quarta-feira, 4 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13232: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (13): Já temos 103 inscritos, dos quais a grande maioria é proveniente dos distritos do litoral... O prazo-limite para as inscrições é a segunfa-feira, dia 9, até às 11h00


Nº provisório de inscrições (n=103), distribuidas por distritos de proveniência. Quase metade (47,6%) dos participantes vêm do distrito de Lisboa, seguido do Porto (20,4%). A esmagadora maioria vive nos distritos do litoral... Há quatro inscritos provenientes da diáspora lusitana (EUA e Holanda).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014).


1. Ao fim da tarde de ontem, o nº de inscrições para o nosso convívio anual, em Monte Real, no dia 14 do corrente, já tinha ultrapassado a centena, contra todas as expetativas pessimistas... No gráfico acima, pode perceber-se melhor a proveniência geográfica dos nossos camaradas e seus acompanhantes. Como é habitual, o distrito de Lisboa concentra a maioria relativa (n=49) dos isncritos, seguido do distrito do Porto (n=21).

2. Lembrete: O prazo de nscrição termina 2ª feira, dia 9, às 11h00...

Camarada, amigo: tens 10 (dez) razões para estares connosco no dia 14 de junho, sábado, em Monte Real, concelho de Leiria. Para saberes mais clica aqui.

Comissão Organizadora: Carlos Vinhal,Joaquim Mexia Alves, Luís Graça & Miguel Pessoa.

Endereços de email para as inscrições para o encontro (incluindo almoço: 30 morteiradas):

carlos.vinhal@gmail.com

ou joquim.alves@gmail.com (incluindo reserva de alojamento no Palace Hotel Monte Real, para quem quiser pernoitar, preço de camarigo)

6 comentários:

Luís Graça disse...

Olhando para este gráfico, fica-se também com um certa ideia do que é este pobre país... Estamos a condenar o Portugal porfundo, os portugueses que vivem nos concelhos e distritos do interior, de Mirando do Douro a Castro Marim, á exclusão...

As inscrições do nosso convívio no próximo dia 14, em Monte Real, também refletem as dramáticas assimetrias que desde os anos 60 do séc. XX não para de se agravar em Portugal... A começar pelas sociodemográficas: reparem, temos um camarada que vem de Penamacor, outro de Vila Real e agora, que chegámos aos 107 inscritos, temos outro que vem de Aljustrel...

Glória ao Diamantinop Varrasquinho (e ao Manuel, que deve ser ser filho)!... Não é a primeira vez que ele vem ao nosso Encontro, veio já pelo menos no ano passado, foi fur mil do Pel Caç Nat 52, tendo estado com o Joaquim Mexia Alves no famoso Mato Cão...

Luís Graça disse...

Eh!, malta, já não são 103, nem, 107, são 109, às 23h00 de hoje...

Isto está animar, camaradas... Confesso que há um mês atrás estava um pousco desapontado... De a minha estimativa apontava para menos de 100 inscrições, mais exatamente 80/90...

Eu sei que a maior parte de nós não deixa de vir com maior ou menor sacrifício, porque os tempos não são, infelizmente, nem serão tão cedo, de vacas gordas...

Torcato Mendonca disse...

Mas tens razão Luís Graça. Aqui não há quase nada e viver aqui, está cada vez a ser mais dificil para mim. Até tratar do telemóvel, da EDP, a Cabovisão etc tenho que ir à Covilhã...parir aqui não e um exame mádico só em C.Branco, Covilhã ou Coimbra etc etc o ano passado devo ter ido uma dezena de vezes a Coimbra e ir e vir ou com estadia...para o meu Alentejo são 400 Km , para o meu Algarve 500 (o meu é para as terras para onde vou). Daqui a Monte Real,só o ano passado não fui, devem ser 200 e muitos.Podes dizer: porque saiste de Lisboa ou não vais para outro lado que tens casa etc. É verdade e calo-me. Há quem esteja,tantos tantos, bem pior que eu que devia estar calado. Mas o país está cada vez mais desequilibrado, a interioridade atrofia as pessoas, o vil metal domina e muitos não podem ir ali á Covilhã ou Castelo Branco. Falei no trivial...mas que cultura há? Bem isto irrita e páro.
Tem que ver com o Encontro devido ás distâncias (tambèm não fui ao primeiro Ameira)porque o resto sai do encontro e são de outro assunto e aqui não claro. Ab,T.

