quarta-feira, 11 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9732: Memórias do Chico, menino e moço (Cherno Baldé) (35): O Irã animista e o Djinné muçulmano

1. Mensagem do nosso amigo tertuliano Cherno Baldé, com data de 5 de Abril de 2012:

Caro Luis e Carlos Vinhal,
Num comentário ao mais recente Post da minha série de memórias de infancia, o Luis Graça, com a perspicácia que lhe é caracteristico, perguntou-me se, por acaso, havia alguma relação entre o velho Irã dos Poilões sagrados e o Djinné dos muçulmanos.
Nunca tinha pensado no assunto e na tentativa de refletir e encontrar as (des)semelhanças acabei compilando o texto que agora vos envio para vossa apreciação. É um texto de pura curiosidade e criatividade pessoal sem qualquer pretensão de carter sociológico ou etnológico.

Um abraço amigo aos dois e cumprimentos aos demais editores e colaboradores da TG.
Cherno Baldé


Viagem pelas maravilhas da minha terra

O Irã animista e o Djinné muçulmano

Entre o temível e poderoso Irã dos povos animistas das florestas do sul e o Djinné, vizinho ciumento, atrevido e folgazão dos muçulmanos da região Sahelo-Sahariana, coexistem algumas similitudes da mesma forma que se podem observar grandes diferenças, dependendo do ponto de vista de quem observa de fora.


O Irã - onde vive e como se manifesta?

Entre os chamados animistas, o Irã desempenha, por meio de cerimónias, rituais próprios e canais de comunicação específicos, uma importante função reguladora da vida social, económica e politica das comunidades que animam a sua existência, formando um tronco comum cuja base se assenta no culto dos mortos e se reproduz através de mitos fundadores, à volta dos quais se constroem os pilares (a cosmogonia) das sociedades tribais e se processa a ligação essencial entre o mundo visível (dos vivos) e o mundo invisível, ou seja, dos que tendo partido para o além, ainda continuam a influenciar a vida quotidiana dos vivos por meio de sinais e de linguagens que apenas os iniciados, pessoas consagradas, os Djambakôs, podem entender e decifrar.

Falar do Irã é falar da vida que, por sua vez, nos faz retornar a terra, a mãe que gera a vida e que é, ao mesmo tempo, o centro, o umbigo do mundo onde convivem e interagem dois mundos que se afrontam e se completam. A trinómica ligação entre as dimensões: Irã-vida-terra, é tão importante para o funcionamento do culto tradicional como é essencial a manutenção da eterna e fundamental ligação entre o mundo dos vivos e o dos mortos, entre as ideias, a magia e a religião dos homens.

Os Djambakôs, sacerdotes por excelência e intermediários da comunicação entre dois mundos, não usam artefactos alógenos. Os seus pés nus devem estar em contato com a terra, devem ser puros na sua conduta moral e espiritual e fazer uso de uma linguagem simples e genuína.

O Irã pode viver em qualquer sítio porque dotado de poderes e invisível ao olho humano, mas o seu habitat privilegiado são os poilões gigantes de base piramidal e altura imponente das florestas tropicais. Quanto a questão sobre como se desloca e de que se alimenta, os povos animistas, envoltos ainda num espesso nevoeiro de tabus, medos e secretismos não fornecem muitos detalhes a esse respeito, no entanto, sabe-se que a sua característica principal continua a ser o manto sagrado (manifestação do sagrado). O Irã, a imagem e semelhança dos seus seguidores é, acima de tudo, comedido e discreto, sendo também, por acréscimo, nacionalista acérrimo e incansável defensor dos usos e costumes tradicionais.

Local de culto animista

Quanto as cores que usa, no seu dia-a-dia, o Irã tem uma certa preferência pelas cores garridas, em especial a cor vermelha e a rosa, símbolos da vida, da fertilidade e da regeneração natural.

O Irã possui um carácter forte e afoito, tal qual o grau de álcool da sua bebida de eleição, a aguardente. Todavia, não é contra as bebidas mais finas, pois adora o vinho do Porto e não desdenha o uísque ou o conhaque Escocês. Não dispensa, ainda, a água simples e pura, bebedouro das almas penadas. O Irã é, também, um ser profundamente social, com famílias grandes e ruidosas sendo muito exigente quando se trata de zelar pela segurança dos seus bens e a integridade dos membros da sua família, em especial dos filhos.

Divertido, às vezes, sem nunca sair do sério, o Irã é justo nas sentenças que aplica e implacável nas suas represálias. Não esquece uma promessa dada, que pode passar dos avós aos seus bisnetos, de geração em geração, sem mudar a sua essência. As regras que impõe são para cumprir a risca (...)


