Como aqui não há muito tempo para escrever para o blogue e a rede sem fios nem sempre é muito fiável, deixo-vos um texto que vou utilizar hoje, de manhã, nas minhas aulas, sobre psicossociologia do trabalho e das organizações, no âmbito no 1º Curso de Especialização em Medicina do Trabalho, a decorrer em Angola (2013/15), na Clínica da Sagrada Esperança, Ilha de Luanda, Luanda, Angola...(E, a propósito, sinal de como este país mexe é a quantidade de formadores, tugas e de formandos, angolanos, que estão aqui, esta semana... Gente da clínica e fora da clínica, que pertence à Endiama, que estão aqui a receber formação nas mais diversas áreas, chegaram, na 4ª feira passada, aos 130, desde médicos a bombeiros, dissseram-me no gabinete de formação).
Volto a penates, sábado, no avião da TAP que, por enquanto ainda é nosso, português... Não sei se terei coragem de voltar a viajar na TAP quando mais esta "joia da coroa" for alienada, como de há muito o acionista Estada promete ou ameaça... Já nos restam poucos consolos, a nós, tugas, quando vemos, nos tempos que correm, a delapidação do nosso património e a destruição de símbolos fortes da nossa identidade colectiva como é ainda a TAP, a nossa companhia de bandeira...
E a propósito, gostei de ver a felicidade estampada no rosto dos tugas de Luanda (e de muitos amigos angolanos), na sequência do apuramento da nossa seleção para o campeonato mundial de futebol, em 2014, no Brasil... Não embandeiro em arco com estas coisas das proezas futebolísticas, nem sequer vi o jogo contra a Suécia, em direto, transmitido aqui num canal português da África do Sul... Ou melhor, vi no meu quarto o final... Mas vamos abrir hoje, ao almoço uma garrada de tinto Ermelinda, reserva, que trouxe do "free-shop" de Lisboa... Há pequenas coisas que têm um sabor especial, fora de casa, longe da Pátria, como por exemplo comer uns jaquinzinhos tugas com arroz malandro, a par de um saladinha de lagosta angolana, e beber um copo de vinho branco tuga, na ilha de Luanda, numa marisqueira tuga, muito conhecida, em cima da praia, mesmo em frente da clínica, numa roda de amigos, tugas e angolanos, ou de tugas e de angolanos tugas...
Não sei se estou a ficar velho e sentimental ou se isto não serão já pré-sintomnas da maldita doença do alemão que nos está a matar... Não imagino como outros corações se podem comportar, aqui ou no hemisfério norte... Estou-me a lembrar, por exemplo, do único lusolapão que conheço, o Zé Belo,casaod com uma sueco e com filhos nada tugas, e para quem vai um xicoração apertado, onde quer que ele esteja, em Kiruna, Estocolmo ou Keywest (Florida). Estendo esse xicoração, comprido como o Rio Corubal do nosso tempo (que era misterioso, selvagem e belo), aos demais camaradas da Guiné, tugas e guineenses, espalhados pelas mais diversas diásporas e exílios...
Desculpem lá qualquer coisinha, como diz o tuga, sentimental, quando anda fora de casa... E espero que gostem destas três histórias, da tradição oral dos ganguelas...Como as nossas fábulas e contos populares, também estas histórias ganguelas têm uma moral... Para mim, o que é mais espantoso, é a sua atualidade, tanto aqui, em Angola, como na nossa santa terrinha ou na Guiné-Bissau, três sítios onde não é preciso andar com uma lupa para encontrar Baratas e Cavetos... Enfim, apreciaria muito que, um vez lidas as histórias, acrescentassem uma linha, da vossa lavra, aos ensinamentos morais que se podem tirar delas... Até por que "a" moral e "o" moral são duas coisas muito importantes para gente sair da manhã de nevoeiro (ou cacimbo) em que estamos mergulhados, dizem que há séculos, desde que el-rei nosso senhor Dom Sebastião partiu para Alcácer Quibir e nunca mais voltou....LG.
– Ouve lá, e então a minha parte ?
– Tu não tens nada a receber. Como não carregaste nenhuma peça, não tens donde tirar o teu pagamento!
– Como assim ? Então eu estive orientar as pessoas e a despachar o serviço!
Retorquiu o pagador:
–Pode ser até que fales verdade, mas eu não tenho com que te pagar, uma vez que não transportaste nenhuma peça de carne.
