Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente maio de 1969 > Foto (nº 212) do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão).
O meu camarada Lopes (, estivemos juntos em Bambadinca, de julho de 1969 a maio de 1970,) já não pode precisar em que data é que foi tirado este "slide" (e outros do mesmo evento). Mas lembra-se muito bem da visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas que veio animar a malta da CCS do batalhão e subunidades adidas (Pel Rec Daimler 2046, Pel Mort 2106, Pel Caç Nat 63 - que em maio vai para Fá, sendo rendido pelo Pel Caç Nat 53) . Se foi nesta data, a CCAÇ 2590/CCAÇ 12 ainda estava para chegar...
.
O conjunto musical (foto. nº 212) era formado por 5 elementos, tudo ou quase tudo cabos, havendo 1 cantor, 3 guitarras elétricas e 1 baterista (pormenor curioso: arranjou um cunhete de munições para pôr em cima da cadeira e "fazer altura"). (O nosso camarada Vitor Raposeiro, ex-Fur Mil, Radiotelegrafista, STM, de rendição indiviual, que passou por Aldeia Formosa, Bambadinca, Bula e Bissau, 1970/72, também viria integrar este conjunto musical das Forças Armadas, tendo saído de Bambadinca ao tempo do BART 2917).
Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editada e legendada por L.G.)
1. Mensagem do Gabriel Gonçalves [, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71], com data de ontem,
Luis:
Espero que já estejas totalmente restabelecido da cirurgia.
Quanto à questão que pões (*), lembro-me que no tempo do BCAÇ 2852 (1968/70), os espectáculos eram feitos com a prata da casa, pois formou-se um conjunto musical, do qual eu fazia parte, ( tenho que ir procurar algumas fotos que testemunham isso).
No tempo do BART 2917 (1970/72), houve um espectáculo onde participaram, além de mim, outros camaradas da CCAÇ 12, acompanhados ao acordeon pelo Tavares [, 1º cabo escriturário].
Também houve um espectáculo, esse sim com profissionais, dos quais o acordeonista Tino Costa, uma cantora (de que não me lembro o nome) e o Fernando Correia, este lembro-me, dado ter interpretado uma canção da qual nunca me esqueci: Canção do Moliceiro [, disponível no You Tube / João Santos, em áudio] (**) :
Grande abraço
GG
2. Comentário de LG:
Obrigado, GG, grande companheiro das noitadas de Bambadinca, e meu camarada da CCAÇ 12. Obrigado pelas tuas recordações. Nessa altura, tu tocavas violas e canatavas muito bem, nomeadamente músicas com letras parodiadas...
Chamavam-te (descobri há tempos num texto do Luís Nascimento, o cripto da CCAÇ2533) o "bambibo de oro"... Com toda a justiça.. Para nós, eras o GG, o Arcanjo Gabriel...
Do nosso 1º cabo escriturário Tavares [, foto à esquerda, do Humberto Reis, em Nhabijõies, c. 1970,] e do seu acordeão lembro-me muito bem! O nosos 1º cabo escriturário Eduardo Veríssimo de Sousa Tavares!... (O que será feito dele ? Disse-me alguém tê-lo encontrado,há uns anos, a trabalhar no Porto).
Havia mais malta que tocava viola, na nossa CCAÇ 12...
Mas eu agora queria era chamar-te a atenção para foto que republico acima (***)...Há dúvidas sobre a data. Em princípio, teria sido tirada em maio de 1979, aquando de um visita das senhoras do Movimento Nacional Feminino a Bambadinca, acompanhadas do conjunto musical das Forças Armadas. Será mesmo malta desse conjunto ou será malta da CCS/BCAÇ 2852 ? Inclino-me mais para a 1º hipótese... Se a foto de maio de 1969, ainda não é do nosso tempo, já que fomos para Bambadinca só em 18/7/1969.
