realização de Congressos do Povo. Refere os efectivos militares, do lado português e os do PAIGC, as argumentações de aliciamento, de um lado e do outro. A narrativa não é cronológica, dá saltos, vai até ao futuro repentinamente, conta histórias passadas, de supetão. Está-se a falar da propaganda do PAIGC, seguem-se referência ao seu programa político, destaca-se a figura de Rafael Barbosa como agitador, que foi preso em Março de 1962, tendo permanecido encerrado num cubículo durante quase 8 anos, onde foi espancado e torturado. Em Agosto de 1969, Spínola ordenou que fosse libertado. Tempos mais tarde, Rafael Barbosa manifestará publicamente o seu arrependimento por ter aderido à luta armada. Em 1977, será julgado em Bissau pelo PAIGC pelo crime de traição ao partido e ao povo e ser-lhe-á comutada para 15 anos de prisão a pena de prisão perpétua a que fora inicialmente condenado.

Já em 1973, o autor descreve a chegada dos mísseis terra-ar Strella e depois depõe sobre o controverso "I Congresso dos Combatentes do Ultramar". Para Otelo, os organizadores eram antigos oficiais milicianos com ideologia de extrema-direita que garantiam publicamente ao regime a entrega devotada dos oficiais das Forças Armadas à nobre missão de, através da continuidade da guerra colonial, assegurar a perenidade da Pátria. Os oficiais do quadro ter-se-ão apercebido da essência da manobra e reagiram. Almeida Bruno terá sido quem mais actividade desenvolveu, promovendo uma resposta concertada. Para os oficiais na Guiné já não subsistiam dúvidas que o Governo procurava tirar dividendos da "entusiástica adesão dos patrióticos combatentes do Ultramar". E escreve: "Enquanto em Lisboa Ramalho Eanes, Hugo dos Santos, Vasco Lourenço e outros encabeçavam um vasto movimento de protesto, eram recolhidas na Guiné 400 assinaturas de oficiais do QP com a mesma intenção, subscrito em primeiro lugar por oficiais possuidores das mais elevadas condecorações”. O autor inscreve estes acontecimentos num processo mais vasto de descontentamento das Forças Armadas que veio a ser ateado pelo Decreto-Lei nº 353/73, nova peça da bola de neve que irá conduzir à queda do regime.

Passando para outro campo de considerações, Otelo de Saraiva de Carvalho fala dos acontecimentos de Guileje, em Maio de 1973, quando o major Coutinho e Lima mandou evacuar o aquartelamento, para tal escrevendo: "Para o major Coutinho e Lima o motivo era suficientemente forte: incontável número de flagelações da artilharia inimiga tinha destruído quase por completo as instalações aquartelamento e o moral do pessoal. Apesar dos pedidos insistentes e aflitivos, o apoio aéreo não fora concedido, no receio de que a acção fosse um chamariz para o abate de mais alguns aviões. Ao ter notícia da evacuação, Spínola não viu outra alternativa senão ordenar a prisão de Coutinho e Lima e mandar instaurar-lhe um auto de corpo de delito por crime essencialmente militar de cobardia: abandono de praça militar ao inimigo". É neste contexto que surge Manuel Monge, graduado em major, foi sobre os seus ombros que caiu a responsabilidade de aguentar a tragédia de Gadamael.

Estamos praticamente no final na sua narrativa referente à Guiné. Marcelo Caetano decidira, em 1972, apoiar a nomeação de Américo Tomás para novo mandato. Spínola considerava que gozava de alguns apoios muito influentes do panorama político e financeiro português (Azeredo Perdigão, Jorge de Melo, Manuel Vinhas, António Champalimaud). Em Agosto de 1973, Spínola regressa a Portugal, é promovido a general de 4 estrelas e nomeado vice-chefe do EMGFA. Spínola mudara, observa o autor. Fizera um longo, longo percurso, fora administrador e colaborador do boletim da Legião Portuguesa, no início da carreira; baseado na sua experiência guineense, sentia-se agora apto a defender o federalismo para contornar uma guerra não susceptível de ter solução militar.