O Caveto, de cabeça baixa, lá voltou para casa e foi comer o seu fungi sem conduto.
Moral da história: Nunca penses que és mais esperto que os outros. E não escolhas o caminho do oportunismo, gerador de makas e conflitos. Não basta, por outro lado, quereres ser líder, é preciso que os outros te reconheçam como tal e que tu saibas assumir e desempenhar esse papel fundamental numa equipa de trabalho.
"Ganguela (ou Nganguela) é o nome de uma pequena etnia que vive dispersa a Leste e Sudeste do Planalto Central de Angola. O seu nome é desde os tempos coloniais usado para designar, não apenas esta etnia, mas um conjunto de povos que vivem no Leste de Angola"...
Infografia: "Mapa étnico de Angola em 1970 (Área dos povos designados como Ganguela marcada a verde)".
(iii) Por favor, nunca apagues as peugadas do leão…
Um dia um rapaz e uma rapariga fizeram uma viagem através da floresta, onde tinham que passar por um sítio muito perigoso, cheio de animais ferozes.
No mais recôndito da floresta, o rapaz, armado em valentão, tomou a dianteira, pensando com isso proteger a rapariga. No trilho arenoso, o rapaz viu as peugadas, frescas, de um leão. Com medo que a rapariga se assustasse, o rapaz apagou de imediato as peugadas.
Quando o leão viu o casal, emboscou-se atrás de uma árvore. O rapaz ia muito tenso, olhando para um lado e para o outro. O leão viu que ele estava em alerta, pelo que deixou-o passar, até ele atravessar a clareira. A rapariga, mais atrás, vinha muito descontraída, não se apercebendo do perigo. Fez até uma paragem para fazer xixi (sim, por que as rapariugas não mixam, fazem xixi...). Foi nesse preciso momento que o leão se lançou sobre ela, devorando-a a seguir. Alertado pelos gritos lancinantes da vítima, e temendo pela sua vida, o nosso herói pôs-se em fuga.
Moral da história: ignorar ou escamotear a verdade, acaba por ter consequências negativas. As makas (problemas, em angolês) e os conflitos resolvem-se, enfrentando-os e encontrando soluções inteligentes e construtivas. Não adianta fugir de (ou negar , ignorar, escamotear) a realidade.
Nota do editor:
Último poste da série > 11 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12279: Manuscrito(s) (Luís Graça) (12): Servir duas pátrias, Portugal e Angola... O caso do sr. C..., furriel mil em 1974/75, no exército colonial português, tenente das FAPLA em 1975/89
E a propósito, gostei de ver a felicidade estampada no rosto dos tugas de Luanda (e de muitos amigos angolanos), na sequência do apuramento da nossa seleção para o campeonato mundial de futebol, em 2014, no Brasil... Não embandeiro em arco com estas coisas das proezas futebolísticas, nem sequer vi o jogo contra a Suécia, em direto, transmitido aqui num canal português da África do Sul... Ou melhor, vi no meu quarto o final... Mas vamos abrir hoje, ao almoço uma garrada de tinto Ermelinda, reserva, que trouxe do "free-shop" de Lisboa... Há pequenas coisas que têm um sabor especial, fora de casa, longe da Pátria, como por exemplo comer uns jaquinzinhos tugas com arroz malandro, a par de um saladinha de lagosta angolana, e beber um copo de vinho branco tuga, na ilha de Luanda, numa marisqueira tuga, muito conhecida, em cima da praia, mesmo em frente da clínica, numa roda de amigos, tugas e angolanos, ou de tugas e de angolanos tugas...
Não sei se estou a ficar velho e sentimental ou se isto não serão já pré-sintomnas da maldita doença do alemão que nos está a matar... Não imagino como outros corações se podem comportar, aqui ou no hemisfério norte... Estou-me a lembrar, por exemplo, do único lusolapão que conheço, o Zé Belo,casaod com uma sueco e com filhos nada tugas, e para quem vai um xicoração apertado, onde quer que ele esteja, em Kiruna, Estocolmo ou Keywest (Florida). Estendo esse xicoração, comprido como o Rio Corubal do nosso tempo (que era misterioso, selvagem e belo), aos demais camaradas da Guiné, tugas e guineenses, espalhados pelas mais diversas diásporas e exílios...