Djinnégi – vizinhos, admirados e odiados

Quanto ao Djinné dos muçulmanos, qual um rei (Irã) destronado do seu trono de culto, trata-se de um ser ambivalente, dessacralizado, com características que variam entre o ser humano e o ser diabólico, mas sobretudo ele é um ser extraordinário que em certas ocasiões é dotado de super-poderes e noutras não passa de um ser velhaco e oportunista que não hesita em trocar suas pernas tortas e moles com as de uma pobre criança desprotegida.

O Djinné, vizinho admirado e odiado ao mesmo tempo, serve de bode expiatório para justificar as fraquezas do muçulmano assim como todas as frustrações da vida no mundo estreito, obscuro e adverso em que se tenta impor, malgrado a sua crença num Deus Único e Omnisciente. Não estando autorizado a tirar a vida dos homens, uma dádiva de criação divina, ele é, frequentemente, culpado de estar na origem da paralisia infantil e da doença dos pés moles, dos maus-olhados e dos ventos quentes, maléficos das regiões tropicais.

Por vezes tido como profundamente religioso e praticante assíduo, cuja devoção não é valorizada por Deus, Senhor da terra e dos céus, na justa medida da sua dedicação, outras vezes é tido como um alcoólatra incorrigível que estimula a desordem e o caos e atormenta os espíritos mais fracos.

O Djinné, também, habita na natureza, com morada nas grandes árvores, em particular nas mais frondosas e saborosas, a Tabay e a Tambarina. Como as pessoas, em relação aos quais sente inveja e tem ciúmes devidos a benevolência que Deus lhes concedeu em seu detrimento, há Djinnés de todos os tipos e para todos os gostos: homens e mulheres, velhos e jovens, bons e maus. O seu meio de locomoção preferido são os nossos vulgares remoinhos de vento que acompanham o período quente da quaresma tropical.

Regeneração natural > Flor e fruto da bananeira

Assim, os remoinhos concentrados e longilíneos que circundam a aldeia dirigindo-se, calmamente, as bolanhas, junto as nascentes de água, são os mais velhos que vão matar a sede. Os mais novos, quando se deslocam não resistem a tentação de entrar nas aldeias, devastando casas e campos de lavoura, pondo em prática, pelo seu comportamento odioso, as ideias conspiratórias tecidas pelos mais velhos nas conversas de bentém, a sombra das árvores tambarinas e tabay.

Para seu azar, não tem seguidores nem servidores e os seus detratores são numerosos. Às vezes, pondo de parte o terrível ódio da vizinhança, beneficia um ou outro humano, mais perseverante, com a sorte de uma resplandecente e rápida riqueza, mas apesar disso, é ele que carrega a totalidade do fardo da responsabilidade sobre os malefícios humanos na terra.

O Djinné, estando intimamente associado a revelação de fenómenos raros e não controlados pelos humanos, como a riqueza ou o azar que nos invadem sem bater a porta, ele também é considerado um artista e músico de dotes excepcionais. Isto é tão certo que a música que o homem consegue (re)criar para alegrar a sua alma, leviana por natureza, não passa de uma péssima réplica da original e coreográfica Djinnegi ópera.

Mulheres grandes regressando a casa depois do dever cumprido

Por favor Senhor... atende que é uma urgência

Ter a sorte e o dom de assistir à cena de uma concentração desses seres em festa de consagração é o maior espetáculo a que um humano pode ter na sua curta e miserável vida. Mas, como sempre acontece, esta possibilidade, sendo muitíssimo rara, não está isenta de perigos. No mundo fantástico dos Djinnés o riso é um atributo completamente desconhecido e a melodia excepcional saída dos seus instrumentos musicais únicos é acompanhada de uma grotesca e hilariante dança de pés coxos. Assim, aos humanos que foi dado assistir e que não conseguem resistir a tentação do riso são sancionados com a perda imediata das suas pernas a favor daqueles demónios, passando a ornamentar o corpo disforme de um Djinné afortunado, que se vê assim liberto da sua maldita condição, imposta dos Céus, a sua vil, diabólica e Djinnégi raça:

Ao infeliz humano que assim se vê privado dos privilegiados meios de locomoção que Deus, por amor e a sua imagem lhe concedeu, no princípio dos tempos, restará olhar para o céu coberto de nuvens sombrias e marcadas pela fugaz passagem da chuva que demorou a chegar e entoar a cantilena da sua triste sorte nascida no rápido deslize de um (sor)riso humano:

- Nâgghel Nâgghel fêthtu-ferééé!... Ndúunda wyôô kanh-wawymma!!! (1)

É esta a melodia que sai das flautas nómadas dos pastores fulanis e se espalha infinitamente longe no deserto, levada pelo vento e pela brisa quente do Sahara. Cantilena de esperança num mundo em rápida transformação, caminhando firme nos trilhos secos das suas manadas de bovinos, rumo ao sol nascente.

