1. Comentário, com data de 25 de Julho último, assinado pelo nosso camarada J. Paderte Ferreira ao poste P8582:
Não fazia tenção de me meter nesta "guerrinha" inútil. No entanto, tendo escrito no meu [livro] Os Paparratos que a perda do poder aéreo condicionada pelos mísseis terra-ar russos tinha desequilibrado a luta, fui contrariada, no decurso de um almoço da Turma do Gil, com o Pedroso de Almeida, ao tempo dos mísseis Major Piloto Aviador e Oficial de Operações da Esquadrilha de Fiats, comandada pelo extinto Tenente Coronel Brito, que conhecera durante a minha Comissão com o posto e a função que o Pedroso de Almeida tinha desde que começou a haver turbulência aérea, associado ao Comentário supra do Camarigo António Graça Abreu, sou obrigado a dar a mão à palmatória.
Com efeito, desde o aparecimento dos primeiros incidentes com os mísseis, a FAP, após um curto período de surpresa (?) ou procura de soluções, estabeleceu um Plano de Contingência para contrariar a acção dos mísseis, tanto mais que eles se autodestruiam ao fim de 16 segundos, se não me engano, caso não atingissem o alvo.
Não estou a par de todo esse Plano, mas sei que passou pela utilização de um tipo diferente de munições, algumas restantes da segunda Guerra Mundial e pela tal forma de voar diferente do Graça Abreu, com Fiats aos pares e a altitudes diferentes e, sobretudo, a proibição absoluta de fazer uma segunda passagem pelo objectivo. O desrespeito desta norma custou a vida ao Tenente Coronel Brito.
Bem, penso que já me alonguei mas vou concluir: procuramos no blogue, penso, sobretudo factos, por nós vividos ou ouvidos de fonte credível; cada um tem o direito de fazer as suas impressões pessoais, sem pretender ser o único senhor da verdade, impressões essas que têm de ser respeitadas; excepcionalmente, podem surgir apenas bocas que não devem ser levadas muito a sério.
Sou um Piriquito no Blogue mas penso que captei o seu espírito.
Alfa Beta a todos.
José Pardete Ferreira
[Revisão / fixação de texto / bold a cor / título: L.G.]
Com efeito, desde o aparecimento dos primeiros incidentes com os mísseis, a FAP, após um curto período de surpresa (?) ou procura de soluções, estabeleceu um Plano de Contingência para contrariar a acção dos mísseis, tanto mais que eles se autodestruiam ao fim de 16 segundos, se não me engano, caso não atingissem o alvo.
Não estou a par de todo esse Plano, mas sei que passou pela utilização de um tipo diferente de munições, algumas restantes da segunda Guerra Mundial e pela tal forma de voar diferente do Graça Abreu, com Fiats aos pares e a altitudes diferentes e, sobretudo, a proibição absoluta de fazer uma segunda passagem pelo objectivo. O desrespeito desta norma custou a vida ao Tenente Coronel Brito.
Bem, penso que já me alonguei mas vou concluir: procuramos no blogue, penso, sobretudo factos, por nós vividos ou ouvidos de fonte credível; cada um tem o direito de fazer as suas impressões pessoais, sem pretender ser o único senhor da verdade, impressões essas que têm de ser respeitadas; excepcionalmente, podem surgir apenas bocas que não devem ser levadas muito a sério.
Sou um Piriquito no Blogue mas penso que captei o seu espírito.
Alfa Beta a todos.
José Pardete Ferreira
[Revisão / fixação de texto / bold a cor / título: L.G.]
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Nota do editor:
5 comentários:
Caríssimo Camarada. Cuidado com..."a tal forma de voar diferente do Graca de Abreu"! Este nosso Camarada e Amigo,entre muitas coisas é Poeta;mas voador? Seria um perigo. Um grande abraco.
Vocês vão -me desculpar...prefiro não apontar nomes dos tais que viveram a guerra de modos, no mínimo "estranho", mas que sabem mais do que todos os outros.
Mas não posso deixar em claro (e por isso escrevo outra vez), que há camaradas que têm memórias prodigiosas, apesar da nossa idade!
Tão prodigiosa que sabem mais (muitos deles e quero pedir desculpa àqueles que a viveram mesmo), do que os que viveram mesmo os momentos maus.
Curiosamente, esses, preferem calar-se ou fazer por esquecer!!!!
José António, não te cales.
Conheci e dei-me durante anos com a irmão do Ten Cor a que te referes.
Mas "eu não sei nada, a não ser o que me contaram" e se fosse mais longe, entraria naquilo a que eu quero referir-me: àqueles que ouviram dizer que...
Já contei que muitas vezes, qdo chegava a Bissau me diziam "os iluminados do QG" que a coluna de Mansoa tinha sido atacada.Eu que geralmente a comandava...só me podia rir!
Como alguém dizia...contem como foi, o que viram e o que viveram.
~E é o que queremos todos -eu então, que não vivi nada!
L.Nabais
Fui Oficial de Justiça do Batalhão de Caç 2885, que tinha agregada a CCaç 15, um poletão de morteiros, artilharia, Daimler (O Dr Caniço não me deixa mentir), e mais as milícias, de quem fiz processos de todos os tipos.
Desde as "monumentais bebedeiras" e asneiras subsequentes, aos "desastres que levaram à morte alguns, aos desaires dos corredores de fórmula "Guiné???), a morte por choques electricos na "banheira" que tínhamos perto do trem auto, etc etc.
Mas há quem saiba mais...H´+a quem conte a célebre emboscada do Infandre como se lá tivesse estado...com "coloridos anedóticos".
Uma vez mais vos digo...abençoaadas memórias, que a mim me vão faltando, ou de que não quero/devo falar!
L.Nabais
Lamento,mas só depois de aqui colocar o meu comentário me recordei que o meu mui caro Amigo e Camarada Graça de Abreu se encontra em mais uma viagem pelo oriente vermelho,o que o impossibilita de aqui escrever uma da suas respostas que,mesmo sem voar,são sempre "à altura".Mas ela por certo acabará por vir,agora ainda mais enriquecida por tais azimutes.Aquele abraço ao viajante.
Já há muito tempo que não aparecia!
O facto de ter estado com o CAOP e depois no HM241, deu-me um conhecimento das pessoas e uma amplitude enorme das ocorrências,. mesmo que a maioria delas não as tenha vivido. Quero, no entanto estabelecer muito bem algo: apesar de, como diz o camarigo Luís Graça, ter ... e manter, acrescento e apesar da idade, uma memória de elefante, tenho uma qualidade que, sem vaidade, confesso: SEI ESCUTAR!!!
José Pardete Ferreira
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