segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12732: (De)caras (14): A propósito da morte dos Três Majores, tema da acta do conselho de guerra do PAIGC, de 11 a 13/5/1970: Amílcar Cabral no seu melhor: pode ter sido um grande líder africano, não é definitivamente um humanista (António J. Pereira da Costa, cor art ref)

1. Mensagem do nosso camarada António J. Pereira da Costa  [alf art na CART 1692/BART 1914,Cacine, 1968/69; e cap art cmdt das CART 3494/BART 3873, XimeMansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74; hoje cor art reformado, foto á esquerda]:


Data: 13 de Fevereiro de 2014 às 22:27
Assunto: A Morte dos Majores


Boa noite, Camarada
Aqui vai um texto que me ocorreu na sequência da acta que o [Jorge] Picado divulgou.(*)

Peço desculpa, mas acho que o louvor permanente do PAIGC, dos seu líder e suas actuações não tem razão de ser. 

Como se dizia no nosso tempo: 
- Quem muito sabaicha, a lingerie lhe aparece.

É tempo de pôr alguns pontos nos ii e traços nos tt.

Um Ab.
António J. P. Costa



2. Conselho de Guerra do PAIGC: reuniões de 11-05-1970 a 13-05-1970 

A Morte dos Três Majores

por António J. Pereira da Costa
Começaria por assinalar que esta Acta, embora “informal”,  é uma fonte histórica de grande valor e autenticidade. É um “documento de trabalho” da organização do partido que, supostamente, seria depois passado a limpo e arquivado. Não é, portanto, um documento para influenciar o futuro investigador. 

O estilo da escrita e o vocabulário estão muito dentro da linha dos  revolucionários do tempo. Era o tempo da Guerra Fria e do conflito sino-soviético. Contudo, chamo a atenção para a pobreza dos textos, que podemos admitir seja expressão de uma aplicação “cega” do marxismo que se supunha teria de dar resultados automaticamente. 

É provável que a realidade não se conformasse com os métodos aplicados. Nesse caso, o problema era da [realidade], pois os “mestres” (não os teóricos) e o Partido é que tinham razão.

E as “massas”?  Bem, as massas só tinham que se conformar e seguir o apelo e as directivas do glorioso...

É sabido que, em todas as guerras – especialmente nas subversivas – qualquer das partes pretende sempre desequilibrar psicologicamente uma parte dos elementos da outra que, uma vez recebidos, por deserção ou captura, poderão ser apresentados como materializando uma vitória e que, se colaborarem, serão uma fonte muito considerável de informações. 

Será, portanto, abusivo partirmos da ideia de que se tratava de uma “missão de paz” aquela que os majores foram autorizados a levar a cabo. O risco era enorme e o inimigo, como vemos, desde os primeiros contactos, se apercebeu do que estava em marcha, simulou até onde entendeu conveniente e foi recolhendo informações e, quando julgou o momento oportuno, agiu… com grande violência.

Saliento que, no texto, não há a menor ponta de respeito pelos inimigos capturados nem se lamenta minimamente o fim que lhes foi dado. Não tenho mesmo grande dificuldade em ver, na morte que foi dada aos capturados, uma forte componente de racismo. Mas sou eu que sou adepto da teoria da conspiração… Era necessário dar uma lição aos “tugas” e mostrar a superioridade dos combatentes do partido.

Com este texto cai por terra a ideia de que os negociantes foram mortos porque não era possível transportá-los para outros locais. Com efeito, não estando sequer aflorada esta hipótese, pelo menos no documento escrito, podemos concluir que o assassinato foi friamente planeado. Havia a possibilidade de os negociantes serem capturados e transportados nas próprias viaturas até onde o trânsito automóvel fosse possível e o PAIGC sabia que a actividade das NT era reduzida ou nula pelo que poderia em poucas horas colocá-los no Senegal e, daí na Guiné-Conacry, cujas autoridades lhe eram claramente mais favoráveis.

