1. Um dos hobbies do nosso Camarada Jorge Teixeira (Portojo), ex-Fur Mil do Pelotão de Canhões S/R 2054, Catió, 1968/70, foi a criação e desenvolvimento de um blogue que titulou com “A Vida em Fotos - Olhar à minha volta e tentar perceber o que me rodeia”, que é de consulta obrigatória para todos aqueles que gostam da cidade do Porto. O blogue é acompanhado por vários amigos e camaradas nossos, entre eles o "régulo de Buarcos" ou melhor o “Grande Tigre de Cumbijã”, conhecido entre nós como Vasco da Gama, que vai apreciando e comentando a obra soberbamente desenvolvida pelo Portojo e de que damos hoje aqui conta, através da cópia de um dos últimos trabalhos (o nº 67).
Uma promessa feita ao meu camarigo Vasco da Gama, levou-me à Rua do Rosário para lhe "mostrar" a casa onde viveu nos seus tempos de estudante. E aproveitando a pedalada, dei uma "volta ao quarteirão. Comecemos por referir que a rua tomou o nome do tio de Almeida Garrett, Domingos do Rosário, aqui foi morador e proprietário tendo provavelmente doado uns terrenos para a abertura da rua.
Na esquina com D. Manuel II fica o degradado edifício do antigo Hotel do Louvre. Já referido em notas anteriores, mas nunca é demais falar dele. Faz precisamente este mês 139 anos que D. Pedro V aqui se hospedou. Albergou o Cine Clube do Porto, a Sede do velhinho Salgueiros, o Orfeão Lusitano, a sede do MUD assaltada pela Pide em 1948, o Clube de Campismo do Porto. Uma pena a situação em que se encontra e logo numa zona altamente visitada.
Quási no início encontra-se o palacete que foi dos Albuquerques - desconheço quem teriam sido -também doadores de uns terrenos na zona. Hoje é um centro comercial, bem conservado.
Em frente encontra-se uma verdadeira obra de arte de arquitectura. Na minha opinião, claro.
A par de construções recentes, vêm-se obras arquitectónicas de outrora onde a pedra, o ferro forjado e o azulejo imperam.
Cumprindo a promessa, cá está o 150 de cama, mesa e roupa lavada, do camarigo Vasco. O prédio está bem conservado e quem disse o contrário enganou-te.
Vizinhos próximos são o novo Hotel Das Arts...
... e a Escola de Comércio do Porto, cuja fachada em azulejo é espectacular.
Para os saudosos e principalmente para quem trabalhou na Têxtil, relembro o edifício da famosa Caixa da Têxtil, na esquina de Miguel Bombarda, onde outro camarigo, o David Guimarães, passou parte da sua vida.
Olhando para trás, bem ao fundo, vemos uma das colinas de Vila Nova de Gaia.
Voltando à esquerda, ou por Miguel Bombarda ou pelo Breyner, vamos dar à Maternidade Júlio Dinis. No Largo com o seu nome, que já foi Largo dos Ingleses e do Campo Pequeno, o Chafariz de 1894. Foi território Inglês, incluindo Cemitério e Igreja. Os terrenos foram litigados com a Colegiada de S. Martinho de Cedofeita.
A Maternidade Júlio Dinis foi construída de raiz por Saul Domingos Esteves sendo o risco do arquitecto francês George Epiaux, em terrenos que pertenciam a Alfredo Castro vendidos ao Estado. Foi seu impulsionador o Dr. Alfredo Magalhães. Inaugurada em 1939 esteve dependente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Desde essa data sofreu várias alterações, reformas e aumentos, tendo por isso os seus jardins, que eram magníficos, sido diminuídos na sua superfície.
Por fim, também recordo este Hospital onde nasci - por isso sou de Massarelos - e fui operado duas vezes. Logo, sinto um carinho especial por esta casa.
O seu sítio http://www.mjd.min-saude.pt/Frame.htm é um dos mais perfeitos e completos que conheço.
Desconhece-se a origem desta Fonte, mas presume-se ser do séc. XVIII e terá pertencido ao primitivo dono dos terrenos, um súbdito o inglês.
Trânsito difícil pela Rua da Maternidade. Não esqueci o antigo Conservatório de Música, mesmo pegado aos espaços da Maternidade. Terá direito a uma crónica especial.
