quarta-feira, 4 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8219: Agenda cultural (118): Quem vai à guerra, de Marta Pessoa (Portugal, 2011, Documentário, 130' )... A guerra no feminino... Indie Lisboa 11 (8º Festival Internacional de Cinema Independente) - Lisboa, Culturgest, 13 de Maio, 6ª feira, 21h30



Página na Net do  Indie Lisboa 11 -  8º Festival Internacional de Cinema Independente, que começa amanhã em Lisboa e vai até ao dia 15 do corrente. No dia 13, 6ª feira, será a estreia do documentário de 2h e 10' Quem Vai à Guerra, da autoria de Marta Pessoa (Portugal, 2011). A guerra contada no feminino... Entre outras participações, destaque para a nossa camarada Giselda Pessoa e a nossa amiga Maria Alice Carneiro. Ver aqui, no Sapo Notícias,  um vídeo com as declarações da realizadora (filha de um militar de carreira, que também esteve na Guiné). Marta Pessoa é também autora do recente documentário Lisboa Domiciliária ( estreado do LisboaDoc 2010).

Quem Vai à Guerra
Who Goes To War
Marta Pessoa [vd. igualmente página no Facebook: foto de perfil à direita]
Exibições: 13 Maio, 21:30, Culturgest, Grande Auditório
Secções: Sessão Especial
Documentário, Portugal 2011, 130', Documentário

Fotografia: Inês Carvalho 
Som: João Eleutério, Paulo Abelho, Rodolfo Correia 
Montagem: Rita Palma 

Produtor: Rui Simões 
Produção: Real Ficção

Com: Ana Maria Gomes, Anabela Oliveira, Aura Teles, Beatriz Neto, Clementina Rebanda, Conceição Cristino, Conceição Silva, Cristina Silva, Ercília Pedro, Fernanda Cota, Giselda Pessoa, Isilda Alves, Júlia Lemos, Lucília Costa, Manuela Castelo, Manuela Mendes, Margarida Simão, Maria Alice Carneiro, Maria Arminda Santos, Maria Augusta Filipe, Maria De Lourdes Costa 

[Diz-me o Miguel Pessoa o seguinte:

Identifico as seguintes enfermeiras pára-quedistas ali mencionadas:Aura Teles, Cristina Silva, Ercília Pedro, Júlia Lemos e Maria Arminda Santos. Além destas, pelo menos a Natércia e a Rosa Serra também foram contactadas e suponho que deram depoimentos]. 

[A realizadora também confirma, em comentário a este poste:  

Caro Luís Graça,
Obrigada pelo destaque aqui no blog. Por serem muitos os testemunhos, no programa do festival apenas aparecem os nomes (por ordem alfabética) das primeiras senhoras. De fora dessa lista (mas dentro do filme) ficaram, entre outras, as enfermeiras pára-quedistas Maria Cristina Silva, Natércia Neves e Rosa Serra. Até breve, Marta Pessoa]. 

[Ver aqui um excerto, disponível no You Tube, com o depoimento das nossas camaradas enfermeiras pára-quedistas]
Sinopse: Entre 1961 e 1974, milhares de homens foram mobilizados e enviados para Angola, Moçambique e Guiné-Bissau para combater numa longa e mal assumida guerra colonial. Passados 50 anos desde o seu início a guerra é, ainda hoje, um assunto delicado e hermético, apoiado por um discurso exclusivamente masculino, como se a guerra só aos ex-combatentes pertencesse e só a eles afectasse. No entanto, quando um país está em guerra, será que fica alguém de fora? 
Quem vai à Guerra é um filme de guerra de uma geração, contada por quem ficou à espera, por quem quis voluntariamente ir ao lado e por quem foi socorrer os soldados às frentes de batalha. Um discurso feminino sobre a guerra. (Marta Pessoa)

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Nota do editor:

Último poste da série >  2 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8200: Agenda Cultural (117): Início, no próximo dia 6, do ciclo de conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar, 1961-1974: história e memórias(s), organizado pela Universidade dos Açores (Carlos Cordeiro)

3 comentários:

Luís Graça disse...

Mandei pela "nossa rede interna" a seguinte mensagem:

P/ conhecimento dos/as amigos/as, camaradas e camarigos/as...

Um grande festival de cinema para quem gosta de cinema (independente)...E a preços módicos (em relação ao cinema comercial)!...