3. Mensagem posterior do Gabriel Gonçalves, em comentário ao poste e em resposta ao pedido pelo editor:
Essa foto é de 1969 [, 1º semestre,] e o conjunto musical é constituído por elementos de Bambadinca, da CCS/BCAÇ 2852 ( nós, CCAÇ 12, ainda não estávamos lá). O baterista que está sentado no cunhete, é o Serafim, condutor auto [ 1º cabo condutor auto Serafim Gragelo de Jesus]; o vocalista é o Tony, telegrafista [1º cabo radiolegrafista António N. Sousa]; quanto aos outros não me lembro dos nomes, mas são todos do BCAÇ 2852. ____________
Notas do editor
(*) Vd., primeiro poste da série > 4 dce junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13235: Artistas de variedades no mato (1): Rui Mascarenhas... em Bafatá, anunciado para o dia 27/2/1973... Ou uma história com moral: voluntário na tropa nem para comer... (António Santos, ex-sold trms, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego, 1972/74)
Vd. também os seguintes postes_
3 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13231: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte IX: (i) um dia diferente: quando o cantor Horácio Reinaldo veio atuar a Canjambari, no âmbito do Programa das Forças Armadas (PFA); e (ii) um dia inesquecível: aquela mina A/P que estava montada para o fur Fernando Pires...
4 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13233: Estórias e memórias de Silvério Dias, radialista, PFA, 1969/74 (3): Acompanhando artistas de variedades como o Horácio Reinaldo, o Rui de Mascarenhas e outros em digressões pelo mato
(**) Letra da "Canção do Moliceiro", criação e interpretação de Fernando Correia, disponíuvel em You Tube / João Santos:
(***) Vd. poste de 23 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10993: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (8): Há festa no quartel: visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas, em abril ou maio de 1969
Quanto à questão que pões (*), lembro-me que no tempo do BCAÇ 2852 (1968/70), os espectáculos eram feitos com a prata da casa, pois formou-se um conjunto musical, do qual eu fazia parte, ( tenho que ir procurar algumas fotos que testemunham isso).
No tempo do BART 2917 (1970/72), houve um espectáculo onde participaram, além de mim, outros camaradas da CCAÇ 12, acompanhados ao acordeon pelo Tavares [, 1º cabo escriturário].
Também houve um espectáculo, esse sim com profissionais, dos quais o acordeonista Tino Costa, uma cantora (de que não me lembro o nome) e o Fernando Correia, este lembro-me, dado ter interpretado uma canção da qual nunca me esqueci: Canção do Moliceiro [, disponível no You Tube / João Santos, em áudio] (**) :
2. Comentário de LG:
Obrigado, GG, grande companheiro das noitadas de Bambadinca, e meu camarada da CCAÇ 12. Obrigado pelas tuas recordações. Nessa altura, tu tocavas violas e canatavas muito bem, nomeadamente músicas com letras parodiadas...
Chamavam-te (descobri há tempos num texto do Luís Nascimento, o cripto da CCAÇ2533) o "bambibo de oro"... Com toda a justiça.. Para nós, eras o GG, o Arcanjo Gabriel...
Do nosso 1º cabo escriturário Tavares [, foto à esquerda, do Humberto Reis, em Nhabijõies, c. 1970,] e do seu acordeão lembro-me muito bem! O nosos 1º cabo escriturário Eduardo Veríssimo de Sousa Tavares!... (O que será feito dele ? Disse-me alguém tê-lo encontrado,há uns anos, a trabalhar no Porto).
Havia mais malta que tocava viola, na nossa CCAÇ 12...
Mas eu agora queria era chamar-te a atenção para foto que republico acima (***)...Há dúvidas sobre a data. Em princípio, teria sido tirada em maio de 1979, aquando de um visita das senhoras do Movimento Nacional Feminino a Bambadinca, acompanhadas do conjunto musical das Forças Armadas. Será mesmo malta desse conjunto ou será malta da CCS/BCAÇ 2852 ? Inclino-me mais para a 1º hipótese... Se a foto de maio de 1969, ainda não é do nosso tempo, já que fomos para Bambadinca só em 18/7/1969.
3. Mensagem posterior do Gabriel Gonçalves, em comentário ao poste e em resposta ao pedido pelo editor:
Essa foto é de 1969 [, 1º semestre,] e o conjunto musical é constituído por elementos de Bambadinca, da CCS/BCAÇ 2852 ( nós, CCAÇ 12, ainda não estávamos lá). O baterista que está sentado no cunhete, é o Serafim, condutor auto [ 1º cabo condutor auto Serafim Gragelo de Jesus]; o vocalista é o Tony, telegrafista [1º cabo radiolegrafista António N. Sousa]; quanto aos outros não me lembro dos nomes, mas são todos do BCAÇ 2852. ____________
Notas do editor
(*) Vd., primeiro poste da série > 4 dce junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13235: Artistas de variedades no mato (1): Rui Mascarenhas... em Bafatá, anunciado para o dia 27/2/1973... Ou uma história com moral: voluntário na tropa nem para comer... (António Santos, ex-sold trms, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego, 1972/74)
Vd. também os seguintes postes_
3 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13231: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte IX: (i) um dia diferente: quando o cantor Horácio Reinaldo veio atuar a Canjambari, no âmbito do Programa das Forças Armadas (PFA); e (ii) um dia inesquecível: aquela mina A/P que estava montada para o fur Fernando Pires...
