sábado, 22 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12758: Em busca de... (238): Gostaria de encontrar camaradas da CART 527 (Teixeira Pinto, Cacheu, Pelundo e Jolmete, 1963/63) (António Medina)

1. Mensagem do nosso camarada António Medina, ex-Fur Mil Inf da CART 527, Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió, 1963/65, com data de 12 de Fevereiro de 2014:

Olá amigo.

Uma palavrinha de agradecimentos pelo esforço que fizeste em me pores em contacto com o Bastos e que por sua vez me levou electronicamente à presença do Lopes e Alexandre, dois colegas milicianos com os quais em pouco tempo criei amizades em Cacheu e que cinquenta anos depois nos reencontramos.

O teu blogue, deveras eficiente, ajudou imenso nessa procura, muito obrigado.

Com o Lopes e o Alexandre já troquei impressões relembrando aquele passado não de todo agradável e que deixou marcas na maioria. Felizmente tudo passou.

[...] Gostaria de procurar e tentar encontrar alguém mais da CArt 527. Seria oportuno tal iniciativa?

[...] Deixa-me saber o que tiveres por conveniente, uma vez mais grande abraço.

Colega António Medina


2. Comentário do editor:

Esta é a parte de uma mensagem enviada ao nosso Blogue, onde o nosso camarada António Medina, natural de Cabo Verde, a viver nos Estados Unidos, manifesta a sua vontade de encontrar velhos companheiros da CART 527.

Atenção filhos e netos destes veteraníssimos ex-combatentes dos anos 63/65, ponham os vossos pais e avós em contacto.

Aqui ficam algumas fotos para lembrar tempos antigos:


Outra viatura pesada de transporte de tropas conhecida por GMC (abreviatura da General Motors Corporation)



Destacados para fazer a segurança da instalação de uma antena em Umpacaca na Foz do rio Cacheu. Pelas fotografias as acomodações eram de luxo.



Foto tirada em cima de um monte de Baga- Baga (formigas). Adoptei o nome Baga-Baga como meu nome de guerra.


Uma pausa para descanso e fotografia. Foram 24 meses de comissão, cumprindo diversas missões em terreno desconhecido. Este grupo de combate foi bastante organizado e obediente, nunca hesitando em cumprir as ordens que eram recebidas como salvaguarda do perigo constante que a todos espreitava.


No comando de uma patrulha na área do Pelundo quando se atravessava uma bolanha (terreno alagado para cultivo do arroz). O risco de exposição ao fogo inimigo era constante quando se infiltrava a pé pela mata dentro, apenas confiantes nas nossas G-3 e granadas de mão como resposta se necessário.

Fotos (e legendas): © António Medina (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Carlos Vinhal]
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Nota do editor

Último poste da série de 5 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12680: Em busca de... (237): Joaquim Sotero Bravo, ex-Soldado atirador da CART 2520, (Xime e Quinhamel, 1969/71) procura os seus camaradas

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma chamada de atenção, apenas para corrigir a situação de UMPACACA, sitada na legenda de uma das fotografias onde montavam protecção, em tendas de campanha, a uma antena.

UMPACACA não fica na foz do Rio Cacheu, mas sim a Sul de PELUNDO, junto do Rio BABAQUE, afluente do Rio MANSOA e cujas "nascentes" vêm de CANCHUNGO e toda a zona a Sul da estrada desde CANCHUNGO até PELUNDO.

Boas Fotos, já táo antigas e a propósito, aquela "bicha de pirilau" mesmo "passeando" sobre o cômoro da bolanha, só mesmo como pose para o fotógrafo...para o IN seria "tiro aos patos".

Abraços
JPicado

Antº Rosinha disse...

António Medina, passaram-se 40 anos e há coisas que só podiam ser explicadas pelos dirigentes do PAIGC e principalmente dirigentes caboverdeanos.

Mas é difícil estes sairem do "discurso oficial"

Mas acontece que mesmo os caboverdeanos que lutaram contra o PAIGC, ficaram estes 40 anos demasiado inibidos em falar da guerra que tiveram que suportar.
´
Esta conversa vem a proposito de aquele teu primo que lançou os mísseis do Cumeré sobre Bissau.

É que segundo os civis que ficaram em Bissau, passados anos de "análise", aqueles mísseis só não teriam acertado nos alvos porque o PAIGC assim o entendeu.

Eu não estava lá nesse tempo (trabalhava tranquilamente em Angola, com muitos colegas caboverdeanos por sinal) mas diziam os civís de Bissau que foram 3 misseis (de memória) um ao lado da DICOL (combustíveis), outro ao lado da Central Eléctrica e outro não me lembro mais, mas seria com o mesmo "erro de cálculo de coordenadas" que os outros dois.

E os civís diziam que o erro foi absolutamente intencional.

Pergunto eu, a um caboverdeano como tu que até tens um primo ligado a esse momento, será que um dia se poderia saber qual o sentimento daqueles dirigentes ao nunca terem atacado populações e cidades cidades como Bissau, Bafatá, e as Ilhas Caboverdeanas.

E se seriam eles os caboverdeanos com essa ideia ou se seria ideia de cubanos e soviéticos.

António, ainda não somos tão antigos, deves ter gente antiga que poderá explicar um pouquinho doque nós tugas dificilmente entenderemos pois o nosso crioulo é muito fraquinho.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Olá,
O António Medina está muito bem conservado. Sou o Montarcilio Estrela que estive com ele na Cart 527. Vivo em Faro,no Algarve. Tantos anos passados já não tem a certeza se é Umpacaca ou Pelundo. Mas isso não importa. Folgo muito porque estamos vivos e de boa saúde.
montarcilio.estrela@sapo.pt
Um grande abraço para o Medina Baga-Baga

Montarcilio Estrela disse...

Olá,
O António Medina está muito bem conservado. Sou o Montarcilio Estrela que estive com ele na Cart 527. Vivo em Faro,no Algarve. Tantos anos passados já não tem a certeza se é Umpacaca ou Pelundo. Mas isso não importa. Folgo muito porque estamos vivos e de boa saúde.
montarcilio.estrela@sapo.pt
Um grande abraço para o Medina Baga-Baga