A Marta Pessoa é filha de um camarada nosso (e, por acaso, minha vizinha)... É uma mulher talentosa, como é sua geração, mais qualificada do que a nossa... Vamos lá ver e ouvir aquelas que suportam a "metade do céu",. como diz o provérbio chinês...

Alguns de nós poderão não gostar do discurso (delas)... Mas, enfim...No caso deste documentário (que é longo, 130'), o nosso Blogue também deu uma ajudinha... Mas a Marta só entrevistou mulheres (e achei bem): madrinhas de guerra, namoradas, esposas, mães, viúvas, enfermeiras para-quedistas... De entre as camaradas de armas, identifico a Giselda (cujo nome sugeri)... Ainda não vi o documentário que vai ser estreado a 13... Lá estarei, tenho 1 convite... O Grande Auditório da Culturgest tem um lotação de c. 700 lugares... Há sessões quer esgotam... Esta será uma delas... LG

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Do sítio Turismo de Lisboa >

INDIELISBOA 2011 – FESTIVAL INT. DE CINEMA INDEPENDENTE



O IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema Independente volta a trazer à capital portuguesa o melhor e mais recente cinema de todo o mundo.

Curtas e longas-metragens de ficção, documentário e animação vão poder ser vistas na Culturgest, que volta a ser este ano co-produtora do festival, assim como no Cinema São Jorge e em outros espaços espalhados pela cidade de Lisboa.

Serão onze dias repletos com mais de 200 filmes (na sua esmagadora maioria completamente inéditos em Portugal) distribuídos pelas nove secções que compõem o festival: Competição Internacional, Competição Nacional, Observatório, Cinema Emergente, Herói Independente, Director’s Cut, IndieMusic, Pulsar do Mundo e IndieJúnior.

A estas juntam-se várias sessões especiais e actividades paralelas abertas à curiosidade de todos os públicos (debates, conferências, ateliers e masterclasses) com a participação de profissionais de cinema nacionais e estrangeiros.

De 5 a 15 de Maio, Culturgest, em:
Edifício sede da Caixa Geral de Depósitos, Rua Arco do Cego (metro: Campo Pequeno),
Cinema São Jorge, Avenida de Liberdade (metro: Avenida),
Teatro do Bairro, Rua Luz Soriano (metro: Baixa-Chiado),
Cinemateca Portuguesa, Rua Barata Salgueiro (metro: Marquês de Pombal).

Mais informações e programação em www.indielisboa.com

Hélder Valério disse...

Caros amigos

É provável que todos e cada um de nós tenha tido contacto com a forma de 'vivência' da guerra que foi experimentada pelos elementos femininos com os quais tínhamos contactos: mães, irmãs, namoradas, mulheres, amigas, familiares ou não.

Mas será interessante ouvir agora as suas próprias palavras, as suas próprias formas de avaliar aqueles tempos.

Uma vez, na 'Tabanca de Matosinhos', estive um pouco 'à conversa' com a esposa de uma camarada que me disse, mais ou menos, que não comprendia esta nossa quase obsessão com a Guiné pois para ela a Guiné representava como que uma espécie de rival, fora a Guiné (segundo a sua perspectiva) que lhe tinha 'roubado' a companhia física durante dois anos.

Fiquei a pensar sobre o assunto e a remoer que nunca me tinha ocorrido colocar as coisas sob esse ponto de vista mas sempre era uma opinião nova.

Entretanto é claro que há igualmente outras perspectivas, as daquelas mulheres que foram intervenientes activas, quer as que estiveram nos T.O. participantes em acções, como as nossas enfermeiras paraquedistas, por exemplo, como também aquelas que de alguma forma foram arriscando a sua vida e carreira em acções contra a guerra e há ainda a daquelas outras que estiveram 'lá', acompanhando de perto ou à distância (em Bissau, por exemplo, para o caso da Guiné) o seu jovem marido.

Será certamente interessante ouvir e ver o documentário. Oxalá o tempo (mais de 2 horas) não seja obstáculo.

Abraço
Hélder S.

Unknown disse...

Caro Luís Graça,
Obrigada pelo destaque aqui no blog. Por serem muitos os testemunhos, no programa do festival apenas aparecem os nomes (por ordem alfabética) das primeiras senhoras. De fora dessa lista (mas dentro do filme) ficaram, entre outras, as enfermeiras pára-quedistas Maria Cristina Silva, Natércia Neves e Rosa Serra.
Até breve,
Marta Pessoa