4 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13233: Estórias e memórias de Silvério Dias, radialista, PFA, 1969/74 (3): Acompanhando artistas de variedades como o Horácio Reinaldo, o Rui de Mascarenhas e outros em digressões pelo mato
(**) Letra da "Canção do Moliceiro", criação e interpretação de Fernando Correia, disponíuvel em You Tube / João Santos:
Meia-noite ria abaixo,
Lá vai lesto o moliceiro,
Vai retratando nas águas
As saudades do barqueiro.
Nas noites em que há luar.
Quando passas. moliceiro,
És das coisas mais bonitas
Que tem a ria de Aveiro.
Ai, ai, ai, lindo moliceiro,
Deixa-me ir contigo à ria de Aveiro.
À ria d'Aveiro, à ria sem par,
Lindo moliceiro que andas a vogar.
Que andas a vogar na ria d'Aveiro,
Deixa-me ir contigo, lindo moliceiro.
Lá vai lesto o moliceiro,
Vai retratando nas águas
As saudades do barqueiro.
Nas noites em que há luar.
Quando passas. moliceiro,
És das coisas mais bonitas
Que tem a ria de Aveiro.
Ai, ai, ai, lindo moliceiro,
Deixa-me ir contigo à ria de Aveiro.
À ria d'Aveiro, à ria sem par,
Lindo moliceiro que andas a vogar.
Que andas a vogar na ria d'Aveiro,
Deixa-me ir contigo, lindo moliceiro.
(***) Vd. poste de 23 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10993: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (8): Há festa no quartel: visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas, em abril ou maio de 1969
5 comentários:
Ao olhar para a foto, chamou-me a atenção de ver o Baterista que para dar altura na cadeira, arranjou um cunhete para se sentar em cima.
Com aquela pega, de que munições sería aquele cunhete?
Um Alfa Bravo
A Dâmaso
Fernando Costa
5 de junho de 2014
10:03 (
Bom dia Luis,
Sei que tenho mas não consigo encontrar algumas fotos referentes ao Natal de 1973 em Aldeia Formosa.
A presidente do Movimento Nacional Feminino Cilinha Spico Pinto, visitou o nosso quartel acompanhada de um Furriel que levava um gravador onde tinha as gravações de vários fados à guitarra e viola, para ela cantar tipo play back parcial.
O som era muito mau, e eu propus que o acompanhamento fosse feito ao vivo por mim mais o José Carvalhinho que também era da minha companhia.
Posso garantir que foi um sucesso.
Abraços
Fernando Costa
Ex-Fur Mil CCS Bcaç 4513
Parece-me ser um cunhete de munições do lança-granadas-foguete (vulgo bazuca), de 8,9 cm.
Se bem me lembro, cada cunhete levava duas granadas... A munição era anticarro!... Na guerra de guerrilha, e para mais na Guiné, era pouca eficácia antipessoal. O seu efeito podia ser mais psicológico , dada a potência da granda…
O In usava, em grande abundância, os temíveis RPG-2 e RPG-7, de origem russa e chinesa...
Também usávamos, na CCAÇ 12, o LGFog 37 mm, igualmente usada pelos páras. As granadas eram mais baratas e mais fáceis de transportar, às costas, em coletes…
Essa foto é de 1969 e o conjunto musical é constituído por elementos de Bambadinca, do bcaç 2852 ( nós, ccaç 12, ainda não estávamos lá). O baterista que está sentado no cunhete, é o Serafim,condutor auto; o vocalista é o Tony, telegrafista; quanto aos outros não me lembro dos nomes, mas são todos do 2852.
Abraços
GG
Camarigos,
No Natal de 1970 Tino Costa, Fernando Correia, Eva Maria e Isabel actuaram em Galomaro conforme fotografia que tenho e vou postá-la num escrito.
António Tavares
Galomaro 1970/72
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