Reparem na barbaridade do assassinato! Poderiam ter sido simplesmente liquidados a tiro, mas o recurso a catanas confirma a ideia de que se pretendia “dar uma lição”… aos “tugas”

Neste ponto do comentário à acta, gostaria de salientar a forma “carinhosa” como os dirigentes do PAIGC nos tratavam: TUGAS! Claro que estavam no seu direito. Na guerra – mesmo fenómeno sociológico – é assim. Por isso mesmo, acho que não devemos considerar esta forma de tratamento de que os portugueses são alvo, ainda hoje, como algo de que possamos orgulhar-nos ou achar divertido ou até curioso.

Amílcar Cabral é manhoso na maneira como se dirige aos seus, enaltecendo a vitória que acabavam de obter e os louros que o movimento pretendia tirar dela, a nível local e até internacional. Não creio que assim fosse. Os “aliados” suecos do PAIGC não ficariam muito agradados se soubessem do sucedido, e os soviéticos não teriam muitos problemas com isso e não lhe dariam importância especial. Não era uma questão importante para a obtenção dos objectivos que perseguiam. Basta ter em conta os diferentes tipos de apoio que cada um prestava.

Amílcar enaltece a superioridade moral e a clarividência dos seus. Por isso, os tugas não “conseguiam comprar a n[ossa] gente”. Era necessário manter a liderança de forma incontestada e o melhor era alimentar o ego dos subordinados. 

Como é óbvio, não é esta a “1.ª vez que numa luta de libertação nacional se mata[m] assim 3 majores, 3 oficiais superiores” mas o secretário-geral di-lo para enaltecer a acção dos seus subordinados, chegando ao ponto de falar “nas condições da n[ossa] luta”, (neste ponto teve um rebate e reduziu-se à sua insignificância) fazendo equivaler o “facto à morte de generais…“.

Chamo também a atenção para a complexa organização do PAIGC, enunciada no discurso do secretário-geral, o que certamente é indício de uma malha de organização que visava não tanto uma melhor acção na luta, mas antes um controlo dos responsáveis pelos diferentes organismos do partido (embora todos fidelíssimos e muito atentos, como ficou demonstrado). O futuro confirmou que não era bem assim…

E que dizer da leitura das cartas escritas aos responsáveis do partido? Estamos perante um simples acto político ou até administrativo? Não sei até ponto é que o Amílcar não estaria a pretender tirar dividendos dentro do partido para aumentar a sua força e o controlo dentro dele. Por mim creio que estamos perante um acto de vingança, senão de sadismo ou, pior do que isso, de um “padrinho” que amedronta os outros elementos da “família”..


Foto do secretário geral do PAIGC, incluída em O Nosso Livro de Leitura da 2ª Classe, editado pelos Serviços de Instrução do PAIGC - Regiões Libertadas da Guiné (sic). Tem o seguinte copyright: © 1970 PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. Sede: Bissau (sic)... Aprimeira edição teve uma tiragem de 25 mil exemplares, tendo sido impresso em Upsala, Suécia, em 1970, por Tofters/Wretmans Boktryckeri AB.

Creio que ficam agora provadas duas coisas.

Primeiro: O PAIGC era um partido guerrilheiro,  igual a tantos outros,  e que fazia a guerrilha com os mesmos escrúpulos de todos os outros. Não se vislumbra aqui nada que o torne melhor ou mais respeitável do que os outros.

Segundo: Amílcar Cabral, como chefe guerrilheiro, não tem nada que o distinga de tantos outros líderes africanos do seu tempo. E não adianta recorrer à velha máxima de que “a sua luta era contra o colonialismo português e não contra o povo português”.

Por último, quero referir que, durante a guerra na Guiné, não tenho conhecimento de que algum guerrilheiro capturado tenha sido morto à catanada, quer fosse soldado, major ou mesmo general. Sabemos hoje que Cabral era um paisano, manobrando os combatentes, independentemente dos postos militares que o PAIGC talvez não tivesse, recorrendo sistematicamente à atribuição de responsabilidade aos “camaradas”, segundo a fidelidade ao partido e resultados obtidos.