Se é verdadeiro ou falso, desconheço. É esta a mensagem e o ensinamento que nos transmitiram em prolongadas noites de luar africano. A palavra ao seu dono. Quem falou já não está aqui. Enquanto uns vão outros regressam. O fio da vida se tem princípio não tem fim. Tenham boa noite e bons sonhos.

Bissau, Abril de 2012.
Cherno Abdulai Baldé

Notas de Cherno Baldé:
- Djinné - Singular
- Djinnégi - Plural

(1) - “Sol, oh sol amigo, mande a tua luz, intensa, pois as trevas dizem que são mais fortes que tu!!!
Canção de crianças pastores após a passagem das chuvas. Apelo as forças da natureza.

Consulta bibliográfica:
1. Tratado da história das religiões, Edições ASA. 1992 e 1994 de Mircea Eliade.
2. Antropologia: Ciência das sociedades primitivas? De J. Copans, S. Tornay, M. Godelier e C. Backes-Clément. Perspectivas do homem, Edições 70, 1988.

Fotos: © Cherno Baldé (2010). Todos os direitos reservados.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 27 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9671: Memórias do Chico, menino e moço (Cherno Baldé) (34): Cherno Fanca, aliás Cherno Comando, aliás Cherno Amadu...As peripécias de um jovem fula nos labirintos da guerra colonial

Guiné 63/74 - P9731: Blogoterapia (208): Ajudando-me a fazer o luto pela perda de uma pessoa tão especial como o meu pai (Luís Graça)

É bom sabermos que temos amigos e camaradas como vocês


Foram palavras de grande conforto, as vossas, deixadas nos comentários do blogue* ou na caixa de correio da Tabanca Grande, e lidas - a maior parte delas - um dia depois de ter acompanhado o corpo do meu pai até à "terra da verdade"...


Muitos de vós já passaram por esta provação, e eu fico sensibilizado com a admiração e o amor com que falam do vosso pai, e orgulhoso do enlevo com que honram, publicamente,  a sua memória neste espaço que atravessa várias gerações. São demasiados para eu os poder citar aqui,  um a um…


Alguns dos camaradas do blogue, da área da Grande Lisboa,  estiveram comigo, na Lourinhã, nas cerimónias fúnebres, e eu quero aqui registar os seus nomes, correndo embora o risco de esquecer de algum: o José Colaço, o Humberto Reis, o Eduardo Jorge Ferreira, o Luís Moreira, o António Marques e a Gina... Outros telefonaram-me ou mandaram-me mensagens por telemóvel (perdoem-me se me esqueço, mais uma vez, de alguém): o Carlos Vinhal, o Torcato Mendonça, o João Paulo Diniz, o Joaquim Mexia Alves, o Miguel Pessoa, o Joaquim Peixoto, o Santos Oliveira, o António Duarte,  o Zé Saúde, o Hélder Sousa, o Salvador [Nogueira]... A todos, a minha gratidão.


Também outros ex-camaradas de armas da Lourinhã me trouxeram o seu abraço de amizade e conforto moral: o Jaime Bonifácio Marques da Silva (ex-Alf Mil Pára-quedista em Angola, c. 1970), o Luís Maçariço (ex-prisioneiro na India em 1961/62), o Rogério Gomes (ex-Alf Mil, em Angola, c. 1970)… só para citar três, que são meus amigos e  conterrâneos... Sem esquecer o Laurentino Marteleira e  a Glória, o Arcílio Marteleira (também ex-camarada da Guiné) e a Elisabete, o Soares (outro camarada da Guiné) e a Mila, todos da minha tertúlia lourinhanense, tal como o Jaime e o Rogério. E muitos outros amigos que me acompanharam neste momento, a começar pela minha família, incluindo os meus cunhados do norte, dois dos quais também ex-combatentes, e que vieram expressamente do Porto (Um xicoração muito especial para o Gusto e a Nitas, o Zé, a Rosa, o António, o Joaquim e a Olinda).


É bom sabermos que temos amigos e camaradas como vocês, tão longe e tão perto, ajudando-me a fazer o luto pela perda de uma pessoa tão especial, para mim, como foi o meu pai.


