Foto nº 1 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/lulho de 1973 > Mina anticarro levantada na estrada Cumbijã/Nhacobá. Com todo o cuidado, a mina estava armadilhada. Foi neutralizada pelo ex-furriel mil Reis e ex-alferes mil Torres, do 4º pelotão da 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513/72.
Fotos nº 2 e 2A > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Levantamento de mina A/C na estrada Cumbijã / Nhacobá. À esquerda, de faca de mato na mão, o ex-fur mil Reis; ao centro com a HK 21, um camarada de quem não recordo o nome; e à direita, o ex-alf mil Torres. (Infelizmente o Reis e o Torres já não estão entre nós.)
Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Eu, na tabanca de Mampatá, com dois grandes amigos: à direita o ex-furriel Reis, e à esquerda o ex-furriel Victor.
Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Eu, com a tabanca ao fundo.
Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Eu, com uma menina ao colo.
Foto nº 6 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Crianças da tabanca
Fotos nº 7 e 7A > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho / julho de 1973 > Eu, num posto de vigia junto à enfermaria virado para a estrada do Cumbijã. Vamos ver quem identifica esta metralhadora, de carregador curvo.... (É uma Madsen, dinamarquesa, de 1902!)
Foto nº 8 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Heliporto, à direita a estrada para o Cumbijã, Colibuia e Nhacobá.
Foto nº 9 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Durante um patrulhamento o descanso do 3º pelotão para comer uma latita da ração de combate, este pontão estava numa estrada abandonada há muito que ia de Mampatá para Sinchã Cherno e Empada.
Foto nº 10 > Guiné > Região de Tombali > Mampatá > 1ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74) > Junho/julho de 1973 > Eu, mais uma vez...
Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do álbum do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45113/72, Buba, 1973/74).
Estamos a seguir a ordem cronológica da comissão de serviço na Guiné. Partida do BCaç 4513/72: Embarque em 16mar73; desembarque em 22mar73.
A 1ª Comp, após o treino operacional no subsector de Buba com a CCaç 3398, sob orientação do BCaç 3852, passou a reforçar a actividade daquela subunidade no esforço realizado de contrapenetração no referido subsector e depois integrada no seu batalhão, na função de intervenção que lhe foi atribuída, tendo-se instalado, a partir de 17,ai73, em Mampatá.
Mensagem do António Alves da Cruz, ex-fur mil, 1ª C/BCAÇ 45113/72 (Buba, 1973/74)
Data - sexta, 1/09/2023, 14:55
Assunto - Fotos
Boa tarde, Luís
De maio a julho de 1973, a 1ª Companhia do BCAÇ 4513/72 esteve sediada em Mampatá para reforçar as operações na zona de Nhacobá.
Durante 3 meses andámos como companhia de intervenção. Junto fotos.
Forte abraço amigo Luis
Cruz
PS - Para os senhores censores do blogue, esclareço que a farda que usava, na ocasião, era Pestana & Brito e o boné Dolce & Gabbana.
Fotos > Legenda:
Foto 1 - Mina anticarro levantada na estrada Cumbijã/Nhacobá. Com todo o cuidado, a mina estava armadilhada. Foi neutralizada pelo ex-furriel mil Reis e ex-alferes mil Torres, do 4º pelotão da 1ª C/BCAÇ 4513/72.
Foto 2 - Levantamentode mina A/C na estrada Cumbijã / Nhacobá. À esquerda, de faca de mato na mão, o ex-fur mil Reis; ao centro com a HK 21, um camarada de quem não recordo o nome; e à direita, o ex-alf mil Torres. (Infelizmente o Reis e o Torres já não estão entre nós.)
Foto 3 - Eu, na tabanca de Mampatá, com dois grandes amigos: à direita o ex-furriel Reis, e à esquerda o ex-furriel Victor.
Foto 4 - Eu, com a tabanca de Mampatá ao fundo.
Fotos 5 e 6 - Crianças de Mampatá
Foto 7 - Mampatá, unho de 73
Foto 8 - Posto de vigia junto à enfermaria virado para a estrada do Cumbijã.
Foto 9 - Mampatá, geliporto, à direita a estrada para o Cumbijã , Colibuia e Nhacobá.
Foto 10 - Durante um patrulhamento o descanso do 3º pelotão para comer uma latita da ração de combate, este pontão estava numa estrada abandonada há muito que ia de Mampatá para Sinchã Cherno e Empada.
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Nota do editor:
Útimo poste da série > 3 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24614: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (3): Bolama, lugar de passagem
9 comentários:
Caros amigos,
Aqui estao mais umas imagens (Fotos 5 e 6) de fazer derreter o coraçao de quem viveu a guerra da Guiné e sabe como eram as condiçoes de vida de civis e militares em aldeias e destacamentos militares.
Na foto N.5 o Furriel Miliciano (Antonio) Cruz com 5 (?) meses de mato ainda nao esta cachimbado, mas também ja nao é o mesmo e nao tem o corpao de um ano atras quando estava no CISMI de Tavira (1972), visivelmente esta mais sexy, mas nem por isso menos jovial e simpatico como, alias, era a maior parte dos soldados desta classe (Sargentos-Furriéis).