Uma coisa é certa: podemos aceitá-lo, mas, por este procedimento está inviabilizada a possibilidade de o considerarmos um humanista. (**)

_____________

Notas do editor:


(**) Último poste da série 21 de março de 2013 Guiné 63/74 - P11288: (De) caras (13): Guerra Ribeiro, natural de Bragança: de administrador colonial no tempo do Schulz a intendente no tempo de Spínola (Paulo Santiago / Cherno Baldé / António Rosinha)

15 comentários:

Costa Abreu disse...

Caro Antonio P. da Costa,
Foi com bastante prazer e com muito orgulho, que li o teu comentario, felizmente ainda entre nos ex-combatentes ha pessoas que nao teem papas na lingua,na realidade a maneira como foram mortos, nao com um tiro de mesericordia mas barberamente a catanada o que na realidade demonstra o nivel dos "nossos queridos amigos TERRORISTAS" mas como se custuma dizer quem as ca faz ca as paga. E isso e a prova de como o nosso amigo Amilcar foi mandado pelos colegas dele para debaicho da terra.
Julio Abreu
Grupo de Comandos Centurioes
Ex-Guine Portuguesa

Torcato Mendonca disse...

###Peço desculpa, mas acho que o louvor permanente do PAIGC, dos seu líder e suas actuações não tem razão de ser.####
Copy/paste

Olá Coronel Pereira da Costa, concordo consigo em (práticamente) tudo o que diz.
Quando "vim para o Blogue", disse:jamais esqueço e não sei perdoar. Este acto criminoso mostra bem contra quem combatiamos e a sua prática, o seu profundo racismo, ontem e hoje, que os seus dirigentes praticavam (am). Soube o que se passou depois de Abril e da independência dada. Foram informações de quem estava bem colocado em Bissau, mas português e com acesso ás info. Por vezes leio aqui e desgosta-me. Tentei, ao longo dos anos esquecer aqueles tempos, tentei, principalmente,depois de aqui estar e escrever, mudar a minha maneira de sentir, de não perdoar e etc. Não, com gente daquele quilate devemos ser realistas. O que penso pouco, muito pouco, tem a ver com o "Povo das Tabancas". Iria alongar-me. O Jorge Picado fez bem em trazer aqui esse tema:- Os 3 Majores, o Aleres e os 2 Militares Africanos. A catana era a humilhação a todos e ao General. Detesto a palavra "Tuga" ouvia na mata...
Um abraço do T.

Anónimo disse...

Caríssimo Camarada,

Creio eu, que hoje, só nós, os membros da "tribo", nos interessamos por estes assuntos.

Contudo, também creio, que mais na frente, algum antropólogo, vai voltar a estas matérias, de tanta importância para nós.

Nessa altura, as análises objetivas, que costuma fazer, serão de grande utilidade, quando a história for "reescrita".

forte abraço
Vasco Pires

Anónimo disse...

Caríssimo Camarada,

Creio eu, que hoje, só nós, os membros da "tribo", nos interessamos por estes assuntos.

Contudo, também creio, que mais na frente, algum antropólogo, vai voltar a estas matérias, de tanta importância para nós.

Nessa altura, as análises objetivas, que costuma fazer, serão de grande utilidade, quando a história for "reescrita".

forte abraço
Vasco Pires

Anónimo disse...

Caríssimo Camarada,

Creio eu, que hoje, só nós, os membros da "tribo", nos interessamos por estes assuntos.

Contudo, também creio, que mais na frente, algum antropólogo, vai voltar a estas matérias, de tanta importância para nós.