Estava com a família,  de férias pascais, em Candoz, Marco de Canaveses, na véspera do 34º aniversário da minha filha Joana, quando recebi, na passada quinta feira, más notícias sobre a evolução do estado de saúde o meu pai. De imediato rumámos ao sul, para passarmos com ele aqueles que seriam os últimos três dias da sua existência. 


Luís Henriques, “meu pai, meu velho, meu camarada”, morreu em paz e com dignidade e todos nós pudemos despedir-nos dele com a tranquilidade possível. Teve uma linda festa de despedida, na sua terra onde era muito querido e popular, com uma cerimónia fúnebre realizada na igreja gótica do séc xiv onde eu fui batizado, com o João Graça a tocar Bach, com amigos a cantarem-lhe uma peça coral  italiana muito bonita, com os filhos, netos e bisnetos a fazerem-lhe a última oração... Aqui vai, a que eu li, em nome dos filhos, nora e genros, no final da missa de corpo presente... E, já agora, também a que foi lida em nome dos netos e bisnetos.


Um grande xicoração para todos/as.
LG




1. Oração dos filhos, nora e genros


Nosso querido Pai,
Partes para a tua última grande viagem.
A mais dolorosa, para todos nós, teus filhos,
Porque é a viagem sem retorno.
Já temos saudades tuas,
Já temos tantas saudades tuas,
Mas sabemos que partes
Em paz contigo, com o mundo, e com Deus.
A tua vida foi simples, a de um homem bom,
Que amou a sua pátria, a sua terra,
A sua Maria, os seus filhos, demais família e amigos.
A tua vida e a tua morte foram também uma lição
Para todos nós,
E para todos os amigos, vizinhos e conterrâneos
Que hoje te acompanham
Neste cais da última partida:
Uma lição de humanidade, de alegria, de partilha.
Nunca esqueceremos o teu sorriso bondoso,
Nem o teu exemplo de generosidade.
Foste uma homem de palavra e de palavras,
Que nunca usaste como arma de arremesso
Contra ninguém.
Viveste pobre, morreste pobre,
A maior riqueza que nos deixas
São os valores que deram sentido à tua vida
Na terra,
Na tua terra, na tua família.
Bem como as gratas memórias
Que registámos da tua passagem terrena.
Estamos tristes por que partes,
Sem poderes contar a tua última história,
Sem poderes dizer o teu último verso,
Mas felizes por termos tido o privilégio de te ter como pai.
Para nós, teus filhos, foste e serás sempre
O melhor pai do mundo.
Boa e santa viagem, nosso querido pai!
Até sempre!
Teus filhos Luis, Graciete, Zairinha, Béu;
Tua nora e teus genros, Alice, Calado, Mário e António;
Continua a velar por nós e amar-nos,
Como sempre o fizeste.



Luís Henriques,  em Candoz, 2006


2. Oração dos netos e bisnetos

Nosso querido avô e bisavô:
Os teus netos e bisnetos,
Que são tantos como um equipa de futebol
E seis suplentes,
Tiveram privilégio de conhecer-te em vida,
E de privar contigo
Nos bons e nos maus momentos…
Mais: tiveram a rara felicidade de estarem junto de ti
Na hora, difícil, da tua partida deste mundo.
Não esqueceremos que
A todos nos pegaste ao colo,
Nos ajudaste a dizer as primeiras gracinhas,
A dar os primeiros passinhos.
Avô lindo, avô velhinho:
Obrigado pelas histórias que nos contaste,
Obrigado pelo teu carinho,
Obrigado por tudo.
Os teus netos e bisnetos continuarão a falar de ti
Com a mesma ternura e orgulho
Com que tu falavas deles.
E sabemos que lá no alto
Tu continuarás
A ter orgulho neles!
Por nossa parte,
Não te vamos dececionar!
Continua a velar por nós e a proteger-nos,
Como sempre o fizeste,
A nós,
Aos nossos pais e às nossas mães.
Adeus, avozinho,
Até sempre!