Anónimo disse...

A vida tá difícil..tá

O D.Sancho I mandou repovoar o interior do reino.

Agora é impossível...

O concelho onde vivo é o mais envelhecido do País...mas contrariamente ao que o Torcato diz tem-se aqui grande qualidade de vida..obviamente para quem tem facilidade em deslocar-se e não tenha felizmente ainda grandes dificuldades financeiras...

Castelo Branco é a segunda cidade do interior com melhor qualidade de vida..vale a pena visitar.

O estudo que o L.Graça faz, na minha opinião, tem a ver certamente com dificuldades financeiras...mas acima de tudo é porque estamos todos a ficar velhos...felizmente, porque tratando-se de ex-combatentes..é muito bom ter chegado até aqui..

"Vocês sabem do que estou a falar"

Um alfa bravo

C.Martins

Luís Graça disse...

Seria uma injustiça ignorar o trabalho que foi feito, nomeadamente pelas autarquias e populações locais, no sentido de melhorar as condições de vida no interior do país...

O Fundão está irreconhecível, seguramente quando comparado com a década de 60... (Eui só lá vou há uns anos). Penamacor conheço só de passagem...

Tenho amigos a voltar para o "interior" em busca da tal "qualidade de vida" que falta nos grandes centros urbanos... Eu tenho a sorte de ter a Lourinhã a 70km a norte de Lisboa,,, mas também é litoral...

É preciso continuar a atacar as assimetrias que já vêm de longe, muito longe,,, e que se agravam com este modelo de desenvolvimento dual... É preciso continuar a sonhar alto...

Já não se pode dizer que ó país é Lisboa, o país é a faixa Setúbal-Lisboa-Coimbra-Porto-Braga mais a diáspora lusitana espalhada pelos 4 cantos do mundo... O resto será mesmo "paisagem" ? Não, seria um insulto para a quem, com dignidade, liberdade e qualidade vive ainda no interior de Miranda do Douro ao Fundão. de Penamcor a Mértola...

Um alfabravo solidário a fraterno ao Torcato (que este ano não vou ver em Monte Real) e ao C. Martins (que vai estar connosco).

Torcato Mendonca disse...


As inscrições do nosso convívio no próximo dia 14, em Monte Real, também refletem as dramáticas assimetrias que desde os anos 60 do séc. XX não para de se agravar em Portugal... A começar pelas sociodemográficas: reparem, temos um camarada que vem de Penamacor, outro de Vila Real e agora, que chegámos aos 107 inscritos, temos outro que vem de Aljustrel -------

Foi a isto que eu respondi em comentário. Continuo a afirmar que estamos com pouca qualidade de vida se comparados com o Litoral e não só.

Tenho 44 anos de trabalho nas Beiras e conheço o País bem. A minha fronteira de trabalho a Norte foi o Douro. Este concelho conheço-o muito bem, como o de Penamacor do C.M. Eu trabalhei como profissional liberal e técnico no Regadio da Cova da Beira, em barragens e outras obras um pouco por todo o lado. Assim conheço e acompanhei a evolução e alguns periodos de estagnação das populações. Acompanhei,( e bem caneco se era eu que estava na base desses projectos ou obras), como a vida das gentes melhorou.
Pôr em causa o trabalho de autarcas,jamais. Eu fui autarca em vários mandatos...Castelo Branco, Viseu, o Fundão etc desenvolveram-se bastante. Muitas freguesias sairam de um empobrecimento e uma falta de infraestruras que em 70 era quase zero. Além disso são gentes de grande trabalho, de luta pela vida e de uma afabilidade e genorosidade imensa...és recebido aberto e francamente, convidado para "beber um copo", para seres ajudado se disso necessitares.
Hoje, apesar do muito trabalho dos autarcas e das populações, há um abrandamento...natural em país mal governado...gente que é forçada a parar os estudos, a emigrar, gente que sofre e tem menos suporte á doença, aos filhos e netos, á velhice...enfim!
Não tenho o direito de escrever aqui assim mas tinha tanto para dizer do desnvolvimento que acompanhei e participei, do desrespeito que já assisti, da solidariedade destas gentes -daqui do Litoral ou dos Alentejos...mas eu posso falar e ninguém disse que eu não ia a Monte Real. Abraços do Torcato