Nessa altura, as análises objetivas, que costuma fazer, serão de grande utilidade, quando a história for "reescrita".

forte abraço
Vasco Pires

antonio augusto vieira de melo disse...

ola coronel mui buenas e santas tardes um testo muito ajustado a verdade so a galhardia de um militar pode soltar um testo assim de real porque o que se fez com os nossos camaradas de armas es de cobardes tanto que se clama a justica e aqui nunca se fez justica mas adiante pois agora e tarde e nada se pode fazer o unico que podemos e onrrar o nome desses valentes que foram negociar sem armas cumprindo o acordado e nao de mala fe como fizeram a outra parte me poderia alongar o resta da tarde mas o importante lo as dito tu obrigado por tu valentia um abraco



antonio melo

antonio augusto vieira de melo disse...

ola coronel mui buenas e santas tardes um testo muito ajustado a verdade so a galhardia de um militar pode soltar um testo assim de real porque o que se fez com os nossos camaradas de armas es de cobardes tanto que se clama a justica e aqui nunca se fez justica mas adiante pois agora e tarde e nada se pode fazer o unico que podemos e onrrar o nome desses valentes que foram negociar sem armas cumprindo o acordado e nao de mala fe como fizeram a outra parte me poderia alongar o resta da tarde mas o importante lo as dito tu obrigado por tu valentia um abraco



antonio melo

antonio augusto vieira de melo disse...

ola coronel mui buenas e santas tardes um testo muito ajustado a verdade so a galhardia de um militar pode soltar um testo assim de real porque o que se fez com os nossos camaradas de armas es de cobardes tanto que se clama a justica e aqui nunca se fez justica mas adiante pois agora e tarde e nada se pode fazer o unico que podemos e onrrar o nome desses valentes que foram negociar sem armas cumprindo o acordado e nao de mala fe como fizeram a outra parte me poderia alongar o resta da tarde mas o importante lo as dito tu obrigado por tu valentia um abraco



antonio melo

Anónimo disse...

Caro camarada A.J.P.Costa

Em comentário anterior sobre este tema, escrevi que o mesmo destino tinha o Sr. General Spinola se tivesse ido.

Esta informação foi-me dada por alguém insuspeito.

A guerra seja de que tipo for é a barbárie em toda a sua plenitude.

Nós não temos autoridade moral para julgar porque também cometemos barbaridades..fosse a pide ou mesmo militares.

Dizer que Amílcar Cabral foi um "humanista" só por ingenuidade para não dizer outra coisa.

Fomentou e comandou uma guerra contra nós e sabendo-se que quem vai para a guerra é o povo..está tudo dito.

Tem que se reconhecer que a própria guerra contribuiu para o fim do regime.

A guerra é fazer politica por meios violentos.

Pessoalmente ser tratado por "tuga" com intenção de menosprezo..não me ofende, porque a mim só me ofende quem eu quero..

Fomos todos,nós e eles, "feios..porcos..e maus"..e quem estiver inocente ..que o diga.

O acto em si foi de pura barbárie para servir de exemplo para eles e para nós..é só revelou medo do que pudesse acontecer no futuro.

Os antagonismos internos no paigc eram resolvidos a tiro, antes e depois da independência...humanistas??..puff

C.Martins

Anónimo disse...

Caro camarada

Uma muito boa análise sobre o assunto.
Julgo também que a barbaridade demonstrada pelos autores, seria para provar e demonstrar aos seus correligionários que eram dignos de ser chefes e de ser obedecidos.

JPicado

manuel carvalho disse...

Caros camaradas

Ia fazer um comentário mas depois de ler o do C. Martins subscrevo tudo o que ele diz.Claro, obejetivo e sabe do que fala.Parabéns.

Manuel Carvalho

Anónimo disse...

Caros Camarigos

Sempre vi o assassinato dos três majores e dos outros três homens que os acompanhavam, desarmados, como um ato repugnante e cobarde, da mais sórdida traição.

Tive conhecimento dos factos 3 anos depois de ocorrerem, quando cheguei a Teixeira Pinto e senti-os mais de perto, quando poucas semanas depois, numa das minhas missões, estive perto do local, na picada entre o Pelundo e Jolmete.(Que me acarretou um valente susto, mas sem consequências).

