domingo, 9 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17562: In Memoriam (300): Virgínio António Gaspar José, ex-1.º Cabo Comando da 2.ª Equipa do Grupo Centuriões, Guiné, 1964/66 (Júlio Costa Abreu)



I N  M E M O R I A M

1. Mensagem do nosso camarada Júlio Costa Abreu, ex-1.º Cabo Comando, Chefe da 2.ª Equipa do Grupo Centuriões, com data de ontem, 7 de Julho de 2017:

Caro Amigo Vinhal, 
Acabo de saber do falecimento de um colega da equipa que eu comandava do Grupo de Comandos Centuriões. 

Trata-se de Virgínio António GASPAR José. 
Aproximadamente há 10/12 anos, quando estava a tentar encontrar os homens do meu Grupo, telefonei para ele e foi a esposa que me atendeu, quando eu lhe disse quem era, pediu-me imediatamente para não telefonar mais pois o marido não estava em condições psicológicas para falar de recordações da guerra. Assim fiz e nunca mais telefonei. 

Por acaso ontem no Facebook tive conhecimento da sua morte. 

Que descanse em paz. Era o segundo homem da minha equipa que era a segunda do Grupo.

Agradecia que mencionasses no nosso Site este acontecimento de mais um Combatente da Guerra do Ultramar que partiu para onde de nunca mais se volta. 

Júlio Abreu 
Chefe da 2.ª Equipa do Grupo de Comandos Centuriões 
Ex-Guiné Portuguesa

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2. Comentário do editor

Ao camarada Júlio deixamos o nosso abraço solidário pela perda deste seu camarada de armas.

À família do camarada Virgíno Gaspar endereçamos os nossos mais sentidos pêsames pela perda do seu ente querido.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 25 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17511: In Memoriam (299): Dr. Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017), ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 675, Binta e Guidaje, 1964/66 (José Eduardo R. Oliveira)

11 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Condolências.

António J. P. Costa disse...

As minhas condolências à família.
É sempre mau ver "partir" um homem válido.
António J. P. Costa

Anónimo disse...

Apresento os meus sentidos pêsames à família.
Que o nosso camarada descanse em paz
Abraço Carlos Silva

Anónimo disse...


Os meus pêsames à família e a todos os camaradas e amigos que conviveram com ele ao longo da sua vida. A vida de muitos combatentes foi dura, pelas notícias do seu camarada de armas e combate o Virgínio Augusto Gaspar José terá sofrido muito ao longo de muitos anos.
Paz à sua alma.

Francisco Baptista

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Júlio, é muito duro ter que um dia escrever aquilo que acabas de esrever:

(...) Acabo de saber do falecimento de um colega da equipa que eu comandava do Grupo de Comandos Centuriões (...). Aproximadamente há 10/12 anos, quando estava a tentar encontrar os homens do meu Grupo, telefonei para ele e foi a esposa que me atendeu. Quando eu lhe disse quem era, pediu-me imediatamente para não telefonar mais, pois o marido não estava em condições psicológicas para falar de recordações da guerra. Assim fiz e nunca mais telefonei. (...)

De quantos camaradas de guerra não desistimos nós, desde que passámos à peluda ? E quem diz camaradas de guerra, diz colegas de escola, amigos de infância... A vida deu tantas voltas que nenhum de nós é mais o mesmo...Em muitos casos,apanhamos um "murro no estòmago" e desistimos, como tu desististe... Há uma barreira de arame farfado, instransponível, que cresceu à volta de antigos camaradas, amigos, colegas, tecido por pais, irmãos, esposas, filhas..., barreira muitas vezes incompreensível para nós... "Eu que era o seu melhor amigo, unha com carne, irmão do coração"... São sobretudo as esposas que querem proteger os seus maridos das "influências funestas" dos antigos camaradas de guerra... E quanto pode ser perturbador, para elas, um telefonema que vem do longínquo passado...

10, 15, 20, 30, 40 anos depois, recebemos (ou temos conhevimento por acaso de) a brutal notícia:
. O fulano tal tal morreu ! Ainda te lemnras dele ?

... Ficamos da côr da cal, e com un tremendo sentimento de culpa !...

Júlio, não foste só tu que passaste por estes trâmites... De qualquer modo, o meu pesar pela morte de mais um camarada da companhia de comandos da Guiné.

- Porra, se me lembro,

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Mesmo sem conhecer esse nosso 'irmão de armas' e´sempre com uma sensação de perda (e de 'aproximação do nosso tempo'....) que se recebem estas notícias, agora tão frequentes.
E o que o Luís escreveu sobre as 'desistências' e sobre os 'traumatismos de guerra e o terror familiar'.... deixa-nos a pensar.

Pois que a família receba as nossas condolências e que o Virgínio José descanse em paz.

Hélder Sousa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Júlio, é muito duro ter que um dia escrever aquilo que acabas de esrever:

(...) Acabo de saber do falecimento de um colega da equipa que eu comandava do Grupo de Comandos Centuriões (...). Aproximadamente há 10/12 anos, quando estava a tentar encontrar os homens do meu Grupo, telefonei para ele e foi a esposa que me atendeu. Quando eu lhe disse quem era, pediu-me imediatamente para não telefonar mais, pois o marido não estava em condições psicológicas para falar de recordações da guerra. Assim fiz e nunca mais telefonei. (...)

De quantos camaradas de guerra não desistimos nós, desde que passámos à peluda ? E quem diz camaradas de guerra, diz colegas de escola, amigos de infância...

A vida deu tantas voltas que nenhum de nós é mais o mesmo aos 10, 15, 20, 25...Em muitos casos,apanhamos um "murro no estòmago" e desistimos, como tu desististe... Há uma barreira de arame farpado, intransponível, que cresce à volta de antigos camaradas, amigos, colegas, tecido por pais, irmãos, esposas, filhas..., barreira muitas vezes incompreensível para nós...

"Eu que era o seu melhor amigo, unha com carne, irmão do coração"... São sobretudo as esposas que querem proteger os seus maridos das "influências funestas" dos antigos camaradas de guerra... E quanto pode ser perturbador, para elas, um telefonema que vem do longínquo passado...

10, 15, 20, 30, 40 anos depois, recebemos (ou temos conhecimento por acaso de), através dena fulano de tala brutal notícia:
. O fulano tal tal morreu ! Ainda te lembras dele ?

... Ficamos da côr da cal, e com un tremendo sentimento de culpa !...

Júlio, não foste só tu que passaste por estes trâmites... De qualquer modo, o meu pesar pela morte de mais um camarada da companhia de comandos da Guiné.

- Porra, se me lembro!

Anónimo disse...

Quando um parte ele leva um pouco de nós.
Condolências.
José Câmara

Anónimo disse...

Que descanse em paz.
BS

Anónimo disse...

Sentidos pêsames por mais um camarada que parte.
Ernestino Caniço

Cesar Dias disse...

Condolências á familia, paz á sua alma.

César Dias