Capa do livro |
Data: 21 de Fevereiro de 2014 às 16:19
Assunto: livro
Este sábado, 22 Fevereiro, faz 40 anos que um livro agitou a política portuguesa. O título? "Portugal e o Futuro". Autor: António de Spínola, General, que entre outras destacadas funções foi Governador da Guiné.
E o que fez de "Portugal e o Futuro" uma obra tão especial? O facto de Spínola opinar, entre várias coisas, que a única solução para o conflito no Ultramar passava por uma solução política e não pela continuação do conflito armado nas três frentes de guerra.
Passados cerca de dois meses sobre a publicação do livro deu-se o 25 Abril e o Gen António de Spínola encabeçou a Junta de Salvação Nacional para, no mês seguinte, ser nomeado Presidente da República.
"Portugal e o Futuro" faz agora 40 anos. Foi ontem... (*)
João Paulo Diniz
[ex-1º cabo, BENG 447, ex-locutor do PIFAS, Com-Chefe, Bissau, 1972/74; profissional da Rádio e da TV; Oficial da Ordem da Liberdade em 2013 ]
"Portugal e o Futuro" faz agora 40 anos. Foi ontem... (*)
João Paulo Diniz
[ex-1º cabo, BENG 447, ex-locutor do PIFAS, Com-Chefe, Bissau, 1972/74; profissional da Rádio e da TV; Oficial da Ordem da Liberdade em 2013 ]
Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > Campo de futebol > 24 de Dezembro de 1971, vésperas de Natal > O gen Spínola passa revista às novas companhias de milícias. O Alf Santiago segue atrás com o Cap Tomás, então ajudante de campo do general.
Foto: © Paulo Santiago (2006). Todos os direitos reservados.
Foto: © Vasco da Gama (2008). Todos os direitos reservados.
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Notas do editor:
(*) Último poste da série > 15 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12722: Efemérides (148): 9 de Fevereiro de 1974, chegada da CCAÇ 4152/73 ao inferno de Gadamael (Carlos Milheirão)
(**) Vd. poste de 23 de fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3925: Efemérides (16): Portugal e o Futuro, de António Spínola, um best-seller há 35 anos
(*) Último poste da série > 15 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12722: Efemérides (148): 9 de Fevereiro de 1974, chegada da CCAÇ 4152/73 ao inferno de Gadamael (Carlos Milheirão)
(**) Vd. poste de 23 de fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3925: Efemérides (16): Portugal e o Futuro, de António Spínola, um best-seller há 35 anos
4 comentários:
João Paulo:
Parece que o livro hoje vende-se a 50 cêntimos na feira da ladra...
Os mais novos nem sequer sabem quem foi o Spínola... "Sic transit gloria mundi"...
Pelo menos os historiadores vão ter a maçada de o ler para perceber o seu enorme impacto na época...
Mas eu acho que a nossa geração deveria também reler o livro...
Um alfabravo. Luis Graça
Olá João Paulo Dinis
Vem, no Expresso, um artigo sobre a efeméride.
Recordo terem-me trazido o livro e a leitura sofrega que dele fiz.
O Luís Graça diz que hoje se vendem a 50 cêntimos na feira da ladra. Ainda bem que se vendem, que o Marechal o escreveu, que outros nele colaboraram, que foi e será um Marco na luta deste nosso Povo pelo viver democrático. (um pouco pálida agora).
Obrigado por o teres aqui recordado.
Ab,T.
Oportuna esta lembrança.
O Expresso de hoje diz que havia uma segunda versão (ou versão mais completa) do que foi publicado.
Abraço
Caros camaradas
Foi oportuna esta evocação do João Paulo Diniz sobre o lançamento do livro de Spínola.
Sem dúvida que o seu lançamento foi mais uma 'pedrada no charco' do poder de então.
Um dos seus mais visíveis elementos vinha de forma clara apresentar e defender uma visão diferente, até oposta, sobre a forma de resolver um dos maiores problemas da governação.
Sabemos (e havia quem tivesse essa noção clara) que a questão "ultramarina" era a questão central das contradições do poder.
Haver um Oficial superior, fortemente publicitado, a propor uma evolução que, no fundo, punha em causa a política que tinha vindo a ser seguida, foi um acto decisivo para o esboroar de muitas 'vontades' militares no sentido do 'alinhamento' com as posições do governo.
Daí para a frente, até ao 25 de Abril, foi sempre a 'acelerar'.
O Livro pode não conter "as melhores propostas do mundo" mas teve o grande mérito, desde logo pelo seu aparecimento, de ser um factor de mobilização e de fazer crer a muita gente que #mudar era preciso e urgente".
Abraço
Hélder S.
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