Esqueçamos os ingleses que foram donos deste pedaço e siga-se pela Rua do Pombal, que afinal já não o é, pois agora chama-se Adolfo Casais Monteiro. Não sei a origem da designação antiga mas a da actual refere a C.M.P. que é uma homenagem ao escritor e professor universitário. Nasceu no Porto em 4 de Julho de 1908 e morreu em S. Paulo em 23 de Julho de 1972. Não tinha programada a volta a este quarteirão.
Mas como o caminho se faz caminhando, lembrei-me de ter lido em tempos no http://www.portoantigo.org/2010/01/o-velodromo-maria-amelia.html que por aqui existiu um velódromo. E fui tentar procurá-lo. Vi uma senhora à janela, já entradota na idade e perguntei-lhe se o conhecia. Expliquei-lhe que era um local onde a rapaziada de há 100 anos, talvez menos, andava de bicicleta. Olha, diz-me ela, no meu tempo foi no Palácio (ali a dois passos) que aprendi e andava de bicicleta. Recuei uns anos e também me vi por lá a dar ao pedal.
Quási toda a estrutura do Velódromo continua lá. Foi-lhe dado o nome de D. Amélia em homenagem à Rainha, esposa de D. Carlos, a quem os terrenos pertenciam e que os doou ao Velo Clube do Porto. Ou terá sido Real Velo Clube? Para o caso não interessa nada. Claro que não o vi, pois faz parte dos jardins fechados do Museu Nacional Soares dos Reis. Foi inaugurado em 1895 mas a história do ciclismo português está ligado a ele, até porque o primeiro clube de ciclismo nasceu no Porto.
Esta era a entrada para o Velódromo. Nada a refere, mas não tenho dúvidas, pois é a única abertura para as traseiras do Museu.
Por casualidade (?), no muro que se projecta até à Rua D. Manuel II, existem estes nichos, milagrosamente formatados para cartazes de publicidade. Serviriam antigamente para o mesmo efeito, por exemplo, anunciando as corridas?O velódromo. A foto "saquei-a" do blogue Porto Antigo, atrás referido.
Para completar a volta ao quarteirão, entramos na Rua D. Manuel II, cujo Palácio das Carrancas, hoje Museu Nacional Soares dos Reis se destaca do lado esquerdo.
Este edifício começou a ser construído em finais do séc. XVIII para residência e fábrica de ourivesaria dos Carrancas, apelido de uma família abastada cá do burgo, os Morais e Castro. Foi quartel-general de Soult aquando das invasões francesas e depois de Wellington após a expulsão dos saqueadores. Durante as Lutas Liberais foi local de acolhimento de D. Pedro IV; adquirido aos descendestes da família em 1861, por D. Pedro V por 300 contos de réis para residência real durante as suas visitas ao Porto. Li que D. Manuel II ainda o utilizou numa das raras visitas ao Porto, já exilado. Daí o nome da Rua em sua homenagem.
Passou a chamar-se Paço Real. Após a instauração da República e porque o Paço Real era propriedade privada do rei, esteve encerrado até 1932, data do falecimento de D. Manuel II. Este legou-o à Santa Casa da Misericórdia do Porto. Passou para o Estado em 1939 para aí instalar o espólio do Museu Municipal do Porto e do ex-Museu Portuense de Pinturas e Estampas, fundado em 1833 onde tinha nascido o primeiro museu de arte em Portugal. A foto é de Arnaldo Soares do princípio do séc. XX
Do outro lado da Rua D. Manuel II, um monumental edifício cheio de história. Em 1838, poucos anos após o levantamento do cerco miguelista (1829/1932), a Câmara do Porto evoca a vitória liberal determinando que a Rua dos Quartéis, - já tinha tido outros nomes e hoje de D. Manuel II - passasse a ostentar a designação de Rua do Triunfo. Aqui existiam desde o séc. XVII - presume-se que o seja apenas por causa do portão de entrada - um conjunto de edifícios destinados a aquartelamento militar. O governo Miguelista estabeleceu aqui o R.I.9 passando posteriormente para o antigo R.I.6. Há quem escreva que só existiu o R.I.6. Mas também não sei quem, quando e como foi recuperado o edifício actual, na medida em que dos antigos pouco sobreviveu. Actualmente o edifício alberga serviços do Hospital de Santo António.