Raquel Calado, em nome dos teus 12 netos e 5 bisnetos
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(*) Vd. poste de 8 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9716: In Memoriam (116): O senhor Luís Henriques (pai do nosso editor Luís Graça), faleceu hoje, dia 8 de Abril de 2012, aos 91 anos, na Lourinhã (Tertúlia)


Vd. último poste da série de 9 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9722: Blogoterapia (207): O meu dia de aniversário, vivido na Sexta-feira Santa, foi especial (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P9730: Parabéns a você (404): Jorge Félix, ex-Alf Mil Pilav (Alouette III); Jorge Picado, ex-Cap Mil (BCAÇ 2885 e CAOP 1) e Manuel Marinho, ex-1.º Cabo (1.ª CCAÇ/BCAÇ 4512)

Para acederem aos postes dos camaradas Jorge Félix, Jorge Picado e Manuel Marinho, clicar nos seus nomes.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 9 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9717: Parabéns a você (403): Jorge Canhão, ex-Fur Mil da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72 e Miguel Pessoa, Coronel Pilav (R)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Guiné 63/74 – P9729: Convívios (412): XXI Encontro do Pessoal da CCAÇ 2381, dia 28 de Abril de 2012 em Torres Vedras (José Teixeira)

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 10 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9727: Convívios (332): Encontro do Pessoal da CCAÇ 2679 e Pel Caç Nat 65, dia 28 de Abril em Cascais (José Manuel Matos Dinis)

Guiné 63/74 - P9728: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande - Monte Real 2012 (8): No próximo dia 14 terminam as inscrições , que já vão em 150 neste momento (A Organização)

VII ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE

MONTE REAL - PALACE HOTEL


DIA 21 DE ABRIL


Caros camaradas e amigos tertulianos,
Hoje é terça-feira, dia 10, estamos portanto a 4 dias da data limite (14 de abril) para aceitarmos inscrições para participar no VII Encontro da Tertúlia.


Lembramos da necessidade de os camaradas interessados em participarem procederem desde já à sua inscrição. Ao fazê-lo, facilitam a vida ao camarada Mexia Alves e ao pessoal do Palace Hotel.

Sobre a ementa do almoço e lanche,  e outros  detalhes: vd. poste P9534

A boa notícia que temos a dar é que estamos a dois passos de igualar o número recorde de 152 participantes do V Encontro da tertúlia de 2010, já que neste momento temos 150 inscrições. Está mais que demonstrada a vitalidade do nosso Blogue.


 Distribuição dos 150 inscritos por zonas:
Grande Lisboa - 47
Grande Porto - 24
Norte - 11
Centro - 42
Sul - 24
Resto do Mundo -2

Vamos estar estes dias a aguardar as últimas inscrições para brevemente apresentarmos os números finais.


Todos em força na Operação Monte Real 2012. 



Vamos repetir estes momentos: 


V Encontro da Tertúlia - Monte Real 2010
Foto de Manuel Carmelita

VI Encontro da Tertúlia - Monte Real 2011
Foto de Rui Silva


LISTA DOS 150 MAGNÍFICOS, INSCRITOS PARA A OPERAÇÃO  MONTE REAL 2012, POR REGIÕES




Grande Lisboa (n=47)


Acácio Dias Correia e Maria Antónia - Algés / Oeiras
António Duarte - Lisboa
António Estácio - Algueirão / Sintra
António Fernando Marques e Gina - Cascais
António Gabriel Vaz - Lisboa
António Graça de Abreu - S. Pedro do Estoril / Cascais
António José P. da Costa e Isabel - Mem Martins / Sintra
António Martins de Matos - Lisboa
António Santos e Graziela - Caneças / Odivelas
Belarmino Sardinha - Odivelas
Carlos Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora
Carlos Pires e Joaquina - Amadora
Carlos Rios e Fernanda - Carnaxide / Oeiras
 Carlos Silva e Germana - Massamá / Sintra
Jorge Cabral - Lisboa
Jorge Canhão e Lurdes - Oeiras
Jorge Pinto - Agualva-Cacém / Sintra
Jorge Rosales - Cascais
José Martins e Manuela - Odivelas
Felismina Costa, João e Cláudia - Agualva / Sintra
Hugo Guerra e Ema - Lisboa
João Paulo Diniz (PIFAS) - Lisboa
José Francisco Robalo Borrego - Linda-a-Velha / Oeiras
Luís Graça e Maria Alice - Alfragide / Amadora
Luís R. Moreira - Cacém / Sintra
Manuel Joaquim e José Manuel Cunté - Agualva - Sintra
Manuel Lema Santos e Maria João - Massamá / Sintra
Manuel Resende e Isaura - Cascais
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa


 Grande Porto (n=26)


Alcídio Marinho e Rosa - Porto
António Osório e Ana - Vila Nova de Gaia
António Pinheiro - Porto
António Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos
Carlos Vinhal e Dina - Leça da Palmeira / Matosinhos
David Guimarães e Lígia - Espinho
Eduardo Magalhães Ribeiro - Porto
Eduardo Campos - Maia
Fernandino Leite - Maia
Joaquim Gomes Soares e Maria Laura - Porto
José Casimiro Carvalho - Maia
José Teixeira - Leça do Balio / Matosinhos
João Santos - Porto
Pacheco - Rio Tinto / Gondomar
Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos
Manuel Carmelita e Joaquina - Vila do Conde
Silvério Lobo e Linda - Matosinhos