Desculpem lá qualquer coisinha, como diz o tuga, sentimental, quando anda fora de casa... E espero que gostem destas três histórias, da tradição oral dos ganguelas...Como as nossas fábulas e contos populares, também estas histórias ganguelas têm uma moral... Para mim, o que é mais espantoso, é a sua atualidade, tanto aqui, em Angola, como na nossa santa terrinha ou na Guiné-Bissau, três sítios onde não é preciso andar com uma lupa para encontrar Baratas e Cavetos... Enfim, apreciaria muito que, um vez lidas as histórias, acrescentassem uma linha, da vossa lavra, aos ensinamentos morais que se podem tirar delas... Até por que "a" moral e "o" moral são duas coisas muito importantes para gente sair da manhã de nevoeiro (ou cacimbo) em que estamos mergulhados, dizem que há séculos, desde que el-rei nosso senhor Dom Sebastião partiu para Alcácer Quibir e nunca mais voltou....LG.
Três histórias ganguelas, três pérolas da sabedoria angolana
(i) O azar do soba Barata
O soba Barata foi ter com o soba Cágado, dizendo:
– Sei tudo sobre a vida, mas nunca tive a sorte de ver um Azar! Amigo Cágado, faz-me o grande favor de me dizeres o que sabes sobre o Azar e como ele é.
– Ah! Ah!... Então o teu problema é esse ? Eu vou-te mostrar. Amanhã às 8 horas apareces com os teus amigos e parentes no terreiro da aldeia e eu mostro-te o Azar.
O soba Cágado pegou em todas as galinhas da sua casa e fechou-as numa gaiola. De manhã, muito cedo levou-as ao terreiro da aldeia e sentou-se em cima da gaiola. Passado algum tempo começaram a chegar as baratas. Perguntou o soba Cágado ao soba Barata:
– Chegaram todas ?
– Sim, chegámos – responderam elas, em coro.
Foi então que o soba Cágado abriu a giola… As galinhas saíram e, num ápice, comeram todas as baratas, aterrorizadas. Um dos galos correu com o soba Barata até à sua casa. O pobre do soba estava desfeito: tinha perdido todos os seus súbditos numa batalha campal e agora estava sozinho. Era o cúmulo do Azar. Depois de tantos sucessos na vida, sabia agora, por dolorosa experiência própria, o que era isso do Azar.
Moral da história: Não é fácil ser soba. É necessário ser inteligente. E mais: ter inteligência emocional… Um chefe que é mau líder faz um mau grupo. Tal chefe, tal grupo.
(ii) O capataz Caveto
Havia um homem que era excelente na caça. Era conhecido pela alcunha de Caçador Certo dia matou um elefante. Era preciso transportar a carne da floresta para casa. E para isso era preciso arranjar muita gente. Foi falar com os vizinhos e aliciou-os para a tarefa, com a promessa de uma pequena recompensa.
Um dos vizinhos que engrossou a coluna dos carregadores, chamava-se Caveto. Era um tipo esperto. Fez questão logo de assumir o papel de capataz, sem ninguém lhe encomendar o sermão. Com os ramos de uma árvore, fez uma espécie de bastão, para mostrar quem mandava, e começou logo a comandar a operação. Dividiu as tarefas, dando a cada um dos carregadores a quantidade de carne que podia transportar às costas. Passadas algumas horas, a carne do elefante estava toda em casa do Caçador.
Um homem de confiança do Caçador preparou-se para fazer o pagamento do serviço, que não era em espécie, era em géneros. Ordenou as todos os carregadores que ficassem junto à peça que cada um tinha carregado. De cada peça cortou um bom bocado e deu-a ao respectivo carregador como forma de pagamento. Todos voltaram felizes para suas casas, não só por terem ajudado um vizinho mas também por que nesse dia havia carne para o almoço. Foi então que o tal Caveto se dirigiu com maus modos ao pagador e interpelou-o:
(i) O azar do soba Barata
O soba Barata foi ter com o soba Cágado, dizendo:
– Sei tudo sobre a vida, mas nunca tive a sorte de ver um Azar! Amigo Cágado, faz-me o grande favor de me dizeres o que sabes sobre o Azar e como ele é.
– Ah! Ah!... Então o teu problema é esse ? Eu vou-te mostrar. Amanhã às 8 horas apareces com os teus amigos e parentes no terreiro da aldeia e eu mostro-te o Azar.
O soba Cágado pegou em todas as galinhas da sua casa e fechou-as numa gaiola. De manhã, muito cedo levou-as ao terreiro da aldeia e sentou-se em cima da gaiola. Passado algum tempo começaram a chegar as baratas. Perguntou o soba Cágado ao soba Barata:
– Chegaram todas ?