É já no séc. XX que passa para Metralhadoras 3 e posteriormente, nos anos 60, derivado à Guerra do Ultramar, passa a albergar o CICA 3, se não estou em erro. O emblema primitivo continua gravado no granito.
A seguir ao Quartel, eram os terrenos do primitivo Horto das Virtudes, fornecedores reais, que se estendiam, desde meados do séc. XIX, até Miragaia. Para a abertura de novas ruas, foi sendo retalhado. Posteriormente passou para o Moreira da Silva, de Campanhã. A fachada em vidro era enorme e junto à entrada, ostentava uma pêra gigante gravada na pedra.
Desse Horto, resta para o portuense visitar, o bonito Jardim das Virtudes que vai desde as traseiras da Cooperativa Árvore até um magnífico miradouro sobre Miragaia. A não perder
uma visita.
Mas isso fica para outra vez.
Os textos, principalmente os históricos foram pesquisados em vários sítios, alguns referidos.
Mas não se pode esquecer o http://www.portoxxi.com/.
Uma curiosidade sobre a Rua D. Manuel II. Logo após o 25 de Abril de 1974, foi proposto na reunião camarária que a Rua mudasse o seu nome para Estaline. Chumbada a proposta, energúmenos resolveram pichar as placas da Rua com o nome do ditador soviético.
2. Este poste regista o seguinte comentário do Vasco Augusto Rodrigues da Gama, com data de 22 de Março de 2011:
Se eu já não necessito que me abanem muito para me saltar uma lágrima, com estes miminhos do Jorge Portojo estou todo derretido.
Tantas e tantas alegrias que eu passei na rua do Rosário nº 150... foram os melhores anos da minha vida, embora sobre a nossa geração pairasse o pesadelo da guerra colonial.
Reconheço todos os nomes que referes no teu trabalho e vi com outros olhos pormenores e minúcias que só mestre Portojo é capaz de referir. Mas, como aluno atrevido e reguila que sou, ousarei apontar ao mestre falta imperdoável, pois não refere, nem ao de leve, as tascas da rua do Rosário. Mesmo em frente a minha casa situava-se o Freitas, casa pouco concorrida pois o dono tinha pouca paciência, e ao fundo da rua havia duas tascas sempre cheias de malta.
À esquerda o sr. Domingos careca, sempre a ralhar com o filho e com a mulher, mas tinha um vinho da Meda que fazia um sucesso, mas que às vezes obrigava a sestas prolongadas, com falhas às aulas, mas recuperávamos a tempo de ir ao cinema, normalmente ao Carlos Alberto, com sessão dupla e barulheira infernal quando havia coboiadas.
Do outro lado da rua era o famoso Zé dos Bragas, onde eu aboletava mais amiúde, pois a cozinha era mais variada e o barulho não era tanto. Esteve à frente do estabelecimento um senhor que tinha vindo do Brasil, o sr. Avelino. Uma das empregadas era a Laura e a outra a Glória. Dava-lhes cabo da paciência, pois quando havia frango era certo e sabido que eu pedia: " por favor serve-me pito"!
Um dia um camarada meu Jorge Paiva de seu nome, pediu "frango à minha moda" (pito) a uma delas, que de imediato foi fazer queixa ao sr. Avelino. O homem mandou o Paiva para a rua e quando ele se desculpou comigo, pois era assim que pedia o repasto ouviu a resposta: Mas o Vasquinho pode dizer e o senhor é um mal-educado...
Aqui bebia uma garrafa de Campelo, "fresquinho dá gosto bebê-lo"! Lembram-se? Temos que nos encontrar para te contar uma história da rua do Rosário, quando a rua ainda tinha os trilhos do eléctrico.Obrigado Jorge por estes momento e desculpa lá se embalei...
Um abraço amigo
3. Respondeu assim o Jorge Portojo.
Caro Vasco:
O teu comentário passaria a poste se tivesse fotos das casas que já não existem. Pelo menos não as encontrei e sabes como sou bom olheiro para essas coisas. Algumas Residenciais e cafés-botecos é o que se vê agora e onde normalmente nem o bagaço é razoável. Não se pode ter tudo, meu amigo.