Centro (n=43)


Adriano Neto - Aveiro
Agostinho Gaspar - Leiria
António Manuel S. Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro
 António Silva e Albina - Estarreja
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-O-Velho
Artur Soares - Figueira da Foz
C. Martins - Penamacor
Carlos Pinheiro e Maria Manuela - Torres Novas
Carlos Santos - Viseu
Delfim Rodrigues - Coimbra
Diamantino Ribeiro André e Maria Rosa - Proença-a-Nova
Eduardo Ferreira - A-dos-Cunhados / Torres Vedras
Ernestino Caniço - Tomar
Francisco António Ribeiro - Torres Novas
 Idálio Reis - Cantanhede
Jaime Brandão - Monte Real
João Pinho dos Santos - Aveiro
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria
Jorge Picado - Ílhavo
José Eduardo R. Oliveira (JERO) - Alcobaça
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos
José Luís Malaquias - Ílhavo
Juvenal Amado - Fátima / Ourém
Luís Mourato Oliveira - Lourinhã
Manuel Augusto Reis - Aveiro
Manuel Domingos Santos e Maria Isabel - Leiria
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu
Manuel Vieira Moreira - Aguada de Cima / Águeda


Paulo Santiago - Aguada de Cima - Águeda
Victor Tavares - Recardães - Águeda
Vítor Caseiro e Maria Celeste - Leiria
Rui Alexandrino - Viseu

 Norte (n=9)

Alvaro Vasconcelos e Maria de Lourdes - Baião
Fernando Sucio - Vila Real
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel
José Barros Rocha - Penafiel
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel
José Manuel Lopes - Régua


Sul (n=23)

Benjamim Durães com: Bruna, Fábio, Marta, Rafael e Tiago - Palmela
Diamantino Varrasquinho e Maria José - Ervidel / Aljustrel
Henrique Matos - Olhão
Hélder V. Sousa - Setúbal
Jorge Araújo e Maria João - Almada
Joaquim Sabido e Albertina - Évora
João Caramba e Rosa - Beja
João Mata - Quinta do Anjo / Palmela
João Sesifredo e Celestina - Redondo
Maurício Esparteiro e Dulcínia - Almada
 Raul Albino e Rolina - Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal

Resto do Mundo (n=2)


José Marcelino Gonçalves e Tuula Kahkonen - Canadá
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 Legenda:

 Grande Lisboa= Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira

Grande Porto= Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia

Norte (a norte do Rio Douro, exlcuindo GP)

Sul (a sul do Rio Tejo, excluindo GL)

Centro (entre os Rios Douro e Tejo, excluindo GP e GL)

Regiões autónomas da Madeira e dos Açores

Resto do Mundo
Rui Silva e Regina Teresa e Regina Maria - Sta. Maria da Feira
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Vd. último poste da série de 3 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9696: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande - Monte Real 2012 (7): Ultrapassamos já o número de inscritos do Encontro do ano passado (A Organização)

Guiné 63/74 – P9727: Convívios (411): Encontro do Pessoal da CCAÇ 2679 e Pel Caç Nat 65, dia 28 de Abril em Cascais (José Manuel Matos Dinis)

1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis, ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71:


A CCaç 2679 e o Pel Caç Nat 65 vão encontrar-se novamente no próximo dia 28 de Abril, em Cascais.

Desta feita, o encontro pode desde já contar com o grande impulso que o Zé Tinto Martins tem dado, congeminando e elaborando diversas surpresas, e dedicando muita atenção aos detalhes. Um dos detalhes, nada dispiciendo, é a minha colaboração próxima, que aquele não me dá baldas. Outro detalhe, será a preciosa colaboração da sua filha Bárbara, que revela tanto entusiasmo e interesse quanto o pai.

O encontro terá como pano de fundo o belíssimo cenário da baía de Cascais, onde os motivos marítimos e urbanos se associam num postal policromático de excepção. Se o tempo ajudar, vai ser uma festa de sucesso garantido. A ementa será muito simples, pois a umas triviais entradas, sopa, e seguir-se-á um rodízio de peixe, até fartar, pois a dose termina, quando a vontade não tiver correspondência estomacal. Depois, haverá um sortido de sobremesas. Bebidas à parte, vamos esportular cerca de 15 aéreos. A sala envidraçada, e confortável, com vistas amplas sobre a baía, integra-se numa infraestrutura com bons apoios.