Nas minhas convicções e sensibilidade ética e política, muitas vezes me questionava sobre a justeza daquela guerra, sendo favorável à autodeterminação e independência da Guiné, como tantos outros camaradas, que sofreram e nela combateram, tendo que matar para não morrer. Porém, condenava em absoluto a forma como o IN conduzia a sua luta,muitas vezes atentando pelo terror, contra as próprias populações indefesas que não controlava, não olhando aos meios para atingir os fins. Matava sem o minimo de escrúpulos. Por isso penso que aquela operação também foi insensata por parte das NT.

Eu até sentia alguma simpatia por alguns ideais de Amílcar Cabral (cheguei à Guiné no dia do seu assassinato)do seu desejo de desenvolver a Guiné e de conseguir para os guineenses mais dignidade, respeito e bem-estar. Mas as influências Marxistas-Leninistas-Maoistas na orientação da sua luta pela guerrilha (então na moda) estragaram tudo. Não fora isso e tivéssemos nós em Portugal um regime democrático e a história talvez tivesse sido outra. Penso que Spinola teria conseguido a Paz e a "Guiné de hoje" seria de facto uma "Guiné Melhor".

Agora, depois de ler o registo que ficou como acta da reunião em que foi avaliada e marcada a posição
sobre o acontecimento, mais evidente me fica a brutalidade e selvajaria daquela guerra e da mentalidade de quem a comandava. Com tais ingredientes só podia dar desgraça. E o Povo sofre.

Mas fica-me a questão: Não é uma constante das guerras,a brutalidade, o terror, o crime? É só olharmos para as do século passado e para as dos nossos dias, qualquer que seja a latitude.

Por tudo isso sou amante da Paz e contra as Guerras, só a compreendendo como último recurso, no conceito de Guerra Justa e como meio para alcançar a Paz.

Para todos o meu abraço de Paz
JLFernandes

Anónimo disse...

Uma vez mais vem à cena o crime bárbaro e selvagem sobre os três majores e um alferes...

Li e gostei do trabalho apresentado pelo coronel António P. da Costa, mas queria deixar mais alguns pontos para reflexão, especialmente aos que conduziram homens, mesmo sabendo as diferenças de disciplina e organização. Não estou, nem quero justificar seja o que for, procuro apenas compreender.

Humanistas diários na guerra? Quem, como e onde?

Subscrevo os comentários do Torcato Mendonça e do C. Martins.
BS

Antº Rosinha disse...

Amílcar Cabral, que também foi co-fundador do MPLA, «vendeu a alma ao diabo».

Aquela meia dúzia de Caboverdeanos ou descendentes que criaram aquele "saco-de-gatos" que foi o PAIGC, não eram representativos do que é ser caboverdeano.

Os Caboverdeanos que se fazem respeitar desde a Amadora até aos Estados Unidos, Itália, Holanda, e eram respeitados em Angola colonial, São Tomé e Guiné-Bissau, foram desrespeitados em Bissau pelo próprio PAIGC.

Foi a imagem de Amílcar que quizeram atingir no 14 de Novembro de 1980.

Só alguns de nós em Portugal e no discurso oficial do PAICV e do PAIGC é que se insiste que foi o "colon" que mandou matar Amilcar.

O povo guineense diz que quem fala isso do assassinato pelo colon,é "muntrosso".

Está bem que não quizessem perder o combóio, esses estudantes do império e das missões católicas e evangelistas e macumbeiros intelectuais, mas podiam fazer diferente sem recorrer ao ódio e às Kalasnikov e catanas como nos congos e biafras tal como Holden Roberto e Mobutus.

Como milhares de "estudantes" caboverdeanos, angolanos e moçambicanos destribalizados ficaram ao lado do colon contra aqueles "ventos" que nunca mais pararam até hoje, também aqueles estudantes deviam ter mais respeito e humanismo pelos povos que afinal não representavam verdadeiramente.

Anónimo disse...

Subscrevo integralmente a intervenção do nosso Coronel.Bravo A.J.P.Costa!

Um Abraço.


J.Cabral