Um abraço
Lamento, caro amigo
4. Resta acrescentar o link para o blogue: http://portojofotos.blogspot.com/
__________
Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
28 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P8010: Memória dos lugares (149): O Pel Mort 2106, do Fur Mil Lopes, que esteve em Bambadinca (1969/70) (Victor Raposeiro / Gabriel Gonçalves / Arlindo Roda / Humberto Reis)
15 comentários:
Caro Portojo:
Gostaria de te manifestar a minha gratidão por este magnífico trabalho sobre a cidade do Porto e sua história, trabalho que fazes com um espírito de verdadeiro tripeiro, o que registo com agrado.
Aproveito para te lembrar (porque leio com atenção e muito interesse) que, quem deve ter dormido no tal hotel do Louvre, há 139 anos, foi o Imperador D.Pedro II do Brasil e não seu sobrinho D.Pedro V de Portugal.
Um abraço
Carvalho de Mampatá
Belo trabalho do fotógrafo e do comentarista.
É uma bela viagem pelo Porto cidade que eu também admiro e conheço.
Um abraço aos dois
Caro Jorge
Agradeço a viagem/visita proporcionada, neste périplo pelo Porto, que também conheci e onde trabalhei. Viver, vivi em Gaia.
Agora que "aterrei" de novo na secretária, vou continuar a "alinhar os números" para a contabilidade.
Abraços
Caríssimo Portojo. Obrigado pela viagem,fotos e comentários,da muito bonita Cidade de..."Província" que é o Porto. É claro que é um lisboeta empedernido a escrever! Um grande abraco amigo.
Porto + ojo = Portojo, o "olho" (em castelhano) do Porto...
Eu não direi que é uma paixão patológica que o Portojo tem pela sua cidade, porque todas as paixões são patológicas, embora algumas possam ser mais salutogénicas do que outras (desculpem-me os homens e as mulheres da minha corporação...).
Chamemos-lhe um grande amor, duradouro, feito de encantamento, de pesquisa, de busca, de homenagem, de dedicação, de sensibilidade, de ternura... E ele sabe, como poucos, ver (e mostrar) a sua cidade através da sua panóplia de olhos e lentes, umas mais macro e outras mais micro...
Obrigado ao Porto, ao Vasco e ao Eduardo... Quantas vezes passamos, mouros e morcões, por estas ruas e e por estas edifícios da Invicta, tão distraídos e tão ignorantes, simples turistas ("estúpidos em férias", alguém já lhes chamou) ou simples transeuntes... O Porto (e este país) merece gente como o Portojo que o ame e o faça amar.
PS - Já agora, honra ao Porto (e ao país) por ganhar um novo Prémio Nobel da Arquitectura, o Prémio Pritzke: depois de Siza Vieira, outro portuense, Souto Moura (nascido em 1952)... Não sei se haverá, hoje, outra cidade com dois Pritzke!!!...
O Porto, a grande escola de arquitectura do Porto, e claro o país, estão de parabéns!... Eu, como português, que gosto do Porto e da escola de arquitectura do Porto e claro do Souto Moura (achei um espanto a sua recuperação do Mosteiro do Bouro!), sinto-me honrado.
Para saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Souto_de_Moura
Uma para o Vasco da Gama:
Várias vezes te tens referido ao restaurante que no teu tempo, que também era o meu, era um "tasco" na Rua do Rosário, como o "Zé dos Bragas", pois o dito chamava-se e chama-se, porque ainda lá está "Casa Zé de Braga" porque o homem era de Braga e servia e ainda serve um rico Bacalhau á Braga.
Por falar em Zé's, havia na travessa do Carmo o "Zé Bota", que bastava chegar e pedir: ò zé bota, que ele já sabia qual era a pinga, ou em alternativa na brincadeira pedia-se um copo de leite cheio de vinho.
Lembras-te Vasco? Era perto do Piolho que se calhar também frequentavas e da Primar que era dos srs doutores de capa e batina. eu também por lá andei, mas noutras actividades, que eu era bem comportado.
Agora para o Portojo, esse amigo "Bandalho" que fica chateado com os meus apartes:
O CICA não era o 3, tás a confundir com o 3 do nosso saudoso GACA 3, o CICA era o 1, CICA 1 que mais tarde passou para CICAP, como ainda hoje é conhecido, quando o Hospital de Sto António se refere ás consultas naquele edifício.
Estes apartes não tiram o mérito ao trabalho feito, que é bastante interessante e meritório.
PARABÈNS
um abraço
cumprim/jteix
Mestre Portojo não se detém.