– Sim, chegámos – responderam elas, em coro.
Foi então que o soba Cágado abriu a giola… As galinhas saíram e, num ápice, comeram todas as baratas, aterrorizadas. Um dos galos correu com o soba Barata até à sua casa. O pobre do soba estava desfeito: tinha perdido todos os seus súbditos numa batalha campal e agora estava sozinho. Era o cúmulo do Azar. Depois de tantos sucessos na vida, sabia agora, por dolorosa experiência própria, o que era isso do Azar.
Moral da história: Não é fácil ser soba. É necessário ser inteligente. E mais: ter inteligência emocional… Um chefe que é mau líder faz um mau grupo. Tal chefe, tal grupo.
(ii) O capataz Caveto
Havia um homem que era excelente na caça. Era conhecido pela alcunha de Caçador Certo dia matou um elefante. Era preciso transportar a carne da floresta para casa. E para isso era preciso arranjar muita gente. Foi falar com os vizinhos e aliciou-os para a tarefa, com a promessa de uma pequena recompensa.
Um dos vizinhos que engrossou a coluna dos carregadores, chamava-se Caveto. Era um tipo esperto. Fez questão logo de assumir o papel de capataz, sem ninguém lhe encomendar o sermão. Com os ramos de uma árvore, fez uma espécie de bastão, para mostrar quem mandava, e começou logo a comandar a operação. Dividiu as tarefas, dando a cada um dos carregadores a quantidade de carne que podia transportar às costas. Passadas algumas horas, a carne do elefante estava toda em casa do Caçador.
Um homem de confiança do Caçador preparou-se para fazer o pagamento do serviço, que não era em espécie, era em géneros. Ordenou as todos os carregadores que ficassem junto à peça que cada um tinha carregado. De cada peça cortou um bom bocado e deu-a ao respectivo carregador como forma de pagamento. Todos voltaram felizes para suas casas, não só por terem ajudado um vizinho mas também por que nesse dia havia carne para o almoço. Foi então que o tal Caveto se dirigiu com maus modos ao pagador e interpelou-o:
– Ouve lá, e então a minha parte ?
Respondeu o pagador:
– Tu não tens nada a receber. Como não carregaste nenhuma peça, não tens donde tirar o teu pagamento!
– Como assim ? Então eu estive orientar as pessoas e a despachar o serviço!
Retorquiu o pagador:
–Pode ser até que fales verdade, mas eu não tenho com que te pagar, uma vez que não transportaste nenhuma peça de carne.
O Caveto, de cabeça baixa, lá voltou para casa e foi comer o seu fungi sem conduto.
Moral da história: Nunca penses que és mais esperto que os outros. E não escolhas o caminho do oportunismo, gerador de makas e conflitos. Não basta, por outro lado, quereres ser líder, é preciso que os outros te reconheçam como tal e que tu saibas assumir e desempenhar esse papel fundamental numa equipa de trabalho.
"Ganguela (ou Nganguela) é o nome de uma pequena etnia que vive dispersa a Leste e Sudeste do Planalto Central de Angola. O seu nome é desde os tempos coloniais usado para designar, não apenas esta etnia, mas um conjunto de povos que vivem no Leste de Angola"...
Fonte: Wikipédia > Ganguela
(iii) Por favor, nunca apagues as peugadas do leão…
Um dia um rapaz e uma rapariga fizeram uma viagem através da floresta, onde tinham que passar por um sítio muito perigoso, cheio de animais ferozes.
No mais recôndito da floresta, o rapaz, armado em valentão, tomou a dianteira, pensando com isso proteger a rapariga. No trilho arenoso, o rapaz viu as peugadas, frescas, de um leão. Com medo que a rapariga se assustasse, o rapaz apagou de imediato as peugadas.
Quando o leão viu o casal, emboscou-se atrás de uma árvore. O rapaz ia muito tenso, olhando para um lado e para o outro. O leão viu que ele estava em alerta, pelo que deixou-o passar, até ele atravessar a clareira. A rapariga, mais atrás, vinha muito descontraída, não se apercebendo do perigo. Fez até uma paragem para fazer xixi (sim, por que as rapariugas não mixam, fazem xixi...). Foi nesse preciso momento que o leão se lançou sobre ela, devorando-a a seguir. Alertado pelos gritos lancinantes da vítima, e temendo pela sua vida, o nosso herói pôs-se em fuga.