Em Setembro de 1973, Otelo Saraiva de Carvalho participa pela última vez numa reunião do Movimento de Capitães, em Bissau. E escreve: "Exactamente três meses depois da minha chegada a Bissau seguirei para a metrópole em fim comissão. Recebo a incumbência de, em Lisboa, de me integrar no Movimento e ser o porta-voz das preocupações que assaltam os camaradas no TO da Guiné". Preocupações que ele desenha num quadro de tintas carregadas: é previsível que o PAIGC irá proclamar a independência do território. Nas reuniões do Movimento dos Capitães em embrião já se debate o que irá mudar com essa independência reconhecida pela ONU. E escreve: ”O Governo Central não proporcionará às Forças Armadas no TO da Guiné qualquer apoio, provocando a sua derrota calculada para as transformar em bode expiatório da perda da colónia como acontecera antes com o Estado da Índia, e canalizar todo o esforço militar para a defesa de Angola.”

E tece o seu comentário sobre o que se estaria a passar na mente de Marcelo Caetano:” Em entrevista concedida por Marcelo Caetano no Brasil, em 1977, a um jornalista português, o antigo Presidente do Conselho confirma que tencionava na verdade provocar a queda da Guiné através de uma derrota militar para, salvando a face do regime, reforçar a todo o custo a defesa de Angola por tempo ilimitado. Não posso acreditar que Spínola não estivesse perfeitamente consciente de todo este drama. Considero, pelo contrário, que essa seria a razão fundamental que o teria levado a não regressar para concluir o sexto ano do seu mandato. Ele não poderia nunca, após mais de cinco anos de intensa actividade desenvolvida na Guiné e que era para si motivo de orgulho e honraria, transformar-se no comandante-chefe de umas Forças Armadas enxovalhadas e derrotadas em consequência da ineficácia do regime.”
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 3 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8209: Notas de leitura (235): O Meu Testemunho, uma luta, um partido, dois países, por Aristides Pereira (3) (Mário Beja Santos)

14 comentários:

JC Abreu dos Santos disse...

... a 1ªedição é de Abril de 1977, após estadia em Custóias e quando estavam as FP25 no forno...

Quanto ao precedente "comentador": incognito?!

Anónimo disse...

Fiz serviços de Sargento da Guarda ao palácio durante dois meses, pelo que tive alguns contactos directos com o Sr. General. Em alguns dos meus escritos referi-me a esses encontros.

Do Sr. General fiquei com uma excelente impressão. Homem amável e delicado diria um pouco paternal.
Quando vestido ao civil e acompanhado da sua esposa, ambos eram de uma delicadeza que me apraz notar.

José Câmara

Anónimo disse...

Camaradas,
A questão Spínola tem pano para mangas. O primeiro comentário vem colocar a questão da capacidade disciplinar do general em teatro de guerra.
Em relação ao antecedente, a título comparativo, sei de um caso de um miliciano, destituído na parada, que só voltou à mesma categoria por decisão do tribunal, o que implicou o pagamento das diferenças salariais durante o período em que, despromovido, esteve em serviço militar obrigatório.
Sobre a informação de o general ter "punido" um comandante de batalhão, obrigando-o à permanência num destacamento, não pondo em dúvida, nem quero acreditar. Trata-se de uma incompetência tão grave (do meu ponto de vista, claro!), que assombra os céus.
Por fim, também eu, em nítida violação das normas de apresentação militar (cabelo comprido e patilhas farfalhudas, com uma mosca suspensa do lábio, a dar ares de mosqueteiro), apresentei-ma à frente do pelotão na passagem de revista às tropas, antes do embarque de regresso. S.Exa. enxergou-me, fez uma trajectória na minha direcção, parou a talvez um metro, olhá-mo-nos nos olhos "uma eternidade", deu meia volta e prosseguiu. Confesso que estava aflitinho.
Portanto, duma penada, mostro três critérios do ComChefe.
Se despachou para a metrópole algum ofocial por incompetência, a C.Caç. 2679 tinha um capitão e dois sargentos (um também era bufo), que se houvesse algum controle (auditoria) sobre a gestão da companhia, talvez ficassem por Cabo Verde (ou era só para comunistas) pois em muito precederam os novos-ricos que ali se têem instalado.
Abraços fraternos
JD

Carlos Vinhal disse...