Quando no nosso Blog é publicado o seu trabalho nº 67, já ele enviou aos seus fiéis leitores, seguidores e admiradores o seu trabalho 68 sobre a Cadeia da Relação do Porto, onde Camilo Castelo Branco, esse grande vulto da literatura portuguesa, esteve preso cerca de um ano e onde escreveu o Amor de Perdição.
Os trabalhos do Jorge não são uma amálgama de fotografias legendadas; são antes verdadeiras lições de história da cidade do Porto que nós podemos e devemos enriquecer, com as variadíssimas pistas que ele nos deixa.
Aproveito a oportunidade para referir um nosso outro camarada da Guiné e membro da nossa Tabanca Grande, António Manuel Santos, que no seu Blog "Um raio de luz" nos mostra o Algarve de forma superior, não o conjunto de praias onde vamos "tostar" em Agosto,mas a sua terra como um manancial de riquezas culturais,desenvolvendo um trabalho notável e dando cartas a qualquer "turismo oficial" com os ensinamentos que nos oferece. Cito de cor trabalhos sobre a Ria Formosa, Tavira,Faro e o museu, Museu do traje em S.Brás de Alportel,Cacela Velha, Ilha da culatra...
A estes dois camaradas e artistas, o Jorge e o Tomanel, um abraço sincero de amizade e os sinceros agradecimentos de quem tanto tem aprendido convosco.
Vasco A. R. da Gama
Obrigado Jorge por es te magnifico
trabalho.
Continuo na minha.
fotografo poeta.
grande abraço.
ze manel cancela
Bom, camaradas e amigos, esta postagem apanhou-me desprevenido. Embora o Pira M.R. me tivesse pedido autorização para a fazer, não achei interessante porque não corresponde ao espírito do blogue. Mas que fico vaidoso, lá isso fico.
Agora o Carvalho pôs-me os pirolitos ao sol e obrigar-me a ir rever a história. Então o D. Pedro II do Brasil não foi o nosso D. Pedro V ? Mau Maria...
Sobre o tema do tasco. Existe "algo" em frente, mais ou menos, do 150 da Rua do Rosário. Tenho uma foto, mas onde estão 2 meninas à porta a fumar e lá dentro parece aqueles botecos de agora. Mesmo, mas mesmo em frente do 150, há uma residencial no primeiro andar, porta ao lado da entrada para um organismo de apoio a emigrantes dos Palops. Mandei essas fotos ao Vasco - se a memória não me engana - também com a promessa de ir rever o caminho à procura das tascas perdidas.
Um abraço para os camarigos e um obrigado pelas gentileza dos vossos comentários.
Caro Portojo
Muito obrigada por me franquear esta
visita ao "seu" Porto!
Sulista de alma e coração, sou e
também uma apaixonada de todo o nosso
País e bem assim da sua História!
Os lugares e referências do
passado, sempre me encantaram,
talvez pela inacessibilidade.
Obrigada, pelo sentimento
saudosista, que também revela e que
me permite conhecer em pormenor
certos trechos da "sua" cidade.
Continue revivendo e oferecendo-nos
boas imagens e história da capital
do Norte.
Cordialmente
Felismina Costa
Caríssimo Portojo,
O D. Pedro II do Brasil não tem nada a ver com o n/D. Pedro V.
O seu pai D. Pedro I do Brasil é que foi o n/D. Pedro IV que está na Praça da Liberdade.
O nosso D. Pedro V era seu neto pois era filho da D. Maria II, que reinou em Portugal por o seu pai D. Pedro IV não poder ser rei de Portugal e Imperador do Brasil.
Por sua vez o irmão de D. Maria II D.Pedro II foi o segundo imperador do Brasil, daí o Carvalho ter dito o que disse no seu comentário e que eu secundo.
Um grande abraço para todos.
Adriano Moreira
Camarigos,
Ao Portojo os meus agradecimentos pelo envio desta e outras maravilhas.
Gostei de saber que nasceste na Maternidade Júlio Dinis.És de Massarelos eu sou de Cedofeita e a minha filha da Foz do Douro.Os três nascemos na Maternidade e de Freguesias diferentes.Minha esposa também trabalhou na Maternidade.Tenho muitas recordações da Maternidade.Como papeis são papeis e valem o que valem costumo dizer que sou da Foz do Douro.Quanto ao quartel o JTEIX está certo no que escreveu.