Moral da história: ignorar ou escamotear a verdade, acaba por ter consequências negativas. As makas (problemas, em angolês) e os conflitos resolvem-se, enfrentando-os e encontrando soluções inteligentes e construtivas. Não adianta fugir de (ou negar , ignorar, escamotear) a realidade.
Fonte: Adaptação livre de L.G.
Menongue, Diocese. Secretariado da Pastoral (ed. lit) – O mundo cultural dos Ganguelas. Menongue: Diocese, [ D.L. 2000] (Porto: Humbertipo)], 642 pp.
2. Comentário de L.G.:
Menongue, Diocese. Secretariado da Pastoral (ed. lit) – O mundo cultural dos Ganguelas. Menongue: Diocese, [ D.L. 2000] (Porto: Humbertipo)], 642 pp.
É interessante a explicação dada pelo editor literário desta obra, o Secretariado da Pastoral da Diocese de Menongue, lá na martirizada província do sudeste angolano, o Kuando Kubango, sobre o seu propósito didáctico (em 2000, data da sua edição, quando ainda a paz era uma miragem)... Vale a pena transcrever essa explicação que vem no livro, à laia de preâmbulo. Passo a citar:
"Durante uma conferência sobre o conflito angolano, 'Causas e consequências', um participante comparou a complexa situação vivida no país a um conto, 'A cobra sobre os ovos':
"Durante uma conferência sobre o conflito angolano, 'Causas e consequências', um participante comparou a complexa situação vivida no país a um conto, 'A cobra sobre os ovos':
"Um fazendeiro encontra na capoeira uma cobra sobre os ovos. Como matá-la ? Se for à paulada ele quebra os ovos, e a cobra, esperta que é, foge. Se não a mata, ela devora todos os ovos.
"Que solução ?
"O conto foi partilhado por todos os participantes e, de forma inteligente, serviu de exemplo para refelectir sobre possíveis soluções para o conflito angolano e outros conflitos no mundo".
_______________"Que solução ?
"O conto foi partilhado por todos os participantes e, de forma inteligente, serviu de exemplo para refelectir sobre possíveis soluções para o conflito angolano e outros conflitos no mundo".
Nota do editor:
Último poste da série > 11 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12279: Manuscrito(s) (Luís Graça) (12): Servir duas pátrias, Portugal e Angola... O caso do sr. C..., furriel mil em 1974/75, no exército colonial português, tenente das FAPLA em 1975/89
9 comentários:
Interessante moral da história sobre o capataz Caveto,ramalhete de lusitaniedades.
Comportamento dos coracöes longe do Largo do Chiado lisboeta?
"Canto II".......Espectaculares por do sol tropicais em sobreposicöes várias com infindáveis nevöes Articos mais näo criam que esquizofrenias...fultuantes.
Grato pelo abraco que retribuo.
Luís.
Diz ao pessoal da Sagrada Esperança que eu estou melhorzinho da Zona, muito obrigado.
A tal ponto que ela não voltou a dar sinais de vida, e já lá vão dez anos.
Abraços.
armando pires
Com um mapa de Angola com tantas cores é caso para perguntar, e porque não uma Federação?
As tribos tinham fronteiras (tchon)totalmente respeitadas que o «branco» nunca descortinou com perfeição, mas lá se entenderão um dia.
Pois Luís, parece-me que estás a ficar viciado.
Mas não dá nem para dar uma subidinha à Fortaleza de São Miguel?
E tirar uma imagem daquela ferradura da marginal? Ao menos essa!
Cumprimentos
Antonio Duarte
21/11/2013 20:21
Caro Luís Graça,
Admiro a tua capacidade literária, mesmo em ambiente não habitual. Estou a gostar dos teus escritos e já agora do roteiro fotográfico que possibilitou a revisitação da nossa Bambadinca.
Parece-me mesmo que estás a ficar piegas, mas não será pela acção do alemão, será por certo por seres um homem de sentimento e de consciência.
Abraços directamente da mesa do jantar, bem perto de ti no Skyna
Faz boa viagem
António Duarte
Luís Graça
22/11/2013 22:08
António [Duarte]:
Obrigado pelas tuas (boas) notícias... Não, não estou a ficar piegas... São "recursos estilísticos"... Gosto de dar um pouco de emoção ao blogue, que bem precisa...