Como disse e bem o amigo Eduardo Estrela de Cuntima, "os furriéis milicianos tinham que gramar com os seus superiores e ouvir e conciliar os seus subordinados". Portanto na linha do meio termo, nem oficiais nem simples praças, muitas vezes tratados como "pioes do nicas" como dizem o Luis Graca e Manuel Lomba, mas sempre disponiveis, inclusive para fazer a ponte com a populaçao local, pouco importando se era 'Psico' ou 'camuflagem', o mais importante era o calor e o espirito humano dos gestos, sempre que o faziam. O ser humano, pela sua natureza complexa, gosta que o enganem, sempre que seja com atitudes e gestos de amor.
Com um abraço amigo,
Cherno Baldé
São os últimos "soldados do Império"!, Cherno. E foran bravos, generosos, "f... e mal pagos"
E acrescento mais: tenmho um grande respeito e admiração pelo sangue-frio e coragem dos camaradas de minas e armadilhas! (Fotos nºs 1 e 2)... Não poucos ficaram lá. ou ficaram cegos ou amputados- Como o Manuel Seleiro, por exemplo:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2023/02/guine-6174-p24074-de-caras-195-em-1975.html
Ou o Quaresma:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/01/guine-6374-p12543-estorias-do-xitole.html
Lê-se na Wikipedia:
Madsen (metralhadora): especificações
Peso > 9 kg
Comprimento > 1143 mm
Comprimento do cano > 584 mm
Calibre > vários
Ação > Recuo longo
Velocidade de saída > 700 m/s - 870 m/s
Alcance efetivo : 1 km
Sistema de suprimento > Carregador tipo caixa destacável de 25, 30 e 40 munições (...)
(...) A Madsen era uma das metralhadoras leves padrão do Exército Português, que adquiriu dois lotes, um em 1930 e outro em 1941. Estas armas ainda estavam em serviço no início da década de 1960, sendo usadas em combate nos primeiros anos da Guerra do Ultramar. A metralhadora tinha como principal emprego o uso como um armamento temporário em veículos de combate blindados Auto-Metralhadora-Daimler 4 × 4 Mod.F/64, sendo usada em Daimler Dingos que tinham a sua estrutura superior modificada onde era montada uma estrutura que permitia o acoplamento da metralhadora.(...)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Madsen_(metralhadora)
Dizem os entendidos que esta "metralhadora leve" (9 kg.), criada pelo cap dinamarquês Madsen,em 1902, revolucionou a guerra das trincheiras na I Guerra Mundial. Era facilmente carregada por um só soldado. Em escassos segundos podia-se mudar de uma posição a outra , o que era impensável para as outras metrahadoras do final do séc. XIX, princípios do séc. XX, refriegradas a água, que pesavam 40 kg (mais as munições)... Era uma arma tecnologicamente avançada, sofisticada e cara...Tenho ideia de a ver ainda nas nossas autometralhadoras Daimler em Bambadinca, mas não posso jurar...
Vd. vídeo aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=BbKm1v687TQ
Quando vi a foto do abrigo a metralhadora, pensei que fosse uma arma "turra"... Depois observado melhor é que descobri ser uma Madsen, "restos de colecção' dos anos 30/40..,)
António Cruz, temos de reconhecer que o "abrigo da Madsen", em Mmpatá, era um bocado tosco, não aguentando por certo uma boa roquetada... Mas a Madsen a fazer fogo devia afugentar o mais afoito...
Espero que os mampatenses também comentem as tuas fotos. Luis.
Obrigado António Alves Cruz por mais esta série de fotografias. Gostei de rever esses caminhos que trilhei, e dos quais poucas fotos tenho. Também estive "hospedado" em Mampatá e, mais tempo ainda, em Cumbijã. Fiz centenas de fotografias em todas essas zonas mas, já em Nhala, tive o infortúnio de mas terem roubado (algum concorrente). Era um saco de plástico mais de meio de rolos fotográficos, que eu contava revelar e imprimir no meu "estúdio" improvisado no meio da tabanca de Nhala. Um dia, também um temporal o levou e quase destruiu o equipamento sensível. Passei a fazer, daí para a frente, apenas slides (que eram revelados em Espanha), mas o que me roubaram perdeu-se para sempre, até porque aconteceu quando estava ausente de Nalha, e, quando me apercebi já era tarde.
Grande abraço.
António Murta.
Luís, podes acrescentar à tua lista de vítimas mortais causadas por minas inimigas, o Alf Mil José Armando Santos do Couto, da CART 2732, falecido no dia 6 de Outubro de 1970. Revê o P3381 (https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2008/10/guin-6374-p3381-o-meu-baptismo-de-fogo.html)
Carlos Vinhal
Claro que me são muito familiares os sítios aqui apresentados nas preciosas fotos do camarada António Cruz. Ademais vivi sempre naquele sítio, na enfermaria, durante 24 meses , só interrompidos aquando da vinda de férias. A enfermaria, a tal, estava lá ainda em 2009, sem cobertura, entretanto apodrecida, mas de paredes bem eretas ainda que desgrenhadas do tempo. As fotos que retratam as crianças de Mampatá que nos adoçavam as agruras e nos faziam esquecer , por momentos, a crueldade da guerra, são tão ternurentas que parecem chamar-nos de novo àquele sítio belo e feio.
Um grande abraço para o António Cruz por nos proporcionar mais uma ressuscitação de Mampatá, outro para o Luís Graça, sem o qual não tínhamos como compartilhar estas paisagens por onde gastámos parte da nossa juventudo e outro para todos os combatentes.
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