Depois do almoço, para digerir, vamos dar um passeio até ao Museu Paula Rêgo, onde, a par da singular arquitectura de Souto Moura, poderemos admirar obras daquela senhora, e de um artista convidado. Convém não esquecer que o Zé Tinto lida com paletes e pincéis com a facilidade dos predestinados. Vai surpreender-nos, tal como no encontro do ano passado me surpreendeu.

Havendo tempo, daremos um passeio pelo parque, visitaremos o magnífico Museu Condes de Castro Guimarães, passaremos pela Marina, pela reestruturada cidadela, e vamos acabar em casa do grande timoneiro Tinto Martins para uma refeição ligeira, e muita conversa. Durante aquele percurso não faltarão ocasiões para beber uns copitos a brindar a camaradagem, nem para tirar fotografias, onde as profundidades de campo valorizarão os aspectos de cada um. Sim, porque passados 40 anos continuamos muito bonitos.

A maioria vai pernoitar em casa de familiares, mas também há um hotel que, por 50 aéreos, proporciona quartos confortáveis, com pequeno-almoço e piscina. No domingo, poderá haver um programa mais restrito e sujeito a improvisação, dedicado aos que não tendo aqui familiares, queiram levar mais memórias da escapadela anunciada.

Abraços fraternos
José Manuel Matos Dinis 
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Vd. último poste da série de 10 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9724: Convívios (331): Encontro do pessoal da CCAÇ 2464, dia 28 de Abril de 2012 em Aveiro (António Nobre)

Guiné 63/74 - P9726: O Cancioneiro de Gandembel (5): Do Hino de Ganbembel ao poema épico Os Gandembéis (Parte V) (Idálio Reis)












Guiné > Região de Tombali > Gandembel > CCAÇ 2317 (8 de abril de 1968 a 28 de janeiro de 1969) > Aspetos da construção e defesa (destaque para o morteiro 81 e o obus 10.5)  do aquartelamento, que será abandonado e destruído em 28 de janeiro de 1969, por ordem do Com-Chefe, gen António Spínola. Fotos do arquivo de Idálio Reis, editadas por L.G.

Fotos: © Idálio Reis (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


  
1. Continuação da publicação de "Os Gandembéis", poema  de autoria coletiva (mas com forte contributo do poeta João Barge, 1944-2010), escrito em 1969, que retrata a epopeia da CCAÇ 2317 em Gandembel e Ponte Balana (*), recolhido e reproduzido pelo nosso  camarada e amigo Idálio Reis, engenheiro agrónomo reformado, ex-Alf Mil At Inf da CCAÇ 2317, no seu livro A CCAÇ 2317 na guerra da Guiné: Balana / Ponte Balana, edição de autor, 2012 (il, 250 pp.).

O lançamento deste livro, que é uma peça fundamental para a historiografia da guerra colonial na Guiné, seraá feito no Palace Hotel, no próximo dia 21, no âmbito do VII Encontro Nacional da Tabanca Grande.  