Desta vez, no nosso "condomínio" (as instalações hoteleiras da clínica, que é toda ela um labirinto "contentorizado"), fui encontrar rede sem fios... Na rede fixa, só tenho acesso a "sites" institucionais... Blogues e facebook, está tudo blogueado.
Aqui trabalho é trabalho...No "condomímio", já tenho acesso ao blogue, através da rede "wireless"... É um progresso, o que me permitiu desta vez ir "postando" algumas coisas no blogue, de modo a aliviar a carga que deixei ao Carlos Vinhal e ao Magalhães Ribeiro...Mas às vezes, fico sem acesso à Net. Enfim, isto já não é nada mau... Dantes só através de "pen"...
Afinal, vou logo no sábado de manhã, com os meus colegas. Termino a formação amanhã.
Tu, fica bem por cá. Continuaremos a falar. Se tiveres comentários a fazer às fotos aéreas de Bambadinca, serás bem vindo... Tenho também agora o Fernando Gouveia a quem "encomendei" um roteiro (completo) de Bafatá... Ele é arquiteto no Porto e passou a comissão em Bafatá (1968/70)....
Desejo-te um bom resto de noite. Eu acordo sempre às 5 e vou para o computador. Se tiver rede, vou umk salto ao blogue.
Um abração. Luis
Joaquim Luís Fernandes
Caro camarada editor, Luís Graça
Leio-te sempre com muito interesse e agrado, como o aluno aplicado na busca do conhecimento e é nesse jeito, que me coloco neste comentário, como a dar conta do que aprendi na lição das três fábulas/parábolas, que nos assentam como uma luva, como bem dizes.
Três desgraças a sempre evitar para uma vida melhor.
1- Entregar o poder nas mãos de ignorantes e insensatos, aventureiros e irresponsáveis.
2- Eleger como chefes, arrogantes e demagogos, narcisistas petulantes, exibicionistas presunçosos mas ocos e vazios de valores e de constância.
3- Cultivar a preguiça, a moleza, a baixeza de carácter, a irresponsabilidade, o individualismo e a sobranceria, a estupidez e o "chico-espertismo".
Só a educação,(e esta começa em casa no leite materno/paterno)o estudo, a formação humana e técnica permanente, a exigir trabalho abnegado, nos previne desses perigosos inimigos, de ontem, de hoje e de amanhã.
Continuação de boa estada em Luanda, bons resultados no trabalho e boa viagem no regresso a casa, são os meus votos, Luís Graça.
Um abraço
JLFernandes
Obrigado, José com ph. Já estava a estranhar o teu "desenfiança"... Imagino que estejas no bem bom da Flórida...
Armando, por certo que transmito as tuas recomendações ao pessoal, dedicado e competente, da Clínica, que é um verdadeiro "melting pot" com as mais desvairadas gentes que aqui trabalham... Seguramente os melhoers profissionais de saúde de Luanda..., desde angolanos, tugas, cubanos... Há aqui uma "marca", forte, da presença (e da competência) dos portugueses... Também muitos portugueses, "expatriados", que trabalham em empresas, são utentes da Clínica...
Rosinha, Angola tem todas as condições para ser um grande país de futuro, se a elite dirigente souber merecer o povo fantástico que tem... Pessoalmente gostaria de ver uma maior e mais clara aposta em sectorss como a educação, a saúde, a investigação científica, a formação profissional, o ambiente, os transportes públicos e a municipalização... O poder autárquico é ainda muito fraco...
Quanto ao que me pedes, vou-te mais uma vez dececionar... Volto já sábado de manhã, e nem sequer trouxe máquina fotográfico... Mas fica descansado que te hei-de arranjar fotos dos teus sítios... para matares saudades...
Obrigado ao Joaquim Luís Fernandes e ao António Duarte pelos seus estimulantes comentários...
Um Kandando para todos. LG
Luis Craça grande camarada
Admiro-te por tanto trabalho e por tão bom trabalho. Escreves bem sobre as experiências da Guiné e sobre os mais diversos assuntos. Acompanhas com atenção o trabalho dos outros, com comentários oportunos e informações adicionais e pertinentes. Administras o blogue com muita sabedoria. Ainda tens segundo parece uma vida de trabalho intensa e diversificada.
Desculpa por perguntar, a tua mulher não se queixa?
Continua pois precisamos das tuas estórias, do teu exemplo, da tua energia
Um grande abraço
Francisco Baptista
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