O autor do primeiro comentário, eliminado por não estar assinado, se assim o entender pode comentar de novo, identificando-se devidamente.
Carlos Vinhal
Co-editor

Anónimo disse...

Caro Zé Dinis, políticas à parte, cada um sabe de si, quem como eu teve contacto directo por mais de uma vez com o General Spínola, apenas poderá dizer que o mesmo cumpriu escrupulosamente todas as promessasa que fez à minha C.Cav. 8351, interessando-se pelo nosso estado e pela evolução das operações, muito dificeis que travámos em Maio de 1973.
Foi também o único oficial do quadro que permitia, ia dizer incentivava, a um diálogo democrático onde as palavras colónias, guerra colonial, federalismo, independência não eram tabu.
Para mim foi um homem determinante para a conquista da liberdade.
Os papagaios que aparecem depois do 25 de Abril, ficam para a próxima.
Um abraço,

Vasco A. R. da Gama

Luis Nabais disse...

Aconteceu no meu Batalhão em Mansoa.
Houve um ataque a uma coluna (não me recordo do destacamento, mas era entre Jugudul e Porto Gole).Morreu o Alferes.
Passados alguns dias, o Spínola foi ao destacamento de heli, claro, e perguntou quem comanddava o destacamento.
Apareceu um Furriel.
O Spínola, de imediato perguntou se o Comandante do Batalhão já lá tinha ido....Não....
O Heli foi a Mansoa, foi buscar o Ten Cor Chaves de Carvalho, comandante do Batalhão, que ficou durante uns dias a comandar o destacamento...
Passou-se comigo, Batalhão de Caçadores 2885.
Luis Nabais

Anónimo disse...

Creio que o destacamento a que me referi há pouco, era Bissá.
Se houver alguém do BCaç 2885, poderá ajudar.

Também tenho uma história com ele, curiosa.
Em Mansoa, ao Domingo, íamos comer umas coisas, e geralmente, até sem farda.
No caso, eu, ia à civil.
Morava em frente do quartel (quem conhece Mansoa sabe que o heliporto era em frente do quartel, entre as casas de alguns oficiais, onde eu morava, e a porta de armas.
Ora ver o heli chegar, quase à minha porta (seriam 30 metros), eu saí para ver.
O Gen viu-me, chamou-me e perguntou-me quem eu era.Lá lhe disse.
Resposta dele:
Sr.Alferes vá-se fardar. e apresente-se na sala do comando de operações....
Cagaço...mas, claro....
Quando lá cheguei, na frente do Major (2º Com e do Com, de que já falei), perguntou-me porque estava à civil.
Respondi que por ser Domingo.
Só me disse assim: Aqui não há domingos.Não está em Bissau.
Pode sair, mas fica fardado.
Luis Nabais

Anónimo disse...

Camaradas
Quatro meses depois de o meu BCav 2922 estar em Pitche, apareceu o Gen. Spínola.
Apanhou ainda na cama o Comandante do Batalhão, Ten.Cor.Cav. Chaves Guimarães. Convocou uma reunião na Sala de Operações e perguntou ao Ten.Cor.para lhe explicar o plano de defesa do Quartel, o Capitão da CCS tentou ser a falar mas o General disse "Quem fala é o seu Comandante". Claro que o Comandante começou a balbucionar e a gaguejar, e não explicou nada.
O Gen. Spínola disse para ele vir para Bissau com ele. Nunca mais soubemos notícias dele. Falou-se que teria ido para a Psiquiatria.