Ao Vasco da Gama digo-lhe que o actual proprietário da Casa Zé de Braga é um senhor, muito educado, alto com um ligeiro sotaque. A esposa dirige a cozinha. Têm dois filhos, um casal, que estudaram na Faculdade, com cerca de 40 anos.Tudo indica que seja o Sr.Avelino.
Os Editores merecem uma palavra de agradecimento pela publicação do trabalho e são diálogo entre camaradas da Guiné.
Um abraço do
António Tavares
Caros amigos.
Há que rectificar.
O Carvalho chamou e muito bem a atenção que quem dormiu no Hotel do Louvre foi D. Pedro II, Imperador do Brasil e não o nosso D. Pedro V. E foram portugueses do Brasil quem pagaram a conta, porque a Dona do Hotel foi atrás do homem, visto ele não o ter feito por achar cara.
Isso está escrito no meu poste 50 -Miragaia de cima a baixo.
Ler e pesquisar muito também deve fazer mal principalmente a uma geração enrascada como a nossa.
Mas é uma coisa que recomendo, até porque há sempre alguém para nos corrigir.
Ao meu Presidente JTEIX45 c/os cumprimentos, esta achega: Eu disse que não tinha a certeza de o CICA ser o 3. Por isso, cuidadinho, porque nas próximas eleições faço campanha contra ti.
E ao Admor, que na minha (nossa) presença só quer 3 Salazares, no mínimo, ao poder, deixo a mensagem que o Carvalho, Régulo de Mampata e Medas, era suficiente para me pôr na ordem.
Parece,que os tascos, ou pelo menos do Zé de Braga ou dos Bragas, ainde existe. O Tavares e o Teixeira não são de capinar sentados. Se assim é, mais uma falha minha.
Um abraço especial para a Tabanca.
venho alertar para o seguinte erro,não é CICA 3 mas sim CICA 1,e o RI 6 foi na Circunvalação,S.Hora,onde agora é a EP Transmições,este por sua vezera em Árca D'água onde agora é uma esquadra da PSP,penso não estás errado.
Este comentário vem na sequência do exposto por “subidouro” que apesar de ter foto, é assinada com pseudónimo.
Dispenso-me de referir o número e data dos Decretos-lei, Leis ou Portarias, que originaram as alterações, assim como as Ordem do Exercito ou outras publicações e datas das mesmas. Na obra consultada (*) não estão referidos os locais dos aquartelamentos.
Vamos acertar os “números” e unidades:
O RI 6 – Regimento de Infantaria nº 6, referido no comentário de hoje (30JUNHO12) de que a maioria se lembra, são instalações construídas de raiz, na Circunvalação. Porem, a designação de RI 6, aparece na listagem de unidades sediadas no Porto nos anos de 1806, 1814, 1833, 1842, 1863, 1939, passando a Regimento de Infantaria do Porto em 1975 e foi extinto em foi extinto em 1993.
Quanto ao CICA:
1915 – Centro de Instrução Automobilista, extinto em 1917
1919 – Escola de Condutores Militares de Automóveis
1960 – Centro de Instrução de Condução Auto nº 1, Extinto em 1975
1975 - Centro de Instrução de Condução Auto do Porto, extinto em 1976
Quanto ao número 3 do CICA:
1911 – 3º Grupo de Metralhadoras
1926 – É integrado no Batalhão de Caçadores nº 9
1927 – Batalhão de Metralhadoras nº 3, extinto em 1967. O quartel desta unidade era na Rua D. Manuel II, no Porto.
Transmissões – Era um serviço integrado na Arma de Engenharia, daí o seu emblema ser um Castelo (símbolo da engenharia) sobrepondo uma estrela raiada.
1965 – Regimento de Transmissões, instalado nas instalações do Regimento de Engenharia à Arca d’Água.
1977 – Escola Pratica de Transmissões, transferida de Lisboa
1993 – Batalhão de Transmissões
Notas:
(*) Obra consultada: LOCALIZAÇÃO DOS CORPOS DO EXÉRCITO DE PORTUGAL CONTINENTAL E INSULAR – 1640 a 1994 – Edição da Direcção de Documentação e História Militar – CADERNOS DE HISTÓRIA MILITAR Nº 24.
No portal http://www.exercito.pt/unidades/Paginas/Unidades2.aspx, poder-se-á obter algumas informações sobre unidades que estão no activo.
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