Os Gandembéis

Canto II

I
Em Gandembel, tanta tormenta e tanto dano,
Tantas as vezes a morte apercebida;
No arame farpado, tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida;
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida?
Que não se arme e se indigne o céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno.
II
Dali para Changue-Iaia se parte (#)
Onde as tropas estavam temerosas
Para que à gente mande que se aparte
Da mata inimiga e terras suspeitosas
Porque mui pouco vale esforço e arte
Contra infernais vontades enganosas;
Porque na estrada rebentam fornilhos
E há mais noivas por casar e mães sem filhos.
III
Agora nestas partes se nomeia
Simões furriel, o africano Fome,
Coelho transmissões, que se arreia
Das vitórias da Pátria sem nome.
Aqui, enquanto as minas não refreia
O soldado Pacheco fica informe.
Um braço do forte Quicão aparece
E o coração de todos, pela dor, escurece.
IV
Assim, nesta incógnita espessura
Para sempre deixámos os companheiros
Que, em tal caminho e em tanta desventura
Sempre connosco foram aventureiros.
Quão fácil é ao corpo a sepultura!
Quaisquer negras terras, quaisquer outeiros
Estranhos, assim mesmo como aos nossos,
Receberão de todo o Ilustre os ossos.
V
Mas o magriço, que já então lhe convinha
Tornar a Bissau, acostumado,
Que tempo concertado e ventos tinha,
Para ir buscar o descanso desejado.
Recebendo o piloto que lhe vinha
Foi dele alegremente agasalhado;
Rapidamente no helicóptero entrou
E, sadicamente, c´o a mão ligada acenou.
VI
Jorge de Moura, o forte Capitão
Que a tamanhas empresas se oferece,
De soberbo e altivo coração,
A quem a Cunha sempre favorece,
Para aqui se deter não vê razão,
Que sequiosa a terra lhe parece
Por diante passar determinava
E assim lhe sucedeu como cuidava.
VII
Tamanho o ódio foi e a má vontade,
Que ao soldado súbito tomou,
Sabendo ser sequaces da Verdade
Que o Filho de David nos ensinou.
Pois o Maia, com gana e virilidade (##)
Da companhia as rédeas tomou.
E foi assim, à base de mérito e favores
Que este se encheu de louvores.
VIII
Corrupto já e danado o mantimento
Danoso e mau ao fraco corpo humano;
E, além disso, nenhum contentamento,
Que sequer da esperança fosse engano.
Cremos nós, se este nosso ajuntamento
De soldados não fora lusitano,
Que durara ele tanto obediente?
Porventura, o que será desta gente?
IX
Imagine-se agora quão cuidados,
Andaríamos todos, quão perdidos,
De fomes, de tormentas quebrantados.
Por climas e por terras não sabidos!
E do esperar comprido tão cansados
Quanto a desesperar já compelidos,
Por céus não naturais, de qualidade
Inimiga da nossa Humanidade.
X
Enquanto os deuses do QG famoso
Onde o governo está da humana gente,
Se ajuntam em jantar lauto e guloso
Formando um concílio indiferente;
Bebendo vinho fino e espumoso
Vão para a piscina conjuntamente
Convocados da parte do Melhor
Onde domina o Chefe do Estado Maior.
XI
E enquanto isto se passa na formosa
Ilha do Bissau omnipotente,
Defendia a terra a gente belicosa
Lá da banda do Guilege muito quente,
Entre a fronteira da Guiné e a famosa
Base de Salancaur, o sol ardente
Queimava então os homens, que Tifeu
C´o temor grande em heróis converteu.
XII
E o velho careca, de aspecto venerando,
Chefe da Secretaria, cheia de gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes o lápis, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que em nós em volta ouvimos claramente,
C´um saber só de guerras feito,
Tais palavras tirou do esperto peito:
XIII
Ó gloria de mandar, ó vã cobiça,
Desta vaidade, a quem chamamos fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C´uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades nos soldados experimentas!
XIV
A que novos desastres determinas
De levar esta Companhia e esta gente?
Que perigos, que mortes lhes destinas,
Debaixo de algum louvor proeminente?
Que promessas de paz e de minas
Levantadas, que lhe farás tão facilmente?
Que vida lhes prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?
XV
Deixas criar às portas o inimigo,
Por ires buscar outro de tão longe,
Por quem se despovoe o quartel amigo,
Se enfraqueça e se vá deitando ao longe!
Buscas o incerto e incógnito perigo
Por que a fama te exalte e te lisonge,
Chamando-te senhor inteiro
De Gandembel, do Balana e do Carreiro.
XVI
E tu, Comandante, de grande fortaleza,
Da determinação que tens tomada
Não olhes por detrás, pois é fraqueza
Desistir-se da cousa começada.
E mais, pois excedes em ligeireza
Ao vento leve e à bala bem mandada,
Não esqueças de defender o quartel
                                             A que nós outros chamamos Gandembel.


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Notas de L.G.:


(#) Referência ao trágico dia 4 de agosto em que a CCAÇ 2317 perde, em combate, 4 dos seus elementos, na sequência de uma coluna logística, proveniente de Aldeia Formos, perto da ponte sobre o Rio Changue Iaia. Foram eles o Fur Mil At Inf  Abel  Gomes Simões (natural de Montemor-o-Novo), o Sold At Inf António Pereira Moreira  e  o Sold At Inf Eduardo Costa Pacheco,  ambos de Paços de Ferreira, e ainda o Sol Trms Inf Manuel Roxo Coelho, natural de Castelo Branco. Morreu ainda um soldado do Pel Caç Nat. Há ainda dois feridos graves, que serão evacuados para Lisboa.

(##) Alf Mil At Inf Mário Moreira Maia, o segundo comandante da companhia.






Guiné > Região de Tombali > Carta de Guileje (1956) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Changue Iaia e de Gandembel, ma estrada Aldeia Formosa - Gandembel- Guileje - Gadamael - Cacine.

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