P.S.- Constou que ele , General disse para o Comandante " Você é indigno de Comandar estes homens e vai já comigo para Bissau".

Resta acrescentar que o Ten. Cor. vivia "maritalmente" com uma garrafa de Whiskey.

Mantenhas

Luís Borrega

Torcato Mendonca disse...

Nunca vi um Ser ou um Homem medíocre levantar qualquer polémica.

Já aqui escrevi sobre o Senhor Marechal António de Spínola.
Conheci-o com Brigadeiro e General. Sinto orgulho de ter sido por ele comandado.

Torcato Mendonça

Torcato Mendonca disse...

Nunca um SER ou HOMEM medíocre levantou qualquer polémica.

Fui comandado pelo Senhor Marechal Spínola, ainda como Brigadeiro e General, e tenho orgulho nisso.

Estão aqui escritos meus sobre ele.
Respeito a sua memória

Torcato

Anónimo disse...

Pois como o camarigo Luís Nabais contou, o caso da "colocação" do Cmdt do BCaç 2885, já eu tinha referido num comentário antigo, julgo que quando alguém de Babamdinca se referiu aos "patins" colocados no Cmdt da Unidade de então.
Simplesmente eu sabia desta ocorrência por me terem contado a estória, já que eu ainda não tinha chegado a Mansoa. O Luís no entanto viveu-a. Só podia, caso se lembre, confirmar se o Cmdt apenas levou a roupa que vestia, já que se dizia que ele foi sem saber que não regressava...
Quanto ao Destacamento corrijo-o pois era o de Bindoro e a emboscada foi a uma coluna desse GComb. Essa emboscada já aqui foi transcrita, por ter sido muito violenta e fazer parte de documentação militar, creio que pelo camarigo Pereira da Costa.

Também já relatei o que se passou em Cutia na visita da época natalícia de 1970, com um soldado que só viu o seu "inferno" chegar ao fim, por ter podido falar directamente com o Com-Chefe sobre a sua situação nesse dia.

Abraço
Jorge Picado

Anónimo disse...

O seu a seu dono.Foi o Bindoro, o Picado tem razão, aliás esclareceu aquilo que eu tinha pedido.
Creio que o Alf era Duarte (!???).
Quanto à roupa, ele não levou a que tinha no corpo.
Eu conheço bem o piloto do heli (com quem ainda dei umas voltas na Guiné, e também DO)ele voava com os 2, é amigo de infância, e agora Comandante da TAP na reforma.
O Chaves de Carvalho teve uns minutos (!?)para fazer a mala.
Aliás a ordem terá sido, que fizesse uma mala com alguma roupa e que iria ter com o Com Chefe que o aguardava, e ficaria lá uns dias.
Lembro-me bem porque quem ficou a comandar o Batalhão foi o major Galhardo, 2º Comandante, embora o Major Corte Real fosse das operações .
E eu era adjunto do Galhardo.
Abraço Jorge Picado.
Lembro-me bem da tua chegada a Mansoa...
Abraço
Luis Nabais

Foi para o Bindoro, onde não ficou até à substituição do Alferes-veio no fim de 3 ou 4 dias, mas foi...

Anónimo disse...

Tendo estado sob prisäo política em Custóias,encontrei lá muitos amigos e camaradas, no período que presumo referido por um dos comentadores anteriores.Mas,Otelo Saraiva de Carvalho...näo o vi por lá!É também referido que,(e volto a presumir,na data referida),as FP-25 de Abril estariam "no forno",o que näo corresponde à realidade factual.O livro acabou de imprimir-se em Novembro De 1977, e näo, Abril desse ano.

JC Abreu dos Santos disse...

... quanto à data da 1ª edição, 1ª forma: o prefácio de Eduardo Lourenço, é de 03 de Novembro de 1977.
Peço desculpa, por haver induzido em erro alguns visitantes deste blogue.
Cpts,